Volto agora para narrar a continuação do que eu chamei “do meu começo” na vida sexual. Meu primeiro parceiro de descobertas foi Fabrício, amigo com quem fui criado desde pequeno e com quem passei boa parte da minha infância e começo da adolescência. Mais ou menos na mesma época, comecei a me divertir com Marcia, irmã dele, embora um não soubesse das atividades do outro comigo. Até que um dia... Mas isso eu não vou narrar nessa história.
O sítio era sem sombra de dúvida o lugar que mais gostávamos. Já era divertido antes de começarmos a transar, imagine então depois. O sítio significava liberdade. A propriedade era grande, uns vinte alqueires paulistas, cheia de recantos onde podíamos ficar completamente à vontade, sem medo de sermos perturbados ou pegos. Assim, eu e Fabrício passávamos o dia embrenhados pelas terras da propriedade, entre macieiras, pomares, peral, pastos de gado, currais, lagoa, enfim, todo e qualquer lugar onde pudéssemos ter nossos momentos de intimidade. Vez ou outra, quando Fabrício não podia ir para o sítio, ou quando ele eventualmente estava envolvido com outra atividade, eu então tinha minhas intimidades com Marcia.
Os dois lugares que mais gostávamos eram a lagoa e nossa cabana no meio da mata. A cabaninha havia sido construída por nossos pais, feita de troncos e teto de sapé. Quando íamos lá, Fabrício e eu fazíamos uma cama de folhas de samambaia e lá passávamos “horas” fazendo sexo, fumando escondido e conversando. Diria que naquela época o que fazíamos era amor de verdade, não apenas sexo. Olhando hoje, com a distância do tempo, acho que o nosso envolvimento passou de uma simples aventura para saciar a curiosidade, para um estado de envolvimento emocional, de compromisso e de amor. Eu amava Fabrício. Ele me amava. Éramos felizes assim.
Isso não impedia que tivéssemos nossas aventuras sexuais com outros garotos e garotas. Eu tinha Marcia, ele tinha uma prima muito gostosinha que prometia um dia me deixar comer.
Agora sensacional mesmo era a lagoa. Ela ficava dentro da mata, cercada por pedras e altas árvores, praticamente escondida da vista de quem eventualmente passasse por ela. Só mesmo quem conhecesse a sua localização saberia chegar lá. A água era fria e doce e o vento batia de leve sobre as árvores, fazendo um murmúrio gostoso. As pedras ao redor eram lisas e era muito bom deitar nelas e ficar recebendo os raios de sol filtrados pelas copas das árvores. Vez ou outra víamos um pequeno animal, uma capivara ou até mesmo um pequeno veado, vindo tomar água nas suas margens. Passarinhos, eram muitos. Bem-te-vis, sanhaços, sabiás, corruíras, nhambus e mais outros tantos que davam cor à mata e uma suave música para nossos ouvidos.
Chegávamos lá, Fabrício e eu, e a primeira coisa que fazíamos era arrancar toda a roupa e entrar na água fria da lagoa. Ela não era funda, dava pé em quase toda a sua extensão, mas tinha altura suficiente para uns bons mergulhos. Depois, ainda molhados, nos jogávamos nos braços um do outro, sobre as pedras, trocando beijos ansiosos, nos masturbando, chupando, transando. Fabrício adorava ficar deitado de bruços sobre a pedra, sentindo o friozinho em seu pau, pernas bem abertas, minha pica dentro dele, socando. Eu gostava de ficar em pé, curvado, mãos no tronco de uma árvore, pernas abertas, Fabricio enfiando sua vara em mim. Eu não sabia dizer se gostava mais de dar ou de comer. Na verdade, até hoje não sei. Gosto de tudo. Fabrício parecia gostar mais de dar, embora não dispensasse nunca comer a minha bundinha.
Foi na lagoa que gozamos a primeira vez na boca um do outro. Fazíamos um sessenta e nove, bocas lascivas sobre paus duros, até que a coisa foi esquentando. Eu quis tirar meu pau da boca de Fabrício, mas ele me segurou pela bunda. “Não tira,” ele disse. “Mas eu vou gozar na tua boca,” eu respondi. “Não tem problema, eu estou com vontade de sentir como é o gosto.” Eu não pude fazer nada a não ser continuar. Nós tínhamos um pacto tácito de nunca decepcionar o outro. Acho que isso é que nos tornava amantes.
Assim, continuamos nos chupando e eu acrescentei mais uma coisa na equação. Comecei a rodilhar o anel dele com meu dedo indicador e depois a forçar sua entrada no cuzinho de Fabrício. Meu dedo entrou nele com um gemido do meu irmãozinho. E ele fez a mesma coisa comigo. Chupávamos e nos fodíamos com os dedos. Até que eu não aguentei mais e despejei toda carga do meu prazer na boca de Fa. Em seguida foi a vez de ele fazer o mesmo e minha boca ficou cheia de porra. Fiz um esforço e engoli. Ele também.
“Viu,” disse o debochado, “até que o gosto não é ruim.”
Eu fiz uma careta e soltei uma gargalhada.
* * * * *
Foi em um dia que estávamos na lagoa que aconteceu essa história que agora vou narrar.
Era um meio de tarde abafado e modorrento de verão, nossas férias, mas na lagoa o clima estava ameno. Deitados um do lado do outro conversávamos sobre a escola.
Aliás, uma pequena correção em relação à parte um dessa história. Lá eu disse que Fabrício era um ano mais velho do que eu. Na verdade, minha memória me traiu. Ele era apenas poucos meses mais velho que eu. Ele aniversariava em outubro e eu no mês de fevereiro seguinte. Como naquela época quem fazia aniversário no segundo semestre só podia se matricular na escola junto com quem fazia aniversário no primeiro semestre do ano seguinte, Fabrício e eu estávamos no mesmo ano. Ou seja, na prática, passávamos o dia inteiro juntos. Assim, quando isso aconteceu, acho que estávamos no último ano do ginásio, atual ensino fundamental.
Estávamos então, naquele momento, deitados sobre as pedras da lagoa, eu segurando o pinto dele, ele sobre um cotovelo segurando a cabeça, mão brincando com meu mamilo. “Cara,” perguntou ele, “lá da sala, quem você comeria?”
Eu pensei um pouco, rostos conhecidos passando pela minha mente. “Uhmm... Acho que a Fabiana, com certeza, o Mauro, o Lucas, a Janaina... Sei lá. Acho que todo mundo.” Dei uma risada.
“Eu comeria a professora de artes,” disse Fabricio com decisão.
“Irmãozinho, ela é muito gostosa!” eu disse.
“Faz de conta que eu vou chupar a bucetinha dela,” e se debruçou sobre meu pau. “Nossa, professora, que grelo grande!” E enfiou meu pau na sua boca. Fechei os olhos e gemi. Ele estava de joelhos me chupando ao mesmo tempo em que se masturbava. Eu não cansava de ter a boca quente de Fabrício envolvendo meu pau. Eu estava de olhos fechado, suspirando, quando ouvi alguma coisa próxima de nós. Um ruido de gravetos quebrando. Um farfalhar de folhas. Segurei a cabeça de Fabrício que parou de me chupar e me olhou nos olhos. Com o dedo indicador, toquei duas ou três vezes a minha orelha, fazendo sinal para que ele escutasse. Ele ficou um tempo parado e depois assentiu com a cabeça.
“Quem está aí?” Eu gritei. Nenhuma resposta. Meu coração que estava aos pulos agora lentamente serenava. Poderia não ter sido nada. Mas novamente ouvi ruídos, agora mais nítidos, de passos. “Quem está aí?” Repeti. “Venha até aqui pra gente conversar.”
Enquanto isso Fabrício se levantava e, pela borda do mato, começava a dar a volta na lagoa. Eu repeti. “Venha, apareça, vamos conversar.” Foi então que eu ouvi um “ai” prolongado e Fabrício gritando. “Alê, peguei uma gazelinha!” E veio abrindo o mato na minha direção, segurando um garoto pela parte de trás do pescoço, que se debatia e queria fugir. Ele deveria ter mais ou menos a nossa idade, talvez um pouco mais novo, era moreno bronzeado, tipo caboclo mesmo, baixo, mais baixo que eu e Fabrício, cabelos lisos, rosto bonito. Quando ele sorria dava para ver duas covinhas em sua bochecha. Mas isso eu só vi depois. Naquele momento ele não sorria.
“Me larga, seu filho da puta, bicha do inferno,” gritava o garoto. “Me larga, senão eu vou contar pra todo mundo o que vocês fazem aqui. Tem dias que eu observo vocês.”
“Então, se observa há muitos dias, é sinal de que está gostando do que vê,” eu disse, dando um sorriso maroto para Fabrício. Fabrício apertou a bunda do garoto com a mão livre. O garoto gemeu. “Durinha, parece grande, deve ser gostosa,” brincou Fabrício.
“Me larga, bicha nojenta. Eu vou contar pras pessoas o que vocês fazem aqui.” Ele gritava.
Entre meu irmãozinho e eu, eu sempre fui o mais frio, capaz de falar coisas e as pessoas ficarem em dúvida se eu estava falando sério ou não. “Nossa, Fabrício... Seria uma pena a gente chegar aqui amanhã e encontrar o sobrinho do caseiro afogado na lagoa.” Na nossa dupla, Fabrício era os músculos e eu o cérebro. Ele me olhou de um jeito estranho, questionador. Eu pisquei de leve. Então ele concordou sorrindo.
“O que vocês vão fazer?” Perguntou assustado o garoto.
“Nada... Isso é, nada se você prometer que não vai fazer nada.” Eu disse. “Mas na verdade, lá no fundo eu sei que você quer se juntar a nós.” Apontei para o volume debaixo do short vermelho que ele usava. “Está de pau duro,” sorri e olhei para Fabrício. “Que tal tirar as calças dele, pra gente ver essa pica durona?”
O garoto até que tentou resistir, mas só proforma, para não ceder de primeira. Ele estava bastante excitado. Eu estava sentado em uma pedra, pés dentro d’agua. Fabricio trouxe o garoto até perto de mim. Eu segurei firme o pau dele. Ele gemeu. Inclinei-me e comecei a fazer um boquete nele, lambendo toda a extensão de sua pica, deixando a cabecinha à mostra, colocando-a na boca, passando a língua no furinho e então engolindo a pica. O garoto se retorcia um pouco e lentamente colocou as mãos nos meus cabelos. Fabricio já não precisava mais segurá-lo. Ele ficou nos observando, batendo punheta.
Tirei meu pau da boca do garoto, Chico era o nome dele, fiquei em pé e empurrei o ombro dele para que ele se ajoelhasse, dizendo, “agora você vai fazer o mesmo comigo.”
“Mas eu nunca fiz isso,” ele reclamou.
“Sempre tem uma primeira vez,” eu repliquei, “e, além disso, aqui você tem dois bons professores.”
Ele se ajoelhou e desajeitadamente a princípio tentou imitar os movimentos que eu havia feito no pau dele. Aos poucos ele foi se achando e a chupeta dele foi ficando gostosa. Fechei meus olhos sentindo a brisa no rosto, aquela boca carnuda envolvendo minha pica. Peguei a cabeça de Chico e forcei para que meu pau entrasse até a garganta dele. Ele engasgou e quis tirar. Eu não deixei. Comecei literalmente a foder a boca dele, como eu fodia uma buceta ou um cu. Já estava a ponto de gozar, quando fiz com que ele me soltasse e então ordenei. “Agora chupa o Fabricio.” Ele se virou e abocanhou o cacete do meu amigo, agora já íntimo com aquilo. A chupada em Fabrício pareceu ainda mais gostosa do que a que ele deu em mim. Fabricio, como eu, fodia a boca do Chico. O Chico estava de quatro, a bunda levantada, o cuzinho olhando para mim.
Meu pau já estava todo babado da boca dele e eu ainda reforcei com um pouco mais do meu próprio cuspe. Cheguei bem atrás do garoto e encostei a cabeça do meu pau no anelzinho dele. Ele quis pular fora, mas as mãos de Fabricio não deixaram. Comecei a colocar a cabecinha dentro dele, sentindo o cu piscar e tentar rejeitar a minha pica. Fabricio falou para o gato, “relaxa... Isso é bom pra caramba.” Parece que ele ouviu as palavras do meu irmãozinho. Aos poucos meu caralho foi entrando na bundinha dele, escorregando, lutando contra a resistência natural, até se acomodar lá dentro, apertado pelas paredes daquele tunelzinho de prazer.
Comecei a bombar o Chico, para frente e para trás, agarrado nas ancas dele. Fabricio continuava fodendo a sua boca. Para meu espanto e certa alegria, ele começou a rebolar, a empinar a bunda para trás, como dizendo “mete mais.” E eu meti, com toda força, entrando e saindo, cada vez mais rápido, cada vez mais firme. Em dado momento, ergui a mão e dei um tapa na bunda do Chico. Ele gemeu com o pau de Fabrício em sua boca. Mas isso só fez aquela bunda gulosa vir mais para trás e pedir mais.
Quando eu estava prestes a gozar, tirei a pica da bunda de Chico. Olhei para Fabrício. “Vamos trocar. Você, garoto, vira agora a bunda para o Fabrício.” Chico virou. Fabrício cuspiu na mão, melou ainda mais o pau e penetrou Chico sem muito cuidado. Ao que parece, ele ajeitou a cabecinha no cu do nosso caboclo e forçou a entrada de uma vez, sem dó. Chico gritou. Eu o calei com meu pau em sua boca. A dor que ele sentiu quando Fabricio meteu deve ter passado, porque logo em seguida ele já estava rebolando alucinadamente. Fabricio metia e sorria para mim. “Tesão meter e ver ele te chupando, irmãozinho,” ele disse. Eu abanei a cabeça, meio sem fôlego para responder.
Chico tinha virado nosso brinquedinho. E o meu lado dominador estava começando a aflorar, ainda que timidamente. Esse lado só iria se estabelecer de vez, mais tarde, quando eu já tinha mais idade. Fabrício talvez fosse switcher, um pouco submisso comigo e com Chico, também dominador. Digamos que o segundo na hierarquia.
Fodíamos o Chico deliciosamente, não escutando mais passarinhos, não escutando mais o vento, não escutando mais o borbulhar da água do riachinho que abastecia a lagoa. Então fiz um sinal de cabeça para Fabricio e murmurei baixinho. “Goza comigo.” Ele começou a intensificar as bombadas na bunda de Chico e eu a movimentar a cabeça dele mais freneticamente. Quase ao mesmo tempo eu e Fa gritamos e a porra já estava inundando Chico pelos dois lados.
Soltamos o Chico, que caiu sentado na pedra. “Não é justo. Só vocês dois gozam.” Ele disse.
“Não seja por isso,” respondi. Peguei o pau dele e comecei a bater uma punheta, no mesmo momento em que Fabricio começou a chupar seus peitinhos, fazendo com que ele deitasse. Em pouco tempo Chico também estava gozando profusamente sobre sua barriga.
Peguei um dos cigarros que eu e Fabricio escondíamos debaixo de uma pedra, em uma caixa de plástico fechada. Peguei também o isqueiro que estava na caixa e acendi o cigarro. Dei duas tragadas e passei para o Fabricio, que continuou fumando. “Você fuma, Chico?”
“Escondido do tio, fumo.” E então Fabricio deu o cigarro a ele.
“Quem é o bichinha agora, Chico?”
“Acho que sou eu, né?” Ele riu.
“Você já tinha feito isso com alguém?” Fabricio perguntou.
“Uma vez, com um guri da vila. Mas não foi tão bom como hoje. Nem tiramos a roupa nem nada. Ele só colocou um pouco em mim e eu nele. Nem gozamos. Fui gozar em casa, batendo punheta.”
Eu ri. “Bom... Nós estamos de férias aqui o mês inteiro. Venha quando quiser.” Então peguei um pouco de água da lagoa com a concha das mãos e joguei sobre a cabeça de Chico dizendo, “eu te batizo a cadelinha dos irmãozinhos.”
Risadas.
A partir daquele momento, sempre que não tinha nenhuma tarefa no sítio, nossa cadelinha vinha se juntar a seus donos. E seus donos foram bonzinhos. O Chico até pode comer nós dois. Um dia eu conto.