Denis: eu ainda não sei seu nome, apesar de você já saber o meu.
Eu: Ricardo.
Denis: agora melhorou, estou conversando com uma pessoa com nome.
Ficamos conversando mais um tempo até ele ir embora, e eu fiquei pensando em algumas coisas, principalmente no meu irmão ele está muito estranho não é mais a mesma pessoa, mas qual será o problema desse garoto, não tenho ideia.
Lídia: amigo quem era aquele gatão que saiu daqui.
Eu: Denis, tem 20 anos, no próximo vai começar a faculdade de medicina e ficou um bom tempo me passando cantadas baratas e engraçadas.
Lídia: amigo o que foi.
Eu: para falar a verdade, estou achando que o que você viu na escola não é bem a realidade da situação.
Lídia: porque você acha amigo.
Eu: não sei amiga uma sensação.
Lídia: o que você está pensando.
Eu: amiga não me esconda nada, sumiu alguma coisa dentro de casa.
Lídia: na verdade muita coisa, meu aparelho mp3, suas três câmeras, os dois envelopes com seu pagamento, seu celular, tudo estava no meu quarto, ah Elis, Meredith e James reclamaram de pequenas quantidades de dinheiro que sumiu de suas coisas.
Eu: amiga na escola o valentão, sumiu algo.
Lídia: o celular, amigo onde você está querendo chegar.
Eu: amiga pensa, quem tem acesso livremente dentro do seu quarto, de quem o valentão está atrás.
Lídia: não pode ser amigo, eu nem percebi o que você vai fazer.
Eu: amiga não sei, mas amanhã começa minha ida a escola, ele vai abrir o armário dele e me mostrar tudo que tem dentro.
Lídia: vai ser difícil, ele não deixa ninguém chegar perto.
Eu: amiga ele vai abrir por bem ou por mal, mais ele vai abrir.
Fui embora daquela lanchonete com a cabeça cheia de pensamentos, eu não posso acreditar que meu irmão roubou todas essas coisas, e se fez isso só pode ser por um motivo drogas, na manhã seguinte para minha total surpresa minha mãe, Meredith e James vão na escola.
Elis: o que está acontecendo, a Lídia está aflita e a Meredith louca atrás do celular dela que sumiu.
Eu: ainda não tenho certeza, mas já que estão todos aqui, vamos para o armário dele.
Assim que ele me viu chegando perto, ele fecho mais do que depressa o armário.
Eu: abre.
Rodrigo: eu não abro, o que você pensa que é.
Não dei tempo nem dele respirar e meti um tapão na cara dele.
Eu: você está pensando que eu estou brincando, olha bem para mim se você abrir livremente você não apanhar muito, mais se eu precisar chamar a diretora para abrir essa merda aí a conversa vai ser diferente.
James: porque isso.
Eu: porque tudo que sumiu em casa e aqui na escola está dentro desse armário, abre de uma vez antes que leve uma surra, que eu já estou ficando irritado.
Rodrigo: vocês todos são uns merdas, eu não vou abrir, vocês pensam que são os donos do mundo, mas não são.
Eu: você está com muitas coisas que não são suas dentro desse armário, então abre essa porra de uma vez, pois estou perdendo a paciência.
Rodrigo: o que você pensa que é, me acusando de ser um ladrão, sou seu irmão e mereço mais respeito que isso.
Eu não aguentei mais aquela situação e parti para cima do meu irmão, e peguei a chave do armário dele, abri aquele maldito armário e de fato está tudo lá dentro.
Eu: vamos começar, celular da Meredith, alguns itens da Lídia, minhas câmeras, os envelopes estão vazios, esse aqui deve ser o celular do garoto que te ameaça, bom agora não tenho mais duvidas sobre você ser ladrão, isso aqui de fato foi decepcionante, uma vergonha, e mais uma coisa...
Virei mais um tapão no meio de sua cara.
Eu: meu dinheiro seu infeliz, você sabe muito bem para o que eu uso o dinheiro, nunca mais você volte a roubar minhas coisas, nunca mais, agora eu vou embora.
Lídia: amigo vamos ficar lá na lanchonete, você precisa esfriar um pouco a cabeça.
Eu: vamos.
O que será que nossa mãe vai fazer com esse garoto, ela não está nem um pouquinho feliz, na verdade dava até medo de olhar para a cara dela, não sei mais esse garoto vai precisar ser internado, meu irmão tem que voltar ao normal.
Lídia: vou pegar um suco para nós.
Passou um tempo e Lídia foi no banheiro, assim que ela se levantou uma pessoa se sentou ao meu lado Denis.
Denis: hoje você não parece muito bem.
Eu: e não estou mesmo.
Denis: então vamos bater um papo, você não precisa me falar o que te aconteceu, vamos falar sobre coisas banais.
Eu: tipo o que.
Denis: por exemplo, qual a sua cor favorita.
Eu: preto, e a sua.
Denis: verde, exatamente no tom de seus olhos, e fruta.
Eu: melão, e sua.
Denis: uva, viu como eu consegui fazer você esquecer seus problemas por breves minutos.
Parando para analisar a situação, enquanto eu respondia o questionário de Denis, de fato não fiquei pensando no meu irmão, nesse breve momento só tinha eu e Denis e mais nada.
Eu: obrigado e a propósito eu amo uva também.
Quando eu falei isso eu abriu um sorrisão lindo que vai de orelha a orelha.
Denis: quem sabe na próxima vez eu não traga umas uvas.
Eu: na verdade seria perfeito.
Denis: foi um prazer poder conversar com você de novo, mas agora eu tenho que ir.
Eu: tchau, até outro dia.
Denis: e nossa conversa vai começar onde ela parou hoje.
Ele se levanta e vai embora, hoje eu reparei melhor nele, esse homem é lindo.
Lídia: o que o bonitão queria dessa vez.
Eu: nada, só ficamos conversando e para falar a verdade isso me fez bem, consegui esquecer um pouco dos meus problemas, do meu irmão, só tem mais uma coisa para fazer hoje, ir no banco sacar um bom dinheiro, que hoje estou inspirado.
Lídia: eu não sei o que o bonitão fez, mas esse homem elevou o seu dia a nível...
Eu: mais que coisa para de falar no Denis, e vamos trabalhar, vamos no banco, depois para casa colocar a câmeras carregar, quero gravar alguma coisa hoje.
Lídia: isso amigo, não fica remoendo as coisas.