Tudo bom meu povo, há quanto tempo não sento com calma para "rabiscar" uns causos do tempo que eu era novo!
Ando ocupado com meus afazeres do dia-dia, mas sempre que tenho um tempo sobrando, pego uma caneca de café cheiroso, acendo um cigarro e vou ler uns causos…
É de conhecimento dos que acompanham meus causos, que sou um sujeito nascido em fazenda, chegando ao mundo pelas mãos de uma parteira, e tendo como pediatra um índio que trabalhava com meu pai.
Cresci naquele regime de boi e pasto, domando tropas, trabalhando muito para não deixar a peteca cair.
Para alguém que nasceu nos anos 60, me considero "evoluído", mas só um pouco!
Alguns costumes de hoje em dia, não me parecem muito bons, mas esta é a vida e de uma certa forma temos que aceitar.
Revirando em minhas memórias, coisa que se faz com certa frequência depois dos 50 anos, e como diria meu finado avô:
- É meu fio, nóis véio só faiz alembra e pensá, pensá e alembra…
É bem isso mesmo!
Lembrei de uma das minhas muitas aventuras do período em que eu era jovem, faceiro, olhar esperto, piscadelas ligeiras, sorrisão fácil, sempre pronto para um esfrega-esfrega safadoso, com a mente cheia de intenções pecaminentas!
Perdi a conta de quantas vezes fui até a vila montado a cavalo, mostrando o porte físico de belas compleições que herdei dos meus antepassados vindos da Itália.
Sou uma mistura daquela gente, tendo um pé da Sicília e outro em Pádua…
Era uma época dessas de junho para julho, muitas quermesses na região, arraiais aqui e acolá, fogueiras, danças de quadrilhas, barracas de lanches e pastéis, quentão, vinho quente com maçã e outros comes e bebes típicos destes festejos caipiras.
Sempre fui meio quadradão, e gostava de chegar na cidade à cavalo, mesmo tendo veículos à minha disposição e dinheiro para custear minhas andanças em busca de "pererecas"...
Minhas queridas irmãs estavam afoitas com as festas, adoravam olhar os enfeites de São João, bandeirolas, roupas coloridas das quadrilhas, principalmente os doces que eram vendidos nas barracas, e aqueles brinquedos "vagabundos" ofertados em saquinhos transparentes...
Meus pais sempre iam mais cedo para a cidade, minha mãe gostava de acompanhar as missas e depois participar dos bingos, que naquela região repleta de italianos, era chamado de "tombola".
Os prêmios variavam de frangos assados com recheio de farofa com muitas azeitonas na "cinquina",ou leitoas assadas na cartela cheia. Nos sorteios "relâmpagos", onde o ganhador precisava acertar apenas cinco números em linha, se disputavam panelas de pressão, cortes de tecidos finos, chapéus, botinas, perfumes, jogos de faca...
Meu pai, tio e muitos outros pecuaristas da região faziam doações para a festa da igreja. As doações eram garrotes, novilhas, cavalos…
Sempre na última rodada, era oferecido como prêmio um animal.
Não era raro alguém mais abastado ganhar o prêmio e ofertar novamente para nova rodada do jogo.
Assim, a Santa Igreja Católica engordava os cofres da paróquia.
Geralmente nos domingos à tarde ocorria o leilão, e ali se via a caipirada mostrando sua submissão à santa igreja…
Davam lances altíssimos no gado, e ao ofertarem somas absurdas, olhavam orgulhosos para as mesas ao lado, demonstrando uma bondade e humildade que realmente não possuíam.
Nem preciso dizer que o gaiato do meu tio faltava pouco para ter convulsões de tanto rir, e meio fora de hora, às vezes soltava essa:
- Recebe o boi antes de embarcar, essa daí não paga ninguém direito…
Minha mãe e tia ficavam furiosas, o povo olhava torto, meu pai e irmãs riam de chorar das palhaçadas do velho Brancão.
Quem realizava o leilão, era sempre algum dos vereadores da cidade, que utilizava o microfone para fazer política, era engraçado. E quando ouviam meu tio soltar uma "gracinha", falava em tom ameno:
- Calma senhores, vamos manter a compostura… a festa é para ajudar a paróquia…
O tio respondeu uma vez:
- Tadim do Papa, tá pobrim o coitado… para de enrolação em fala logo esse caraiu de leilão, e se me oiá torto otra vêiz, eu vô aí em cima...
Naquela ocasião ninguém mais quis olhar torto pro meu tio, só minha mãe e tia!
O Brancão olhava pra mim, meu pai, e irmãs, dava piscadas e soltava fumaça com o cigarro!
Meu pai escondia o rosto, roxo de tanto dar risada!
Meu tio achava um absurdo participar daquelas festas, e ainda doar alguma coisa para os ttesoureiros fazer sabe lá o quê com aquela soma altíssima de dinheiro. Mas fazia as vontades da minha tia, mulher muito bondosa e católica até dizer chega!
Em casa agente comentava o que será que faziam com aqueles dinheiros, pois os salões paroquiais estavam sempre em reformas que nunca acabavam. E quando faziam alguma reforma ou pintura, nem se passava seis meses, achavam algum defeito, e tome obras de reforma outra vez...
Já contei em outros causos que meu pai e tio ajudavam um sem tanto de pessoas, pagando contas, mandando levar mantimentos, mas tudo na moita, sem alarde, afinal de contas, mesmo sendo um "pecador" safado, fazia sua parte como ser humano bem intencionado, sem querer levar créditos.
Nunca souberam disso, mas em nossa região, meu amado tio e o pai, doavam somas em dinheiro e matavam bois no açougue do avô do meu amigo, o Joãozinho, e mandavam entregar nos azilos e orfanatos. Tudo era na moita, e o avô do João mandava entregar.
Mas éramos considerados por boa parte da "boa" gente católica do lugar como safados, grosseiros, sem modos!
Lembro que alguns faziam piada pelas nossas costas, dizendo que meu pai mantinha um índio como "escravo"!
Poucos que nos conheciam sabiam da história de como meu avô, pai e tio haviam encontrado o índio Miguelito, o livrando de morte certa pelas mãos de um jagunço lá pras bandas do velho Mato Grosso. Contei esse causo na história Recordações de um Passado Distante.
Bom, meu pai era da mesma opinião do tio, mas também cedia aos apelos de minha mãe, que era possuidora de uma fé sincera!
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Meu tio havia chegado em nossa fazenda, estava arrumado, camisa branca, chapéu novo, cheiroso igual uma rapariga.
Assim que estacionou a caminhonete embaixo da velha Sete Copas, fez aquela algazarra… buzinando, assobiando e querendo saber onde estavam seus sobrinhos!
Minhas irmãs saíram correndo, indo abraçar e tomar a bênção dos nossos tios queridos.
Eu estava terminando de almoçar, lembro que naquelas épocas eu não comia no alpendre, pois sempre havia uma ventinho frio soprando, e aquilo enchia o prato de areia e folhas!
Recordo que o Miguelito estava passando um tempo em uma fazendinha que meu pai havia arrendado, deixando o nosso amigo índio cuidando de tudo naquele retiro. Era o homem de confiança do meu pai!
Assim que meu amado tio chegou na porta da cozinha, me vendo sentado "derrubando" um pratão de comida, falou em tom de piada:
- Então o nenê tá papando ainda, tadinho do meu lôrim, como tá fraquinho…
Ele era sarrista demais!
Era a mesma coisa todas as vezes. Chegava em mim, bagunçava meus cabelos com aquela mão que parecia uma pata de onça, e ficava me admirando.
Ah que saudade!
Mais cedo estive campeando a boiada com apeonada, por isso demorei um pouco além da conta curando uns bois, e não iria com eles para a festança.
Meu tio queria saber quais eram meus planos para o logo mais. Matei mais uma garfada e falei com cara muito séria:
- O tio, vou mais tarde e de cavalo, quero chegar à moda antiga, e vou levar o rosário… Quero rezar um pouco!
Meu tio soltou uma gargalhada daquelas de estremecer as travessas do telhado, fazendo voar morcego, disse que não iria me dar uns tapas por eu estar almoçando.
Logo chega minha irmã mais nova esticando os bracinhos, pedindo colo pro meu tio. Assim que ela pendurou no seu pescoço, ficou fazendo bico, lamentando:
- Oh tio, o Beto vai é namora, isso sim… ele vai pegá os cavalo maluco dele e vai daninhá na cidade… nem qué sabe de brinca comigo e comprá doce pra mim…
Meu tio ria da ciumeira da pequena, que ficava roxa falando, e lamentando-se da minha falta de atenção com ela.
Confesso que não ficava empolgado em me imaginar cuidando de criança em uma festa cheia de moças de toda região e de outras cidades.
Havia terminado o almoço, minha mãe e irmãs estavam arrumadas, e logo meu pai apareceu. Ele e meu tio, além de irmãos eram melhores amigos, e sempre se cumprimentavam com apertos de mãos estalados que doíam só de olhar!
Saíram logo após, me deixando sozinho na fazenda, com a cabeça cheia de más intenções com as moças que eu iria encontrar na festa.
Fui até o alpendre olhar minha familia partir rumo à cidade, o vento fazia as folhas caídas pelo terreiro rolarem, fazendo montes nos cantos da casa, varanda, beiras de cerca…
Mesmo no inverno, aquela região ficava linda.
Os Ipês, que eram muitos no oeste paulista, davam um espetáculo à parte destacando-se das demais árvores.
Era um deslumbre aquela nuance de cores que variavam de flores brancas, rosas e as lindíssimas amarelas.
Falo sem receio, minha árvore favorita é o Ipê amarelo!
Fumei um cigarro, comi um doce, afinal eu era e ainda sou "veiaco", e sempre que vou para uma festa, costumo comer alguma coisa antes. Parece loucura, mas meu avô ensinava assim:
- Come arguma coisa antes de tocá pra festa… vai que a comida num é boa, ocê fica de bucho roncânu depois…
Dei mais um tempo, devia ser umas 14:00 hs. Fui tocar a tropa até a remanga do curral e escolher um animal para me levar até a festa.
Não tive muito que pensar, e escolhi o meu castanho Ligeiro. Um dos melhores cavalos que tive em toda minha vida de pecuarista e dono de tropas.
Faltava falar aquele cavalo, de tão ensinado!
Naquela época, os sitiantes e fazendeiros que não estavam atentos, por conta da seca e tempo um pouco mais frio, as pastagens ficavam baqueadas, deixando as tropas e boiadas magras. Não era o nosso caso, e meu pai e tio gastavam sem dó com rações e milho para nossa criação.
Nossos cavalos eram sempre gordos, pêlos brilhando, bem casqueados e tosados com capricho.
Sem falar nas "mandingas" e magias do velho índio Miguelito…
Levei pelo cabresto o Castanho até o galpão das tralhas de arreios.
Escolhi meus apetrechos mais bonitos para aquele passeio.
Em tais ocasiões eu arriava meus cavalos com as tralhas de alpaca.
Era burçal, cabeçada, freio e peiteira feitas com argolas e virolas deste metal, a alpaca.
Deixei o Castanho Ligeiro bem "traiado", arreio cutiano juncão pantaneiro, pelego macio e baldrana em vaqueta macia amarelinha, porta capa e um laço de mateiro arrumado em três rodilhas na anca do meu cavalão.
Deixei o Castanho na porta de casa me esperando e fui me arrumar.
Escolhi uma camisa branca, para ficar igual ao meu tio herói, calça rancheira nova que era Wrangler, Lee ou Lévi-Strauss.
Quem tem mais de 50 anos vai se lembrar destas marcas!
Cinta de couro com tala larga preta, fivelão boiadeiro de alpaca, botinas pretas cano longo, lenço preto bordado em detalhes brancos e chapéu preto para completar o traje do cowboy.
Tomei um banho quentinho, fiz a barba, fiquei cheiroso igual uma quenga. Eu caprichava no perfume para aquelas ocasiões…
Lembro que às vezes passava um pouco da loção pós barba que meu pai usava, no lenço, para completar a coisa toda.
Peguei minha carteira, coloquei uma boa soma de dinheiro, cigarros e meus halls cereja, fechei a casa, deixei as luzes do terreiro ligadas e fui até meu "veículo" Castanho.
Antes de ganhar o arreio, calcei minhas esporas de alpaca, herança do meu finado avô, pai da minha mãe, vesti a calça de couro para não sujar a barra da calça com o suor salino do cavalo, arrumei no porta capa uma jaqueta de couro preta forrada por dentro. Naquela época, as noites costumavam ficar bem mais frias.
Toda vida odiei passar frio!
Soltei o cavalo do esteio de aroeira do alpendre, arrumei o cabo do buçal (cabresto) por baixo dos pelegos, coloquei o pé esquerdo no estribo e ganhei lombo no meu companheiro de jornadas.
Naquele ano, havia uma família trabalhando com meu pai. Moravam em duas das casas da colônia da fazenda do meu velho. Eles não tardaram sair para a festa. O senhor tinha uma filha casada com um rapaz bom de serviço, que também trabalhava como peão boiadeiro para nós.
Sairam instantes antes, fazendo voar poeira com a Rural Willys verde de propriedade do velho cavaleiro.
Passaram por mim buzinando, fazendo gracejos…
Saí em passo lento, sem pressa, fechei a porteira que beirava a estrada de rodagem, e saí trotando com calma.
Era a mesma rotina de sempre, pegava o caminho, olhava o relógio, batia a mão no bolso, pegava um cigarro, levava à boca e riscava a binga, fazendo fumaça no Marlboro vermelho…
Devia ser umas 16:00hs, não mais que isso.
A festa devia estar a 1000 por hora, com todas as barracas lotadas em torno da velha Matriz, na rua de trás, no rumo onde ficava a sorveteria, local de terrenos grandes e Máquinas beneficiadoras de grãos, o parque com brinquedos e a famosa roda gigante.
Pelo caminho, passaram muitos dos nossos conhecidos em carros, caminhonetes e caminhões das fazendas vizinhas que levavam os colonos para se divertirem nos festejos de São João.
Todo mundo buzinava e acenava as mãos. Alguns gritavam dizendo : - "logo mais nóis se vê na festa"... "Aôôô doido, vâmu logo moço"...
Tenho saudades daquilo…
À as vezes eu precisava esbarrar o cavalo nas rédeas esperando o poeirão abaixar, só para depois dar um leve toque de esporas fazendo meu cavalão pegar rotina na boiadeira (velha estrada de terra).
Minha cabeça fervilhava pensando nas bucetinhas que estariam por lá.
Juro à vocês que sempre senti um frio na barriga naqueles momentos que antecediam paqueras...
Segui tranquilo, pois de toda a região eu era o retardatário. Sempre fui meio diferente, à moda antiga, causando certa perplexidade no povo na região.
Consideravam um absurdo, eu sendo filho de um conhecido fazendeiro pecuarista da região, chegar à cavalo na cidade, cortando léguas no trote como faziam os pioneiros daquela região.
Meu pai e tios adoravam meu estilo, e não me questionavam, limitavam-se a dizer orgulhosos:
- O Beto é dos nosso, bem sertanejão mêmu…
O povo tinha uma baita inveja, isso sim.
Meus familiares não viviam com as ceroulas penduradas em empréstimos bancários com juros calculados pelo próprio satanás. Pagavam tudo e todos em dia, de forma justa, devo destacar! Quem fosse trabalhar para eles, sendo esforçado, honesto, sempre eram recompensados!
Assim falavam meu tio e pai, tendo aprendido com o pai deles:
- Ocêis seja honesto, bão pagadô, que as coisa só dá certo na vida!
Sábios caipiras sem modos!
Após parada estratégica para uma mijada boa ao lado de uma velha árvore que em minha região à chamávamos de Farinha-Seca, apertei as barrigueiras do arreio, conferi meus apetrechos, arrumei meu "mangote" dentro da zorba, ganhei lombo e segui meu rumo.
Uma observação: sempre que eu parava naquele lugar indo para algum "esquema", quando acabava de mijar, balançava a chulapa falando com meu companheiro de safadezas: - "é hoje bichão". Kkkkkkkk
A tarde ia caindo lenta, lá pras bandas do oeste poente, o céu estava ficando avermelhado…
Como era lindo o pôr do sol da minha região. Meu amado Oeste Paulista!
Apesar de sempre ter gostado mais do amanhecer, a alvorada!
Assim que encontrei meu atalho no meio do roçado, fui devagar com o cavalo. Era terra tombada, meio fofa, e isso cansa muito a montaria se apertar o passo do cavalo.
Nem meia hora depois alcancei o velho cafezal… mais alguns minutos e já pude ouvir os barulhos da festa que atingiam aquela saída da vila.
Desci o trieiro no meio do barranco vermelho, peguei trecho beirando o velho asfalto esburacado, e fui analisando a vilinha.
Alguns minutos depois, alcançamos o bebedouro municipal, onde cavaleiros viajantes e carroceiros matavam a sede de seus animais.
O local estava vazio, as casas fechadas, nem cachorro se encontrava pelas ruas.
Todos estavam na festa!
Após matar a sede do meu cavalo, quebrei rédeas à esquerda e subi trotando até a rotatória daquela rua, local próximo onde morava uma moça que eu nem sabia que um dia iria namorar!
Passei a rotatória que era feita em pedras redondas iguais aos cascos de jabutis pintados em amarelo reluzente.
Desci o avenidão no passo lento, e a cada metro eu conseguia observar o movimento mais à frente.
O cheiro de milho assado, pamonhas, churrasquinho, linguiça, quentão e tudo quanto há em uma festa daquelas começava a alcançar minhas narinas.
Alguns dos meus conhecidos deram as caras e logo fui cercado por uma turma. Um ou outro sempre faziam essa observação:
- Só o Betão pra vim de onde ele mora montado à cavalo em um dia de festa na Vila… o doido acha que tá nos tempo do Dom Pedro…
Rachavam de rir da cara e pose que eu fazia por cima dos arreios, dando de ombro!
Descemos mais uns três quarteirões e logo alcançamos o entorno da velha praça da Matriz.
Lembro que aquilo estava LOTAAAADO de gente!
Eu igual cachorro em procissão, não sabia pra onde olhar. Era muita mulher esparramada para tudo que era canto.
Umas conhecidas de vista, outras da minha vara, e uma quantia absurda de visitantes de cidades vizinhas.
Confesso a vocês que eu fazia aquilo de propósito, para atrair a atenção das moças, que me viam passando montado em um belo animal, trocando cutucões, cochichando, risinhos, lançando olhares que faziam promessas…
Pior que também atraía olhares dos pais atentos, maridos raivosos, noivos preocupados e namorados enciumados. Kkkkkkkk
Sei que era muita "muié boa" naquela festa!
Famílias caminhando unidas, casais de mãos dadas,molecadinha com as bocas e bochechas melecadas de açúcar vermelho das maçãs do amor, sacos de pipoca, palhas de pamonhas espalhadas pelas ruas…
Do alto de minha montaria, cacei com os olhos minha família "buscapé".
Sem sucesso os procurei, havia muita gente no local…
Disse pros meus jovens companheiros que eu ia dar um giro em volta da "bagunça", e logo encontraria com todos.
Fui à esquerda, tomando cuidado com o povo e as crianças que corriam por todos os lados, subi margeando o lado de trás da velha igreja, logo rompi na rua de cima.
Não havia um pau para amarrar uma cabrita, tanto eram os carros e carroças estacionadas em tudo que era canto.
Logo fui reparando nas belas donzelas que circulavam pra lá e pra cá. Algumas me dirigiam olhares e sorrisos. Eu cordialmente como um bom projeto de cafajeste que era, retribuía com piscadas, sorrisos sinceros, toques na aba do meu chapéu preto…
Eu amava aquela paquerinha, e não tardava meu sucuri albino da cabeça rosa se revirava nervoso dentro da zorba, dando sinais de vida, pressentindo "tocas" para se aninhar! Kkkkkkkkk
Parei o cavalo na beira da praça, em frente onde havia uma oficina de carroças e charretes.
Pela topografia da rua, aquela parte era mais elevada, possibilitando observar tudo e todos, ainda mais estando no alto do meu cavalo.
E tinha gente chegando e entupindo a praça.
Em frente às portas do velho templo católico, havia uma barraca em lona alaranjada, feita em duas águas, dentro estava o padre, e um bom tanto bando de puxa-saco das "boas famílias" cristãs…
Uma aparelhagem de som, um dos políticos do município falando ao microfone agradecendo aos apoiadores e colaboradores…
Em frente ao palco da barraca, espalhadas pelas alamedas da praça, umas 200 mesas e cadeiras de lata, ou mais, e a boa gente católica sentada em volta, risos, copos de cerveja, tubainas, frangos assados, coxinhas, doces e tudo quanto havia para se comer espalhados pelas mesas.
Pelos meios das mesas, circulando como loucos, voluntários vestidos com camisetas e aventais da paróquia, trabalhando como garçons, acudindo o povo que tinha sede e fome…
Minha família sempre tinha quatro mesas na festa, que eram reservadas para aquelas que doavam bois para as rodadas de do bingo, leilão e rifas!
Acendi um cigarro e fiquei observando aquele povaréu todo.
O barulho era absurdo!
Logo o presidente da Câmara Municipal, tio de um certo molecão tonto que media uns 2 metros de altura, magrelão folgado pra caraiu que um dia eu cobriria no tapa, e o cú de chutes, iniciou a leitura dos nomes daqueles que haviam doado bois para a festa.
Demorou um pouco, e logo que falou o nome do meu pai, e tio, ouvi o Brancão dando um grito e assobiando alto no meio do povo.
Eu havia encontrado meus familiares!
Estavam no miolo de onde estavam as mesas. Vi minha tia dando cutucão nas costelas do meu velho tio, para ele parar com aquela bagunça.
Conhecendo o Branco, já devia estar com umas pingas "esquentando o calo"!
Meu pai rindo e falando com um outro velho boiadeiro bigodudo que usava um chapéu preto de abas largas parecendo um pneu de trator, que estava sentado ao lado com sua família.
Era o famoso "Véio"... aquele que um dia foi meu mentor, patrão e melhor amigo!
Minhas irmãs rindo das molecagens do meu tio, e minha mãe com aquela serenidade de sempre, observando tudo segurando um copinho de guaraná nas mãos!
Puta que pariu, que saudade!!!!!! 💔
Em momentos assim, eu imaginava que aquilo nunca iria acabar…
Resolvi apear de minha montaria, retirar minha calça de couro e esporas, deixando tudo arrumado e amarrado sobre meu cavalo.
Estava começando a escurecer, as luzes foram acendendo nos postes, e a festa estava só começando…
Dei mais um tempo por ali analisando tudo, depois fui até a casa do velho mecânico de carroças. Era velho conhecido de meu avô, e como estava com idade avançada, não costumavam tomar parte nos festejos do município.
Bati palmas, precisei gritar, e logo o velho apareceu com cara de poucos amigos. Era rabugento de tudo!
Não havia me reconhecido, mas assim que me apresentei, fui convidado a entrar no rancho da oficina.
Expliquei que não queria deixar o cavalo amarrado em local muito distante da festa, e cordialmente me autorizou deixar o Ligeiro amarrado no lado de dentro do galpão da oficina.
Disse que pagaria a estadia do cavalo, mas o velho nem quis saber daquilo, limitou-se a dizer para eu não perder tempo, e ir aproveitar a festa e namorar…
Antes me alertou de como deixaria o trinco do portão encostado, para facilitar minha partida. O velho dormia cedo, e logo estaria no "berço".
Me despedi do velho, sai para a rua, arrumei meu traje, acendi outro cigarro e fui encontrar com minha amada família.
No trajeto encontrei colegas, amigas, amigos, umas biscates, outras mocinhas mais sérias…
Ganhei abraços sinceros, sorrisos e muitos beijos no rosto.
Lembro de todas dizendo o quanto eu estava cheiroso, principalmente as biscatinhas da região!
Rompi no meio daquele povo todo com o rosto e pescoço cheio de marcas de batom, quando ouço anunciar no serviço de som da paróquia, que dali uma hora dariam início às vendas das cartelas do bingo, e logo depois iniciaram a leitura dos correios elegantes "falados".
Quem não conhece o Correio Elegante, era assim:
Você pagava pelo cartão, escrevia uma mensagem para a garota de sua escolha, e o serviço do correio elegante entregava o recado, ou liam a mensagem no auto-falante. Era um barato!
Sem contar que eu e meus amigos sacaneavamos alguns da cidade, mandando recados para as namoradas dos folgados do lugar. E eram recadinhos anônimos, o que deixava os enciumados soltando fogo pelas ventas!
Às vezes você contratava o serviço de receber uma resposta, aí se pagava "um cartão e meio"...
Ah que saudade!!!!
Iniciada a leitura dos recados, que variavam de mensagens em códigos, que só o destinatário e o remetente conheciam, elogios para as moças que estavam com um broche tal, um colar tal ou uma roupa que se destacava, cabelos presos ou soltos…
Mensagens carinhosas, juras de amor… e óbvio que faziam uma triagem, evitando ler algum recado mais "inapropriado" perante a boa gente católica e do casto e pudico sacerdote do local.
Não tardou, ouvi o locutor das missivas amorosas sorrir e comentar perto do microfone com as mulheres que separavam os bilhetinhos:
- Mas quanto recado pra esse tal Betão… eita cavaleiro do chapéu preto…
E iniciou a leitura!
Havia recado de amor, pedidos de namoro, alertas de meninas ciumentas…
Logo que souberam que era comigo aquela falação, alguns conhecidos começaram a tirar sarro da minha cara.
Alguns passos a mais, pedindo licença para as pessoas que afastavam as cadeiras que impediam o acesso por entre as pessoas, cheguei onde estava minha família.
Saudei a todos, notei que o nosso amigo, o Véio, havia juntado suas mesas às nossas, e foi com alegria que abracei a todos.
Todos rindo da minha cara pelos recadinhos, menos minha irmã mais nova, tia e mãe.
Com a cara fechada, estando séria, quase perdendo a esportiva, minha mãe me chamou até ela me fazendo abaixar o rosto… pegou um lenço e foi limpar as marcas de batom do meu rosto e pescoço…
Fiquei sem graça, todo mundo olhando pra mim... já era bem crescido para aquilo, mas não me importei, fazendo cara de molecão inocente.
Meu pai, tio e o Véio apelaram muito comigo!
O último recado foi de uma pessoa que reconheci e soube quem era.
Dizia mais ou menos assim:
- Oi Beto, veio à cavalo para festa, vi você deixando seu Castanho amarrado na oficina… não esqueço aquela tarde na chuva… Santo Antônio é testemunha...ainda vamos nos casar nesta igreja, meu amado!
Até gelei dentro das botinas ouvindo aquilo. E foi só apelação comigo.
Meu tio quase caiu da cadeira de tanto rir, meu pai me mandando tomar tipo de homem!
Fazia algum tempo o ocorrido entre eu e a remetente da mensagem falada...
Era uma menina da cidade que o pai tinha um comércio, conheciam muuuuito minha família, e foi em um churrasco de aniversário em um sítio próximo a fazenda do meu tio onde aconteceu tudo.
Pela amizade entre as famílias, e alguns amigos em comum, acabei sendo convidado para o aniversário da mãe dessa moça.
A incauta tinha um jeitinho meio desengonçado, ajudava o pai no comércio, era inteligente, não era muito de sair aos finais de semana, e sempre que o fazia, era acompanhado pelos pais.
Sendo bem sincero, nem sabia que havia despertado o interesse na menina.
Eu havia ido sozinho, mas levando um presente que meus pais haviam mandado comprar, para não fazer desfeita.
Quando cheguei no local da festa, fui recepcionado com toda educação, e logo foi chegando carne assada e uma cerveja gelada...
A tal moça, que pouco conversava comigo, demonstrando uma "certa alegria", provavelmente causada pela cerveja, estando risonha, soltinha, veio ao meu encontro, me abraçou e tacou beijinhos estalados no rosto.
Até aí tudo normal, eram os anfitriões da festa. .. Tudo era festa!!!
Mas no decorrer do dia, a moça foi ficando ainda mais soltinha, sorrindo muito, e sempre que eu a procurava com os olhos, a danada estava me encarando.
Mexia muito nos cabelos, arrumava a camiseta, alinhava a bermuda… literalmente me jogando um charme.
Eu que sempre fui lampino igual um lambari de corredeira, tratei de entrar no jogo.
E nessa de trocar olhares, sempre atento a tudo e todos, principalmente seus pais, fui reparando melhor na menina, que sempre dava um jeito de aparecer onde eu estava, seja pegando carne na beira da churrasqueira, ou fumando em volta da casa em algum lugar do terreiro.
Apesar da cara de inocente, possuía um corpão! Nem preciso dizer que meu mangote começou a dar sinais de vida.
E não teve nenhuma outra que tivesse me despertado interesse naquela festa…
Bem no cair da tarde, os mais jovens se apartaram do restante da festa, fomos para o fundo da casa conversar, deixando a veiarada no alpendre da casa sede conversando, outros jogando baralho, as comadres fofocando...
Os jovens foram conversar em um rancho afastado uns 50 metros da casa onde estava acontecendo a festa. Estávamos em oito.
De todas as moças que estavam naquele nosso grupo, a que estava me querendo era a mais jeitosinha.
Cada um dos rapazes escolheu a sua e ficaram naquela conversa mole, todos meio alegres por conta do álcool...
O tempo estava meio carrancudo, e acabou chovendo bastante.
Cada um foi procurar um canto para dar uns malhos em suas gatinhas, ficar na pegação. Acabei ficando com a moça por ali mesmo, escondidos no fundo do galpão.
Ela era uns 2 anos mais velha que eu, não era muuuuuito bonita, mas tinha um corpo feito, seios grandes que espetavam a camiseta, compridos, pontudos… pareciam cones!
Ela com cara de "e o que vamos fazer agora"... Acabei agarrando a moça e dando uns malhos safados.
Assim que beijei sua boca, senti um gosto forte de cerveja. Estava de fogo!
A coisa esquentou pra valer quando levantei um pouco sua camiseta e alisei sua barriga e as costas.
Causei um arrepio na menina, que gemeu em desespero, até parecendo nunca ter recebido uma carícia mais safada.
Notando uma receptividade por parte dela, segui com minhas bolinagens, desci a mão pela bunda, apalpando e apertando com força, abrindo as polpas, dedilhando o rego… passei beijar as mamas pontudas por cima da camiseta, mordia a ponta...
A moça perdeu de vez o juízo, e só falava que aquilo era uma loucura, que sua cabeça estava rodando, estava com calor…
Segui com meu trato, e desta vez fui atacar aqueles peitões.
Subi sua camiseta e soutien, mamei feito bezerrão guaxo aqueles peitos duros de bicos rosados.
A moça ficou fora de si, me beliscava e arranhava as costas…
Nem quis saber de nada, aproveitei que a chuva estava malhando sem dó, olhei em volta, e não se enxergava um palmo fora do coberto do rancho…
Encostei a moça em uma bancada de madeira onde havia ferramentas e outras tralhas, desci sua bermuda até a altura dos joelhos e apliquei sessão de beijos e sugadas em sua barriga branca com leve saliência no ventre, beijei sua buceta peluda por cima da calcinha… deixei a moça, que tinha uma carinha de sonsa, daquelas criadas com a vovó, trêmula, sem ação!
Me agachei, desci a calcinha da moça, e soquei a língua no racho peludo. Estava aquela "tragédia", a farta pentelheira negra toda ensopada!
Meia dúzia de chupadas naquela buceta salgada, com cheiro de mijo, quem entrou no cio igual um garanhão fui eu.
A cada investida de minha língua naquela fenda peluda, a menina gemia e ia amolecendo as pernas.
Passei um bom tempo com a cara atolada naquela buceta peluda de moça séria, enfiava o nariz e aspirava aquele cheiro gostoso de fêmea excitada.
Aquilo me deixava maluco!
Em algumas passadas de língua, alcançava seu cuzinho. Ela dava tapas na minha cabeça, me mandando parar com aquilo.
Sei que a danada estava gostando das minhas linguadas, chegou ensaiar um rebolado meio desajeitado na minha cara, gemendo enquanto mordia os lábios.
Em certo momento da nossa sacanagem, ouvi dela uma coisa que já havia escutado pela boca de muitas outras:
- É verdade...você faz isso com as meninas, Beto… nossa…
Referia-se ao fato do peão aqui adorar chupar uma buceta.
Algumas moças comentavam na cidade este meu "costume feio" e sujo para aquela época!
Me levantei, estava para infartar de tanto tesão… soltei a fivela e abaixei um pouco a rancheira e zorba, soltei o trabuco igual uma vigota de tão dura e fui aliviar minha vontade.
Mesmo naquela penumbra, com o pouco de claridade daquele fim de tarde, ela pode ver o tamanho que estava meu caralho, veias pulsando, cabeçorra brilhando meio babada na ponta…
A sonsa piscava muito, boca entreaberta, respiração ofegante, coxas tremendo…
Dei um beijo demorado naquela boca rosada, peguei sua mão e levei até meu cacete.
Quando a moça encostou sua mão na minha vara, senti o quanto estava gelada a palma.
Ouvi sua voz trêmula, demonstrando um nervosismo fora do comum:
- Eu nunca fiz isso… eu sou, eu… eu, eu sou virgem, Beto… o que você vai fazer comigo?
Falando isso, fez carinha de indefesa, assustada.
Ah meu povo, aquilo me deixava maluco!
Me relatou sua virgindade, seus receios, mas não fez menção em fugir do local. Só me restou "fazer o serviço"!
Dei mais uns beijos, chupei com força seus seios macios, mordi com força sua barriga, lambi a buceta e depois de deixar a moça quase chorando de tesão, tremendo igual vara verde na ventania, iniciei o descabaçamento da sonsinha!
Foi em pé, encostado naquela bancada!
Ela era pouca coisa mais baixa que eu, um palmo mais ou menos. Arranquei sua bermuda e calcinha, peguei sua perna direita, ergui afastando um pouco para o lado, arrumei a cabeçorra da vara na entrada da buceta virgem.
Com a pica dura, segurei a jibóia pela base, rocei bastante, arrumei lá e cá um pouco a peleira espessa daquela xana, com vigor deixei a cabeçona caolha prensada na "fenda cabaça" ensopada, deixando a tora estacionada.
O cheiro das intimidades da moça exalava forte, e eu com o coração quase saindo pela boca...
Perguntei a ela se estava pronta. Não me disse nada, estava entregue, olhos entreabertos, boca tentando murmurar alguma coisa, mas nada disse, apenas suspirava forte, ofegante, excitada, esperando para ser feita mulher.
Com um movimento, avancei a cabeça da rola em direção ao cabaço, forcei a membrana virginal que guardava suas "virtudes".
A moça escorou-se com os punhos cerrados na bancada, mordeu os lábios, pendeu a cabeça de lado esperando a fincada derradeira!
Eu adorava aqueles momentos!
Forcei a pica um pouco mais, penetrando a cebeçorra, deixando entalada até o pescoço da bitela. Ouvi um "aaiii" sofrido!
Até minha rola ardeu ao passar daquele ponto. Entrou rasgando junto com aquela pentelheira negra, grossa igual barba de queixo.
Nova sessão de súplicas e gritinhos, meio grunhindo, jogou a cabeça, balançou os cabelos, mas não fugiu ou pediu arrego, ao contrário, suplicante falou quase sem fôlego:
- Aiiii Betoooooo...vai logo… me faz mulher… tá doendo muito… como arde...
Ouvindo aquilo, meu pau pulsou as veias, as bolas latejavam… empurrei mais, e mais, retirava um pouco e socava mais e mais…
A chuva caía sem dó, ventania e trovoadas…
Pelo horário, a tarde estava sumindo, e com nuvens grossas de tempestade, o local ficou escuro.
Forcei até onde deu, parei por um instante, peguei seu rosto com calma, beijei sua boca, senti seus lábios secos, e dos olhos, lágrimas quentes escorriam molhando suas bochechas.
Naquele momento, outra moça virgem perdia o juízo e o cabaço!
Me abraçou, ficamos namorando naquele escurinho. Meu pau em alguns momentos latejava pulsante, causando dor naquela buceta recém inaugurada. Ela parava de me beijar, sentia seus lábios abertos e rosto franzindo.
Pedia suplicante:
- Calma, calma… ainda dói… calma!
Ficamos nesse vai-e-vem um bom tempo.
Sempre amei a sensação de estar com a vara entalada em uma bucetinha apertada.
A menina ficou mais fogosa, estava se habituando às investidas do meu pauzão em suas entranhas.
Consegui fazer a danada gemer um pouco, meio desajeitada, envergonhada ou sei lá o quê.
Meti gostoso naquela mocinha com jeito sonso, tirei sua virgindade, como a de outras tantas que se aventuravam a dar "voltinhas" comigo em locais desertos ou escurinhos.
Segurei as pontas até onde deu, anunciei que ia gozar.
Ao retirar o vergalhão pulsante daquela buceta, pude sentir o melado quente vindo junto.
Ela sem saber o que fazer, seguindo minhas ordens, a fiz ficar de joelhos, tentei socar a rola naquela boquinha rosada, mas acredito que pelo gosto e cheiro de sangue, a moça fugiu de abocanhar a vara.
Mesmo assim, esfreguei o cacetão naquele rostinho recatado, a fiz bater uma punheta, rocei nos seus peitões…
Quando senti que a porra estava na "agulha", mandei ela se levantar.
A virei de costas, enfiei o pau no meio daquela bunda branquela, rocei no seu cuzinho, causando medo e tentativas de fugas, como se eu fosse enrrabar seu anel, depois enfiei um pouco na buceta…
Ela reclamou que estava dolorida demais, toda ardida…
Descarreguei uma esporrada absurda no meio do rego e das coxas da sonsinha.
Me acabei!
Refeitos da nossa loucura, nos abraçamos, trocamos beijos, e como em algumas outras muitas vezes, ouvi os lamentos da mocinha:
- Que loucura que fui fazer… você leva agente no papo… agora não sô mais virgem… meu pai vai me matar… você vai ficar comigo, né… agente vai casar né … não vamos?!
E eu, óbvio que concordava com tudo. Falava tudo que elas queriam ouvir!
Que me casaria, seria dela para sempre, e de nenhuma outra… blá blá blá.
Em breve momento de lucidez, assustou-se, preocupada por estar sozinha comigo, descabaçada… onde estariam os outros que estavam por ali conosco.
Acabamos de nos arrumar, ela estava toda "amarrotada" e dolorida... a levei pela mão até a beirada do galpão, e pela breve calmaria da tempestade, conseguimos ver a casa onde estava acontecendo o churrasco, povo conversando, bebendo e comendo.
A mocinha sorriu quando uma rajada de vento nos atingiu, molhando nossas roupas, e por fim, a puxei para a lateral do galpão e ficamos namorando na chuva.
Foi bom para lavar as pernas da menina, que deviam estar toda melada de porra e sangue!
Ela nem sequer pensou naquilo, estava nas nuvens.
Havia se tornado mulher, tinha arranjado um namorado, futuro noivo e marido dedicado!
Lembro que durante aquele amasso na chuva, ela sorria falando o quanto eu era lindo, que aquilo era um sonho, que não conseguiria dormir aquela noite...
Lembro de ter saído com ela mais umas duas ou três vezes, e como todas as outras, ficou maluca, doida e sempre enciumada. Sempre me cobrando para ir falar com seus pais e formalizar nosso relacionamento, afinal de contas, eu havia "roubado" sua pureza, a transformando em uma mulher feita!
Ahãm...Capaz mesmo! Kkkkkkkk
Eu sei, eu sei… Eu era um cafajeste!E apelaram comigo até umas horas!
O Véio dando uns tapas nas costas do meu pai, falou:
- Esse tar de Beto é terrívi, esse é teu fio, cumpadi… vai precisá capá esse moleque sé vergonha!
A esposa do Véio olhando incrédula para o marido, tentando digerir o que ele havia acabado de falar, os filhos rindo…
Minha mãe e tia fizeram aquela cara de quem fingia não ter ouvido.
Meu tio foi o único que me defendeu:
- Ninguém vai capá o garanhãozim lôrim aqui… né fio, ocê é o orguiu do tiu!
Não tardou começou chegar correio elegante nos cartões.
Tinha em formato de coração, com flores, marcas de beijos…
Minha irmã mais nova já amarrou a cara e acabou a festa pra ela. Precisei me sentar do lado dela e dar atenção para a italianinha ciumenta.
Lembro do meu pai e mãe receber recados endereçados aos sogros dos sonhos. Kkkkkkkk
Minha mãe achava aquilo um absurdo, comentando com a minha tia, ambas com a cara amarrada, o quanto eram assanhadas as moças daquela época.
Imagino meus pais e tios vivos, assistindo o que acontece nos bailes de hoje em dia!
Meu pai riu, coçou o bigodão, arrumou o chapéu na cabeça, estufou o peito e falou todo orgulhoso, piscando pro Véio e meu tio:
- É muié, quem mando nóis caprichá no nosso italianim… tá ai o resurtado!
Momentos como aquele levarei comigo para o caixão!
O Véio estava com sua esposa e dois dos seus filhos. O do meio e o mais novo, que regulava de idade comigo. Eram gente boa, mas não se enturmavam com o pessoal do lugar, estudavam fora, sofrendo muita influência dos tios cariocas por parte de sua distinta e elegante mãe.
E comemos leitoa assada, frango, eu comprei tudo que era doce, bicho de pelúcia e bonequinhas para minhas irmãs…
Em ocasiões como aquela, também mandava flores para minha tia, mãe, irmãs e todas as mulheres que estavam em nossa turma.
E muita conversa, risadas, os compadres dos meus velhos parando e cumprimentando todos, eu de olho nas gatinhas…
Quando iniciaram as vendas das cartelas, passava das 20:00hs. O local ficou ainda mais lotado.
Quando começou o sorteio, todos em silêncio, só se ouvia o chiado das chapas fazendo lanches, as gorduras das carnes em espetos pingando no carvão, tampinhas de garrafa estourando ao serem abertas e o riscar de canetas nas cartelas sobre as mesas de lata!
Que saudade!
Não tardava algum gritava:
- Deu aqui…
Era um momento de alegria e muita algazarra.
Um e outro reclamavam…
- Sporca miseria...fiquei por um!
O bingo ia longe, passavam horas naquela brincadeira.
Quando minhas irmãs começaram a dar sinais de cansaço, ficavam mal humoradas, e nada mais agradava às pequenas.
Era hora da família ir embora.
Passava das 22:00hs, quando meu pai anunciou que estaria voltando pra fazenda.
Meu tio também foi se arrumando, minha tia cansada…
Perguntaram só por perguntar se eu ficaria na festa!
Óbvio que eu ficaria!
Meu tio me deu um abraço, conselhos para eu não arranjar encrenca.
O Véio ainda ficou um pouco mais, e disse que qualquer coisa estaria de olho no peãozinho aqui.
Me despedi de toda minha família, que prometeu voltar no outro dia, afinal aquela festa durava alguns dias.
Assim que saíram, me sentei do lado daquele que um dia cuidaria de mim na ausência da minha família.
Fiquei ouvindo ele contar como eram as festas na época de sua juventude, de como se lembrava do meu avô, do meu pai e tio quando eram rapazes… Sua esposa contando como eram as festas em sua terra natal, a antiga capital federal do Brasil, o lindo Rio de Janeiro.
Apesar de jovem na época, eu nunca perdia a oportunidade de ouvir um homem mais velho contando suas histórias de vida. Aquilo me prendia atenção, acredito que por isso eu era muito querido por alguns velhos boiadeiros da região, mesmo existindo uma imensa diferença de idade entre nós.
Até hoje falo sem receio, queria ter nascido uns 30/40 anos antes!
Assim que o velho boiadeiro e meu futuro patrão anunciou sua partida, os comprimentei com abraços sinceros, promessas de nos encontrarmos no outro dia.
Deixamos as seis mesas vazias, muitos outros estavam indo embora, só restando a rapaziada no local. Quando acabava o sorteio do bingo, ligavam um "tape" e deixavam tocando músicas.
Mesmo com os mais velhos indo embora pela proximidade da hora grande (00:00hs), a quantidade de moças e rapazes era absurda no lugar.
Tratei de circular e caçar alguma gata, afinal, menina querendo me namorar e dar uns agarros era o que não faltava.
Fui até uma barraca de bebidas, comprei meia dose de FERNET, bebida amarga, bem forte.
Circulei no meio do pessoal, logo topando meu amigo, neto de um velho açougueiro amigo da família, o Joãozinho.
Aquele era prego batido e ponta virada!
Disse que havia me visto com a família, mas não quis chegar, apesar de ser muito bem vindo em nosso meio!
Ele era órfão de pai e mãe, e não gostava de ficar em locais onde haviam famílias…
Sugeriu ir até a rua de trás olhar o parquinho e andar em algum brinquedo.
Caçoei da cara dele, dizendo que aquilo era coisa de criança…
E de fato, mesmo pequeno, nunca gostei de "andar em brinquedos" de parquinho.
O João lembrou que o lugar deveria estar cheio de gatas.
Pronto, o bandido me convenceu na hora!
Antes passei na sorveteria para reforçar o estoque de halls. A Andreia não estava lá naquele dia, nem a Tica, velhas amigas dos tempos que estudei na cidade e outras coisas mais.
Assim que chegamos no lugar, vi carrinho de bate-bate, roda gigante, tiro ao alvo, marreta para medir força, carrossel, roletas de prêmios… tudo que tinha em um parque, se encontrava ali.
Os casais de namorados lotavam a fila da roda gigante, outros no carrossel com suas amadas.
Assim que chegamos, notei alguns olhares preocupados por parte dos enciumados namorados. Kkkkkkk
O João se divertia com aquilo, e não fazia por menos, ficava me cutucando e apontando pros casais:
- Óia lá Betão, o rapaiz tá brabo...
E logo chegou parte da nossa turma. Moças e rapazes que sempre estavam pela vila quando eu aparecia.
Eu tinha muitos conhecidos naquela região, e era respeitado. Não por eu ser briguento e não levar desaforo pra casa, pelo contrário. Eu respeitava a todos. Quer dizer, quase todos!Havia uma turma na cidade que não topava comigo de jeito nenhum. Eram os jovens da minha idade, filhos das "boas famílias" do lugar. Quando criança até tive contato com alguns deles, mas não foi longe aquilo.
Lembro de quando era molequinho, aos sábados de missa, enquanto minha mãe e tia iam rezar, eu ficava com meu pai e tio no entorno da igreja. Os velhos ficavam fumando, falando de negócios…
Certa vez, bricando e correndo com a molecada da cidade, vi alguns da turma, incluindo um molequinho magrelo, alto para a idade, filho do dono do mercado tirando sarro de uma família que ia passando em uma carroça. Falou que eram matutos, e que nunca teria coragem de andar em uma carroça feia daquelas.
Como diziam os antigos… "a fruta nunca cai longe do pé". Ouviam aquilo em casa, e só replicavam os ensinamentos!
Foi bem na ponta da praça, e quando me reconheceram, do alto da carroça me chamaram acenando as mãos:
- Ou Betinho… tudo bão, fio…
Pela criação que tive, aquilo ficou estranho. Lembro de ter contado de forma inocente para meus pais quando chegamos em casa. O pai me aconselhou não me misturar com aqueles moleques granfininhos!
E assim fui me afastando daquelas tangas-frouxas.
Algumas daquelas famílias só possuiam a pose, viviam dos nomes dos antepassados. Meu tio fazia graça dizendo que alguns daqueles "posudos", só tinham o "cú e a catinga", nada mais restava das fortunas herdadas!As meninas me beijaram, abraçaram, disseram o quanto eu estava bonitão, cheiroso… kkkkkkkkk
Confesso que passei a vara em boa parte daquelas "amigas".
E como sempre, pra fazer a alegria da minha turma, fui até a bilheteria comprar os ingressos para andar nos brinquedos.
Posso falar com orgulho que por onde andei, a mísera correu longe!
Comprei mais de 100 ingressos, deixando o João na tarefa de distribuir para nossa turma e para a molecadinha da vila que ficava de olho comprido querendo andar nos brinquedos, mas sem condições financeiras. Aquilo me cortava o coração!
Lembro que foi a maior festa, a pivetada gritando me agradecendo, nossos colegas na maior algazarra indo lotar as filas dos brinquedos...
Que saudade!
Nisso de ficar fumando no meu canto, paquerando e escolhendo quem eu iria levar pra "passear" comigo, chega o dono do Parque de Diversão.
Veio me agradecer por ter comprado aquela quantia e distribuído pra molecadinha.
E engatamos na prosa!
Eles eram da capital, e rodavam todo o Estado de São Paulo naquele ofício de levar diversão.
Era um sujeito mais alto que eu, albino, cabelo e barba branca, vermelho igual um tomate, sem falar no sotaque diferente!
Minha turma se divertindo, eu só de olho no movimento, caçando com os olhos, quando ela apareceu saindo de um trailer próximo à bilheteria.
Veio caminhando para o nosso lado, e à medida que se aproximava, pude notar como era linda de rosto, cabelos loiros compridos, quase brancos balançando ao toque da brisa em seu belo caminhar.
Loira, cabelos lisos bem longos, quase da minha altura, olhos verdes clarinhos, uma boca linda, rosadinha!
Estava vestindo um jeans, tênis de pano, jaqueta pesada que cobria abaixo de sua cintura, dificultando análises mais detalhadas…
Devo dizer que por instinto e criação, tirei meu chapéu da cabeça me alinhando dentro das botinas.
Parou na nossa frente e disse olhando para o dono do parque:
- Pai, até que horas o senhor quer que eu fique aqui… tô com fome, quero ir comer um lanche!
O homem meio atrapalhado, nos apresentou, de olho na bilheteria:
- É... olha filha, este é o rapaz que comprou aqueles ingressos todos, ele é daqui da cidade…
Logo estendi minha mão dizendo meu nome… a loirinha se chamava Patrícia, mas podia chamá-la de Pati.
Ela tinha uma mãozinha macia, delicada.
Tinha olhos espertos, cílios e sobrancelhas de pelinhos dourados.
Imagine o resto como deveria ser, pensei!
O dono do parque, me pediu licença, dizendo que precisava voltar para a bilheteria.
Antes de nos deixar, disse para a moça que estava liberada para ir procurar alguma coisa para comer.
Mais ligeiro que uma lebre fugindo da cachorrada, a convidei para comer alguma coisa na praça, afinal ela estava na minha região e nada mais justo que eu acompanhá-la.
Ela sorriu do meu jeitão de falar, segurando o chapéu nas mãos, me mediu de baixo acima, pensou um pouco de disse:
- Até que não é uma má ideia…
Olhei pro lado, vi o João com cara de quem sabia o que eu iria aprontar!
Iniciamos nossa vagarosa caminhada até a praça, onde o que não faltavam eram barracas de comidas.
No trajeto fomos nos conhecendo, ela contando de suas viagens, eu falando do meu dia-dia…
Assim que chegamos na praça, que ainda estava lotada de pessoas, mesmo tendo passando e muito da meia noite, todos ficaram olhando para a moça Patrícia.
Alguns que me conheciam faziam cara de: "ah coitada, outra que vai entrar na vara", daqui a pouco! Kkkkkkk
(Devo destacar que fiz por merecer minha péssima fama)
Perguntei o que ela gostaria de comer.
Respondeu que um lanche grande, afinal estava com fome!
Fomos até uma barraca que fazia aqueles lanches de pernil.
Paguei pelo lanche e pedi uma coca-cola de litro, e que fosse ligeiro, a moça tinha fome!
Patrícia agradeceu e perguntou se eu era sempre tão generoso e cavalheiro daquele modo.
Respondi sendo eu mesmo, que só quando estava acompanhado de uma moça tão linda quanto ela.
A loira sorriu meio sem graça, me encarou com aquele rosto alvo, e mandou uma no meu peito:
- Você deve falar desse modo pra tudo que é menina, isso sim, ou não?
Fiz cara de indignado, falando que era bem sossegadão… nem namorada eu tinha. Mentiroso!!!!!
Ela fingiu acreditar, e mostrando ser bem pra frente, moça de cidade grande, viajada no trecho, mandou outra na minha lata:
- Sabe Betão, tua cara não engana… tem um jeito de ser danado que só, namorador!
Eu sorri amarelo, tirei o chapéu, fiz cara de molecão caipira da roça!
Arrematou dizendo uma coisa que só mulher para perceber:
- E outra, porque tem um monte de meninas olhando pra nós… olha lá heim, não quero apanhar neste lugar!
Olhei em volta e de fato havia algumas paqueras da região me olhando com caras bem descontentes em grupinhos!
Incluindo a moça que havia me mandando um correio elegante falado, lembrando o dia da "chuva", data aquela que mandei seu cabaço pras picas! Esta tinha ódio e rancor estampado no rosto.
Como bom cafajeste, nem me importei que "a mula era manca", e voltei minhas atenções todas para aquela lindeza.
O lanche da menina loira chegou, e logo a "marvada" devorou com uma fome sem tamanho!
E ficamos de prosa até depois da uma hora da matina.
O povo foi raleando na praça, minhas paqueras raivosas sumiram de nossa vista, e a conversa rolava solta entre eu e a moça do parquinho!
Lembro que ela me perguntou o porque me vestia "engraçado" daquele jeito, parecendo um cowboy dos filmes de bang-bang no velho oeste.
Disse a ela, que se não estivesse com muita pressa de voltar para o parque, mostraria a ela o porque eu me vestia daquela forma.
Aquilo despertou a curiosidade da loira, que terminando de beber a coca-cola, me pediu um cigarro. Assim que ofereci um dos meus, ela olhou no maço e disse:
- Só podia ser Marlboro, né cowboy!
Rimos bastante, e depois de tragar algumas vezes, disse que queria dar uma volta na praça da matriz.
Já fui me levantando e na sequência abri caminho para aquela flor dos cabelos dourados.
Era linda demais a Patrícia!
Assim passamos pela frente da velha Matriz, caminhando um do lado do outro,
ela me perguntou o que iria mostrar a ela…
Estendi minha pata, peguei em sua delicada destra e a conduzi até o local onde havia deixado o meu "carro" Castanho de quatro patas.
Me seguiu, subimos a escadaria que era fechada pelo alto pelas velhas Sibipirunas plantadas em ambos os lados.
Ela só rindo e querendo saber para onde a estava levando:
- Olha lá Betão… aonde você vai me levar menino!
Assim que atravessamos a rua, paramos em frente a velha oficina de carroças, charretes e arados de tração animal.
Pedi para aguardar ali na calçada, que ia tirar meu "carro" da garagem.
Patrícia olhando curiosa para a velha oficina, concordou rindo, sem entender nada!
Abri o portão, entrei pela lateral da casa, indo parar no fundo do galpão da oficina.
Não demorei nem 5 minutos, e logo que me avistou chegando trazendo um cavalo puxado pelo cabo do cabresto, ria feito criança com as mãos unidas sobre a boca:
- Então você é um peão de verdade…
E riu sem parar, demonstrando surpresa e euforia em seus grandes olhos verdes!
Fechei o portão, tirei o Ligeiro na rua, apertei as barrigueiras do arreio, conferi tudo… Coloquei minha calça de couro, calcei as esporas, ficando pronto.
Patrícia ficou fazendo carinhos no focinho do Castanho, que adorava moças de mãos delicadas acariciando suas ventas.
Era igual o dono… kkkkkkk
Assim que montei, estendi a mão a convidando para montar na garupa.
A moça incrédula, parece que não acreditando naquilo me fala:
- É sério mesmo, vai me levar pra passear nesse cavalão!
A peguei pela mão, erguendo aquele corpinho elegante, coloquei a loira na garupa do Castanho.
A menina grudou em mim feito um carrapato, rindo feito criança, sacudindo seus bracinhos em volta da minha barriga dizendo que não estava acreditando naquilo.
Sai em passos lentos, dizendo que a levaria para um passeio pelas ruas da cidade, conversando com meu amigo equino:
- Cuidado meu Ligeiro, tem uma flor na tua garupa…
A loira riu da forma que falei com meu cavalo!
Fui mais adiante, desci uma rua que dava acesso à avenida que levava ao bebedouro dos cavalos, precisava cuidar do meu amigão Castanho.
E fomos naquele passo lento do meu cavalo, sem pressa, aquela lindeza grudada em mim, vez por outra ela fazia carinhos no meu abdômen, raspava seu rostinho lá e cá nas minhas costas, despertando meu sucuri dentro da zorba.
Estava uma delícia aquele passeio, mas tão logo chegamos no bebedouro, local mais descampado, sentimos um ventinho gelado. A moça reclamou, dizendo que estava mal agasalhada, que deveria ter pego outra blusa. Senti aquela lindeza ter tremores, tentando se esquentar nas minhas costas.
Deixei o Ligeiro beber um pouco d'água, e quando fez menção de sair do local, sugeri a moça que saltasse da garupa, que iria dar um jeito em seus tremores por conta do ar frio da madrugada.
Assim que desci a moça, pulei igual gato do lombo do Ligeiro, corri a mão no porta capas soltando as fivelas, pegando minha capa boiadeira e minha jaqueta.
Coloquei a jaqueta de couro forrada, e a ela ofertei a capa.
Agradeceu o gesto, e quando a cobri com a capa, a "Três Coqueiros" ficou arrastando no chão por ela ser um pouco mais baixa que eu, Patrícia me agarrou com um bote parecido com os de uma onça.
Enfiou seus braços por dentro da minha jaqueta, me cravou as unhas nas costas, fez alguns carinhos no meu peito com aquele rostinho lindo, e só depois ergueu seus lábios pedindo com voz suave quase rouca:
- Me dá um beijo, Betão!
Naquela hora, se tivesse levado meu revólver, teria descarregado a munição do tambor em uma salva de tiros pro alto!
A precária luz de um poste de madeira perto de onde estávamos me permitia vislumbrar os contornos daquele rosto perfeito, traços delicados, narizinho bem feitinho, boca rosa clarinha parecendo uma pétala de flor.
Nos beijamos com uma paixão, sôfregos. Quase devoramos um à boca do outro. Lembro da Patrícia ter uma linguinha gostosa, e salivava muito durante o beijo!
A malvada beijava chupando minha língua e lábios. Era uma diabinha!
Senti calor na hora, sempre fui fogoso igual um potro puro sangue!
Desci meus beijos pelo pescocinho da loira, que suspirou, arranhou minhas costas, arrepiou-se e não foi de frio!
Me pediu com aquela voz macia:
- Não faz assim, Betão… eu fico louca, gato!
Trocamos o maior amasso naquele local deserto.
O Ligeiro pastava tranquilo em nossa volta, rédeas soltas…
Ficamos um bom tempo naquele amasso gostoso, trocando saliva, eu com o tesão no gargalo, arrochei ela com força, e nessa hora, assim como outras tantas… assustou, parou o beijo, afastou-se e procurou meio incrédula o "objeto" que havia cutucado sua barriga!
Me olhou com a carinha meio receosa, sorriu sem graça e perguntou:
- Que isso Beto?
Eu ri da carinha dela e disse que devia ser meu "fivelão".
Caímos na risada, e tornamos nos agarrar, só que agora com mais tesão ainda. Toda vida amei moças dengosas que faziam carinhas e vozes manhosas na hora dos amassos. Eu ficava igual potro colhudo na primeira monta em égua!
Ela quem se esfregava em mim, tentando sentir meu cacetão duro igual uma pedra, estando espetado pro lado esquerdo da rancheira.
Meu saco estava dolorido, fui ficando tarado, comecei a apalpar sua bunda, que não era pequena, apertar seus peitos, que pelo volume por baixo da jaqueta, deveriam ser bem crescidos…
Pati perdendo a compostura de vez, desceu a mão e encheu a palma no meu cacete.
A moça falou o que lhe veio à mente na hora com voz sensual de admiração:
- Nossa, grandão...como tá duro… quente…
Isso que ela havia segurado por cima da calça!
E alisou apertando com força, parece até que tentava arrancar um pedaço com suas unhas de pantera, percorrendo da base até a ponta rombuda da bitela!
Dali por diante foi só instinto de ambas as partes.
A branquinha ficou foguenta, me mordia o rosto, queixo, no peito, boca, arranhou meus ombros.
Amei aquela "violência" toda!
Sugeri a ela sairmos daquele local. Estava deserto, mas ali não era lugar de dar um trato em uma flor daquelas.
Concordou, e nem quis saber para onde a levaria.
Peguei o Ligeiro, que mascava a grama estrela que crescia em volta do bebedouro, peguei estribo e saltei no lombo. Logo subi a flor branca na garupa, que teve que segurar a capa enrolada nos braços… e saimos em trote rumando pro cafezal onde eu cortava caminho ao voltar para nossa fazenda.
Era perto, acho não gastei 15 minutos, e logo estava rompendo caminho pelas ruas do velho cafezal. A loira não dava um pio, limitava-se em alisar minha barriga e beijar meu ombro e costas. Vez ou outra me arrancava suspiros quando apertava meu cacetão!
Bem mais adiante, em uma das ruas onde o cafezal estava mais falhado, fiz parada.
Ali não era local, em uma noite fria, serenando, mas quando se é novo, certas coisas pouco importam quando o tesão vai a mil por hora!
Desci a linda na terra fofa, saltei do Ligeiro, e fui providenciar uma cama estradeira pra nós.
Amarrei o Castanho em um dos pés de café, soltei as barrigueiras do arreio, tirei os baixeiros e arrumei no chão, de forma a forrar o local.
Por cima, forrando nosso "ninho", joguei meu pelego grande e minha baldrana…
Estava feita nossa cama!
A menina sem dizer nada, ria curiosa, e perguntava o que estava aprontando naquele lugar.
O céu estava estrelado, e pela pouca luz emanada pelas estrelas, a brancura daquele rosto destacava-se no local.
Agora quem atacou a linda, fui eu.
Enfiei meus braços por dentro da capa, abracei aquele corpinho gostoso e macio,
Trocamos um longo beijo molhado, línguas furiosas se enroscando, salivação em excesso…
Outra onda de calor, e a hora seria aquela!
Me afastei dela por um breve momento…
Rápido igual um vento de agosto, soltei a fivela e botões da minha calça de couro, deixei o chapéu de lado, tirei as esporas temendo machucar minha flor branca, abri a fivela da cinta, baixei a calça e zorba até a metade das coxas liberando meu cacete de sua prisão.
Nem me importei com a baixa temperatura!
Falei em tom de ordem:
- Vem, pega nela, sente como tá dura!
A loira veio pro meu lado, e quando segurou meu pau pelo meio do cano, senti o quanto suas mãozinhas estavam geladas.
Soltei um gemido abafado que causou graça na linda…
Apertou dando uma leve punhetada na tora, meio torcendo o couro do lombo da bitela.
Vibrei e as veias pulsaram furiosas, motivo de espanto para a Patrícia:
- Como ela é grossa… tá muito quente!
Nos atracamos outra vez, beijos e carícias desesperadas.
Pati não largava do meu cacete, apertava cada vez mais forte, me deixando doido.
Sugeri deitar sobre nossa cama estradeira, e fomos nos arrumando sobre minhas tralhas…
Retirei a capa que cobria seu corpo, dizendo que ela seria nossa coberta.
Patrícia sorriu!
Arrumei o "caco do arreio" de forma a acomodar aquela cabecinha linda naquele travesseiro precário.
A loira deitou-se e na sequência fui para cima.
Nos cobrimos com a capa e fomos namorar!
Beijei muito aquela boca linda, enquanto cutucava sua bucetinha por cima da calça. Meu pau queria rasgar o tecido!
Abri sua jaqueta, levantei sua camiseta e constatei estar sem soutien. Chupei com força seus seios macios, mamilos delicados, pequenos…
Patrícia gemia, se contorcendo, falando o quanto minha boca era gostosa e minha língua safada…
Ninguém mais lembrava do frio!
Parei aquela "amamentação", fui soltar a calça da loira, precisava enfiar a rola naquela flor branquinha.
Assim que consegui soltar o botão e abaixar o zíper, Pati levantou um pouco a cintura, me auxiliando naquela tarefa ingrata naquele local precário.
Tirei a capa que nos cobria pro lado, arranquei o tênis da moça, quase rasguei sua calça e calcinha naquele desespero causado pela excitação.
Patrícia também estava afoita, doida pra entrar na vara bruta!
Assim que a deixei nua da cintura pra baixo, arrumei a capa nas minhas costas, e antes de montar na fêmea, iniciando aquele amor safado, subi beijando suas coxas, dando uma parada com a boca no meio daquela buceta que nem tive tempo de bolinar com meus dedos…
Cai de boca enfiando a língua sem receios.
A bucetinha da Patrícia estava encharcada, aquela baba viscosa misturada aos pentelhos fartos que recobriam toda a vulva daquela linda flor branca.
Ah que cheiro… a loira estava trabalhando a horas, estava suadinha, aquele aroma forte e delicioso que só uma fêmea humana pode produzir!
Soquei a língua, beijei, mordisquei, chupei, lambi…
Patrícia gemia alto, em desespero, tendo tremores…
Gozou agarrada aos meus cabelos, ofegante, alucinada:
- Safado… quero mais… vem!
Não pude esperar mais, subi por cima, e por instinto, Patrícia abriu-se como uma flor, me acomodando no meio do seu corpo!
Rocei a vara naquela xaninha melada, era um trabalho de pélvis, e logo encontrei a fenda melada com o chapeletão da rola, forcei a entrada.
Patrícia gemeu ainda mais alto, pediu suplicante para eu enfiar logo, estava louca de vontade, confessando que não tinha certeza que iria aguentar "aquilo tudo" dentro dela.
Passei meu braços por baixo da moça, amparei com cuidado sua cabeça em minhas mãos iniciando a penetração.
Sua bucetinha era delicada, pequena, e à medida que minha rola escorregava pelo canal, seus fluídos escorriam. Como era quentinha aquela moça.
Fizemos amor naquele meio de cafezal, deitados sobre baixeiros e pelego, tendo as estrelas de uma noite fria como testemunhas.
Patrícia gemia alucinada, hora pela dor causada pela espessura e comprimento do meu cacete, hora pela excitação que meu corpo grandão sobre o dela lhe causava.
Não paramos de nos beijar por nenhum instante.
Eu atolava a rola quase saté o saco, dava trancos, remexia…
Patrícia sem descolar seus lábios e rosto do meu murmurava aflita:
- Ai como seu pau é grande, Beto… grosso demaaaaais…
Naquele rala-rala todo, acabamos gozando juntos.
Gozei dentro, urrando furioso… foi muito intenso, meu pau queria furar o colo do útero daquela flor delicada…
A branca em espasmos, teve seu orgasmo como se deve. Se contorcia com dificuldade, presa embaixo do meu corpo, motivo este que deve ter causado ainda mais aflição àquela flor delicada de pétalas rosadas!
E assim seguimos por um bom tempo. Tanto eu quanto ela estávamos em estado febril, nem importava a brisa que por vezes assanhava as folhas dos cafezais.
Aquilo era um alívio para o nosso fogo.
Apliquei uma verdadeira surra de rola naquela moça linda!
Após longo período daquele sexo safado, bem agarradinhos, Patrícia teve seu último orgasmo, amolecendo, com seus dedinhos delicados ficou alisando meus cabelos, rosto…
Estava feliz, risonha, totalmente entregue!
Eu também estava mais aliviado, mas a rola não arredava passo, viril, queria mais…
Pati com todo jeitinho disse que eu iria matá-la com todo meu assanhamento.
Rimos de sua observação!
Por fim, terminamos aquele momento com juras de nos encontrarmos no outro dia!
Saquei a vara ainda dura da bucetinha da Pati, que borbulhou quando a cabeça saltou pra fora, permitindo a porra toda escorrer do seu judiado canal vaginal.
A menina desceu a mão até sua xaninha, mexeu lá e cá, resmungou dizendo:
- Nossa Beto, você acabou com ela, e comigo… seu animal...
Rimos ainda mais!
Fui me levantando, erguendo a calça, coloquei meu chapéu, guardei a rola dura dentro da zorba de forma desajeitada… eu queria mais, muito mais!!!
Patrícia permaneceu sentada sobre nosso leito boiadeiro enrolada na capa.
Mexeu nos cabelos, disse estar toda cheia de folhas e gravetos!
Também...
Pediu um cigarro, precisava fumar, estava um bagaço minha flor branca.
Assim que acendeu, tragou comprido, soltando muita fumaça, permanecendo enrolada na capa.
Eu só observando aquele rosto lindo quando tragava o cigarro e a brasa da ponta iluminava parte de seus contornos.
Eu estava nas nuvens!
Também acendi um cigarro e acompanhei aquela belezura.
Assim que terminou, caçou suas roupas e foi tentar se arrumar.
Ao tentar colocar a calça, reclamou que estava quebrada, sentido como se tivesse rachada pelos meios, toda ardida, esfolada…
Ri da forma como se queixava!
Após algumas lamentações, se arrumou! Precisei ajudar a flor ficar em pé… estava meio mole das pernas.
Depois fui eu me ajeitar.
Coloquei a calça de couro, calcei as esporas, peguei os baixeiros e batendo com a palma da mão, retirei os ciscos e gravetos…
Joguei as tralhas no lombo do Castanho, que nos esperava paciente mascando o freio naquela escuridão gelada.
Assim que montei, ergui Pati na garupa com certa dificuldade.
Me pediu para eu ir bem devagar, estava com a xaninha dolorida! Kkkkkkkkk
Nem quis capa por cima, estava acalorada demais a moça loira.
E logo saímos daquele cafezal. Lembro da loira gemer de dor na hora que o Ligeiro desceu o trieiro do barranco que dava acesso à beira do velho asfalto esburacado aos trancos!
Levei muitos tapas e mordidas nas costas por estar dando risada do seu sofrimento!
E fomos conversando, sem pressa, naquele passo lento do cavalo.
Passamos pelo bebedouro, o Castanho nem quis um gole d'água…
Assim que chegamos na avenida que descia para a Matriz, Patricia sugeriu deixá-la próximo ao Parquinho, e não na porta do local.
Contou que seu pai era "cabeça legal", mas naquele momento achou melhor chegar sozinha.
Concordei com seu pedido!
Assim que fomos nos aproximando da Praça da Igreja, o local estava vazio, um ou outro pingaiada estava andando pelo local.
As mesas e cadeiras estavam arrumadas, barracas fechadas…
Quando passei na frente da sorveteria, olhei à esquerda e avistei o velho relógio da torre que marcava em seus ponteiros quase quatro horas da madrugada.
Segui até a esquina que dava acesso à rua de trás, onde estava o parque, desci a moça na beira da calçada, apeei na sequência, e de forma carinhosa trocamos um longo beijo.
O que nem eu ou a Patrícia poderíamos imaginar, é que naquele local, naquela hora, me apareceu aquela "assombração"!
A moça que mandou aquele recado, dizendo que se casaria comigo, apareceu vindo dos lados do Parque, gritando, nos xingando:
- Beeeeetoooooo… canalha, filho da puuuutaaaaaa… eu vou te mataaaaar…
E falou uma carreta de coisas enquanto se aproximava de nós!
Foi um vexame dos caraiu!
Eu ainda abraçado à Patrícia, que assustada observava tudo sem entender nada.
Me olhou séria e perguntou:
- Você disse que não tinha namorada…
Respondi sem graça, que aquela era uma amiga, e devia estar bêbada ou doida da cabeça!
Gente, pra quê eu fui falar aquilo?
A sonsa, que naquela era não era mais sonsa, havia se transformado no diabo.
Me deu uns tapas, tentou rasgar minha camisa, a Patrícia tentando separar levou umas unhadas…
A loira revidou, agarrou ela pelos cabelos, e agora era eu apartando as duas…
Foi um escândalo dos infernos!
Os berros da mulherada ecoavam por toda a cidade… kkkkkkkk
Por fim, me irritei com aquela baixaria, dei um gritão e mandei as duas calar a boca, prometendo pegar o laço e amarrar quem tivesse afim de briga.
A moça que eu havia desdonzelado a poucos dias, chorando muito, sentou na calçada colocando o rosto entre as pernas, falou que me amava, que queria namorar comigo, que eu havia prometido isso e aquilo…
A Patrícia com os braços cruzados, só observava a moça, batendo os pezinhos impacientes, com cara de quem ainda queria briga…
Por fim, sugeri a Patrícia voltar para sua "casa" no parque, e à minha amiga, que fosse embora para sua casa, outra hora conversaria com ela, com mais calma…
Que nada, a moça ficou sentada na calçada chorando, soluçando aos prantos!
Patrícia estava quase na portaria do parquinho, quando montei no Castanho, alcançando minha flor branca à galope.
Assim que saltei do cavalo, corri até a moça, abracei aquele corpinho, falei olhando nos seus olhos verdes, que estavam vermelhos, quase chorosos:
- Quero você, não tenho nada com ela, foi só um namorico…
A loira só me olhava, estava séria, não disse nada…
Então tasquei o maior beijão na moça, que não resistiu e entregou-se aos meus carinhos.
De lá da esquina ouvimos outro grito histérico:
- Nãããããooooo… aaahhhhh… ele é meeeeeuuuuuuuu…
Patrícia descolou seu rosto do meu, me deu um tapinha de leve no meu rosto, me encarou:
- Eu sabia, tua cara não engana… peão safado, gostoso!
Trocamos outro beijo ligeiro, deixando combinado de no outro dia eu aparecer de carro na cidade. O parque só abriria depois das 18:00 hs. Teríamos tempo para um encontro!
Trocamos mais uns beijinhos, e logo a loira correu para dentro do parque dizendo:
- Vou pro trailer, antes que eu apanhe da sua amiguinha…
Suspirei e fiquei olhando a loira entrar no trailer. Assim que pegou uma chave em algum lugar da carroceria, abriu a porta, e antes de entrar, me mandou um beijo!
Ahhhh como eu era sacana!
Com a loira em segurança, montei no cavalo e sai ao galope daquele lugar. Duas quadras adiante ainda pude ouvir os gritos histéricos de ódio daquela moça enciumada.
Uns minutos depois, cheguei ao cafezal, me arrancando suspiros, me lembrando do que havia feito a pouco naquele lugar!
Meia hora depois, cheguei na velha estrada boiadeira, matei o passo do Ligeiro e fui recordando do que havia acontecido, e rindo por conta do escândalo.
Taquei fogo em um cigarro, soltei fumaça pros altos, rindo, falando sozinho...
Eu sabia o falatório que aquilo causaria no outro dia.
Mas eu era aquilo mesmo, não adiantava remédios, promessas ou benzimentos!
E segui pelo estradão até alcançar o velho asfalto da estrada de rodagem. Quebrei rédeas à esquerda e fui seguindo…
Cheguei em casa, o dia estava querendo clarear.
Assim que subi pelo corredor que levava ao terreiro da nossa fazenda, passando pela porta da sala ouço o vozeirão do meu pai:
- Ói lá muié… nossa cria tá chegando agora!
Fui até o galpão, tirei a tralha do lombo do meu Castanho Ligeiro, escovei o lombo do bicho, peguei uns dois baldes cheios de milho e fui tratar do meu companheiro de jornadas.
Quando cheguei na porta da cozinha, esta aberta, encontrei meus pais em volta do fogão à lenha.
Pedi a bênção de ambos, fui abençoado, recebi uns carinhos da minha mãe que ao se aproximar falou:
- Filho, por acaso você caiu do cavalo… tá cheio de cisco teu cabelo!
Meu pai muito do ligeiro, sorriu, coçou o bigode me encarou falando:
- É nada muié, o fio divia de tá campeano arguma res no mato…
Riu até!
Minha mãe como sempre, amarrou a cara, fez o sinal da cruz resmungando:
- Creio em Deus Pai… esse aí tá cada dia mais igual o perdido do teu irmão… eu vi o tanto de recadinho daquele bando de sem vergonha pra ele… essas moça oferecida...Dio Santo…
Meu pai não sabia se ria ou soprava o café quente na caneca!
Pedi licença pros meus velhos, fui indo pro meu quarto trocar a roupa.
Quando fiquei só de zorba, vi manchas vermelhas no forro perto de onde o mangote ficava guardado.
Outra bucetinha que "ofendi" com a jibóia!
Peguei uma troca de roupa e fui pro banho.
Assim que sai arrumado, pronto pra lida, meu pai anuncia:
- Sussega rapai… hoje não tem empreita aqui na fazenda, pode curá tuas cansêra da noitada!
Me restou tomar um café, comer um pouco de pão e queijo sob os olhares de reprovação da minha mãe.
Depois fui direto pro "berço" repousar minha cansada carroceria!
Aquele dia dormi até às duas da tarde. Estava um bagaço, precisando de repouso.
Acordei com um falatório perto do corredor da casa.
Reconheci a voz de trovão do meu tio.
Pulei da cama, indo de encontro ao povo. Assim que sai do meu quarto, avistei o Brancão na boca do corredor, me olhando e falando:
- Óia lá quem apareceu… rapazim, rapaizim, isso é hora de tá na cama! Tá doente!
E riu até dizer chega.
Meu tio conversando dentro de casa parecia uma chuva de pedra em telhado de zinco!
Tomei sua bênção, dei um abraço e fiquei assuntando tudo.
Estavam meu pai, tio e tia conversando. Minha mãe estava com minhas irmãs pro terreiro.
Minha tia, sempre amorosa, prontificou-se a fazer um prato com comida pra mim.
De fato, eu havia acordado varado de fome.
Deixou o prato feito em cima da mesa, me deu um abraço avisando que estava indo procurar minha mãe e irmãs.
Assim que comecei almoçar, meu tio olhando pro meu pai, pergunta:
- Conto eu o ocê, meu irmão?
Já fiquei com a pulga atrás da orelha, e imaginando do que se tratava!
Meu pai gesticulou com a mão, sugerindo que meu tio contasse as "novidades".
Meu tio acendeu um cigarro, foi até a porta da cozinha, comentou que minha mãe, tia e irmãs estavam perto do galpão dos arreios, iniciando a história:
- O fio, que diabo ocê arranjô de encrenca na vila onti depois que nóis vazêmo embora… conta pra nois, seu bandido!
E caiu na risada!
Meu pai só balançava a cabeça, rindo com cara de: - " esse não tem jeito".
Disse que a filha do fulano, amigo da família, fez o maior forfé por conta de ciumeira comigo.
Falei com a maior cara de "Santo". Faltou soar acordes de harpa pelo recinto. Kkkk
Meu tio fazendo cara de que sabia muito mais do que eu imaginava, me disse que estava sabendo outra história, e que pelos meios havia uma polaquinha que trabalhava no parquinho!
Vendo que a coisa tinha se espalhado, resolvi abrir o jogo com meus heróis.
Contei quase tudo que havia acontecido no aniversário em que fui, perto da casa do meu tio, dos pegas que dei na moça, da pegação no meu pé cobrando compromisso, e que a moça era virgem até aquela ocasião...
Depois relatei meu encontro com a moça do parquinho, que era filha do dono daquele local…
Que levei ela pra comer um lanche, e depois fomos dar um passeio à cavalo!
Meu tio chegou em mim, bagunçou meu cabelo, deu uns petelecos na minha orelha, e todo orgulhoso falou olhando pro meu pai:
- Tem o nosso sangue, meu irmão… esse é sacudidu mêmu!
Assim que me foi possível, relatei como foi o escândalo que a moça fez, quando me viu abraçado à loirinha, trocando um amasso na esquina!
Meu pai limitou-se em dizer que aquilo ainda iria render, e qualquer hora o "compadre" poderia aparecer em casa cobrando uma reparação pelas virtudes da filha.
É povo, em pleno anos 80, aquilo ainda era sério naquela região onde nasci e me criei!
Meu tio já esquentou a "moringa", falando bravo, avermelhando a cara:
- Bão meu irmão, é mió o cumpadi vim manêro… sem valentia pros nosso lado...hãm. Sei dumas presepada errada dele quando nóis era novo e biscateava junto na nossa turma!
Meu pai balançou a cabeça, riu e me perguntou da moça do parquinho.
Meu tio também ficou curioso, querendo saber se era "arrumada" a potranquinha polaca!
Contei que era branquinha, cara de "russa", linda até dizer chega, uma flor!
Os dois riram da forma como falei da loira, me deixando por um instante de lado, lembrando de um causo que meu pai e tio se envolveram com umas trapezistas de um circo que passou pela região em 1962. Na ocasião, meu avô precisou levar os rifles, revólver e a peonada toda pra livrar meus heróis de uma tremenda confusão.
Quase saiu morte naquele dia, indo todo mundo parar na delegacia!
O dono do circo era apaixonado por uma das moças, justo aquela que meu tio deu um trato, "quebrando" os quartos da coitada. Meu tio tinha uma "ferramenta" bruta demais! Kkkkkkkk
Eu amava ouvir os causos dos dois!
Por fim, decidiram que não iriam à quermesse naquela noite, teria muita falação e minha mãe com o coração meio fraco… Acharam melhor evitar aquilo, poupando minha mãe daquele constrangimento!
E como não haveria nada melhor a ser feito nas noites de festa, resolveram assar uma carne. Por sugestão do meu amado tio, o churrasco seria em sua fazenda.
Pensei ligeiro e sugeri buscar umas tubainas e coca-colas na vila… as caixas de cerveja também estavam quase no fim!
Meu pai pegou no ar minhas intenções, falou pra eu me trocar e ir com meu tio na cidade buscar as bebidas.
Acabei de engolir o almoço, e ligeiro como um preá, fui me arrumar.
Meu tio estava me esperando do lado de fora da casa acelerando a caminhonete.
Meu pai mandou eu e o tio termos juízo, deu um tapa na lateral da carroceria e nos despachou.
Assim que pegamos a estrada de rodagem, meu tio me deu um tapão na coxa, cobrando maiores esclarecimentos acerca do ocorrido!
Com meu tio eu não tinha receio, falava tudo nos mínimos detalhes.
Quase saímos da estrada quando contei como tirei o cabaço da moça enciumada em uma tarde chuvosa. O Brancão ria até!
Depois falei como fiz para me deitar com a loirinha no meio do cafezal.
Ela fumava um cigarro atrás do outro, orgulhoso do seu discípulo na arte das velhacarias de noite a dentro!
Gastamos uma meia hora até a vila, meu tio corria pra caraiu na estrada.
Assim que chegamos na Vila, me disse que aquela noite seria uma boa ocasião pra eu levar a loirinha pra minha casa, que acertaria tudo com meu pai para eles dormirem na casa do tio. E minha tia adorava quando eu ou minhas irmãs estávamos por lá.
Sinceramente, meu tio era muito meu amigo!
Paramos em uma venda, descarregamos os vasilhames da carroceria, e assim que entramos no velho empório, a peonada que estava bebendo pinga parou, nos olhou e já soltaram essa:
- Mai óia quem apareceu na vila… eita que esses dois junto, misericórdia!
E na sequência, o dono do estabelecimento, velho conhecido dos meus heróis quis saber:
- Ê "talianim", e a polaca de onti… deu uns agarro na moça… e a fia do fulano, unhô tua cara mêmu… bateu na polaca tamém … a vila tuda tá num falatório dos diabo… que a moça fia do fulano prontô um berrêru no mei da rua!
Meu tio raspou a garganta, deu um tapão no balcão, pediu duas pingas e respondeu pra rapaziada:
- Esse é meu "subrim"... sacudido mêmu… tem nosso sangue (batendo a mão no bração) é iguar eu e meu irmão, pai dele! E nói carca o ferro mêmu!
Foi só risada e apelação comigo!
E por ali morreu aquele assunto pelo ambiente.
Enquanto o caixeiro da venda foi separar as bebidas, eu e meu tio matamos a pinga, acendemos um cigarro cada um e ficamos por ali esperando.
Assim que o tio pagou a conta, me mandou amarrar as caixas na carroceria, e foi assuntar a rapaziada, pra saber se eu tinha escondido alguma coisa dele.
Dando-se por satisfeito por não ter escutado notícias de perigo ou confusão pro meu lado, ganhou a cabina e saiu a toda pela rua.
Antes de voltar para nossa fazenda, sugeriu dar um giro na praça da matriz. Naquele horário os puxa-saco do padre deveriam estar arrumando as mesas e cadeiras para o logo mais da festa.
Paramos antes da praça, o comércio estava fechado, e só alguns transeuntes pelas alamedas da pracinha.
Tudo bem por ali também, até aparecer um amigo do meu tio e pai, que ao me encarar foi fazendo graça:
- Êh Branco, esse teu sobrinho não vale nada, iguar o tio dele cás muié tudo atrais… eita italianim sacudido!
E caíram na risada!
Era o pai de uma moça que eu iria namorar um dia, mas ciumenta igual o diabo.
O amigo do tio tinha ido combinar com o padre o frete dos bois para o leilão do outro dia!
Assim nos despedimos, meu tio cochichou no meu ouvido, que em passado distante teve caso com a irmã daquele boiadeiro, e foi além… havia tirado o cabacinho dela mais ou menos como eu fiz com a polaca do parquinho, só que no caso dele, foi no meio de um pasto!
Rimos das recordações do meu tio.
Aquele era perdido na biscateação, putanheiro, safado de tudo!
Também pudera, meu tio era boa pinta, grandão, olhos azuis clarinhos, bigode largo no rosto, bonitão a valer. Apesar da idade, não tinha barriga, era fortão. Falo sem receio, parecia atleta que ele fazia academia!
Após um giro assuntando na praça, meu tio quis olhar o Parquinho. Depois vim saber que ele estava receoso que a moça tivesse algum paquera no local, e alguém me pegasse na traição pelas costas, como quando ele e meu pai precisaram quebrar parte do circo, mandar alguns para a enfermaria, e fugindo de pontas de faca dos funcionários do enciumado patrão.
Eu naquela idade, nem atinava para o perigo, só queria meter o cacete e pronto!
Fomos a pé até o local que estava "armado" o parque.
Ao passar pelo local do escândalo com a enciumada mocinha, mostrei pro tio como foi a cena. Nova onda de risos e apelação comigo…
Mais alguns metros e alcançamos a bilheteria do Parque.
Meu tio olhando tudo, analisando com sua vasta experiência em fugas mirabolantes sob tiros em locais perigosos…
Chega o polacão dono do Parque e pai daquela belezura branquinha.
Comprimentou com todo respeito, nos desejou uma boa tarde e falou com aquele sotaque diferente:
- Está procurando a Patrícia rapaz… Minha filha ainda está dormindo… vocês ficaram até tarde na praça, que eu soube!
Balancei minha cabeça em sinal positivo, e deixei o homem prosseguir no assunto:
- Este senhor do seu lado, suponho que seja seu pai, estou certo, não?!
Meu tio foi se aproximando do homem, que abriu a catraca, assim que entramos no recinto, apertamos nossas mãos.
O Branco já tratou de contar que era meu tio, e que eu era como filho dele.
E ficamos proseando…
Meu tio bom de papo que só ele era, foi especulando o homem…
O pai da Patrícia também nos inquiriu…
E logo nos chamou para um café!
Assim que chegamos próximo à uma das carretas onde havia uma lona armada em tenda, nos convidou para tomarmos parte à mesa improvisada no ambiente.
Ali era o refeitório do parque!
O Polacão disse que havia me achado muito educado, bom coração, pelo fato de ter comprado ingresso pra molecada da cidade.
Meu tio me fez um afago na perna, orgulhoso.
E papo vai - papo vem, me aparece aquele anjo em forma de moça que atendia aqui na terra pelo nome de Patrícia, usando um conjunto de moleton amarelo.
Quando me viu sentado ali com seu pai, abriu um dos sorrisos mais lindos que eu havia visto na vida.
Coçou o narizinho, alisou o rostinho, mexeu nos cabelos com aquela cara de quem havia acabado de levantar da cama.
Logo meu tio se levantou, segurando o chapéu na mão esquerda, ofereceu a destra para cumprimentar aquela flor branquinha.
A moça sorriu e comentou o quanto eu me parecia com meu "pai".
Agora quem contou que aquele era meu tio, foi seu pai.
Logo serviram um café, e ficamos os quatro no lugar proseando.
O pai da Patrícia, mostrando certa curiosidade, quis saber o que nos levava até o parque, e arrematou dizendo enquanto olhava para a filha:
- E não há de ser para andar na roda gigante!
Meu tio me deu um cutucão na canela, me obrigando a falar alguma coisa:
- Bem… vim aqui pedir pro senhor, se a Patrícia pode ir na festa comigo essa noite… se ela quisé, né… se não for atrapalhar!
Fiquei vermelho na hora, falei o que veio à mente naquela hora.
O pai da moça vendo que eu estava "bem intencionado" com sua filha, tendo ido até o parque acompanhado de um familiar, igualmente "sério", cedeu ao meu pedido.
A loira estava calada, não dava um pio, nem respirava. Mas quando ouviu do pai que poderia sair comigo aquela noite, controlou-se, mas sorriu com aqueles olhos verdes claros lindos.
Meu tio com um "desconfiômetro" maior que o meu, agradeceu o café e foi se levantando.
Antes de nos despedirmos, o Polaco quis saber a que horas pretendia buscar sua filha.
Olhei no relógio, vi que era por volta das 16:00hs, falei que umas 18:00hs estaria por lá.
Todos de acordo, fomos saindo do parque, e a pedido do pai, a loira nos acompanhou até a saída do local.
Fomos caminhando um do lado do outro, tentando conter aquela vontade de trocar um amasso…
Meu tio logo atrás, parecendo meu jagunço!
Assim que saímos na rua, a moça desceu uns metros a mais, e tendo a visão do lado de dentro do parque tapada por uma das carretas que transportavam os brinquedos do parque, não se importando com meu tio por ali, me tascou o maior beijão.
Fiquei sem ação… e logo a sucuri revirou braba dentro da zorba. Pati sentiu a lapa endurecida, parou o beijo e comentou entre-dentes:
- Sossega esse negócio… olha teu tio aí seu maluco!
Como se meu tio fosse algum "dos bafos de hóstia"!
Mais alguns abraços e beijinhos, a gata se soltou do meu corpo, direcionou um "tchauzinho" pro meu tio, sorrindo, pendendo a cabeça meio de lado... e voltou pro parque.
O Branco véio cruzou o braço, balançou a cabeça e começou a rir:
- Tô valênu mai nada mêmu na puta da minha vida, depois de Véio, virei cafetina do bunitão aí… indo marcá encontro pro beleza… E trata de escondê co chapéu esse sucuri embrabecênu dentro das carça rapai…
Meu tio, apelou demais comigo!
Ao passarmos pela praça, meu tio foi até uma barraca que vendia churrasco, pernil e outras coisas.
Deixou pago um banquete, pedindo para entregar para o pessoal do parque na rua de trás.
O barraqueiro conhecia meu tio, e deixou combinado que até umas sete horas mandaria entregar as encomendas. Meu tio era foda… pensava em tudo!
E foi apelando comigo até chegar na fazenda…
Imitando o "tchauzinho" que a Patrícia mandou pra ele… kkkkkk
Mas uma coisa ele foi obrigado a concordar comigo.
A moça era linda demais da conta!
Assim que estacionamos perto da porta da cozinha da minha casa, meu tio já gritou todo mundo, chamando minha tia e meu pai.
Já estavam todos arrumados, e minha mãe em sua santa inocência me pergunta se eu iria dormir na fazenda do meu tio.
Disse que iria pra festa, e depois apareceria por lá…
Meu tio só fazendo caras e bocas, sabedor de tudo quanto eu havia planejado para aquela noite!!!!!
Uns 15 minutos depois saíram todos pra fazenda do meu tio.
Fui pro banho, fiquei cheiroso, passando perfume até nos pêlos do saco!
Coloquei uma roupa arrumada, camisão xadrez flanelado, jaqueta forrada, chapéu, botina e tudo quanto havia…
Sai da fazenda, devia ser pouca coisa além das cinco da tarde.
Acelerei pra valer a C10, e cheguei na vila faltando uns 10 minutos pras 18:00hs.
Estacionei na rua onde estava o parque, o movimento da cidade estava crescendo naquele horário. Muitas pessoas saíam de casa para jantar nas barracas da festa.
Cheguei no horário em frente a catraca da bilheteria e para minha grata surpresa, a loira estava pronta me esperando. Lembro cada detalhe daquele momento!
A Pati estava usando uma blusa de frio preta, calça preta e uma bota de salto que a deixava quase na minha altura.
Quando me viu, sorriu lindamente falando:
- Que cowboy mais pontual…
E saiu pra rua.
Nos abraçamos, trocamos um beijinho bem comportado e fomos caminhando de braços dados.
Ela estava cheiroooooosa como uma flor!
Batom bem suave nos lábios… mas nem precisava, a moça era uma pintura de tão linda.
Estranhou o porquê de estarmos caminhando em sentido oposto ao da festa.
Disse que havia deixado a caminhonete estacionada logo mais a frente.
Sorriu e quis saber se a caminhonete era de fato uma caminhonete, ou um cavalo como na noite anterior!
Rimos muito daquilo!
Assim que chegamos onde havia deixado a pick-up, encostei a linda na lataria e dei um amasso de acordo. Logo se soltou dizendo:
- Nossa Beto, será que aquela tua amiga maluca vai aparecer aqui outra vez?
E ficou olhando pros lados preocupada.
Me disse que estava tão alegre com a minha presença que havia esquecido da confusão da madrugada anterior.
Perguntei se haviam comentado alguma coisa no parque sobre o ocorrido.
Patrícia sorriu e disse que não, o pessoal estava dormindo, nem perceberam nada.
Menos mal, pensei!
Fui até a porta do passageiro e abri para aquela lindeza embarcar.
Assim que sentou seu bumbum branco no assento, me indagou:
- Posso saber onde vamos, mocinho?
Assim que peguei na direção, disse que ali na praça não seria legal nós ficarmos. Poderia ter outra confusão com minha "amiga".
Deu de ombros me pedindo um cigarro, enquanto acendia, fiquei olhando aquele rosto alvo, me sentindo o mais sortudo do mundo!
Dei partida e arranquei do local.
No trajeto, contei pra moça que meu tio mandou entregar lanches e espetos de carne pra turma que trabalhava no parque. Patrícia sorriu ao ouvir aquilo, contando que a melhor forma de conquistar seu pai era pelo estômago! Kkkkkkkk
Fomos conversando, trocando elogios… ouvi algumas queixas sobre nosso amor da madrugada anterior. Pati disse que ainda estava dolorida, e apagou quando foi dormir. Confessei que também fiquei quebrado, mas feliz da vida…
Quando peguei a estrada boiadeira, a moça quis saber para onde estava indo. Contei que estava sozinho em casa, e oportunidade melhor não surgiria pra nós dois!
Sorriu com cara de sapeca, fazendo promessas com aqueles olhos verdes brilhantes!
Gastei quase uma hora para chegar na fazenda.
Subi parte do corredor, fiz uma breve parada pra deixar a porteira fechada. Não queria visitas nem ninguém me chamando naquela noite!
Estacionei embaixo da velha Sete Copas, sem demora, a loira abriu a porta e foi curiar em volta. Estava quase escurecendo, e do alpendre de casa podia se enxergar ao longe. O entardecer estava esplêndido aquele dia, céu meio avermelhado.
Ficamos abraçados admirando o pôr do sol.
A loira disse que era da cidade, mas gostava muito de viajar pelas cidades do interior.
Quando estava quase tudo escuro, a convidei para entrar em casa, estava começando a esfriar, e eu tinha uns "assuntos" pra tratar com ela!
Entramos no alpendre, bati a mão nos interruptores e fui iluminando tudo.
Abri a porta da cozinha e fomos entrando.
Casa de boiadeiro é assim, a cozinha é a "recepção"!
Assim que entramos, acendi as luzes da cozinha e corredor, apagando as de fora.
Ofereci alguma coisa para ela comer, mas Patrícia não estava com fome.
Só admirava a tudo, com aquele olhar de "gente de cidade" ao se deparar com a mega cozinha caipira da minha mãe.
Após suas análises, virou-se e disse com cara safada:
- Onde esse cowboy dorme, posso saber?
Me agarrou e foi ficando fogosa, parecendo uma pantera no cio:
- Perguntei onde você dorme, porque hoje você não vai dormir!
Seguimos até o final do corredor trocando beijos safados, passadas de mãos, apertões…
Quando cheguei no meu quarto, acendi a luz e tranquei a porta.
Aí meus amigos e amigas, a correia estalou de acordo!
A moça me deixou nuzão, igual um índio, e partiu pra cima me beijando, me arranhando, subiu mordendo das coxas até meu pescoço. Estava no cio a panterinha albina.
Me empurrou na cama, mandou esperar que ela estava com calor, precisava se livrar das roupas.
Eh gente, que cena foi aquela!
Despiu-se vagarosamente, enquanto meu cacete apontava pro teto.
Quando vi aquela moça nua em pêlo, meu coração quase salta pela boca.
Tinha uma pele branca, pelinhos dourados por quase todo o corpo.
Na xoxotinha rosadinha, um tufo de pentelhos dourados, coisa mais linda!
Seus mamilos eram rosados beeeeem clarinhos, os seios eram tão alvos, que consegui enxergar algumas veias e capilares na região que circundava sua auréola…
Uma tentação!
Sentei na ponta da cama, fiquei por um instante admirando aquela bela moça.
Que formosura!!!
Não tardou a loira vir pro meu lado, parou na minha frente e perguntou se estava do meu agrado.
Respondi beijando sua barriga, chupando seu umbigo…
A virei de costas, me arrumei na beirada da cama e fui explorar aquele corpo perfeito.
Abri aquele bumbum branquinho, encontrando escondidinho entre suas nádegas alvas, um botãozinho bem discretinho, com alguns fiozinhos dourados por perto.
Enfiei o nariz e senti aquele cheiro de fêmea.
Depois soquei a língua sem miséria. Pati gemeu alto, remexeu as cadeiras, demonstrando excitação com aquela carícia em seu cuzinho rosado.
Passei um bom tempo lambendo, cheirando, beijando e chupando aquela delícia.
Pela frente, com meus dedos grosseiros senti a baba escorrer abundante de sua fenda rosada!
Soltou-se dos meus carinhos e mandou eu ficar em pé.
Obedeci à dona de toda aquela formosura.
Agora ela sentou-se na beira da cama, tomando meu lugar, e fazendo cara de faminta me pediu:
- Me deixa chupar esse pauzão lindo, Betão!
Confesso que na hora que a loira colocou a cabeça da minha rola em sua boca, senti vontade de gozar.
Era bonito de se olhar aquele rosto perfeito, mamando meu cacete com aquela boca quente, linda!
Chupava com carinho, sugava, dava beijos, lambia todo o corpão veiudo, chegava até meu sacão dando lambidinhas nas bolas.
A sacana fez breve pausa pra falar:
- Safado, passou perfume até no saco!
E mamou feito bezerra guaxa.
Não aguentei aquela sessão de chupadas, anunciei que ia gozar.
A malvada parou a chupação, escorregou pelo colchão indo alcançar com sua linda cabeça meus travesseiros.
Serpenteou pela cama, abriu as pernas e ofertou sua xaninha, toda manhosa:
- Me chupa gostoso, Betão!
Agora fui eu quem chupei todos os dedinhos daquele pezinho delicado, dedos esculpidos… mordi e lambi as solas… lambi suas duas pernas, não deixando um milímetro sequer sem passar minha linguona safada!
Patrícia se contorcia excitada, gemendo baixinho, arranhando o lençol com suas afiadas unhas de jovem pantera no cio!
Quando cheguei em sua xaninha, namorei aquela pentelheira dourada.
Afundava o rosto para aspirar aquele aroma gostoso de fêmea.
Chupei muito aquela xaninha rosada.
Alguns momentos erguia suas pernas, a deixando em posição de frango assado, só pra conseguir enfiar a língua naquele cuzinho lindo.
Eu investia com a língua contra aquelas delicadas pregas, sentia o anel da loira piscando.
Tentei enfiar o dedo naquele botão, Patricia gemeu, mas foi de dor.
Pediu suplicante pra eu não fazer aquilo com ela… tinha muito medo de doer.
Decline os ataques com o dedo, voltei lamber de forma alucinada, alternando entre cuzinho e buceta.
Não fui longe naquela empreitada, logo sendo premiado com um belo orgasmo que proporcionei a ela.
Me travou com as pernas, enquanto tinha espasmos violentos sobre minha cama.
Mal deixei a linda Patrícia se recuperar, subi em cima daquela beldade e fui amá-la.
Estava tão molhada, quente, que a vara entrou rompendo em meio aquela enxurrada viscosa.
Pati gemeu alto, cravou as unhas nas minhas costas e anunciou novo orgasmo!
Meu corpo pesado sobre o dela, a moça estremecendo por baixo, meu cacete espetado bem no fundo de seu canal, aquele rosto perfeito com feições de aflição…
Quem não aguentou foi eu!
Gozei urrando, empurrando com força minha vara…
Pati se agarrou em mim com tanta força, arregalou os olhos verdes, bufando furiosa… arrancou sangue das minhas costas, berrando feito louca:
- Tô gozando de novo…
Foi demais pra mim olhar aquele rosto perfeito em cólera, e pra ela, sentir minha porra espessa inundando seu colo uterino em jatos ferventes, foi a gota d'água!
Gozamos agarradinhos feito dois animais copulando no período do acasalamento!
Meu pau dando sinais de trégua, fui saindo de cima da loira.
Pati ainda recuperando o fôlego me pede com os cabelos todos grudados no rosto:
- Me traz uma água, meu gato… por favor!
E sorriu lindamente!
Pulei da cama, e quando voltei, a linda estava ecolhidinha na cama, parecendo uma gatinha:
- Agora deu frio, Beto… me cobre!
Entreguei o copo d'água, enquanto ela bebia, abri o maleiro do meu guarda roupas.
Retirei umas duas cobertas bem quentinhas e estendi sobre a moça.
Que deixou o copo no criado mudo, fez charme me provocando.
Não deu outra, meu povo!
Meu cacete como papagaio na ventania pegou forma, causando espanto na moça:
- Nossa, como ela tá ficando grossa!
Entrei debaixo das cobertas, deitei a cabeça nos travesseiros e pedi com energia:
- Monta aqui minha potranquinha linda…
A loira subiu por cima, remexeu lá e cá, e logo estava espetada outra vez no meu cacete.
Ficamos muuuuito tempo naquela posição, e a cada vez que aquele anjo gozava, mordia meu peito, me lambia a boca, grudava com força seus dedinhos nos meus cabelos…
Subia e descia, rebolava na vara, levava seus seios à minha boca… tocava seus longos cabelos lisinhos no meu rosto…
Foi uma noite de muito amor entre eu e aquela moça linda chamada Patricia!
Após longo período que passamos juntinhos, Pati pediu uma pausa, estava acabada.
Sugeri passar um café pra nós.
A moça adorou a ideia…
Falei pra me esperar por ali deitada, que assim que preparasse tudo, a chamaria.
Saltei da cama, dei mais uns beijos naquele anjo e fui pro banheiro dar uma mijada e tomar uma ducha…
Após um banho demorado, voltei pro quarto encontrando a loira dormindo serena.
Peguei uma roupa tentando não fazer barulho, me vesti, apaguei a luz e fui pra cozinha.
Demorei quase uma hora arrumando tudo. Já passava das dez da noite!
Voltei pro quarto, a menina estava roncando baixinho, demonstrando cansaço.
Acordei aquela lindeza com beijos carinhosos.
Assim que abriu os olhos, sorriu de uma forma, que até senti um frio na barriga!
Falei pra ela tomar um banho, vestir a roupa e me acompanhar na refeição.
Assim fez, tomando um banho rápido, vestindo-se no banheiro mesmo.
Chegou na cozinha se deparando com uma mesa bem servida, com tudo quanto havia em nossa casa.
Sorriu surpresa, perguntando quantas pessoas chegariam em casa!
Acomodei a moça, servi um café gostoso, leite, queijo, requeijão, bolachas, bolos, doces, geleias…
Patrícia rindo me disse que se ficasse comigo, iria engordar.
E comemos tranquilos, rindo, a cozinha estava quentinha por conta das madeiras que acendi na canaleta do fogão.
E conversamos sobre tudo quanto havia sobre nossas jovens vidas.
Em certo momento, me disse que tinha vontade de se casar um dia, ter filhos…
Foi uma noite maravilhosa aquela!
Inevitável foi não tocarmos no assunto da confusão. Patricia me apertou de todas as formas querendo saber o que havia acontecido entre eu e aquela "amiga".
Sai pela tangente, contei que a moça gostava de mim, era ciumenta, confundiu as coisas…
Ela com carinha desconfiada, ouvia tudo com atenção.
Arrematou aquela pauta falando:
- É Beto, não deve ser fácil ser tua namorada… eu também ficaria enciumada com um namorado tão gentil e bonitão igual você… no fundo, queria ter dado mais na cara daquela VACA!
E ali, minha loirinha angelical mostrava suas garras de panterinha enciumada!
Mudamos o rumo da prosa e fomos falar dos meus trabalhos do dia-dia.
Após a refeição, a linda me ajudou a arrumar tudo.
Depois fomos fumar no alpendre.
Acendi todas as luzes, e fui passear com a moça pelo terreiro.
Estava um ventinho frio, e logo que apagamos os cigarros, por sugestão da loira, voltamos para minha cama.
Aquele período que adormeceu, refez suas energias, deixando a moça a mil querendo fazer besteira comigo!
Voltamos pro meu quarto, devia ser quase meia noite.
Já nos atracamos e fomos fazer aquele amorzinho safado.
Assim que nos despimos, pedi a ela para ficar de quatro na beira da cama…
Soquei tanto a rola naquela moça, agarrava aquele cabelão dourado e metia sem dó.
Fomos parar aquela safadeza, passava das três da matina.
Perguntei se ela queria ir embora, se precisava…
Ela fez cara de chateada, mudou as feições. Ficou triste a flor branquinha!
Ficamos mais um tempo abraçados, trocando carinhos.
A loira toda desalinhada, parecendo que havia sofrido um acidente. Eu com o mangote vermelho, igual um pimentão maduro, todo esfolado!
Senti uma pontada no meu coração, que à época era ainda mais vagabundo.
Nos apaixonamos.
A linda vestiu a roupa sem presa, não tirando seus lindos olhos verdes dos meus.
Também estando arrumado, fui devolver a linda flor branquinha ao seu jardim.
Durante o trajeto, veio agarradinha em mim, sua cabeça adornada por lindos cabelos estava encostada em meu ombro direito. Com sua mãozinha direita por dentro da minha camisa, fazia carinhos no meu peito.
E assim ficou, ecolhidinha, triste…
Ah, como sofri com algumas paixonites!
Devo ter estacionado próximo ao parque, coisa pouca antes das cinco da manhã.
A cidade estava quieta, só cachorros latiam pelas esquinas.
Patrícia permaneceu quietinha por um tempo.
Ouvi um longo suspiro, a moça virou-se no banco, me abraçou com delicadeza.
Trocamos um longo beijo, caloroso, molhado… coisa de jovens apaixonados!
Interrompeu o beijo para me perguntar se eu à veria ao longo daquela semana.
A festa da igreja terminaria naquele dia, mas o parque ficaria até o próximo final de semana.
Acalmei a linda flor dizendo que se ficassem em alguma outra cidade da região, estaria com ela todos os dias.
A moça sorriu, não contendo as emoções, acabou chorando.
Abracei com força aquela coisinha mais linda do mundo, delicada, traços perfeitos para o amor…
Pelo avançado da hora, disse a ela para ir descansar, mas se preferisse, poderia voltar comigo.
Patrícia sorriu, secou os olhos chorosos, ma abraçou dizendo que seu pai não aprovaria.
Contou que o velho artista de circo e proprietário de parque diversões era "mente aberta", não pegava muito no seu pé, mas se preocupava muito com a filha.
Riu na hora que me falou da forma que seu pai me recepcionou:
- Ele deve ter gostado muito de você, porque ele não convida ninguém para um café…
Trocamos mais uns beijos na cabina da caminhonete, outros tantos em frente a bilheteria do parquinho.
Deixamos combinado de nos encontrarmos todos os dias enquanto estivessem pela região.
Arranquei pela rua olhando no retrovisor aquela figura linda!
No trajeto de volta à nossa fazenda, confesso a vocês que meus olhos "encheram de cisco e poeira", só por isso eu chorei! rsrsrsss…
Eu era perdido na biscatice, comi tuuuudo quanto era mulher que fizesse meu sucuri remexer dentro da zorba.
Mas tinha esse fraco por moças de beleza excepcional.
Eu desse uns agarros mais acalorados em uma bela da espécie, ficava com os quatro pneus arriados.
E não foi diferente com a Patrícia!
Cheguei em casa, nem consegui descansar, só pensava na loira Patrícia.
Minha cama estava impregnada com o cheiro do nosso amor. Aquilo foi uma tortura pra mim!
Nem fui na casa do meu tio, passando aquele dia suspirando pelos cantos da fazenda.
Quando se é novo, tudo vira um drama!
Custou chegar as 15:00hs. Eu estava arrumado, pronto pra ver minha branca.
Sai da fazenda fazendo voar cascalho e poeira.
Assim que cheguei na vila, estacionei próximo ao parque.
Dei um giro por perto, não vi a moça por ali.
Desci a rua me dirigindo até a praça.
Encontrei os barraqueiros iniciando as atividades.
Cheguei em um deles, pedi uma dose do FERNET, matando em uma golada.
Estava fumando igual um caipora, inquieto.
Não tardou apareceu parte da nossa turma. Todos vieram ao meu encontro.
As meninas estranharam o meu jeito estranho, meio distante, não contando piadas e fazendo gracinhas enquanto arrumava meu cipó dentro da zorba. O João sendo o mais achegado e sabedor de minhas atrapalhadas desvendou o mistério:
- Eita que o Betão tá arrastânu uma carroça pur conta da loirona do parque… conta pra nóis peão… é oh num é…
Tirei o chapéu, cocei a cabeça, olhei pra todos com aquela cara de cachorro ladrão de galinha.
Ai já viram… imaginem o quanto apelaram comigo.
Foi uma tirassão de sarro das maiores com a minha cara! Kkkkkkkkk
Uma coisa todos concordaram, incluindo as moças da turma que haviam provado do meu cacete e nutriam "esperanças" com esse peão aqui, a Patrícia parecia de outro mundo de tão linda!
E para acabar com aquela apelação comigo, convidei todos para andar nos brinquedos do parque.
Assim estariam ocupados e não teriam tempo de ficar cuidando do peão apaixonado.
Foi uma algazarra das maiores naquela hora.
Ficamos pela praça vendo o movimento aumentar, até que o velho relógio da matriz badalou seis vezes.
Chamei a turma toda, e fomos para o parque.
Havia muita gente esperando na fila da bilheteria.
Ficamos no final esperando para comprar os bilhetes.
Para meu azar, estava na minha frente um rapaz altão, cara cheia de espinhas, filho do proprietário do mercado.
O restante dos filhinhos de papai estavam esperando o imbecil comprar ingressos para todos.
Ao lado dele, um outro cuzão daquele bando de "tanga frouxa". Ouvi o amigo do magrelo comentar, sem se importar com quem estava em sua volta:
- Ou, cê viu a loira que tem no parque… rapaz, como é gata… gostosa demais… ah se eu pego ela...
O magrelo tendo um pouco mais de receio:
- É, mais o Betão boiadeiro (as vezes se referiam à minha jovem pessoa daquela forma) tá dando uns malho nela… dêxa quieto!
O Joãozinho meu amigo, fiel companheiro, sempre do meu lado já queria pegar os dois pelos colarinhos. Precisei colocar a mão no peito dele!
Me aproximei ainda mais dos dois e disse:
- Tira o zóio da loira, que o peão aqui chegou primeiro… aquela lá não é muiê pra uns homim chôxo igual vocês!
O magrelo faltou ter uma convulsão na hora que escutou minha voz virando lentamente a cabeça, parece que não acreditando que eu estava logo atrás dele!
Queria ter uma máquina do tempo e voltar naquele momento, só pra poder ver aquele molecão tonto com a cara de cagão que fez na hora!
Eram covardes, um bando de "galinha amarela"!!!
Os dois trataram de se desculpar, dizendo que estavam brincando…
Enchi a mão no pacote da minha rola e falei todo gaiato:
- Brica com meu pauzão aqui, seus viadinho do caraiu…
Sei que o magrelo e seu fiel cata-bosta puxa saco do caralho saíram da fila temendo levarem uma taca! Kkkkkkk
Quem acompanha meus causos sabe que acabei me envolvendo em uma briga feia com aquela turma poucos anos depois. Contei nos causos Tocaia Armada.
O João ficou tirando sarro da cara deles,
provocando… e foram se retirando quietinhos, nem olharam pra nós! Kkkkkkkk
Nossa turma naquela algazarra toda, falando alto, rindo, as meninas dizendo que eu não tinha jeito… Eu era doido de tudo!
Quando chegou nossa vez, grata surpresa. Minha loira estava na bilheteria!
Abriu um baita sorriso quando me viu.
Fingi não conhecê-la, e pedi todo sério, olhando meio de lado:
- O moça… manda pra nóis uns 100 bilhete, que a turma qué se divertir nesses brinquedo todo até amanhã…
A loira, sendo igualmente brincalhona, além de linda, respondeu que só me venderia os ingressos se eu desse um beijo nela.
A minha turma quase derrubou o recinto, tamanha foi a gritaria!
Logo a loira saiu da cabine da bilheteria, passou por baixo da catraca vindo me abraçar e dar um beijão daqueles de novela.
Ela já se enturmou com a nossa caipirada toda, e parecia nascida e criada no local.
Foi uma noite gostosa demais aquela.
Meus amigos e amigas aproveitando os brinquedos do parque, assim como a molecadinha da cidade. Aquela noite, devo ter comprado uns 200 ingressos.
Fiquei a noite toda com aquela moça linda do meu lado.
Seu pai havia aprovado nosso "namorico" passageiro, e agradeceu muito pelos "comes" do dia anterior que meu tio havia mandado entregar no parque.
Mais tarde pedi pra um dos meus amigos ir buscar uns lanches de pernil, espetos de churrasco para o pessoal do parque.
Aí foi só farra, pois não só havia conquistado aquele anjo, como todos os funcionários do parque e seu pai.
O "sogrão" liberou a moça, mas não saímos do recinto do parque. Ficamos vendo minha turma se divertir.
Ela contou que fazia alguns anos que não encontrava com a mãe, que era uma argentina artista de circo, e depois da separação, mudou-se para o país de origem. Quando terminou os estudo na capital, resolveu cair no mundo com o pai.
Morou com a vó em algum lugar no ABC paulista, só não recordo onde… também, fazem quase 40 anos o ocorrido!
É, tô ficando véio…
Naquela noite encerraram as atividades do parque próximo à meia noite.
Depois de apagarem às luzes, saímos todos do recinto.
Nos despedimos da minha turma, indo para a caminhonete.
Levei a loira Patrícia para conhecer outro cafezal. Um local muito conhecido pela caminhonete. Se soltasse o volante, era capaz de entrar e manobrar sozinha no local. Kkkkkkkkkkk
Estava com saudade da loira, e dentro da cabina, naquele aperto, arrumei um jeito de amar aquela lindeza.
Estava meio friozinho, por esse motivo não levei a moça pra carroceria.
Ah se aquela lataria falasse!
O único momento que passamos um pouco de frio, foi quando precisei abrir a porta e me acomodar de um jeito que me permitisse chupar aquela bucetinha rosadinha, com uma pentelheira dourada espalhada por cima e em volta. Era linda!
Ficamos naquele "Love" até as duas da matina.
Segundo a própria moça, ela estava um bagaço! Kkkkkkkk
Judiei da perereca da loira, assim como ela fez com meu coração!
Ela sentadinha no meu colo, rebolando com meu cacetão espetado nas profundezas de suas intimidades rosadas, a cada vez que gozava, sentia aquela lubrificação quente escorrer pelo meu saco, e não se contendo, me encheu de mordidas.
Fiquei com pescoço, ombros, braços e barriga todos marcados por arranhões e mordidas.
Em alguns momentos fazíamos amor, em outros tantos, parece que o mundo estava acabando, era um sexo mais que selvagem.
E assim passamos todos aqueles dias.
Ao longo da semana levei doces, pães, queijos, bolachas de pinga, leite…
O pai da Pati adorava aquilo, sempre me agradecendo pela bondade e generosidade. E nessas, não ficava muito no pé da loira, deixando a filha um pouco mais à vontade em seus "passeios" comigo pela "praça"...
É, mais como tudo, absolutamente tudo na minha vida, acabava em lágrimas ou safadeza…
Com a moça loira do parque não foi diferente.
Aquela semana passou ligeira como um raio em tempestade de verão.
Nem falo da despedida, foi a coisa mais horrível do mundo…
Atendendo ao pedido da Patrícia, fui à cavalo para a cidade. Queria me ver da mesma forma de quando havia me conhecido.
Isso foi no outro sábado. Depois desmontariam todos os brinquedos para pegarem a estrada no domingo.
Soube que estariam voltando para a capital.
Cheguei na frente do parque montado no Ligeiro.
Fui trajado dos pés a cabeça com minha tralha estradeira. Até o berrante eu levei!
Quando me viu esbarrando meu cavalão na frente do parque, pulou por cima da roleta vindo ao meu encontro.
Saltei do cavalo e troquei um abraço sentido com ela, aqueles olhos verdes estavam molhados…
De forma triste me encarou falando:
- O meu amor (bem assim), amanhã nós vamos embora…
Tinha desespero naquela voz chorosa!
Segurei as pontas dentro das botas, deixei ela chorar e lamentar-se…
Seu pai apareceu, me cumprimentou falando para levar sua filha para dar uma volta, pois estava inconsolável… mas ele tinha compromissos inadiáveis na capital…
Foi muito gentil em argumentar aquilo comigo!
Pedi licença ao pai da moça, e saímos caminhando até a outra entrada da cidade.
Eu havia pendurado o berrante no arreio, puxava o Ligeiro pelo cabresto, tendo a pequena linda encolhida debaixo da "minha asa".
Estava inconsolável a menina, assim como eu.
Paramos embaixo de uma árvore próximo ao posto de gasolina. Ficamos um tempo abraçados.
A menina branca estava tão triste que nem me beijava, e quando o fazia, destampava a chorar! 💔
Sugeri sair da cidade, ir para um canto mais afastado.
Montei no cavalo, logo coloquei ela na garupa e voltamos todo o trajeto, cortando por fora do centro movimentado da cidade. Não queria que ninguém nos visse naquela tristeza toda.
Fomos lá pras bandas de um lugar que os antigos tropeiros e comissários de boiada chamavam de "Espigão".
Era um lugar com uma elevação na topografia da antiga estrada boiadeira onde se enxergava longe.
Havia uns descampados, e lá fui parar com a menina, debaixo de uma paineira que alguns diziam ser centenária. Lembro daquela árvore ter muitas marcas e mensagens escritas à faca no velho e frondoso tronco.
Assim que desci a moça no chão fofo, saltei e pedi para segurar o cavalo. Lembro da branca ter ficado abraçada ao pescoço do Ligeiro.
Fui arranjar uns gravetos e paus caídos. Havia ouvido o Ligeiro pisar por cima de uns paus à beira do caminho.
Juntei um bom tanto de galhos e gravetos, alguns outros da velha paineira que costumavam cair naquela época.
Assim como os antigos viajantes que transportavam boiadas por aquela região, fiz uma fogueira para nos aquecer.
Ainda não havia sereno, o que facilitou acender o fogo.
Forrei o chão encostado da velha árvore, peguei minha capa e chamei a moça para se juntar comigo.
Era bem afastado da cidade, local onde poucas pessoas passavam, alguns até contavam que o local era assombrado. Mas eu nem me importei, queria ficar a sós com aquela flor branca magoada.
E ali, naquele ermo de mundo, amei a loira pela última vez, tendo por testemunhas de nossos atos, meu cavalo, a velha paineira e uma fogueira que estalava de forma triste os gravetos…
Passamos horas naquele local.
Fizemos um amor carinhoso.
Sabe quando não se quer ir embora, mas o relógio não para…
Em breves pausas de nossa conjunção carnal, Patrícia chorava e chorava…
Até disse a ela para não ir embora, que ficasse, a levaria comigo pra casa… que era trabalhador e muito sacudido no "caco do arreio"( bom cavaleiro), não trabalhava pra ninguém, o negócio era da família…
Ela me contou que seu pai não andava bem de saúde, e na próxima semana teria uns exames para fazer… a coisa era séria!
Ficamos até madrugada alta naquele lugar.
Não havendo remédio, levei a moça de volta.
Eu estava um caco por dentro…
Ao nos aproximarmos do recinto do parque, ouvimos o barulho das ferramentas desmontando os brinquedos. A roda gigante já estava no chão!
Quando descemos do meu cavalo, Patrícia me abraçou com força, me mordeu o peito, me deu tapas… falou batendo, dando murros com aquela mão delicada no meu peito:
- Porque você tinha que ser assim, porque… porque… não queria ter te conhecido… como tá doendo meu coração… eu te amo… como fui ficar assim…
E falou até!
O pai da moça ouvindo aquele falatório veio até onde estávamos.
Tentou acalmar a moça, mas nada à consolava! Nenhuma palavra ou desculpas conseguiu acalmar o jovem coração ferido à espinhos, da minha flor branquinha.
Abracei e dei um beijo demorado naquela boca rosa. Estava com o rostinho todo molhado e salgado por conta das lágrimas.
E aquele foi nosso último beijo e abraço.
Patrícia saiu correndo para o trailer falando que me mandaria cartas.
Eu havia passado o número de nossa caixa postal da agência dos Correios.
Por fim, seu pai veio, me deu um aperto de mão sincero e disse:
- Desculpa minha filha, mas ela gostou de verdade de você meu rapaz… assim como eu! - prosseguiu:
- Sou vivido neste mundo, e quem sabe uma hora vocês acabam se encontrando… obrigado por cuidar dela nos últimos dias, teu carinho por ela é sincero, vejo nos teus olhos... ela é linda, não é mesmo… assim como a mãe dela… obrigado pelo cuidado que teve conosco… por enquanto, segue teu caminho, jovem peão!
Eu estava para explodir por dentro, meu jovem coração acelerado, uma vontade de chorar dos infernos!
Não consegui dizer nada meus amigos e amigas!
Montei no Ligeiro, aquele animal parece que sentia o que eu estava sentindo, dei um grito com o Castanho que o cavalo saiu galopando a todo pulmão.
Lembro ter quebrado alguns dos pés de café quando por lá passei chorando, com meu coração despedaçado!
O Ligeiro correu tanto, que nem obedeceu os toques no freio. Meu cavalo amigo queria me tirar daquele lugar, eu acho!
Bem mais adiante, fiz parada naquela velha Farinha seca, e lá chorei demais, confesso a vocês! (Eu não costuma chorar)
Sentei ao lado da árvore, e como consolo tive os carinhos do meu companheiro de tantas e tantas jornadas por aqueles sertões do meu amado velho oeste paulista!
O Ligeiro me olhava, empurrava meu ombro com o focinho, parece que tentando me consolar!
Ah, coisas de cavalo e cavaleiro, juras de amor em noite adentro, paixões entre jovens…
Ela me escreveu algumas cartas nas semanas seguintes, dizia tudo quanto sentia por mim, sobre tudo que vivemos naquela semana…
Do meu jeitão, também enviei respostas às suas missivas.
Na última carta me relatou que havia falado com sua mãe, a mulher estava morando na Argentina, mas estaria indo para São Paulo, estava separada do pai, mas ainda eram amigos…
Também contou que o pai estava internado, faria uma cirurgia… e nada mais soube depois disso!
Me restou juntar os cacos do coração, e seguir minha jovem vida boiadeira, naquela lida de domar cavalos, burros e mulas, laçando bois, correndo cerca e salgando cochos.
Agente sofria calado, afinal de contas, eu tinha muito serviço naquela fazenda, não podia me dar ao luxo de ficar de cama, com essa tal de depressão, ou indo a sessões com psicólogos.
Uma mágoa daquelas, só se curava com muito trabalho duro e bucetas!
E vida que seguiu meu povo...
Eita tempo véio aquele!
🐂 🐎