Já fazia 5 meses que estava ali em Londres, estudando quase que o dia todo e 3 meses que fazia um “bico” prestando serviços sexuais pela capital (e até outras cidades e países). Havia se tornado uma fonte de renda extra, eu basicamente sobrevivia do dinheiro da bolsa vinda do Brasil, sob muito aperto e abdicações, focando nos meus estudos e formação.
A prostituição era algo muito comum (tempos sem Onlyfans) em quase qualquer esquina dali, muito mais perceptível por quem caçava ou fazia parte do meio. Por sorte, eu não dependia de fato daquela profissão, escolhia meus horários e clientes, até os próprios valores eram diferenciados. Sem dúvida alguma as mulheres eram maioria, os homens (héteros) tinham também sua parcela, mas contavam com mais discrição das clientes e acabavam por sofrer mais no quesito quantidade. Já para os gays era algo muito acessível e fácil de ser encontrado, para todas as “classes” e gostos.
Como eu disse, pelo fato de a prostituição não ter sido minha principal ocupação, era minha principal fonte de renda. Em menos de uma semana eu conseguia juntar o valor da bolsa e às vezes até o valor do estágio. Dificilmente eu ia para a rua, as redes sociais eram muito interessantes para quem tinha paciência e tempo como eu. Era quase como um “pack do pezinho”, mas muitas vezes o material era entregue pessoalmente (as transações financeiras por meio digital por lá eram péssimas).
Alguns dos clientes sempre repetiam, chegavam até a se tornarem fixos semanalmente, ainda mais os que eu ofertava serviços por preços mais baixos. Quem eu sabia que tinha bastante dinheiro não baixava o valor, era certeza que os que queriam repetir pediam desconto e eu nunca cedia (sempre dava certo). Também não atendia fetiches esquisitos (ao meu ponto de vista), por sorte a maioria era para satisfazer prazer carnal mais comum e tradicional.
Eu estava ganhando muito dinheiro com tudo aquilo e mantinha todas as cédulas em casa. Era super arriscado e única alternativa, já que eu não podia depositar nada para não cair no rastreio da Receita. Logo, os programas nunca eram na minha casa, nem abri exceção, mesmo que os clientes pareciam inofensivos eu não paguei para ver.
No estágio era tudo na santa paz: meus chefes era super profissionais e corretos, havia poucos colegas na área em que eu atuava, então não tinha muito o que reclamar ou dar errado. Já na faculdade era bem mais difícil, pelo menos a convivência: eram inevitáveis os casos de xenofobia, preconceito e outros absurdos. Por sorte, não me ligava muito a isso devido ter diversos outros afazeres e estar ganhando meu próprio dinheiro (além de ir muito bem nos estudos).
Eu estava próximo de completar 6 meses ali quando um garoto que nunca havia trocado mais que meia dúzia de palavras diárias comigo me encontrou no refeitório. Chegou dizendo que queria participar de trabalhos acadêmicos no próximo semestre e eu refutei dizendo que não era isso e para ele ir direto ao ponto. Ele se surpreendeu com a espontaneidade e disse que queria conversar outra coisa comigo e eu disse para ele me encontrar numa cafeteria depois do estágio e assim ele fez, só depois de constatar que era um lugar calmo e sem muita frequência de alunos da faculdade.
Ele pareceu ser bem mais simpático fora do ambiente acadêmico, quando cheguei no local marcado ele já estava lá, sentado numa mesa mais afastada e recebendo da garçonete dois capuccinos. Sentei e ele me disse que havia pedido para mim também. Foi a primeira vez que pude observá-lo com mais calma: ele era extremamente branco, ruivo e sardas próximas às narinas; os olhos castanhos claros e calmos, ombros largos e músculos grandes, mas escondidos sob os agasalhos. O lado direito do pescoço um pouco vermelho, ele coçava um pouco revelando estar nervoso.
- Não te vejo tão nervoso desde a entrega de notas Modelagem. – disse tentando quebrar a formalidade.
- Já tu não precisavas muito se preocupar. – ele, David, retrucou (claramente ele usou o que seria um “você”, mas irei inserir “tu” nas conversas pois é o utilizado em minhas conversas de onde venho/moro.
O papo rolou e fluiu muito bem, ele era agradável, engraçado... Muito mais do que aquele corpo que eu tinha certeza de ser esbelto e muito bem esculpido. Conseguimos conversar por cerca de 30 minutos sem pausas até saber (ou pelo menos ter certeza) o real motivo de estarmos ali.
- Então... Um amigo meu... ele
- Pode falar, eu já imagino o que seja. – tomei a dianteira para deixá-lo menos encucado.
- Ele me disse que tu fazes uns serviços... Bom, ele acabou transando contigo por dinheiro. Ele acabou te vendo naquele evento científico que teve na faculdade e perguntou se eu te conhecia. Só me contou porque eu insisti muito.
- Sem problemas. Não é um segredo tão grande, só não gosto de ficar espalhando e contando para quem não vai fazer diferença ou importa.
- Quer dizer que para mim não importa esse assunto?
- Quem tem que me dizer és tu. Interessa?
- Bastante. – disse ele colocando a mão sobre a minha que estava na mesa, mas logo tirou e as bochechas coraram.
- É engraçado te ver assim tímido e sem graça, bem diferente de quando desfila pelos corredores ou está correndo pelo campo.
Ele novamente corou e notei que ele ainda não deveria ser assumido ou em dúvida, se descobrindo e não sabendo como e quando abordar alguém, principalmente se fosse homem. A gente deixou a cafeteria e foi andar pelas ruas, conheci um pouco melhor ele e entreguei sobre mim as coisas mais básicas.
- Então, depois disso tudo tu ainda queres ficar comigo?
Ele quase congelou, mas não fugiu do assunto.
- Eu nunca fiquei com outro homem e o máximo que vi foram poucos vídeos pornôs, experiência mesmo não tenho.
- Não vou ser doido a ponto de falar para a primeira experiência ser comigo, até porque eu cobro, mas deverias se abrir mais para outras pessoas que podem estar na mesma sintonia.
- Não, eu quero contigo.
Confesso que aquela afirmação e certeza dele me deixaram com enorme tesão e queria foder ele ali mesmo, mas podendo ganhar algo com aquilo não ia deixar barato e comecei a maquinar mil ideias e verbalizei a que me soou mais viável, safada e rentável.
- O que achas de assistir eu transando com teu amigo? Já fiz uma vez mesmo.
- Eu já havia pensado nisso. – disse ele rindo e parecendo mais interessante do que já era.
- Mas que fique bem claro que irei receber por ambos.
- Dinheiro não vai ser problema.
A gente acertou para aquele final de semana mesmo, era época que eu pouco fazia programa e o amigo dele (Rick) havia topado sem pestanejar e havíamos combinado de ser na casa dele. Bebemos um pouco na sala e fomos para o quarto, bem grande e não era tão arrumado, apesar de parecer que um dia chegou a ser organizado. O David, quem mais me interessava naquela noite, sentou-se em uma poltrona próximo ao computador e ficou lendo uma revista, parecia um pouco nervoso (mesmo que seus planos fossem só de assistir). Chamei o Rick com o dedo e ele se sentou ao meu lado na cama e o beijei. E foi um beijo com vontade, muito mais que na primeira vez quando estávamos sozinhos. Eu o beijava com desejo e me mostrando para o David que observava atentamente, passava a mão em sua coxa e encostei no pau dele que já estava super marcado e duro. Tirei a camisa dele e aproveitava para beijar mais ainda e passava a mão no corpo. Mesmo fazendo tudo isso os olhos do David não tiravam a atenção de mim.
Resolvi ousar e saí da cama e fui até o David tão rápido que ele não teve tempo de raciocinar e me sentei de frente no colo dele, tirei minha camisa e instantaneamente ele pousou as mãos na minha cintura. Tudo que eu fazia ele me acompanhava com olhar, sem desviar dos meus. Tomei a iniciativa de beijar e ele correspondeu com tanto desejo que quase superava o meu. Uma mão passava pelas minhas costas e a outra passeava e percorria meu peito e abdômen.
Quando nos desvencilhamos, o que deve ter durado uns bons minutos, o Rick ainda permanecia na cama, mas agora só de cueca. Aquele corpo alto, magro e músculos muito bem definidos, cabelo preto e encaracolado. Tirei a camisa do David e o puxei para a cama, onde beijei novamente o Rick. Rápido todos estávamos de cueca e o novato só olhava novamente até eu puxar ele para um beijo triplo. Nós três de joelhos na cama, segurando a cintura e bunda um do outro e se lambuzando num beijo maravilhoso.
Empurrei o Rick de costas na cama e mandei ele ficar nu. Na primeira vez que ficamos ele foi o ativo, mas eu estava comandando ali, independente de quanto eles estavam me pagando. Ele obedeceu e logo mostrava aquele pau um pouco grande, fino e reto. Virei para o David e não precisei falar nada e ele prontamente também tirou a cueca. Me deitei e o Rick tirou a minha, ambos não tiravam o olho da minha pica e mandei o Rick pôr na boca que o fez rápido. Ele chupava muito rápido e meio sem jeito, parecia que ele era o novato em tudo aquilo.
Enquanto o amigo me chupava, o David não parava de alternar os olhares entre os meus e o Rick chupando que logo mandei ele colocar o pau do novato na boca, e assim o fez. O rosto do David era de tesão só que mais pela situação que pelo oral, cheguei no ouvido dele e disse “me chupa e faz totalmente diferente do que ele fez”. Ele me deu um beijo tão bom quanto o primeiro e quase que empurrou o amigo para cair de boca no meu pau. Ele segurava levemente a base e tocava a cabeça com aqueles lábios macios que iam contornando cada vez mais centímetros da minha pica. Ele foi se acostumando com a grossura e cada vez que tentava engolir tudo, voltava para a cabeça e lambia. Até que ele tirou da boca e quase que não pronunciou o “eu vou gozar”. Puxei ele para um beijo, segurei o pescoço e disse “segura que tá só começando”.
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Vocês estão gostando da escrita e das histórias? Já tenho mais duas escritas (continuação desta) e logo retorno para o que foi apresentado no primeiro. Estava pensando em abrir um canal para bater um papo com vocês sempre que possível também, por e-mail seria um exemplo.
Espero que estejam gostando, estou tentando retratar com o máximo de detalhes que lembro e senti. Até mais.