A reação de Camila destoava um pouco, ainda que eu soubesse que era encenação, e mesmo que o plano maldito não existisse, Raquel sabia que transei com sua irmã duas vezes, pois eu próprio contei, era por isso que essa situação me intrigava, mas tratei de me manter no jogo e vendo o que minha ex-futura cunhada estava preocupada, disse:
-Vou ligar para o porteiro e avisar que caso a Raquel volte, ele diga que não estou e não permita em hipótese alguma que ela suba.
-Isso! Não deixa ela subir, porque se ela me ver aqui, vai armar um escândalo e espalhar para toda família, meus pais não me perdoariam.
“Até parece” Pensei, mas fiz o que falei e Camila ficou mais calma. Como ainda era relativamente cedo, ela foi tomar um banho e depois eu também tomei. Quando voltei à sala, seu semblante tinha mudado totalmente e ao invés de nervosa, estava bancando a namorada gentil, tinha feito uma pipoquinha e escolhido um filme para assistirmos. Estranhei tal mudança tão rápido, mas deduzi que ela tinha que voltar ao papel de romântica.
No meio do filme, Camila comentou com cara de sapeca:
-Tô com vergonha de falar uma coisa. –Colocando a mão no rosto.
-Se já começou a falar, termina ou eu vou ficar te enchendo até responder. –Brinquei
-Sabe aquela noite, quando você insistiu para colocar atrás?
-Sim, dar a bunda, você falou que nunca tinha feito.
-Ai, que vergonha do que eu vou falar...
-Mas o que é?
-Doeu um pouco, mas sabe de uma coisa? Senti um tesão diferente, é uma coisa selvagem, meio proibida, mas quando você começou a mexer dentro de mim, senti uma coisa louca, não cheguei a gozar, mas quase e notei que se chegasse a gozar ia ser bem forte.
Fiquei surpreso com aquilo, pois muitas mulheres não curtem anal, mas as que curtem querem com frequência.
-Mas você é uma malandrinha mesmo, heim? Nem achei que conseguiria que você liberasse, pois nas primeiras vezes disse não.
-Então e ontem, depois do jantar e tal, quando você começou a beijar meu bumbum, eu estava doida para experimentar novamente, mas como você não tentou.
-Puxa vida! Por que não pediu?
-Vergonha ahahah
-Ah, mas então hoje você não me escapa.
Fomos para a cama e após darmos a primeira, fizemos toda uma preparação para o sexo anal. Beijei bastante sua bunda, seu cuzinho, trabalhei com meus dedos, passei um gel e comecei a penetrá-la devagar. Coloquei um travesseiro embaixo de sua barriga e fui socando, aos poucos meu pau já entrava e saía com mais facilidade. Camila olhou para trás e viu minha cara de tesão com o pau enterrado no cu dela:
-Você é muito devasso, Rodrigo, me convencer a dar o cu para você, se eu ficar viciada nisso, vai ter que comer sempre.
-Será um prazer.
Camila começou a alisar seu clitóris com força e uns minutos depois pediu:
_-Mete com toda força, quero sentir ele bem fundo, me abrindo.
Soquei, soquei, soquei por alguns minutos e para minha grata surpresa, Camila abriu uma boca gigante e começou a gritar dizendo que iria gozar.
-Puta que pariu! Tá acabando comigo, seu safado, maldito, aiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!
Vendo-a gozar, fui no embalo e pouco depois desabei sobre ela, que ficou um bom tempo entregue de bunda para cima e rosto enfiado na cama. Depois começou a rir, balançando a cabeça e veio me beijar toda suada dizendo que tinha sio uma delícia, eu também estava bem suado e tivemos que tomar um banho juntos.
Fomos dormir, mas no meio da madrugada, sou acordado por Camila chorando na ponta da cama. Confuso, achei que tivesse recebido alguma notícia ruim pelo Whats.
-O que é isso, Camila? Tá passando mal? O que aconteceu?
-Eu não aguento mais fazer isso, tenho que parar.
Na hora saquei que talvez Camila tivesse se arrependido de fazer parte da trama com Ori e a irmã e estava prestes a falar. Se contasse a verdade, eu não a perdoaria, mas ao menos veria que ela tinha um pouco de empatia. Tratei de me fazer de bobo e a consolei.
-Tem que parar de fazer o quê? Independente do que seja, pode me falar, eu entenderei e te apoiarei. – Disse me sentando ao seu lado e abraçando-a.
Camila limpou os olhos, respirou fundo e arrumou uma desculpa:
-Parar com isso de enganar a Raquel...Não me sinto bem fazendo papel de amante...Ainda mais sendo a traída, a minha irmã. Vamos contar logo a ela, não aguento esperar mais quinze dias.
Na hora senti uma grande raiva, pois Camila esteve prestes a revelar tudo, mas decidiu voltar à personagem. Decidi também ser ator:
-Tem poucos dias pela frente, passou o aniversário dela, eu a chamo para uma conversa, mas se fizermos agora, vamos estragar a festa e será foda para ela, quer dizer isso se a Raquel realmente gostar de mim, você eu tenho certeza que gosta, assim como eu de você e é por isso que iremos ficar juntos.
Camila fez um draminha ainda:
-Promete mesmo?
-Claro.
Acordei no domingo e Camila estava de boa fazendo o café, enquanto Mocorongo se esfregava nas pernas dela como se fossem velhos conhecidos. “Gato safado! Nunca tratou bem nenhuma visita, nem o Seu Antonio que o alimenta quando estou fora, mas agora está se bandeando para o lado errado”, pensei.
Assim como no dia anterior, estava uma manhã nublada, por isso enrolamos um pouco vendo TV, mas logo Camila começou a alisar meu pau e só de calcinha e camiseta sentou em meu colo e passou a subir e descer e também a rebolar, não consegui aguentar muito tempo e a puxei para o quarto. Ela tirou a calcinha, ficou só com camiseta e se jogou na cama e disse:
-Uma rapidinha, estou com tesão, nem precisa me chupar, quero o teu pau.
Começamos a transar e realmente, Camila estava com muito fogo, segurava em meu quadril me puxando com força para o encontro dela:
-Mais forte! Mais forte! Que pau gostoso, fode minha boceta, fode meu cu, quero dar mais!
Ela acabou gozando em poucos minutos e depois me chupou até eu gozar em sua boca. Após ver como Camila estava ficando mais desenvolta na cama em tão pouco tempo, pensei “Se bobear, logo, logo, estará dando de dez na Raquel”.
Tomamos um banho e decidimos almoçar fora apesar do tempo cinza. Na volta, paramos no Parque da Independência, no Ipiranga, caminhamos um pouco e nos sentamos na grama um pouco para frente da famosa Casa do Grito. Sempre senti uma forte angústia aos domingos à tarde, especialmente os que estavam com o tempo fechado, desde menino, nunca entendi o motivo, apenas ficava triste e ao começar olhar o céu nublado, me bateu uma imensa tristeza, saudades das pessoas próximas que se foram cedo demais, vontade de ter dito coisas que eu não disse, e agora além de não ter alguém para confiar, ainda estava tendo que lidar com cobras mesmo nunca tendo feito mal algum a elas. Aquele momento me pegou de jeito, sentado com as mãos nos joelhos, abaixei a cabeça. Camila percebeu e contei por alto. Ela ficou de cócoras, me olhando, me abraçou , beijou minha cabçea. Na hora meu sangue ferveu, me levantei com tudo, afastando-a com meu braço esquerdo, ela acabou se desequilibrando e caiu sentada e me olhou num misto de surpresa e susto. Ali, eu estive há uma fração de segundo de xingá-la de tudo quanto é nome e contar que sabia de tudo, do dinheiro que Ori daria a elas, das trepadas semanais com aquele verme que as duas davam, mas consegui me controlar e rapidamente estendi minha mão e a abracei me desculpando.
-Estou emotivo, me desculpa, de repente senti o ar me faltando, vamos embora daqui. Odeio tardes de domingo cinzentas.
Voltamos para o meu apartamento. Pensei comigo no carro: “Felizmente, amanhã cedo ela terá que trabalhar, pois tirando o sexo, esse negócio de bancar o casal já está me enchendo”.
Ao passar na portaria, seu Jarbas, o outro porteiro perguntou a Camila:
-Você acabou encontrando-o no caminho? – Mas logo ele próprio se corrigiu sem graça:
-Me desculpe, é que você é muito parecida com uma moça que veio aqui há umas duas horas.
-A Raquel? – Perguntei.
Constrangido, pois percebeu que tinha cometido uma gafe, seu Jarbas respondeu.
-Sim, ela passou aqui, mas só perguntou se você estava e eu disse que não.
-Ok, seu Jarbas, se ela voltar, diga que estou fora e se volto amanhã.
Camila voltou a ficar preocupada, mas tranquilizei-a dizendo que àquela altura, Raquel estaria voltando para Santos e que mais tarde mandaria um Whats a ela.
Passamos um resto de domingo tranquilos, transamos mais uma vez e dormimos. No dia seguinte, Camila pegou sua malinha e foi embora. Eu aproveitei para mexer com as provas que Paula tinha me passado a respeito da ligação do pai com um esquema de droga. Dei alguns telefonemas para Minas e consegui falar com Marques, um jornalista policial muito bom, passei-lhe por alto alguns nomes, mas tomando o cuidado de não entregar o principal, pois sabia que era capaz dele correr atrás para fazer a matéria. Sem pestanejar, ele me disse:
-Meu amigo, aí você está mexendo com prateleira de cima. Tenho uns contatos com o pessoal das prateleiras do meio, e o que dizem que é o chefão daqui, que posa de bom moço, andou tendo prejuízo de milhões, mas eu não sei o que foi, agora esses nomes que você citou além dos dele, é tudo ligado ao narcotráfico, alguns nem daqui são, mas toma cuidado, ninguém pega tubarão com varinha de pescar lambari.
-Não, não tenho pretensão de escrever nada, até porque ouvi essa conversa numa mesa de boate, uns caras meio bêbados começaram a falar do tal chefão e minhas orelhas ficaram em pé.
Meio desconfiado, Marques falou:
-Falaram muito então, pois todos esses nomes são da pesada. Toma cuidado.
Encerrei a conversa com ele e vi que o material que Paula pegou era quentíssimo e num futuro próximo seria ótimo ou para entregar ou para chantagear Ori. Ele não perderia por esperar.
Nos dias que antecederam ao aniversário de Raquel, uma rotina se estabeleceu, Camila vinha ao meu apartamento várias vezes na semana, estava cada vez mais carinhosa, me comprou até uma camisa linda e além de transarmos em tudo que era posição, ela agora é quem queria fazer anal sempre na segunda ou terceira transa da noite. Em uma dessas noites, com ela dormindo ao meu lado e com o braço jogado sobre mim, comecei a cogitar a possibilidade dela ter se apaixonado por mim, no meio do plano, pois nem mesmo sua irmã conseguia disfarçar tão bem. Talvez fosse esse o medo dela, que Raquel tivesse percebido que havia algo a mais e quisesse a tirar do páreo. Aquele choro no meio da madrugada, o olhar, o carinho era muita atuação se fosse de mentira, mas cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça e eu não iria embarcar nessa, se Camila se envolveu com Ori para me ferrar, ainda que tivesse se apaixonado ou se arrependido, não iria perdoá-la nunca.
Passamos mais um final de semana juntos, pois inventei a Raquel que estava trabalhando. Ela cuspiu abelhas africanas, mas eu não estava com saco para ficar no apartamento dela, na última vez tinha tido uma sensação muito ruim, por isso, inventei essa desculpa.
O meu plano de foder muito com as duas, só deu certo em uma parte, no caso, com Camila, pois acabei transando com Raquel só mais três vezes. Nesses encontros, encenei fingindo estar chateado para dar mais veracidade à minha versão de que estava gostando da irmã. Minha ex-noiva sacou e começou a me fazer muitas perguntas, parecia irritada por eu não estar babando por ela, chegou até a explodir:
-Fala a verdade, Rodrigo! Você arrumou alguma biscatinha e o apelido dela é freela.
-Você está imaginando coisas, eu preciso trabalhar, logo o fim de ano está aí e os jobs rareiam, depois janeiro também é bem parado.
Apesar desse clima, aproveitei minhas últimas transas com Raquel para fodê-la legal, a fiz engolir minha porra, fodi sua bunda com gosto e gozei várias vezes.
Finalmente, chegou o dia do seu aniversário e a festa foi na casa de seus pais. Havia algumas amigas e familiares. Como parte do meu plano, meu presente foi uma estadia de dois dias em um hotel fazenda de luxo, mas nunca chegaríamos a ir, pois no caminho haveria o evento em que Ori seria indicado como pré-candidato e seria nessa festa que Raquel receberia seu verdadeiro presente. Ela ficou muito feliz quando a comuniquei que dali a alguns dias iríamos descansar e ainda brincou com as amigas que seria uma pré-lua de mel.
Durante a festa, tentei não olhar para Camila, mas sua cara denunciava que estava brava ou magoada comigo. No único momento que consegui me aproximar dela, falei baixo:
-Não fique chateada, não irei com a Raquel a nenhum hotel fazenda, terminarei antes com ela, como combinamos.
-Sei...E por que fazer isso com ela?
-Tinha que dar alguma coisa...Inventei isso.
Camila pareceu não ter acreditado muito. Depois de cortarem o bolo e a festa acabar, Raquel e eu fomos para um motel. No caminho, ela me indagou:
-Você viu a cara de songa monga da Camila a festa inteira? Ela sempre teve inveja de mim, mas pelo menos no dia do meu aniversário poderia disfarçar.
-Não notei nada de diferente, ela sempre foi mais calada.
-Tá bom. Caladinha, mas não perdeu tempo naquele casamento e conseguiu te levar para a cama. Vai saber se ela não sente nada por você.
Aquilo claramente fazia parte da encenação, Raquel queria ter a confirmação que eu estava apaixonado pela irmã, assim, os três ficariam mais tranquilos, pois na cabeça deles a farsa ainda teria que durar mais de dois meses, porém eu queria uma boa noite de transa e tratei de de acalmá-la.
Como nas transas anteriores, procurei desfrutar o máximo, era a última vez com a safada e meu verdadeiro presente de aniversário foi comer seu cuzinho com muita força no final de uma trepada épica.
Durante a semana, que antecedia o grande golpe que eu estava armando para os três, Camila estava emburrada, nem queria vir me ver, após saber que eu tinha passado uma noite no motel com a irmã, mas a convenci a mudar de ideia:
-Pô, Camila, agora que está tão perto de eu terminar com ela, você vai ficar criando caso?
-Então você termina primeiro e depois a gente volta a se ver!
-Vou terminar com ela no dia 30, precisa ser pessoalmente, mas não quero ficar sem você, sei que são poucos dias, mas vem para cá, até o Mocorongo está com saudades suas.
Camila enrolou, mas acabou aceitando. A essa altura não me importava se ela estava só seguindo o planejado ou estava gostando de mim, queria transar mais algumas vezes antes de desmascarar os três e foi o que ocorreu. Noites intensas de sexo que nos deixavam exaustos.
No dia 29, avisei a Raquel que iríamos na noite seguinte para o hotel fazenda, mas que tinha surgido um freela para cobrir a pré-candidatura de Ori Dalares, então para não perdemos muito tempo, eu iria com ela ao evento, pegaria algumas declarações e de lá já viajaríamos. A safada ficou extremamente nervosa ao ouvir o nome do canalha e deu mil e uma desculpas para irmos cada um com o seu carro e nos encontrarmos lá ou que me esperaria em meu apartamento e depois que eu acabasse iríamos. Mas eu me fiz de besta e disse que não haveria problema algum ela ir, pois haveria muita gente e prometi ser rápido. Levei quase uma hora, mas a convenci.
Eu precisava que Camila também estivesse presente, por isso, inventei outra história a ela:
-Vou terminar tudo com a sua irmã amanhã, mas quero que você esteja presente, vamos contar que nos apaixonamos já na primeira noite. Com certeza, ela dará chilique, mas você pode ficar no meu apartamento até a poeira baixar. Chega de mentiras, vamos assumir para todos que nos amamos. Quero que você vá à convenção de Ori Dalares e quando terminar, vamos os três para um local discreto e conversamos.
-Você está maluco, Rodrigo? Primeiro que não tem cabimento irmos a uma festa desse cara para depois contarmos tudo a Raquel. Isso tem que ser você e ela.
Resolvi jogar minha cartada mais alta:
-Se você me ama, estará lá amanhã à noite, te mandarei o endereço pelo Whats. Se você não for, terminarei com ela da mesma forma, mas entenderei que seu amor por mim, era lorota e aí não vou querer ver nenhuma das duas na minha frente nem daqui a 200 anos.
Se eu terminasse com as duas como ameacei, todo esforço delas até aqui teria sido em vão, por isso, deduzi que Camila apareceria sim.
No dia seguinte, me preparei para esperar Raquel e mandei o endereço para Camila, com a mensagem “Eu te amo”.
A noite prometia grandes surpresas.
Aos que curtiram, peço, se puderem, deixe um comentário.