Jornada de um Casal ao Liberal - Capítulo 14 - "Depois da Tempestade vem..." - Parte 11

Um conto erótico de Mark
Categoria: Heterossexual
Contém 6409 palavras
Data: 19/07/2022 11:01:03

[...]

Denise ficou eufórica do outro lado do vídeo ao ponto de derrubar seu celular no chão e depois de ficar ainda mais vermelha pela reação adolescente, sorriu para nós agradecendo nossa decisão e dizendo que iríamos nos divertir muito. Nos despedimos dela e desligamos pouco depois. Encarei Nanda, surpreso:

- Não adianta me olhar com essa cara. Eu sei que você quer ir. - Ela falou, zombando: - Pelo menos, eu estando junto, consigo vigiar os dois.

- Quanto mais convivo com você, menos consigo te entender.

- É!? E você não viu nada ainda, bebê. Nada mesmo…

[...]

Eu me sentia extremamente motivada no ambiente acadêmico porque os elogios dos professores eram recorrentes, sinal de que eu me destacava entre meus colegas apesar de ter ficado anos sem praticar por ter decidido cuidar de minha família. Inclusive, qual não foi minha surpresa ao receber uma proposta de emprego de uma empresa paulistana que buscava novos “ativos profissionais” e que, impressionada com meu rendimento, achou que eu seria uma boa escolha para seu quadro de funcionários. Infelizmente, por eu morar longe, neguei a proposta.

A conclusão do meu curso se aproximava do fim. Na próxima semana, eu já teria que voltar a São Paulo para as avaliações e trabalhos finais. Eu acreditava que o Mark havia entendido toda a situação em que nos envolveram e isso me dava paz para poder focar no que realmente interessava: fechar com chave de ouro meu curso. Eu sempre fui CDF, acho que se diz “nerd” nos dias de hoje, então sempre gostei de tirar boas notas e receber elogios por minha evolução. Agora madura, o instinto se mantinha.

Na quinta-feira, antes da última semana do curso, Sabrina me ligou. Parecia agitada, mais ainda que o normal, e foi logo se abrindo:

- Amiga, você não imagina com quem eu cruzei na empresa onde estou trabalhando!?

- Bem… Considerando que você mora e trabalha na maior cidade da América Latina, me dá três chances que eu devo conseguir… - Fui claramente sarcástica: - Ah, Sá! É óbvio que nem consigo imaginar, né!

- O Paulo, Nanda! O Paulo…

- Quem é Paulo, Sá? Não tem nenhum Paulo na faculdade…

- O Paulo, da Inner. Lembra daquele senhor que queria pagar pra ficar com a gente um final de semana inteiro? Ele é o dono da empresa onde eu trabalho…

- Ah, tá. E daí? - Perguntei, agora curiosa e já receosa que minha amiga boca aberta tivesse feito besteira.

- Nada, ué! - Falou, mas não me convenceu: - Não, então… Ele passou lá no escritório da empresa para fazer uma visita e, depois de um tempo, vi que ele me olhava diferente. Não demorou muito e ele se aproximou de mim numa hora que fui tomar um café e me perguntou de onde me conhecia…

- Sei…

- Então, tentei despistar porque não queria falar de onde, né? Mas ele conversava, conversava e eu tentando voltar para o escritório. Ele falava e eu tentando voltar, até que falei que meu supervisor iria me dar uma bronca e ele me lembrou que ele era o dono da empresa.

- Sá, por que acho que você tá me enrolando?

- Tô não! - Falou, tentando abafar um risinho aparentemente de nervosismo: - Daí… Batata! Meu supervisor apareceu e reclamou por eu estar fora do meu posto há bastante tempo e o Paulo me defendeu, dizendo que eu era uma amiga querida e estava ali fazendo companhia para ele. Meu supervisor enfiou o rabo no vão das pernas e sumiu dentro da empresa.

- Cê vai acabar se enrolando, Sá!

- Então… Daí, quando meu supervisor saiu, ele falou alto “Da Inner!”, ao ponto de me deixar roxa e eu pedir para ele falar baixo.

- Que ótimo! - Dissimulei: - Agora já tô entendendo porque você está me enrolando…

- Oi!? - Sabrina me perguntou, simulando surpresa.

- Eu não vou, Sabrina! Esquece!

- Não vai aonde, Nanda?

- Eu vou sair com vocês dois. Esquece disso!

- Não! Então… Ele se lembrou daquela noite e falou que a proposta que havia feito era só uma brincadeira e que não queria ser mal interpretado.

- Menos mal… - Acabei a interrompendo.

- Mas ele perguntou de você…

- E você, lógico, me incluiu fora dessa, não é!? - Ela se calou do outro lado da chamada e eu insisti já brava: - Sabrina, você não passou meu contato pra ele, passou?

- Desculpa! Passei… - Dizia constrangida, tentando se desculpar: - Mas depois que eu comentei que fazíamos um curso de administração, ele se interessou em talvez te contratar para uma de suas empresas. Ele disse que só queria conversar.

- E você acreditou nisso, Sabrina? Puta que pariu! Cê tá querendo foder meu casamento?

- Calma, Nanda! Ele já te ligou, ou mandou mensagem, alguma coisa do tipo? - Me perguntou, ansiosa.

- Não! Por que?

- Porque isso já aconteceu há uns dias. Talvez ele nem entre em contato…

- Melhor assim! Não quero mais problemas na minha vida.

Eu já estava puta da vida e querendo socar aquela baixinha pela merda de me envolver nessa história novamente, quando ela mudou de assunto:

- Deixa eu te falar… A galera vai fazer uma comemoração no sábado. É lógico que você vai, né? Pode trazer a família também.

- Não tô sabendo de nada…

- Decidiram de última hora! Vai ser naquele restaurante do terraço, quase de frente para o portão principal. Reservamos um tanto de mesa por cinquentinha para cada um, adiantado, que vai ser descontado do que cada um consumir. Cê vai, né? Posso reservar para você e o Mark?

- Uai! A ideia parece boa, mas preciso falar com ele antes.

- Então, fala com ele e me responde para eu poder reservar para vocês?

- Beleza, Sá. Te aviso ainda hoje.

- Jóia, então. Beijo, Nanda.

- Beijo, Sá. - E agora frise: - E para de me meter nos seus rolos e não apronta com o Rubens, hein!?

- "Podexa!"

Desligamos.

Os dias se passavam e minha relação com o Mark melhorava a cada dia. Meu marido voltou a ser carinhoso, amigo, prestativo, safado e eu me esforçava em ser a mulher que ele sempre mereceu. Só quem tem filhos sabe a dificuldade que é conseguir um momento a sós com seu parceiro, então transávamos sempre que tínhamos chance. O final de semana chegou e na próxima segunda eu já teria que estar em São Paulo:

- Você não quer vir comigo, quer? - Perguntei para ele em nossa cama no sábado à noite.

- De que jeito? Tenho o escritório, a casa e as meninas têm aula. Não vai dar! - Ele me respondeu: - Querer, eu até queria, mas…

- Eu já sabia, mas não custava tentar. - Me resignei com a obviedade da resposta: - Deixa eu te falar… Minha turma vai fazer uma comemoração no sábado, num restaurante do lado da faculdade, um almoço ou churrasco, não entendi direito... Eu queria ir, mas queria que você viesse comigo. Você vai, não vai?

- Sei não…

- Tem que saber, porque eu preciso reservar. Cinquentinha por cabeça, mas revertido em consumação.

- Vou pensar e te falo, ok?

- Tá.

Ele acabou pensando demais e não me respondeu no domingo. Na segunda de manhã, na rodoviária, eu o cobrei novamente e ele se comprometeu de me responder até o fim daquela tarde. Nos despedimos com um gostoso beijo. Ele ainda ficou um tempo me observando do embarque e só saiu depois que meu ônibus pegou o rumo ao meu destino.

Na quarta-feira, coincidentemente topei com a Denise na secretaria do prédio em que fazia meu curso e fui cumprimentá-la, toda sorridente depois da ajuda que ela havia me dado:

- Nanda!? Que surpresa! - Me recebeu com dois beijinhos na face.

- Minha última semana aqui, Denise. O que cê tá fazendo aqui? - Assuntei.

- Nada demais. Só estou me informando para iniciar uma pós, talvez um mestrado, no ano que vem.

Acabamos indo tomar um café na cantina da faculdade e ali o assunto engrenou rápido:

- E vocês, como estão? Se acertaram? - Ela perguntou enquanto me encarava.

- Ah, sim. Estamos bem. - Disse enquanto tomava um gole do meu café: - Eu queria te agradecer por ter ficado do meu lado naquela história…

- Não tem o que agradecer, Nanda! Por tudo o que o Mark me contou, acredito mesmo na sua inocência. Pra mim esse tal Edson está armando para vocês…

- Posso te perguntar por que você ficou do meu lado? Se tivesse ficado contra, talvez até conseguisse pegar o Mark. - Insisti, curiosa.

- Verdade! Mas a que custo? Eu tenho minha consciência e não conseguiria viver em paz depois de ter prejudicado uma família. - Ela agora que tomava um gole de café: - E eu não suportaria magoar o Mark com uma mentira.

Nessa hora eu engoli a seco, pois, consciente ou não, ela havia me dado uma direta de esquerda bem na boca do estômago. Acho que devo ter me retraído, porque ela me encarava curiosa e logo me perguntou:

- Tá acontecendo alguma coisa, Nanda? Você não fez nada mesmo, né?

Vendo meu silêncio e como eu ainda desviava o olhar dela, insistiu:

- Nanda!?

- Denise, se eu te contar uma coisa, você promete não contar para o Mark? Nunca! - Pedi.

- Ai, Nanda, o que você fez?

- Promete!?

- Prometo não mentir para ele. Se ele nunca me perguntar, eu não contarei.

- Eu cheguei a ficar com o Edinho uma noite, no carro dele. - Comecei a contar, constrangida, mas já me defendi imediatamente: - Mas não transamos!

Ela me encarou com os olhos arregalados e eu continuei:

- A gente tinha tomado uns chopes no shopping e ele se propôs a me levar para o hotel. Entramos no carro dele, a gente estava brincando, se divertindo com lembranças do passado, conversando só… Quando dei por mim, a gente estava se beijando e amassando dentro do carro dele… - Me contive de contar tudo o que havia acontecido, mas ressaltei: - Só aí que me dei conta do erro que estava cometendo e fiz que ele me levasse embora para o hotel.

Denise me encarava surpresa. Depois de um tempo ela perguntou:

- Isso foi naquela quinta?

- Foi. O negócio foi tão intenso que acho que ele se sentiu no direito de me levar para o motel, mas eu briguei com ele e ele me levou para o meu hotel.

- Ai, Nanda. - Resmungou: - Você contou isso pro Mark?

- Não…

- Poxa! E agora você me coloca no meio do rolo também!?

Denise me olhava triste e parecia querer me falar alguma coisa, mas não quis pressioná-la porque ali eu era a errada na história, novamente. O clima ficou pesado entre a gente e logo o assunto morreu, ficando só um silêncio constrangedor. Acabamos nos despedindo e voltei para meus afazeres, agora imaginando que poderia ter cometido uma imensa cagada em minha vida, pois meu desabafo dera munição a uma potencial concorrente.

[...]

Apesar de estarmos cada dia mais unidos, havia uma coisa que ainda me incomodava: uma aparente contradição na história contada pela Nanda. Aliás, uma baita contradição! Da primeira vez que ela me contou da carona que o Edson lhe deu, disse que eles foram direto para o hotel, só passando num drive-thru. Na segunda vez, quando confessou ser a mulher na foto entrando no motel com ele, afirmou que haviam saído da faculdade. Entretanto, depois que a Denise informou o horário de sua saída da faculdade naquele dia, ela contou que foi com Rubens e Sabrina para um shopping e não mencionou o Edson. Essa contradição entre as pessoas naquele dia estava me encucando há tempos. Ainda assim preferi não cobrá-la e só observá-la nos dias que se seguiram.

Aquela segunda transcorreu sem novidades e, após pegar minhas filhas na escola, decidi tomar um banho para relaxar a tensão de mais um dia de trabalho. A água bem que tentou, mas não conseguiu me aliviar em nada. Depois de preparar o jantar, jantamos e encher o lava-louças, me sentei na sala para assistir um programa qualquer na televisão. Nesse momento, ouço o som de uma notificação em meu celular, já imaginando ser a Nanda me cobrando a resposta. Eu já havia me decidido ir a sua comemoração e apenas responderia, mas qual não foi minha surpresa ao ver que se tratava de uma mensagem do meu “amigo”:

Ele - “Ela já está aprontando aqui, cara!”

Na sequência, fotos dela junto do Edinho. Em duas delas, ele aparecia conversando de frente com ela. Na terceira, eles davam um selinho. Noutra, eles meio lado a lado e ela o encarava, com uma expressão estranha. Minha noite começava a piorar:

Eu - “Cara! De onde você tirou essas fotos?”

Ele - “Faculdade. Agora há pouco.”

Eu - “Por que você está fazendo isso? Quem é você?”

Nada de respostas.

Fiquei transtornado e transferi todas as fotos para um notebook para poder analisá-las melhor. Numa das fotos, uma moça ruiva chamou minha atenção: era a Sabrina, namorada do Rubens. Mas o que me chamou a atenção foi seu semblante de surpresa e seu claro incômodo com a Nanda pelo seu namorico. Pouco depois uma nova mensagem:

Ele - “Sou apenas um amigo.”

O bichinho da desconfiança que eu tentava fazer hibernar há algum tempo, teimava ficar com os olhos arregalados frente às contradições das versões da Nanda e agora começava a rugir alto novamente. Decidi ser estratégico, mesmo que isso significasse ir contra minha esposa naquele momento. Mandei mensagem para ela:

Eu - “Nanda!?”

Ela não me respondeu nada naquele momento, certamente estava em aula. Passados trinta minutos, ela me liga:

- Oi, Mor.

- Oi, criaturinha. Quais são as novidades? - Perguntei de supetão.

- Novidades minhas!? Uai! Nada, não, sô! - Resmungou: - Por que?

- Nada mesmo!? - Insisti.

- Nada, uai! Por que?

- Por nada, Nanda. Por nada... - Respondi e descaradamente menti na sequência: - Não sei se poderei ir no sábado. Acabei de pegar um serviço grande e que vai me tomar o final de semana todo…

- Ah, qual é, Mor? - Resmungou: - Cê tá estranho, viu! Eu vou reservar seu lugar. Você vai vir, sim!.

- Você vai gastar à toa. Eu não vou...

Ficamos naquela discussão de “vai, não vou” por um tempo, até que ela disse que teria que voltar para sua aula e nos despedimos, não sem antes ela dizer que iria reservar meu lugar.

Os dias se passavam e nós conversávamos todos os dias, pelo menos três vezes por dia: durante o dia, no final da tarde e quando ela retornava à noite. Ela fazia questão que fosse assim para que eu soubesse onde ela estava. Na quarta-feira, meu “amigo” me mandou mais algumas fotos da Nanda conversando com o Edson num bar: ele bastante animado, aparecia inclusive acariciando seu rosto. Inclusive, estranhei um vídeo curto no qual eles apareciam em pé abraçados, mas nesse não se beijavam: somente mantiveram contato corporal que durou quase um minuto. Nesse tempo, foi possível ver que ele acariciava suas costas e ela se mantinha quieta e calma, mas de olhos fechados. Seguiu-se uma mensagem:

Ele - “Sábado eles têm um novo encontro marcado no terraço de um restaurante próximo daqui.”

Ele - “Mais que isso, só se eu entrasse no motel para filmá-los.”

Ele - “Agora é com você. Ser manso ou resolver sua vida.”

Tentei obter mais algumas informações do “amigo”, mas ele me bloqueou. Nessa noite, afoguei minhas mágoas na cerveja e acabei dormindo na sala, meio alterado. Na manhã seguinte, Maryeva me acordou dando risada de minha situação:

- Meteu o pé na jaca, né, manguaceiro? Aproveitou que a mulher está fora, né? - Ria de mim e, antes que eu pudesse repreendê-la, fechou com chave de ouro: - Tem problema, não. Seu segredo está muito bem guardado comigo.

Ri de seu comentário, mas apesar de tudo, a imagem que eu havia lhe passado não fora das melhores. Arrumei a bagunça da noite anterior e toquei nossas vidas. À tarde, liguei para meus pais e pedi que ficassem com minhas filhas no final de semana, porque eu iria para São Paulo. Eles aceitaram. Decidi que eu tentaria descobrir, de uma vez por todas, quem estaria por trás dessa armação, torcendo para que não fosse ela. Ainda à tarde nesse dia, Nanda me fez uma chamada de vídeo e insistiu por um bom tempo que eu fosse para São Paulo, acompanhá-la na comemoração, o que soava estranho para alguém que pudesse estar me traindo:

- Eu não quero ir, Nanda. É longe pra caramba. - Falei, tentando despistá-la.

- Para com isso, Mor! Por que você não quer vir? O que tá acontecendo? Cê tá me escondendo alguma coisa. - Depois me encarando, ela parece ter se tocado: - Você recebeu mais alguma foto?

- Por que? Aconteceu alguma coisa que pudesse ser fotografado?

Ela se calou, constrangida, e eu insisti:

- Pelo que estou vendo, se eu fosse, só atrapalharia você.

Ela se calou novamente e, depois de suspirar fundo, me encarou pelo celular, dizendo:

- Acima de qualquer coisa, eu te amo. Só se lembre disso. Eu posso errar, mas é sempre tentando fazer o certo.

Se despediu de mim e desligou. Não entendi a última parte daquela conversa e nem gostei de seu conteúdo. Não consegui mais falar com ela nessa sexta-feira, seu celular permaneceu desligado ou fora de área.

No dia seguinte, saí rumo a São Paulo. Três horas e pouco depois, e eu chegava. Fui direto à faculdade em que ela fazia o curso. Não foi difícil encontrá-la com o GPS. O problema é que havia cinco estabelecimentos, choperias, bares, restaurantes, em que a chopada poderia ser realizada. “Saco! Era só o que faltava.”, pensei. Daí me lembrei que o “amigo” havia comentado que a comemoração seria num “terraço” e, pela descrição, apenas um dos estabelecimentos se encaixava. Era um tiro no escuro, mas a melhor possibilidade até agora.

Montei campana não muito próximo e, bingo, acertei em cheio! Logo, alguns alunos começaram a chegar naquele endereço. Uma boa galera já havia chegado e nem sinal da Nanda ainda. Ela poderia ter desistido e ficado no hotel, mas se eu ligasse para confirmar com ela, poderia estragar todo o meu plano. Decidi ligar na recepção do hotel e pedi para me transferirem para seu quarto. Se ela atendesse, eu desligaria. Ela não atendeu e nem poderia, pois pouco depois a vi chegando junto do casal de amigos e mais duas colegas. Depois que entraram fui até lá e entrei também.

Na parte inferior havia um salão que devia ser usado como danceteria pelo tipo de eletrônicos instalados. Mas naquele dia e horário o evento seria realizado apenas no terraço, onde havia uma espécie de choperia. Cuidadosamente, subi um lance de escadas e vi que o grupo dela havia se posicionado num canto, próximo a uma mesa na sacada. Me sentei no canto contrário, longe do banheiro e da bica do chope, para não correr o risco dela me encontrar, mas de uma posição onde eu poderia observá-la. Ela estava linda com um vestido de alcinha floral, claro. Ela até sorria bastante e conversava com as amigas e amigos, mas algo estava diferente: faltava luz em minha esposa. Pedi um chope e fiquei observando tudo.

Não sei quanto tempo depois, vejo o Edinho surgir das escadas e me abaixei, porque ele procurava alguém. Ele olhou na direção dela e foi decidido ao seu encontro. Quando ela o viu, arregalou os olhos e se levantou. Se cumprimentaram com um selinho e começaram a conversar. Ela o ouvia com atenção, mas sem esboçar nenhuma intimidade maior. De repente meu celular acusou uma notificação: era uma mensagem do meu “amigo”:

Ele - “Olha aí tua chifradeira, cara!”

Duas imagens chegaram em seguida. Pela posição deles na foto, deduzi uma possível posição do fotógrafo e vi um carinha com um celular levantado e não muito longe de mim. Eu não o conhecia, mas aparentemente ele tirava fotos deles. Eles continuavam conversando. Nanda gesticulava bastante, o que é normal dela, e negava com a cabeça. Nesse momento, vi o Edinho colocar as mãos em sua cintura e tentar se aproximar dela, mas ela colocou as mãos em seu peito e não o deixou se aproximar. Agora, ela estava sendo mais enfática e negava sua aproximação. Ele balançou a cabeça, como que concordando, mas colocou suas mãos sobre as dela. Continuaram conversando e, agora, pareciam concordar em algo. De repente, ele a puxou de uma vez para si e a beijou na boca, abraçando-a e a segurando pela nuca.

Aquilo me atingiu como uma faca em brasa. Uma dor na nuca me deixou preocupado que eu pudesse ter um treco, mas me fiz de forte por minhas filhas. Elas precisariam, elas precisam de mim! Me levantei e me encaminhava até eles para lhes dar o flagrante final, mas nesse momento, ela começou a se debater. Eu estranhei e, embora confuso, continuei me aproximando lentamente para separá-los. Já próximo, vi que se separaram e ele começou a se inclinar para a frente, gemendo. Todos começaram a reparar. Então, notei que ela estava com a mão sobre sua braguilha, apertando alguma coisa sem piedade. Seus olhos estavam vermelhos de ódio e ela não via eu me aproximar. Quando ele se curvou de joelhos, ela começou a bater nele ferozmente e a xingá-lo, enquanto ele se encolhia e pedia desculpas. Ninguém ousava se aproximar deles, a não ser o suposto “fotógrafo”, mas que também não teve coragem de apartar a briga. Fui até ela e a peguei pela cintura, puxando para trás. Ela estava transtornada e começou a bater em mim também:

- Para, Nanda! - Gritei com ela.

Só nesse momento ela me encarou surpresa ou assustada e arregalou os olhos:

- Eu não fiz nada, Mor! Eu juro que não fiz nada! - Falava, aflita.

- Eu sei! Só se acalma.

O "maitre" se aproximou e o Rubens, que estava sentado próximo, se levantou, explicando que aquele cara havia beijado Nanda à força e ela teria revidado. Ele veio confirmar a história com ela e, confirmada, perguntou se queria que acionasse a polícia. O fotógrafo agora tentava levantar o Edinho do chão, mas em vão. Aparentemente Nanda havia machucado ele para valer. Vendo aqueles dois ali, tive a ideia de sacar meu celular e fazer uma chamada de áudio para o número do “amigo”. O celular do fotógrafo começou a tocar. Quando ele viu que eu o encarava com meu celular na mão, se tocou do tamanho do problema e saiu correndo, derrubando o aparelho e deixando o Edinho para trás. Aliás, ele agora tentava ficar de pé, ainda que agarrado a mureta da sacada. Deixei a Nanda de lado e fui até ele, o pegando pelo colarinho.

- Bela jogada, babaca! Quase me enrolou… - Falei.

Ele não ousou abrir a boca. Só me olhava assustado, com os olhos arregalados. Quando fechei minha mão para socá-lo, Nanda abraçou meu braço e senti alguém me agarrando pelo pescoço e puxando para trás. O Edson voltou a cair de joelhos:

- Para, Mor. Para! Não faz isso… - Nanda me pediu.

Não gosto de me vangloriar, mas eles dois não estavam conseguindo me segurar. Voltei a ir para cima do Edson e, nesse momento, quem me segurava por trás trançou suas pernas nas minhas e aí eu perdi o equilíbrio:

- Sai… de cima… de mim! - Gritei para ele, não sendo atendido.

Como ele não obedeceu, curvei minha cabeça e corpo o máximo que consegui para a frente e a soltei com tudo para trás, atingindo a cabeça de quem me segurava em cheio. Ele bambeou e eu me soltei, mas antes que eu partisse para cima do Edson novamente, Nanda pulou em meu colo de frente, trançando suas pernas em minhas cintura e passando seus braços por baixo de minhas axilas e, voltando-os, tapou meus olhos:

- Sai, Nanda! - Falei alterado.

- Não. Para! Por favor, para.

- Eu vou matar aquele filho da…

Ela me interrompeu com um beijo na boca e a surpresa daquilo me deixou sem reação. Ela sabia que eu não bateria nela e então falou:

- Calma! Fica calmo….

- Me solta, Nanda. - Pedi.

- Não vou te soltar! Se acalma.

- Já estou calmo. Pode me soltar. - Fui sincero.

Ela acreditou e tirou suas mãos dos meus olhos, segurando meu rosto de forma que eu só conseguisse olhar para ela. Ao se certificar que eu olhava para ela e mais ninguém, também se acalmou:

- Oi! - Me falou, com um sorriso preocupado no rosto.

Sorri de volta e encostei minha testa na dela, fechando meus olhos e a abraçando forte. Quando abri meus olhos e vi o Edson ainda no chão, fiz menção de me levantar e ela me puxou para encará-la novamente, dizendo:

- Olha pra mim! Só pra mim. Esquece dele!

A encarei por um momento, respirando fundo e disse:

- Já estou bem, Nanda. Pode ficar tranquila. - Disse, sorrindo para ela: - Mas estou com medo de ver quem eu nocauteei ali atrás, porque a minha cabeça está doendo.

Olhamos para trás e Rubens estava com a mão no nariz e boca, tentando conter um sangramento. Ele, ao ver que eu o encarava, balançou negativamente a cabeça, ameaçando um sorriso tímido:

- Bom te ver, Rubens. - Falei.

- Tomá no teu cu, Mark! - Falou, rindo também.

A PM “chegou-chegando”, dando voz de prisão para todos. Nesse momento, Rubens se levantou e sacou uma carteira funcional da PM, se identificando como Major Pinheiro. O Sargento que atendia a ocorrência bateu continência imediatamente e quis saber o que tinha acontecido. Rubens resumiu a história, dizendo que Edson havia roubado um beijo à força da Nanda e que, quando eu vi, parti para cima dele, mas que nem cheguei a tocar nele, porque eles me seguraram:

- Mas então quem capou o meliante aí? - Perguntou o sargento, vendo que ele gemia e segurava na altura de sua braguilha.

- Ela própria! - Disse Rubens.

- Que pena, hein!? Nem vou ter chance de dar uma botinada no mocinho. - Disse o Sargento e riu dele: - Então, vamos levar todo mundo pra delegacia, Major. Lá a gente faz a ocorrência e deposita o meliante na ala dos estupradores.

- Só um minuto, Sargento. - Pediu Rubens e nos perguntou: - O que vocês querem fazer? Nanda, Mark…

- Você decide, Nanda. - Falei.

- Acho que a humilhação que ele passou já é suficiente… Eu não quero prejudicar a vida de ninguém. - Nanda me falou e se voltou então para o Edson: - Nunca mais eu quero que você me dirija a palavra. Tá entendendo, Edson? Nunca mais! E deixa meu marido em paz.

Ele só balançou a cabeça afirmativamente e estava sendo acompanhado para fora do restaurante, quando eu pedi para falar com ele. Rubens tentou me dissuadir, mas eu ainda queria tirar essa história a limpo. Fomos então Edinho e eu até o salão inferior, acompanhados dos PM’s, do Rubens e da Nanda que não quis me deixar por um minuto sequer:

- Vou ser bem direto e espero que você também seja. Era você que me enviava aqueles “OI” de um número internacional há alguns meses atrás? - Perguntei.

Ele nada disse, apenas abaixando a cabeça e encarando o chão de piso frio daquele estabelecimento. Insisti novamente e nada. O sargento da PM suavemente pediu que ele respondesse e, vendo que não conseguia cooperação, deu-lhe um “suave” tapa na nuca que quase o derrubou ao chão. Pedi que ele parasse, muito embora tenha gostado da cena e disse:

- Acho que você não está entendendo. Os policiais já entenderam qual é o seu tipo e estão loucos para levá-lo até uma delegacia. Imagina só o efeito disse em sua vida e carreira, ser fichado com seus trinta e poucos anos por estupro e, imagina só, se for condenado, ainda pode pegar até vinte anos de prisão. - Me dirigi ao Rubens: - Isso acaba com a vida de qualquer um, não acaba, Rubens?

- Ô, se acaba. Sem contar que estuprador vira depósito de porra na prisão. - Completou.

- Depósito de porra, na melhor das possibilidades. Na pior, ainda pode pegar umas doença braba. - Completou ainda mais o sargento.

Na prática, eu sabia que uma condenação dificilmente alcança o máximo previsto na lei, ainda mais se ele foi primário e de bons antecedentes, mas ainda assim a chance dele ser condenado seria alta.

Nesse momento, ele levantou seu rosto e os olhos estavam arregalados. Eu sabia o que sabia pela minha experiência, mas o efeito pedagógico do “psico-tapa”, aliado às gentis palavras dos que estavam ali, exerceram um forte poder de convencimento sobre o Edson. Depois o cabo da polícia que acompanhava a diligência, ainda jogou a pá de cal em cima dele:

- Sargento… E se a gente levar ele pra dar uma voltinha numa quebrada aí? Só pra ele arejar as “ideia”…

- Não! Não precisa. Eu falo… - Edson, já acuado, arregou: - Fui eu sim. Só posso pedir perdão. Eu fui um moleque.

- Vamos ver se você merece realmente nosso perdão. - Falei: - Por que você fez isso? O que você pretendia?

- Um dia, eu vi a Nan-Má na rua, passeando com as filhas. Ela estava mais bonita que antes: encorpada, siliconada, com aquele olhar bravo que sempre me fascinou e ela devia ter sido minha! Você roubou ela de mim. - Ele media as palavras: - Daí fiz aquilo como um trote, só para encher mesmo, mas como você bloqueou aquele número, eu nem insisti mais.

- Tá. - Olhei para a Nanda e insisti, ainda não convencido: - E por que mudou de ideia? Por que voltou com as mensagens agora?

- Porque me encontrei com ela num supermercado da nossa cidade um dia e vi que ela parecia meio tensa, desligada. Então, a convidei para um cafezinho e tive certeza que o casamento não andava bem. - Ele abaixou sua cabeça, agora constrangido: - Daí pensei que uma “ajudinha” poderia vir a calhar e resolver a situação dela de vez…

Fiz menção de me aproximar dele e os policiais se colocaram do lado dele, inclusive, o sargento me encarou e balançou negativamente a cabeça, como que tentando me dissuadir de atacá-lo. Acenei para ele dando a entender que eu estava bem e continuei:

- Mais uma pergunta: você agiu sozinho nessa história?

- Não, né! - Respondeu, reclamando: - Um amigo, colega de meu curso, tirou as fotos. Ninguém que você conheça…

- Mais ninguém? - Insisti.

Ele se calou e isso aumentou minha desconfiança:

- Mais ninguém, Edson? - Insisti novamente: - Fecha com chave de ouro, homem. Fala a verdade.

O cabo da PM lhe deu um “cutucão” com o joelho e ele, enfim, falou:

- Não. Mais ninguém. Juro.

Suas palavras não me convenceram suficientemente. Eu ainda precisava esclarecer alguns detalhes contraditórios da história que a Nanda havia me contado, mas se eu perguntasse para ele ali, na presença de todos, iria constrangê-la. Preferi não fazê-lo e deixar para confrontá-la depois:

- Quer perguntar alguma coisa para ele, Nanda? - Perguntei.

- Não! Só quero que ele saiba que hoje tenho a certeza absoluta que fiz a melhor escolha quinze anos atrás. - Ela respondeu.

- A gente podia ter sido feliz, Nan-Má… - Insistiu.

Ela deu uma gargalhada debochada dele e apertou meu braço, fazendo questão de exibir sua aliança matrimonial e dizer:

- Isso aqui é algo que você talvez nunca tenha na sua vida. Você não é homem suficiente para um compromisso desse.

Agradeci aos policiais que escoltaram o Edson para fora do estabelecimento e Rubens os acompanhou para finalizar os procedimentos. Isso não acompanhei, mas tive a impressão de ter ouvido um sonoro ai quando eles saíram pela porta afora. Nanda me olhava constrangida e, naquele momento, eu ainda estava carente de algumas respostas. O silêncio já incomodava e ela se adiantou:

- Que bom que você está aqui.

- Cheguei a pensar que vocês tivessem tido um caso… - Falei sem pensar.

- Eu sei. Eu imaginei…

- Recebi outras fotos de vocês, se beijando… Me explica.

Antes que ela pudesse falar algo, Rubens chegou, já falando:

- Que situação, hein!? Vamô tomá um chope pra relaxar?

Eu o olhei de soslaio e voltei a encarar a Nanda, aguardando uma resposta que não vinha. Ela olhava para meu peito, mexendo num botão de minha camisa para despistar. Ele sentiu um clima estranho, pesado e praticamente começou a nos empurrar em direção à escada que dava acesso ao terraço:

- Sei que vocês estão tensos, mas acho que vocês precisar relaxar, “desanuviá” como vocês falam no interior. - Insistiu: - Depois vocês conversam com calma.

Subimos as escadas e, ao invés de acompanhá-los, voltei à mesa em que estava quando cheguei para pegar celular e carteira que só então vi que havia deixado para trás. Ainda tinha uma tulipa praticamente cheia e me sentei para tomá-la. Pouco depois Rubens chegou e se sentou:

- Não tenho o direito de me meter, mas vou te falar com o direito de quem quase quebrou o nariz na sua cabeça, e que cabeça dura… - Riu e completou: - Cara, ela foi tão vítima quanto você.

Apenas esbocei um sorriso constrangido para ele e falei:

- Será?

Mostrei então algumas fotos que eu havia recebido, deles inclusive se beijando e abraçados, e contei sobre as contradições do dia do motel. Ele me ouvia atento, alterando seu olhar para as fotos, vez ou outra:

- Sobre as fotos, não posso te falar nada. Sobre a história do motel, eu me lembro de termos realmente ido os três para o shopping, lanchar e beber algo, e lá ela encontrou esse panaca aí. Depois, como chovia, ele ofereceu carona para ela e não sei para onde foram. - Coçou o queixo me encarando: - Nem sei se eu devia ter te falado isso, mas tô vendo que você é um cara correto. Então, seja uma vez mais e converse com ela depois com calma. Se vocês quiserem, podemos ir até meu apartamento depois. - Agora me deu um tapa no ombro e um sorriso, só contido pelo peso do momento: - Assim fico de olho para as crianças não fazerem besteira.

Olhei em direção da Nanda e ela já se encontrava sentada numa mesa, ao lado da Sabrina que tentava conversar com ela. Aliás, não olhei, fuzilei, e Rubens me criticou. Nanda se mantinha quieta, sorrindo timidamente para Sabrina, mas com o olhar fixo em mim:

- Vamô lá!? Vem beber com a gente. - Rubens insistiu.

- Essa história está mal contada, Rubens. Acho melhor ir embora ou vou acabar discutindo com ela.

- Não! Não vai. - Ele insistiu: - Vamos fazer assim: se eu ver que o clima vai azedar, entro e aparto os dois. Valeu? Tenta conversar numa boa, cara.

Peguei minhas coisas, minha taça de chope e no caminho a escada para a saída exerceu uma forte atração para mim, a ponto de eu parar em dúvida se devia sair ou ficar. Olhei em sua direção e ela se levantou, talvez pronta para vir em minha direção. Não tive tempo de descobrir porque Rubens me pegou pelo braço e praticamente me arrastou em direção a mesa em que ela estava com Sabrina. Após ele fazer uns arranjos, me colocou sentado ao lado da Nanda e se sentou ao lado da Sabrina. Começou a puxar conversa conosco e realmente eu não estava afim de confraternizar. Nanda também parecia deslocada. De tanto tentar, acho que cansou e começou a dar atenção a Sabrina, bem como conversar com os demais. Eu já estava no quarto ou quinto chope e pouco interagia com os presentes até que Sabrina soltou uma pérola:

- Nanda, minha boiadeira, onde cê aprendeu a capar daquele jeito?

Nanda sorriu de seu comentário e eu, já embalado pelo chope, acabei rindo também e ainda complementei:

- Até onde vi, ele saiu mancando porta afora. - Bebi mais um gole de meu chope: - Se não capou, ele vai ficar um bom tempo com o pau de molho…

Rubens aproveitou a deixa e começou a gargalhar, tentando nos entrosar ao grupo. Logo, voltaram a conversar entre si e eu insisti com a Nanda:

- Vai me contar sobre os beijos?

- Você pode não acreditar, mas fiz aquilo para ele te deixar em paz. Eu já estava desconfiada que ele estava armando a história das fotos. Então, na segunda, eu prensei e ele me confessou tudo.

- E por que não me ligou para contar isso? Eu teria vindo te ajudar, sei lá, feito alguma coisa.

- Porque… Porque… Ah, sei lá, porque, Mark!

- Você tá me escondendo alguma coisa e eu já tô de saco cheio dessa sua mania de esconder a verdade. Ou você fala, ou eu saio daqui agora e nunca mais olho na tua cara!

- Ah, Mark…

- Você fez alguma cagada, não fez!? Fala! - Pedi, alterando pouco o tom da minha voz, mas o suficiente para chamar a atenção de todos.

- Mark!? Cara… Deixa pra depois. - Me pediu o Rubens.

Olhei para Nanda que abaixou a cabeça envergonhada:

- Chega! Pra mim já deu. - Disse e me levantei, saindo em direção as escadas.

Saí porta afora do restaurante e me encaminhei para meu carro. Lá dentro, já pronto para dar a partida, a porta do passageiro se abriu e Rubens entrou, tirando a chave do contato:

- Tá louco, cara? Você bebeu um tanto. Não vai pegar rodovia nem a pau. - Falou, bravo: - Pode brigar comigo se quiser e a porrada vai ser braba, mas não te devolvo as chaves.

- Tá de palhaçada, né, Rubens!? Dá essa merda aqui. - Mandei, alterado.

- Vai se ferrar, não dou!

- Me ferrar? Mais!?

Ele me olhou e agora havia empatia. Vi que ele entendeu que minha situação não estava nada bem:

- Cara… Não vou falar para vocês conversarem agora, porque já vi que não vai dar, mas você não pode dirigir assim, bêbado e transtornado. - Falou, agora com a mão em meu ombro: - Pega aqui as chaves do meu apê. Chama um Uber, vai pra lá e descansa. Depois dou um jeito de levar seu carro e aí, quando você estiver melhor, você vai embora.

Eu ainda o encarava bravo, mas já entendia sua preocupação e já estava quase concordando com suas palavras. Então, ele fechou com chave de ouro:

- Você tem filhas, não tem? Elas precisam do pai bem e inteiro.

Nessa hora não aguentei e até chorei um pouco, mas me constrangi por fazer isso na presença de um praticamente desconhecido e me recompus como pude, enxugando uma lágrima:

- Obrigado, mas não vou para seu apartamento, Rubens. - Respondi.

Peguei meu celular e pedi um Uber, inserindo um endereço onde eu sabia que encontraria guarida. O carro chegou rápido e me despedi dele, pedindo que entregasse a chave do meu carro para a Nanda e que ela resolvesse o que fazer com ele:

- Por que você mesmo não entrega? - Me perguntou apontando para a sacada do terraço do restaurante, de onde ela me encarava.

Nem respondi e entrei no carro do aplicativo. Em quinze minutos, eu chegava ao meu destino. Autorizado a entrar, em não mais que cinco, chegava à porta de entrada e uma figura conhecida já me esperava com um sorriso no rosto, que se transformou em preocupação ao ver o estado em que eu chegava. Denise me abraçou carinhosamente e me puxou para dentro de seu apartamento, fechando a porta atrás de nós.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 266Seguidores: 630Seguindo: 23Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Para aqueles que são ou pensam ser casal liberal, pensem bem, é um caminho sem volta, como disse antes, é uma droga que não acaba mais, sexo envolve sentimentos sim, é gostoso, é emocionante, e perigoso, tds tempero de uma boa adrenalina, mas estejam preparados para muita traição, por que se o marido permite a esposa levar rolar, a mulher vai perder tds freios, se ela for gostosa vai trepar muito e muitas vezes escondida.

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Me desculpe, mas eu serei bem direto com você!

É nítido no seu depoimento a falta de respeito da sua esposa com você. É nítido também, que você sempre foi abrindo mão dos seus posicionamentos para agradá-la cada vez mais. Realmente, no seu caso, não existia amor da sua esposa por você. Existia a dominação dela e a sua submissão. Uma relação tão desigual não daria mesmo certo.

Eu sou liberal, casado e tenho diversos amigos que também o são. Nenhum deles, assim como eu, aceitaria um por cento do que sua esposa fez com você. E minha esposa também não aceitaria que eu agisse dessa forma.

Você talvez pensasse viver um relacionamento liberal, mas sua esposa queria mesmo se esbaldar. E já que você aceitou, ela foi esticando corda cada vez mais. Mas isso, até sair do auge, né? Aquela fase em que a mulher não tem dificuldades em encontrar parceiros. Mas como tudo tem data de validade, ela voltou para quem?

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Os contos de Mark são muitos legais, nos retrata com mais fidelidade o dia dia de um casal liberal, que não se assume liberal. A muito tempo atrás um amigo me falou que casal liberal não funciona, que nunca tinha visto um casal swing, ou menage permanecerem casados, isso é feito uma droga, quanto mais vc toma mais vc quer, novas aventuras, mais perigoso e etc.

Passai 20 anos de nossas vidas sendo liberal, começamos com troca de casais, depois menage masculino, e por fim minha mulher saia com amigos ou até primos, sob minha supervisão, até o ponto dela chegar dormir fora com amigo, como disse isso é como droga, durante esse percurso ela me traiu varias vezes, escondida, fez até Suruba sem mim, e eu sempre perdoando com medo de perde la, pois ela era fantástica na cama uma maquina de sexo, chegamos ao ponto dela ter 2 amantes que confiavamos, transando sem camisinha com ela, tinha dias certos para ela sair com eles, ela começou a perder o freio, tinha vez que os amantes levavam amigos, logico com camisinha, para trepar com ela, que eu saiba cada um levou uns 4, em cada vez que saia com ela, vi nosso casamento desandar, não tinha mais controle, e o pior ela começou a me faltar com respeito e verdade, eu não era mais o corno manso, e sim um corno safado, como os amigos dela diziam. Até um ponto que ela arrumou um namorado, isso mesmo, um namorado, sem eu saber, esse cara me detonou, e fez a cabeça dela dizendo que eu não amava, que não valorizava, até um ponto que, ela nao me queria mais como marido, nos separamos, por que nao aguentava ser mais humilhado por ela, ela era minha droga, mas eu aprendi a me valorizar, ai veio o choque da realidade para ela, ela nunca espeva eu me separar dela, foi quando nos sentamos e decidirmos nunca mais essa vida para nós.

Então não existe uma vida de casal liberal, como disse isso é uma droga, e principalmente as mulheres que por sserem mais sensiveis, quando um cara lhe fizer amor gostoso, e lhe prometer amor, ela sempre vai se envolver emocionalmente.

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Cara.

Respeito seu ponto de vista e sua historia de vida, mas discordo de voce.

Na minha opiniao existem pessoas que nao se adequam a vida liberal, ou por tentar ser extremamente controlador, como o perfil do personagem Mark, ou por se deixar levar e perder o controle das emoções.

Sem duvida sempre haverá algum grau de envolvimento emocional, mas se o casal tiver BOM SENSO, respeito, confiança um no outro, e certeza incondicional do amor entre os dois, acho possivel sim viverem aventuras liberais.

Falo por experiencia propria, com 33 anos de casamento e 40 de relacionamento.

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Ele não está errado Beto... O que aconteceu com ele acontece direto em contos como do Lael, é uma situação de vida real. As pessoas não lidam com pensamentos de forma igualitária... Ser humano não é único, ele pensa diferente... Você e sua esposa pensam diferente em muita coisa, a diferença que talvez a confiança faz com que ambos consigam viver esse tipo de relacionamento... O relacionamento liberal ele é adequado a pessoas que conseguem ter um bom controle de duas emoções... Pesquisas recentes revelam que 19 milhões de brasileiros sofrem com ansiedade (eu e mais de 18999999) e eu digo mais, eu arrisco a dizer que entre quem se trata, não se trata e até mesmo não admite esse valor passa de 80% hoje... Basta você ir no trânsito que verá muitas cenas causadas pelo excesso de ansiedade... A ansiedade é uma das maiores causas da angústia e isso afeta diretamente a confiança... É algo que tem tratamento, mas falo como alguém que tem isso, existe tratamento para diminui, cura 100% não... É algo que qualquer pessoa pode controlar e do nada isso voltar... Então amigo essa de perder o controle das emoções é coisa mais normal do mundo e pode acontecer a qualquer momento com qualquer casal seja liberal ou monogamico... O pensamento ele acelera numa velocidade muito superior a da ação, quando você vê tu já pensa no pior sem nem mesmo imaginar... E esse controle todo você pode ter tido durante esses 40 anos, mas basta apenas 1 segundo pra ti perder ele...

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Veja bem Dany/Joana, não contesto 100% do que o Manuca postou, apenas contesto isso:

"casal liberal não funciona, ... nunca tinha visto um casal swing, ou menage permanecerem casados".

Eu e minha esposa somos exemplo de um casal que viveu por quase 15 anos uma "vida liberal" e permanecemos casados.

Não participávamos de festas liberais e nem frequentávamos casas de swing, apenas tínhamos a liberdade de ter outros parceiros.

Por conhecer bem ela, eu sabia que ela até aceitava que eu saísse com outras, mas sentia muito ciume, e o ciúme era maior que o prazer, por isso, por respeito ao sentimento dela, me abstive.

Mas ela teve suas aventuras, teve dois amantes por muito tempo, inclusive no mesmo intervalo de tempo, chegou a levar o vestido de noiva do nosso casamento para um fim de semana que passou com um deles, e usar uma aliança que ele deu, junto com a nossa.

Mas nunca faltou com o respeito comigo, nunca me traiu, nunca fez nada sem me consultar e sem eu concordar, e nunca questionamos o sentimento de amor de um pelo outro.

Apenas o que eu questionei, foi o fato de colocar como IMPOSSÍVEL UM CASAL LIBERAL E PERMANECER CASADO".

Hoje estamos na casa dos 60 anos, e essas aventuras são boas recordações da vida que tivemos e ainda alimentam as nossas intimidades.

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Manuca, respeito sua história de vida, mas acho um erro querer generalizar os efeitos adversos que você e sua esposa sofreram ao experimentarem a vida liberal para todos, indistintamente.

Meu conto tenta retratar justamente como se deu o nosso amadurecimento nesse meio. Sofremos, erramos, gozamos e hoje conseguimos chegar a uma estabilidade que será contada oportunamente.

Tudo na vida se for utilizado sem comedimento pode se tornar viciante como uma droga. O sexo também. Para nós, acho que o "segredo do sucesso" se deu justamente pelas pedradas que tomamos e por temos um vínculo muito forte com nossa família. Eu já disse em algum momento atrás que nossa vida liberal é exceção, só a usamos para apimentar nosso relacionamento. Não é algo para o dia a dia, aliás, evitamos justamente a repetição de parceiros justamente para não correr o risco de estreitamento de laços afetivos.

Mas, como eu disse, respeito sua história de vida e fico muito feliz que, apesar dos percalços, você tenha conseguido se reconciliar com sua esposa e vivam juntos até hoje.

Forte abraço.

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"Então, na segunda, eu prensei e ele me confessou tudo"

"Na quarta-feira, coincidentemente topei com a Denise na secretaria do prédio em que fazia meu curso"

entáo quando a Nanda falou com a loira já sabia de alguma coisa e falou aquilo pra jogar um verde....que ansiedade pela continuação....

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Nanda minha querida adoro vc e o Mark,mais de novo vc esconde algo, assim não há casamento que dure,vc jogou seu marido nos braços da rival,tome cuidados mentira e um barril de pólvora,bjs e abraços para o Mark

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Quero continuação esta demorando muito. Sou muito ansioso

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- Vai me contar sobre os beijos?

- Você pode não acreditar, mas fiz aquilo para ele te deixar em paz. Eu já estava desconfiada que ele estava armando a história das fotos. Então, na segunda, eu prensei e ele me confessou tudo.

- E por que não me ligou para contar isso? Eu teria vindo te ajudar, sei lá, feito alguma coisa.

- Porque… Porque… Ah, sei lá, porque, Mark!

Não entendi onde a Nanda quer chegar !!! Qual é o plano dela ??

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Confessou tudo o que?

Ele na conversa por telefone com o Mark, disse que eles tinham ficado juntos, na faculdade, no motel...

Ela negou e o MN Ark acreditou. Então, porque vim com essa história de armação, quando ficou óbvio que era isso mesmo e se ele falou que tinha outra pessoa envolvida, bastava passar essa informação ao Mark e ele acreditaria.

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Mark e Nanda, Mark sendo Mark e Nanda sendo Nanda sendo Nanda, só tinha que da nisso mais um belo capítulo a ser lido e desfrutado perfeito, vcs não merece 3 estrelas vcs merecem a constelação inteira bjs a esse maravilhoso casal

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Não darei spoiler na história dos outros, mas farei mais um comentário... Nanda escreveu isso dois contos atrás:

"- Mor, isso foi numa quinta-feira. O tempo estava feio e ele me ofereceu uma carona. - Expliquei tentando me controlar: - Mas ele me levou direto para o meu hotel. Para não dizer que foi direto, nós passamos num drive-thru para comprar dois lanches, mas eu fiquei no hotel logo depois e ele foi embora. Eu não fui para o motel com ele."

Depois ela disse que era sim ela...

E aí Mark foi até a Denise...

Mark avaliou as fotos e viu que na foto do motel a data e hora estava com sinal de falsificação... Isso um ou dois contos antes...

Esse flagrante que Mark deu em Nanda foi proposital... A Nanda quis esse flagrante no terraço, ela claramente armou isso... Ela sabia desde o início que ele apareceria mesmo negando, porque foi o que aconteceu a outra vez, ele desconfiou e foi...

E o que ocorreu agora? Novamente ele foi para a Denise...

Nanda pode ter mentido sim, mas ela pode ter mentido ao Mark que seria ela no carro com o Edinho em frente ao motel... E aí meus amigos, muda todo o cenário kkk

Pensem nisso e reflitam

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Bem observado. Mas qual o motivo e depois objetivo de ter negado que era ela com ele entrando no motel. Sendo que a omissão do que aconteceu com ela e o Cadu no camarim foi um estopim para uma crise enorme entre os dois?

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Talvez a resposta dessa pergunta justifique tudo kkkk. Mas a foto foi adulterada, de fato ela está mentindo... Tempos atrás, estressada, a Nanda disse que Denise já era carta fora do baralho a muito tempo em uma resposta a mim num comentário, ou seja, essa resposta deixa claro que o afastamento era tumultuado kkkk. Além disso, cabe destacar que ela aceitou muito fácil a ida deles na formatura... Nanda está jogando o Mark no colo da Denise, o porque disso justifica as ações aí...

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Posso até entender o processo. Talvez para provar/mostrar ao Mark que ele também erra. No entanto eu gosto de olhar o contexto. As situações dela foram por escolha e as do Mark, situações conduzidas para que acontecessem (não justificando).

Se não estou enganado, no noivado da Bia, o Mark a deixou 'livre' e correu atrás porque sabia que corria o risco de perde-la.

Nas outras ocasiões (Davi, Marcos, Edinho...) ela confrontou as resistências e os problemas se multiplicaram...

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Ela em algumas ocasiões tentou 'resolver' o problema, dando a entender que alguma coisa tinha acontecido para que o Mark separasse dela e ele já a alertou para não fazer isso.

Se de novo esse for o caso, acredito que ela não poderá afirmar que o Mark erra também. Uma vez que como disse anteriormente o contexto tem papel fundamental.

É apenas uma conjectura, até que próximo conto seja publicado.

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Isso depende do ponto de vista... Ele não cometeu erro nenhum ao procurar a Denise... Eles estão na maior cidade do Brasil, ele está abalado por em tese descobrir uma traição da mulher e mais uma mentira por ela contada, sendo que ainda vinha abalado pela sequência de acontecimentos, ele procurou a pessoa que ele conhecia naquela cidade e que poderia dar um ombro amigo a ele... Não existe erro nenhum ali não... Uma pessoa sem equilíbrio na situação do Mark poderia até tentar suicídio viu... Ele precisava de conforto. Quando ele pediu para a Nanda ela não quis falar... Ficou claro que a Nanda não quis papo com ele... Ela não quis justificar o beijo, ficou olhando ele ir embora e não fez nada, absolutamente nada para impedir isso... Não existe erro nenhum aqui dele procurar a Denise

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Exatamente. E se esse for o objetivo dela, provar que ele não cumpre as regras estabelecidas para eles, será mais um tiro pela culatra.

Espero que dessa vez o Mark seja mais firme nas suas decisões e que com Denise ele encontre apenas um ombro amigo e não se envolva com ela estando alcoolizado

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Qualquer envolvimento dele com a Denise agora é perfeitamente justificável... Mesmo que aconteça ainda assim não é condenável... Olha a sucessão de pauladas que ele levou...

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Concordo

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Mais um detalhe cf74, ela disse que comete erros tentando acertar... Ou seja, não duvido dos beijos... Mas deve haver uma justificativa para a ocorrência deles e ela sim sabia que era atrás da Denise que o Mark ia e ela falou aquilo propositalmente para a Denise... Veremos na sequência, mas acho que será isso aí... Aí claro, ela não vai mais querer o Mark, vai fingir que aceita proposta de emprego e daqui uns 2 ou 3 capítulos ela desiste da proposta e resolve ficar com o Mark... Para sempre... Até a próxima treta kkkk

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Concordo que na semana depois de ter se acertado com Mark, os beijos tiveram esse objetivo. Mas e o amasso anterior?

Mesmo que alguém esteja associado ao Edinho, ela não foi forçada a ficar com ele no carro.

O seguimento deve ser esse mesmo, separar, trabalhar em São Paulo e depois voltar para o Mark...

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Será que houve mesmo esse amasso? Ou ela mentiu para a Denise? Porque a foto da entrada do motel teve a hora adulterada... Será que era ela mesmo dentro do carro? Ou de repente ela enganou todos para provar a inocência dela e ganhar a confiança do Mark? A sequência será isso provavelmente kkkk

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Acho que os amassos aconteceram. Tem as várias versões entre a saída da faculdade e a chegada no hotel e os furos nos horários.

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Dany, neste caso, então o fotógrafo também seria jogada da Nanda ? Ou da Denise ?

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Essa dos beijos não fez sentido nenhum sabe? Ela sempre deixou claro que não quis ele, tanto ao Mark como o próprio cara... Mark até chegou a pedir se ela gostaria de ter um lance com ele e ela negou... Faísca do passado não fez sentido nenhum ali... Acredito que foi uma mentirinha... E ela está jogando o Mark pra Denise... Alguma coisa tem haver aí nesse novelo entende? Deixar o marido dançar a valsa de formatura dela? Estranho não? Aí essa proposta de emprego... Sei não se ela não tentou novamente acabar com o casamento porque via que só fazia mal ao marido... Achando que com a Denise ele seria mais feliz (e vou te falar nesse aspecto acho mesmo)... Veremos a sequência

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Nessa parte, depois de saber que foi fotógrafada eu creio que faz/fez parte das ideias dela de resolver os problemas do casal, seja pra descobrir o que o Mark faria ou pensando em provocar uma situação que levasse a separação.

O ponto é que não seria a primeira vez que ela agiria assim e que anteriormente já tinha sido alertada pelo Mark, para não fazer isso.

Se for essa a solução, espero que dessa vez ela venha com consequências.

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CF74,essa explicação da Dany junto com o comentário da Nanda lá embaixo deixa quase que clara que a Nanda realmente armou isso. Mesmo com vários nós na minha mente kkkk. No desenrolar da história isso deve ser explicado.

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Essa parte da armação está evidente. A questão é o antes, no carro, telefone fora de área, ida ao motel. Ela não sabia das fotos enviadas para o Mark.

Depois do confronto,do Mark com o Edinho, querer resolver tudo à maneira dela, magoando novamente o marido.

Qual o sentido?

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E aí sumido resolveu comentar fiquei feliz em ver que vc comentou, está fazendo falta vc não deixa de comentar um abraço vc faz falta

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Na verdade irmão estou aparecendo pouco... Quem me conhece sabe que minha vida é uma verdadeira correria... Aqui é uma fuga sabe? Agora com política, empresas... aí complica... Mas aos poucos estou retomando... No momento dando mais foco aos meus contos, mas em breve volto a comentar tudo e todos kkk. Abraço amigo

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Nanda e Mark são pessoas inteligentes e que se amam. Escolheram um estilo de vida não convencional que, apesar de muuuito prazeroso, vai contra a formação conservadora que receberam. Na minha opinião muito dos problemas vividos pelo casal passa pela dificuldade na redefinição do papel de cada um em um relacionamento sexualmente aberto. Durante a maior parte de suas vidas eles foram condicionados a acreditar que o "normal" é um relacionamento monogâmico, fechado, com papéis sociais bem definidos. Nessa lógica, o corpo, principalmente o da mulher, é para deleite exclusivo do cônjuge.

Quando Nanda se rendeu a fantasia de Mark e partiu para o mundo "liberal" tudo mudou, a fidelidade, a mais poderosa regra do casamento foi por terra, seu corpo deixou de ser uma exclusividade de seu marido. Por mais que Mark tente estabelecer regras para esse novo arranjo elas nunca vão ter o poder da regra da fidelidade conjugal, que já foi quebrada. Em síntese, por mais que tente racionalizar, o inconsciente de Nanda vai se manifestar, questionando regras que limitam seu prazer. Normalmente ela pisa na bola quando bebe, quando seu inconsciente vem a tona e, como um diabinho, sussurra: "Uai, qual o problema? Seu "corninho" não gosta que você tenha prazer com outros homens?

Não é fácil redefinir papéis, uso como exemplo o termo "corno". Excetuando aqueles que tem o fetiche em ser humilhados, o termo é absolutamente inadequado em uma relação aberta onde não existe traição, mas que, sempre que usado, remete a emasculação do homem pela quebra da regra de ouro do relacionamento monogâmico conservador pela mulher.

Acredito, por experiência própria, que o relacionamento liberal é muito complexo, com regras que buscam garantir o controle do outro(a), tende a ser tão, ou mais, controlador que o casamento convencional, o custo é maior que o benefício.

Por outro lado acredito que relacionamentos abertos, não monogâmicos, que não limitem a individualidade com regras desnecessárias, que busquem o controle, tem maior probabilidade de sucesso.

Continuo torcendo para que Nanda e Mark se libertem das amarras da insegurança e enfiem o pé na jaca sem remorsos e cobranças!

Grande história Mark! Todas as estrelas possíveis!!

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Melhor comentário do CFC visto por mim até agora. Falou tudo, falou não, desenhou.

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Perfeito.

Exatamente como eu penso, e de certa forma como aconteceu no meu relacionamento com minha esposa.

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Não sou de comentar muito mas lendo o conto de vcs e mais alguns vou concordar com minha esposa "pra um casamento dar certo o homem tem que amar mais que a esposa"

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Cara....não consigo entender sua história,ou e uma mentira deslavada ou e mera ficção, pois nao bate vida liberal com o que vc conta,e muita picuinha pra fazer tanto barulho....desculpa....e o meu raciocinio....

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Mark, você está conseguindo um fato inédito: extrair comentários de leitores nunca dantes observados por essas bandas. Dando uma passada de olho nas observações e deduções de cada um, rapaz, eles vão a fundo em busca de respostas. A mim, me encanta a forma que você usa as palavras e frases de efeito. Muitos bem colocadas no contexto, dando o resultado proposto, a ansiedade. Seu conto, desde o início, está impecável. Eu creio que seja a continuação mais aguardada, na CDC, atualmente. Parabéns. Todas as estrelas.

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o autor não é nada democrático kkkk, até apagou meu comentário,kkk certamente ele não gosta de comentários sinceros demais,,kkkkk

a propósito o site é para contos eróticos,, alguém tem q avisar ele..kkkk o cara escreve um jornal ,, e não tem sequer uma trepadinha kkkk

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Cara, você só pode ser um retardado!

Seu comentário foi o primeiro neste conto. Como vários outros também comentaram, o seu ficou na outra página.

Vou desenhar para você bem devagarinho: vai ali embaixo e clica num botãozinho escrito "Ver todos os comentários" (você sabe ler, né!?). Daí é só procurar o seu comentário.

Boa noite, gênio!!!

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Eita porra! 😱😱😱

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Kkkkkkkk. Tem um ditado gaúcho que diz: foi tosquiar ovelha e saiu tosquiado!!!!!

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Segue as instruções, teu comentário tá lá. Acabei de ler, fiquei curioso.

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Segui as instruções e não encontrei. Curiosidade é uma coisa danada, né passei os comentários umas 4x kkkk

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No final dos comentários desta página "Ver todos os comentários". Rola até o final. É o primeiro comentário. Do "Karlos-bi ATV".

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Por isso essa mulher é espetacular, afiada como uma navalha, fatal como uma onça.

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Poxa Nanda! Segui suas instruções umas quatro vezes e não encontrei o comentário do Jolusi. Estou revoltado por não ver o comentário dele. Será que tem como desenha-lo aqui pra mim? Kkkk. Adoro o conto de vcs. Pena demorar muito a sequência.

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Ô SIGILO, você está igual ao outro. Embarcando em barco furado. Presta atenção, cara. Quem fez o comentário foi o tal de Karlos-bi ATV e não eu. Vê essas linhas amarelo longitudinais, à esquerdas? Elas indicam a quem é dada a resposta.

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Kkkkk. Desculpa aí. Foi mal. Seu comentário estava acima do de karlos e na pressa acabei procurando o comentário de Jolusi. Kkkkk

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Nanda sendo a Nanda. Escolheu bem a pimentinha 😁

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Ô Nanda, faz isso com o pobrezinho não. O melhor, nesses casos, é ignorar. Eu ri demais da sua resposta. 🤣🤣🤣🤣🤣

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Cara, acho que vc está no conto errado. Se não está gostando do estilo, vai ler outros estilos de contos. Neste caso, a CDC é bem democrática.

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Bom, não comento aqui há dezenas de capítulos quase...

Eu talvez tenha sido a pessoa que mais acertei coisas dessa história... acertei até que a Nanda não daria ao juiz e que eles fariam um sexo a 3 com a Denise... acertei também que no caso Bruno houve estocolmo e que depois era mentira da Nanda para proteger o marido de fazer uma burrada...

Mesmo achando que houve traição da Nanda por não ter contado ao Mark, eu acho que ela jogou verde para colher maduro... Não darei spoiler, mas acho que eu decifrei esse "enigma" no conto passado...

Digo mais, Edinho não agiu sozinho não...

No mais, parabéns ao Mark e voltarei a ficar em meu anonimato.

Mas escrevam o que eu estou dizendo, o fato da Nanda não saber como explicar e o fato dela concordar com a "formatura" da Denise, dizem muita coisa. Releiam esse conto e irão perceber muitas deixas. Aliás, existem deixar de muitos capítulos aqui...

E antes que digam que eu duvido da Denise, pode ser que a Denise seja só uma cereja do bolo... Pode não ser apenas 1 pessoa por trás do Edinho.

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Eu ainda continuo achando que a Denise tem conhecimento e está por trás dessa trama do Edinho. Percebi na parte 'eu não suportaria mentir pro Mark' e logo depois a Nanda se desmoronou. Essa teoria só aumentou após esse conto.

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Não acredito! Mas acredito que Nanda só está usando ela... Ela não está por trás do Edinho. O que rolou ali foi um teste de fidelidade em resumo. Como falei, ela será a cereja do bolo... Já ouviu o ditado? Matar dois coelhos com uma cajadada?

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Mas acho que, nesse caso, seria muita coincidência e oportunismo da Nanda. Desde do momento que o Edinho diz que tem uma conhecida que poderia ajudar ela com os estudos em São Paulo, e a Denise dizer que ajudaria eles com o ponto da faculdade.. Bem, vamos aguardar o esse desfecho

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Eu tenho uma tese... Mas de tanto o chato do Leon me encher o saco eu parei de antecipar...

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Kkkkkkk conta só um pouquinho 😢

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Deivi confesso que prometi a alguns amigos que não iria mais "causar" e esse conto já me trouxe dor de cabeça demais... apesar de eu gostar bastante do casal autor... Prefiro focar nos meus contos e já está de bom tamanho... Mas você está indo bem... Sugestão: Busca o final da temporada do caso Bruno e o inicio do caso Marcos...

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Kkkkkkk. Montanha Russa esse casamento!!!!! Eu gosto dos dois, e sei que ficarão juntos, mas a Nanda não aprende... sabe que o Mark não aceita mentira. Quase colocou o casamento a perder na outra mentira e agora mente novamente. Sei que ela ficou com medo da reação dele, mas acho que essa mentira vai cobrar um preço alto para o Mark voltar a confiar nela... confiança é a base de um relacionamento... mas bola pra frente.

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A história é que cada história é uma história e a história revela que quando a história da Nanda não sai, a história do Mark toma jeito de história, e a história vira outra, já que nessa história a gente não sabe onde a história toda se enrolou de vez e torceu os rumos da história. Mas já que a história está boa de se ler, bora lá, nos divertirmos com essa história. 3 Histórias, quer dizer, três estrelas. Força na história Mark!

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Vai ser muito difícil convencer que a Nanda é inocente. Ela traiu o Mark, pela própria confissão dela para a Denise sem entrar em detalhes.

E justamente depois de uma separação por omissão de um fato com ok Cadu, que inicialmente tinha confessado.

Espero que a sequência seja com ela sofrendo pelas atitudes em relação ao marido. Mas já há um ponto nebuloso que é essa aproximação do chefe da colega dela.

Vamos ver como será o desenvolvimento dessa história. Aguardando...

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E relendo o capítulo anterior, na conversa dele com o Mark, há fala dos momentos no apartamento dele, motel e carro e eu não estou enganado. Além do sinal/tatuagem na xoxota.

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A pinta que tem né? Então, você acha mesmo que o Edinho agiu sozinho? Lembra de uma pessoa que inclusive é professor universitário? Então, ele não comeu a Nanda, mas viu ela pelada, ganhou oral e até punheta dela... Enfim, não vou dar spoiler no trabalho dos outros kkkk

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Lembro sim desse professor universitário. E tem sentido isso que vc falou. Mas pela forma como a Nanda tomou o telefone do Mark, encerrando a conversa, o próprio Edinho pode ter visto a pinta também.

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Mesmo que não tenha comido a Nanda. Mas as outras possibilidades são plausíveis também.

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Não esqueçam que o Edinho foi namorado da Nanda antes dela ficar com o Mark e com certeza eles na época fizeram umas brincadeiras, a Nanda pode não ter transado com ele, mas que brincaram, eles brincaram e provavelmente é desta época que o Edinho se lembra da pinta da Nanda.

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Pelos relatos foi só um bate coxa e uma punheta algo assim J... Existe alguém por trás do Edinho... Duas pessoas viram a vagina da dona Nanda e que são muito suspeitas, Denise e Marcos...

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Não gosto de tentar ficar adivinhando as coisas e espero que a Nanda não tenha cometido outra traição com o Mark, pelo bem do casal e dos leitores, mas acredito que, diante desse e dos outros comentários, a história do motel seja maior que essa contada neste conto .. Assim como o Mark aborda nesse conto, tem informações que não se completam na história. Além do mais, será que o Edinho falou aquelas coisas para o Mark no telefone do nada ? Mesmo ele agindo de uma forma 'escrota'. Algo que me chamou atenção é que no episódio 8 (se eu não estou enganado), a Nanda em nenhum momento deixa evidente (atenção, EVIDENTE), que não ficou com o Edinho naquelas mensagens que ela mandou, porém isso é uma teoria que eu não confio tanto e acho que pouco implicará na sequência da história. No mais, belo conto ! 3 estrelas !

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