Meu marido descobriu e não deixou barato. Parte 11.

Um conto erótico de Ménage literário erótico
Categoria: Heterossexual
Contém 3937 palavras
Data: 23/06/2022 12:39:46
Última revisão: 03/11/2022 18:46:24

Em pouco mais de meia hora, Augusto estacionava sua pick-up em frente à casa que pensava ser de Renato e Andréa. Ele já foi invadindo a casa com uma raiva absurda, estava transtornado. Quando ele pensava em arrombar a porta e entrar com tudo, tentando surpreender Renato, Andréa saía com duas malas na mão. Não era quem ele esperava, mas também tinha contas a acertar com ela.

Continuando…

Parte 11: É tempo de aprender.

11 anos antes:

Uma amiga muito próxima acabava de dar a notícia a Andréa:

- É verdade, amiga! Augusto estava estacionado no mirante e Sheila estava no carro com ele. Eu vi com meus próprios olhos. Sinto muito lhe dizer isso, mas eles se beijaram.

Andréa segurou o choro na frente da amiga, agradeceu por ela ter dado a notícia e entrou, batendo a porta atrás de si. Se jogou no sofá e deu vazão ao pranto. Chorou sozinha por quase cinco minutos, quando ouviu o barulho do motor inconfundível do velho Fiat Uno. Nem esperou que ele batesse na porta. Ela o recebeu com o rosto inchado de tanto chorar. Augusto nem precisou dizer nada. Andréa olhou em seus olhos e completamente destruída, disse:

- Você vai se arrepender de fazer isso comigo. Não importa o tempo, você vai sentir um dia, a mesma tristeza que eu estou sentindo agora. - Ela bateu forte a porta na cara dele.

Como ainda estava sozinha em casa, os pais só chegavam no fim da noite, se fechou em seu quarto e durante dois dias, mal saiu lá de dentro. Só chorava e dormia. Mal comeu. No terceiro dia, a mãe resolveu intervir. Bateu na porta e não teve resposta. Pegou a chave do próprio quarto, pois portas antigas têm todas a mesma fechadura, e entrou. Andréa chorava largada na cama. A mãe se sentou ao seu lado e a trouxe para repousar a cabeça em seu colo:

- Eu já estou sabendo do que aconteceu. Suas amigas estão preocupadas com você. Até quando você vai deixar a sua vida de lado por alguém que provou não merecer a sua companhia?

Andréa, mais resmungando do que falando, tentou dizer:

- Por que ele fez isso comigo?

A mãe, sábia como todas as mães são, fez o seu discurso motivacional:

- Minha filha, ele foi apenas o seu primeiro namorado. Você ainda encontrará novos amores até aparecer o seu. Ninguém vive feliz para sempre com o primeiro namorado. E as decepções amorosas tem a sua função: ensinar.

Andréa a interrompeu:

- Ensinar a sofrer?

A mãe, acariciando seus cabelos, concordou:

- Exatamente, meu amor! Até termos a maturidade necessária para encontrar o homem da nossa vida, o sofrimento tem a sua função. É ele que nos ensina o que procurar, o que estamos dispostas a ceder e o quanto estamos dispostas a apostar em um relacionamento.

Pela primeira vez naqueles três dias, Andréa parava de chorar. Era inteligente e compreendia o ensinamento da mãe. Ela continuou:

- Minha filha, em breve você conhecerá um mundo todo novo, fará novos amigos e conhecerá diversos homens. Eu tenho a certeza de que um deles irá fazer com que você esqueça do Augusto. Guarde com carinho as coisas boas que vocês viveram e perdoe o resto. Você será muito mais feliz sem carregar esse rancor para a sua nova vida.

Faltava apenas um mês para a nova vida. Andréa levantou da cama e foi tomar um banho. Estava tão entregue à dor, que ainda nem havia começado a se preparar para a viagem. Precisava de tudo: malas, roupas, precisava comprar os livros e apostilas da faculdade, um estetoscópio… era hora de começar os preparativos.

Aos poucos os dias passavam e ela ia voltando a sorrir outra vez. Foi ao Rio de Janeiro com o pai e fecharam o aluguel do pequeno apartamento que ela dividiria com outra caloura. Se conheceram e se gostaram de cara. Aline, sua companheira de quarto, seria uma pessoa muito importante nos sete anos seguintes. Às vezes, se pegava pensando em Augusto e a tristeza voltava, mas ela logo ocupava a mente e os pensamentos sumiam.

Faltando três dias para a ida definitiva, Andréa se lembrou que precisava comprar biquínis. Rio de Janeiro, praia… como poderia deixar de fora da mala um item tão essencial? No fim de mundo em que morava, apenas um lugar vendia tal item. Chegou na pequena lojinha, escolheu diversos modelos e foi para o provador experimentá-los. Ouvia duas garotas de sua idade entrando na loja e prestou atenção à conversa:

- Ele vai levar você na represa? Precisamos escolher um biquíni bem cavado.

A segunda garota protestou:

- Tá achando que eu sou safada como você? Minha virgindade será do meu marido na nossa noite de núpcias. Vou escolher um maiô bem-comportado.

A segunda voz ela conhecia muito bem, era Sheila. Ela continuou ouvindo:

- Parece que a outra desistiu mesmo de lutar. Saiu de cena e lhe entregou Augusto de bandeja.

A resposta de Sheila, deixou Andréa muito surpresa:

- Não fale assim, não! Andréa é uma ótima pessoa. Eu não me sinto bem com o que fiz. Se eu tivesse a oportunidade, eu pediria desculpas. Eu amo o Augusto e sei que ela também o amava. Sei que eu fui a errada nessa história. Espero que um dia ela me perdoe.

Andréa, mesmo triste, entendeu o lado de Sheila. Sempre ouviu falar que no amor e na guerra vale tudo. Sheila havia ganho a guerra. Se apegou às palavras da mãe e voltou a sonhar. Quem sabe, no Rio de Janeiro, encontraria o amor.

Esperou as duas saírem da loja antes de deixar o provador. Escolheu três biquínis diferentes e voltou para casa. Estava mais feliz e menos depressiva. Cidade nova, vida nova. Foi com esse lema, que partiu feliz para o Rio de Janeiro.

Preferiu viajar durante a noite, pois dormindo, as quase dez horas de viagem passariam rápido. Chegou ao Rio na manhã de uma quinta-feira. As aulas começariam na próxima segunda-feira e ela teria tempo para se familiarizar com o trajeto de casa para a faculdade e vice-versa. Poderia até conhecer os pontos turísticos mais famosos da cidade maravilhosa.

O apartamento alugado no Grajaú, era bem próximo ao campus da UERJ, na Tijuca. Aline, fluminense de nascimento, já conhecia a cidade e naquele fim de semana fez um tour grandioso com Andréa. Cristo Redentor, Jardim Botânico, Lapa, Recreio dos Bandeirantes, Barra, Maracanã, Copacabana e Ipanema, Feira de São Cristóvão… em pouco tempo, as duas se tornaram melhores amigas e inseparáveis.

Aline, uma jovem descolada e meio anarquista, se encantou por Andréa à primeira vista. Aos poucos, foi ganhando sua confiança irrestrita e mostrando a Andréa tudo que a vida universitária tinha a oferecer.

A primeira festa, o primeiro ecstasy, o primeiro grande porre e por consequência, o primeiro beijo de Andréa e Aline. Aquele beijo foi muito importante para Aline, mas por causa dos efeitos da droga e do álcool, Andréa nem se lembrava. Os dias seguintes foram normais para ela, mas Aline começava a se apaixonar.

Os seis primeiros meses foram de estudos intensos e descobertas especiais. Andréa estava maravilhada pela vida na cidade grande e arrebatada pelo jeito carioca de ser. Se divertiu demais, mas sem nunca esquecer dos estudos.

As coisas começaram a mudar rapidamente quando, para fazer ciúmes em Andréa, Aline se envolveu com um rapaz da faculdade. Ela não tinha nenhum sentimento por ele, mas queria testar Andréa ao limite. O jovem começou a dormir a semana inteira no apartamento das duas. Os gemidos de Aline e os barulhos de sexo vindo do quarto ao lado, começaram a despertar desejos em Andréa. Após semanas daquela tortura que ela não entendia muito bem, estava em casa à noite, terminando de estudar uma apostila, quando Aline entrou sozinha, com uma garrafa de vodca na mão e um pack de doze latas de cerveja.

Ela mal olhou para Andréa, que estranhou sua atitude. Foi até a cozinha, abriu uma lata e guardou o resto das cervejas na geladeira. Pegou um copo no armário e duas pedras de gelo no congelador. Serviu uma dose dupla de vodca. Voltou para a sala e ficou encarando Andréa, que a olhava sem entender nada do que acontecia. Ela disse:

- Qual é a sua?

Andréa, confusa, nem respondeu. Aline continuou:

- Seis meses já e até agora está sozinha. Você é virgem?

Andréa reagiu:

- Claro que não! Eu tive um namorado durante cinco anos.

Aline provocou:

- E cadê ele? Deixou lá na roça?

Extremamente irritada, Andréa foi grossa:

- O que está acontecendo? Do nada resolveu me atacar?

Aline, impaciente, confessou:

- E o nosso beijo? Por que você nunca disse nada? Estou há meses com isso na cabeça e você se fazendo de desentendida.

Andréa estava ainda mais confusa:

- Você está ficando louca? Sonhou com isso, só pode…

Andréa não entendia o porquê daquele assunto sem pé e nem cabeça estar mexendo com a sua imaginação. Ela pensou: "essa garota está doida. Quando foi que eu beijei essa maluca? Será que eu estou louca? Será que eu perdi o juízo quando provei aquela droga alucinógena?"

Vendo que Andréa estava confusa, Aline resolveu atacar. Esse papo estranho estava deixando as duas com tesão. Andréa tentou disfarçar, mas quando Aline se aproximou, tocou em seu braço e fez um carinho, ela se arrepiou inteira. Aline percebeu e sorriu. Ela disse:

- Acho que está na hora de lhe mostrar como foi o meu sonho. Tem uma coisa que eu estou morrendo de vontade de fazer.

Enquanto Andréa não oferecia resistência, ela se aproximou e beijou sua boca, enquanto fazia carinho nas costas.

No começo, Andréa tentou sair, mas tomada por um sentimento novo e intenso, logo começou a responder ao beijo daquela safada, que era muito bom. A língua dela brincava com a de Andréa. Ela chupava, mordia seus lábios, chupava de novo, lambia…, deixando Andréa louca, mais arrepiada ainda.

Andréa soltou um gemido baixinho quando ela segurou forte na sua bunda e começou a apertar, forçando seus dedos no reguinho:

- Aaaahhhh…

Aline então, tirou sua blusa e deitou em cima dela no tapete da sala. Com uma mão segurou seu seio direito, apertando o biquinho. Com a boca, sugou o outro seio, chupando gostoso e depois alternando. Ela sugava com força e habilidade, deixando o seio pequeno e delicado, todo vermelho, mas para Andréa, aquela novidade era muito gostosa. Ela estava nervosa, mas muito excitada, tremendo e com a bocetinha escorrendo. Aquela sensação era prazerosa demais. Ela não conseguia resistir e nem queria que Aline parasse.

Aline foi descendo, beijando seus seios, sua barriga e indo direto para as suas coxas. Ela lambeu as laterais, torturando mesmo Andréa, até que ela não aguentou mais e implorou:

- Por favor, me chupa! Eu não estou aguentando!

Aline obedeceu, puxou delicadamente a calcinha da Andréa para baixo e ela se ergueu um pouco para ajudar. Aline puxou e retirou a calcinha, que já se mostrava úmida na parte de baixo, no forro interno. Todo melado e com um odor peculiar da xoxota excitada. Andréa permaneceu deitada de costas, com as pernas dobradas e ligeiramente abertas, esperando a chegada daquela boca que ela já desejava muito. Aline então se abaixou e começou beijando sua bucetinha molhada, lambendo seu líquido quente, até abrir sua xaninha com dois dedos e começar a lamber seu grelinho duro de tesão. Andréa suspirou profundamente e soltava gemidinhos. Aline lambeu devagar, depois foi aumentando. Logo, ela estava chupando o grelo de Andréa com vontade, a fazendo gemer alto:

- Puta que pariu…. Que delícia… aaahhhhh…. Me chupa… aaahhhh…. Que língua maravilhosa…. Ai, me Deus…. Aaaahhhhhhh…..

Aline enfiava a língua fundo na boceta de Andréa, bem na entradinha. Voltava a chupar o grelo, fazendo com que ela ficasse doida e pedisse cada vez mais:

- Não para! Aaahhhhh… isso, cacete… chupa minha boceta… aaaiiinnnn…. Aaahhhhh…. Isso mesmo… eu quero mais…. Aaahhhhhh

Quando Aline enfiou dois dedos na sua bocetinha quase virgem e bem apertadinha, Andréa segurou com força no tapete. Ardeu um pouquinho, mas com o tempo foi ficando gostoso e ela, instintivamente, começou a rebolar em seus dedos e na sua língua gostosa:

- Aaahhhhh…. Você está me fodendo… não para… isso é muito bom…. Aaahhhhh…..

Aline chupou Andréa por um longo tempo e quando ela menos esperava, Andréa começou a tremer inteira, completamente tomada pelo tesão. Seu corpo estava sentindo um êxtase que irradiava por toda a sua pele. Um calafrio gostoso percorria a sua espinha e explodia prazeroso na sua xaninha que mastigava os dedos de Aline:

- Tá gozando, safada? Tá gozando na língua e nos dedos da sua mulher? Isso mesmo, eu sou a sua mulher agora. Eu vou te foder gostoso sempre.

Andréa apenas gemia maravilhada pelo orgasmo:

- Me fode… aaaahhhhh…você é minha...eu sou sua…. Me fode a hora que quiser… que delícia… aaaaahhhh…. Aaaahhhhh..

Para as duas, tudo foi muito gostoso. Andréa, entorpecida pelo orgasmo, relaxou nos braços de Aline e as duas ficaram trocando beijos. Aline queria gozar também e Andréa queria aprender a dar prazer a ela. Aline a ensinou como gostava de ser tocada e propôs um meia nove. No começo, Andréa ficou tímida, mas acabou aceitando. Acertaram a posição e Aline disse que era para ela fazer a mesma coisa que ela estava fazendo. Era só sentir e repetir.

Andréa foi bem desajeitada, mas deu prazer a ela e ficou muito mais excitada ao sentir o gosto da bocetinha cheirosa de Aline. Achou que ia ficar com nojo, mas no fim, foi uma delícia provar aquele mel abundante e de sabor agradável. Começou a lamber seu grelinho ao mesmo tempo em que rebolava na boca habilidosa de Aline, que a devorava e a deixava bem excitada de novo:

- Ahhhhh… caralho… você aprende rápido, putinha. Aaahhhh… Que isso…. Aaahhhhh…

Demorou, mas Aline também acabou gozando na boca de Andréa e ela se sentiu o máximo por ter conseguido retribuir tudo o que Aline tinha lhe proporcionado.

A safada da Aline confessou que tinha muito tesão em Andrea e há semanas criava coragem para tentar alguma coisa com ela. Disse que tinha algo que ela iria gostar, levantou e foi até o seu quarto. Voltou trazendo na mão uma cinta com um vibrador acoplado. Explicou para Andréa que era um strapon e disse para ficar relaxada, que era a mesma sensação de um pênis de verdade, poderia doer um pouco no começo, mas se ela confiasse, ia ser bem gostoso.

Nesse momento, Andréa tremeu. Era grosso, roxo e tinha saliências intimidadoras. Aline vestiu a cinta e se posicionou no meio das pernas de Andréa. Além de nervosa, ela estava bastante ansiosa e desconfiada. Aline pegou um gel e lubrificou toda a extensão do consolo. Por longos minutos, ficou esfregando a ponta no grelinho de Andréa. A ansiedade e o medo, davam, aos poucos, lugar ao tesão. Aline acariciava e sugava os seios de Andréa, voltava a esfregar o caralho sintético na xaninha, mas nada de botar para dentro. Andréa começou a enlouquecer, gemendo alto e cobrando:

- Tá de sacanagem? Quer acabar comigo? Para de me torturar, está me deixando ainda mais ansiosa.

Aline ligou a vibração e aquilo vibrando no clitóris de Andréa, era uma delícia. Ela ficou louca e quando Aline percebeu que ela iria gozar, parou e foi colocando, devagar e com carinho, para dentro. Aos poucos, a penetração foi sendo completada. Doeu para entrar. No começo foi desconfortável, mas a farta lubrificação de Andréa ajudou muito e ao sentir a vibração dentro dela, se contorceu de tesão, era mais do que gostoso. O incômodo foi substituído por uma sensação de prazer genuína e arrebatadora. Aline começou a foder com calma, acelerando aos poucos os movimentos, beijando a boca de Andréa e falando provocações no seu ouvido:

- Que bocetinha apertada. O seu cowboy não deve ter comido direito. Fala que sou eu que estou tirando sua virgindade… diz que a partir de hoje você vai ser minha putinha. Depois eu vou tirar a virgindade do cuzinho também. Você vai adorar, minha putinha!

Andrea gemia maravilhada e concordando com tudo:

- Ah..., que gostoso... isso, vai, enfia, isso...., ai, que bom, nossa! Sim, sim, eu sou... sua… putinha... ah, isso... isso, faz assim, assim... eu vou gozar! Que coisa louca! O que é isso, quem bom! Ahhhh!

Aline meteu gostoso em Andréa e aumentou a potência do vibrador. Ela não aguentava mais. Os espasmos de prazer tomavam conta do seu corpo. Sua buceta ordenhava alucinada aquele mastro de borracha que lhe dava tantas sensações maravilhosas. Aline abafava os gemidos de Andréa com beijos apaixonados. Não demorou muito e ela explodiu em um orgasmo bem gostoso, intenso e espetacular:

- Aaaahhhhhhh… tô gozando… estou gozando… aaahhhhh…. Isso é bom demais…. Aaaahhhhh….

Andréa estava maravilhada. Se lembrou da mãe: "você vai conhecer um mundo todo novo." Depois, pensou alto e falou para si mesma, de forma audível:

- A senhora não sabe o quanto…

Aline, deitada aos seu lado com um sorriso bobo nos lábios, não entendeu:

- Você disse alguma coisa?

Andréa apenas sorriu para ela e lhe deu um beijo carinhoso na boca. Estava se apaixonando também. Andréa se perguntava como Aline podia ter sido mais macho para ela do Augusto na sua primeira vez. Descobria as maravilhas do sexo bem feito pelas mãos, boca e apetrechos de uma outra mulher.

Após essa experiência, Andréa se transformou em uma nova pessoa. Seu aprendizado estava apenas começando e ela queria aprender cada dia mais. A vida das duas novas amantes correu tranquila por mais seis meses. No começo do segundo ano letivo, a chegada de Renato à faculdade, após um ano sabático de viagens pelo mundo, ia ser mais um divisor de águas na vida de Andréa. Velhos traumas seriam lembrados e um rancor, até então esquecido, seria trazido de volta à tona.

.

Uma notificação no celular trouxe Andréa de volta à realidade:

"Já arrumei as minhas coisas. Estou esperando, não demore."

Sheila deveria estar impaciente. Após os acontecimentos dos últimos dias, Andréa a convidou para se afastar um pouco dali, deixar a poeira baixar e pensar no que fazer com calma. Após a miraculosa transfusão e operação de emergência que permitiu salvar o garoto no dia anterior, o hospital atendeu ao seu pedido e lhe deu duas semanas de licença. Para eles, era também muito interessante esse arranjo. Manteriam uma médica conceituada e que dera provas de sua competência, e esperavam a fúria dos moradores da cidade contra elas diminuir. Assim também pensava a escola em relação à Sheila. A licença solicitada também foi concedida a ela sem maiores problemas.

Andréa, em sua sala, pegou as malas e ao abrir a porta, deu de cara com Augusto, que chegava furioso:

- Aí está você. Cadê aquele outro desgraçado?

Andréa não afinou:

- Com quem você pensa que está falando?

Augusto, vermelho de raiva, foi para cima dela, tentando intimidá-la:

- Com a vadia que voltou para estragar a minha vida. Onde está aquele covarde?

Andréa, revoltada com o xingamento, lhe desferiu um forte tapa na cara:

- Me respeite! Se falta decência a alguém aqui, esse alguém é você.

Completamente surpreso, Augusto recuou. Não esperava aquela reação. Mesmo com raiva, jamais devolveria aquele tapa. Ficou meio paralisado. Andréa continuou:

- Quer conversar como adulto? Eu estou à disposição. Mas se for agir como moleque, saía da minha casa. - Andréa o encarava de forma destemida.

Pelo olhar admirado dele, Andréa entendeu que, psicologicamente, Augusto estava dominado. Ela, mudando o tom e dominando a sua emoção, disse:

- Entre! Eu preciso de um café. Temos mesmo que conversar. Faço isso pela Sheila, que no momento, está precisando de paz.

Augusto, rendido, mas ainda bufando de raiva, entrou, seguiu Andréa e sentou numa banqueta na ilha da cozinha. Mesmo com o semblante emburrado, resolveu ouvir o que Andréa teria para falar.

Ela nada disse de imediato. Colocou duas cápsulas de café na máquina de expresso e apertou o botão. Em instantes, as duas xícaras de café estavam prontas. Ela entregou uma a Augusto e colocou duas colheres de açúcar na sua. Ele fez o mesmo. Somente após um gole curto, que lhe deu a coragem necessária, ela começou:

- Sheila só chora há quatro dias. Ela não está nada bem e depois da divulgação criminosa desse vídeo feita pelo maluco do Renato, ela precisa se afastar daqui.

Augusto a encarou, pensou por alguns instantes e por fim, disse:

- Deixa de ser falsa. Acha que eu vou acreditar que você e o Renato não estão juntos nessa armação?

- Eu não estou nem aí para o que você pensa ou deixa de pensar. – Andréa estava brava.

Augusto ainda argumentou:

- Seduziram a Sheila para fazer o vídeo e agora é você que vai cuidar dela? É sério isso? A raposa vai mesmo cuidar do galinheiro?

Andréa nem ligou para o que ouviu e foi objetiva:

- Ou você volta para casa e cuida da sua esposa, ou eu vou afastá-la da cidade por alguns dias.

Augusto ainda insistia:

- Pelo amor de Deus! Se a Sheila cair numa roubada dessa, ela merece mesmo se ferrar. Como eu sou idiota!

Andréa novamente foi muito firme:

- Pode deixar, acho melhor mesmo, ela não está em condições de ficar com você e nem você parece estar. Eu mesma vou cuidar dela.

Augusto começava a se estressar outra vez:

- Ela concordou com isso? Vocês já estão combinadas?

Andréa, sem ter o que perder, respondeu:

- Sim! Mas se você voltar para casa, eu prometo sair do caminho de vocês. Pego minhas coisas e volto para o Rio, a decisão é sua. Quer sua esposa de volta?

Augusto não podia concordar com aquilo. Mais uma vez, Sheila o decepcionava. Dessa vez, não tinha nada a ver com a traição, era uma escolha. Mesmo após os seus avisos, depois da divulgação do vídeo, ela ainda escolhia Andréa. Ele, amargurado, tentou fugir de uma decisão. Disse:

- Cadê o Renato?

Andréa realmente foi sincera:

- Não sei! Não o vi mais. Ele deve ter saído da cidade depois da surra que você deu nele. Os armários do quarto dele estão vazios.

Augusto estranhou:

- Os armários do quarto dele? Vocês não estavam juntos? Não são namorados?

Novamente, Andréa foi honesta:

- Não! Criamos essa história para enganar vocês. Renato e eu apenas transávamos de vez em quando. Nunca tivemos nada.

Augusto se sentia perdido, não sabia como agir, e sua reação era a de se afastar. Não queria mais conversa. Antes de sair, com uma expressão meio revoltada ele apenas disse:

- Façam o que quiserem. Já que a Sheila escolheu você, que sejam felizes.

Andréa o atacou:

- Seu idiota! Cabeça dura, machista do interior. Um poço de preconceitos! O que você tem de lindo e gostoso, tem o dobro de burrice. - Andréa enraivecida socava o peito dele com as mãos.

Augusto, grande e forte, segurou firme em seus braços, e a imobilizou, fazendo Andréa sentir comichões em sua xoxota. Apenas a sensação das mãos fortes dele agarrando seus braços era suficiente para despertar nela sensações e sentimentos impulsivos. Ela chegou até a fechar os olhos, imaginando que ele a abraçaria, mas Augusto a empurrou para longe e disse:

- Se você a magoar, saiba que eu esquecerei os meus princípios e farei com você pior ainda do que fiz com Renato. - Ele se virou nos calcanhares e de súbito, saiu batendo a porta.

Ela ficou meio perdida por alguns segundos. Ouviu a picape do Augusto dar partida e sair em velocidade. Depois recobrou a lucidez, pegou o celular e mandou uma mensagem à Sheila:

"Estou chegando. E com novidades para contar."

Continua…

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Comentários

Foto de perfil de Leitorav

Minhas suspeitas se confirmaram Andréia é bi.

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Foto de perfil de Álvaro G

Excelente, dificultar um difícil tempo e ler apenas uma parte.

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Achei que terminava no 11o.! Agora to no aguardo da continuaca.

To achando que Augusto, Sheila e Andreia vão acabar juntos!

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Adorei sua história muito boa mesmo eu amo ler contos que tem mais da vida real do ficção e sua história é muito invouvente espero q não demore muito para postar o restante.

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Trio do Talento num Ménage Literário Erótico nos pegou de jeito. Queridas, aproveitei a madrugada avançada para passar aqui e conferir. Não quem o que dizer melhor. Espetacular. Destaco especialmente esse detalhe tão rico dos personagens que são como sempre na vida real, errados, equivocados, se enganando, tentando fazer melhor e se contradizendo. A história está incrível. Parabéns, sem reparos. A história promete muito e novas surpresas. Adorei - 3 estrelas ao cubo.

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Amigo, querido! Seus elogios nos fazem achar melhor do que realmente somos. Obrigado por isso.

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Tia Berta, querida! Já lemos todos os seus contos. São campeões de estrelas e comentários, não tinha como deixar de ler.

Principalmente o do cunhado.

Um super beijo.

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Muito bom.

Continuo curioso com o desenrolar.

3 estrelas merecidas.

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😍😍😍 nunca encaminhei um e-mail,mas leio como base fosse um time de futebol,afinal meu time só decepciona último kkkkk

Adoro você e a Jaque e espero que logo vocês estejam de volta. Que a força esteja contigo também.

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Esqueça o base, e leia só o se*

Pra todos os fatos estou bêbado, estou comentando bêbado. Mas adoro vocês todos ❤️❤️

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Amigas queridas, eu peço desculpas por não ter vindo sempre dar meus votos. Fiquei um tempo atarefada demais com questões urgentes, viagens, e parei de ler e publicar. Mas agora eu vou aproveitar e voltar. Que história fascinante que está ficando. Apaixonante. Li os episódios que havia perdido e agora vou comentar. Depois voltarei para pontuar. Vocês merecem. Que história incrível. Cheia de surpresas e viradas. Mas também com muita humanidade em quase todos. Adorei.

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Sentimos sua falta e dos seus textos incríveis. Até reli esses dias. Volte a postar logo, estamos ansiosas para saber em que pé está, na história, sua relação com Leopoldo.

Uma beijoca gigante.😘

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É só um conto erótico, amigo! Uma história fictícia como milhares de outras por aqui.

Não leve tão a sério, leia para se divertir.

Sua opinião e só sua e sempre será respeitada. Agradecemos a leitura.

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Muito bom o capítulo, parabéns.

Não sei se a Jaque e o Max estão lendo os comentários depois de decidirem se afastar mas caso estejam quero me solidarizar com os comentários indevidos e pedir desculpas caso eu esteja incluído entre eles.

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Entre o crível e o incrível, ou mesmo além deles, muita coisa pode ou não acontecer.

O que torna algo crível? A mera possibilidade sua ocorrência? Entenda-se que a amplitude do que não é impossível, como, por exemplo, um ser humano simplesmente ressuscitar dias após sua morte, é bastante grande. A partir da hipótese de que um evento seja POSSÍVEL poderemos discutir se é PROVÁVEL que realmente aconteça.

Lembro de ter lido “1984”, um livro de George Orwell, escrito em 1948 e publicado em 1949, quando eu tinha apenas 11 anos de idade e o pegara emprestado com um colega de turma do então 1° ano ginasial. Lembro, também, do quanto ele me impressionou e até tirou o sono. Lembro, ainda, que foi a infanto-juvenil certeza da impossibilidade da ocorrência daqueles fatos que me trouxe a paz de volta. E lhes pergunto, olhando do dia de hoje, aquilo tudo era impossível mesmo?

Quem jamais assistiu algum filme das séries DURO DE MATAR ou MISSÂO IMPOSSIVEL sem acreditar que muitas das cenas neles apresentadas não tinham qualquer possibilidade de acontecer na realidade, mas que se esbaldaram de rir entendendo-as como realmente eram, grandes piadas ou apenas sátiras.

Apoiando-me num velho ditado que diz que “há muito mais coisa entre o céu e a terra do que pode supor nossa vã filosofia”, obras de arte, como são as novelas, os romances, possuem a total liberdade de criação, podendo viajar por mundos, ambientes, muito além da nossa imaginação, valendo-se de certas “licenças” que permitem criar personagens, situações, fatos, que, à primeira vista interpretamos como incabíveis, injustificados ou mesmo impossíveis.

Um comentário das autoras diz que “nessa história não há santos e nem demônios”. Reescrevo a colocação afirmando que nem nessa história e nem nessa vida.

Divagando um pouco mais cito um trecho do poema “Loucos e santos”, de Oscar Wilde:

“.....

A mim não interessam os bons de espírito e nem os maus de hábitos.

Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.

Deles não quero resposta, quero meu avesso;

que me tragam dúvidas e angústias

e que aguentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo loucos!

E quero aqueles que jamais duvidem das diferenças

e que ainda peçam perdão pelas injustiças.

E aí, só sendo santos!

....”

E viva a criatividade dos autores – no caso, das autoras – e a liberdade dos leitores para interpretá-las como bem entenderem e gostarem ou não!

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