Augusto terminou de se enxugar e vestiu o short do pijama. Foi até à sala e ligou a televisão. Estava mesmo com saudade de sua casa. Por mais que sentisse falta de Sheila, ela merecia pagar pelo que fez. Pensar nela o lembrou da mensagem. Ele pegou o celular e novamente se estressou ao ler. Estava na hora de os dois pararem de ouvir os outros e resolverem a própria vida. Abriu o aplicativo de mensagens e respondeu:
"Volta para casa. Está na hora da gente conversar e resolver a nossa vida. Chega de deixar os outros falarem por nós."
Continuando…
Parte 15: É tempo de aprender.
Augusto chegara àquela decisão, depois dos últimos acontecimentos, que lhe mostraram ângulos muito diferentes sobre os fatos ocorridos. As novas informações que detinha agora, operavam mudanças na sua maneira de sentir e a única certeza que tinha era que queria resolver tudo aquilo de uma vez por todas. Ele viu que a mensagem foi recebida, mas não visualizada. Já passavam das onze horas da noite e a constatação de que a Sheila não estava disponível fez voltar uma nova onda de revolta. A tensão começava a se transformar novamente em ódio. Ele pensou: "essa filha da puta deve estar trepando com aquela vadia. Foi para isso que as duas se mandaram. E ainda tem a coragem de me mandar uma mensagem dizendo que me ama e pedindo para eu tomar cuidado. Vai tomar no cu, Sheila!"
As emoções tomaram conta de seu corpo, de sua mente e de seu espírito. Ele não conseguiu segurar o pranto. A catarse já estava em curso. Se via sozinho pela primeira vez desde a confissão da esposa. Por mais que fosse forte, não havia ninguém para recriminá-lo, dizer que homens não podem chorar. O sentimento de impotência, misturado à saudade e ao desespero eram suas únicas companhias naquela casa que se tornara um lugar de tristeza. Um lar desfeito pela traição. O ar estava carregado de vergonha e auto piedade. Por quase meia hora, ele chorou sozinho, sem precisar esconder o quanto estava machucado. Aos poucos as convulsões do pranto foram diminuindo e ele se sentiu completamente drenado. Mas a dor em seu peito era aguda. Vencido pelo desgaste, acabou adormecendo.
Sem se dar conta da dor e da humilhação que seu marido sentia, Sheila acordou de uma noite de sono agitado. Sonhos ruins a perseguiram durante toda a noite e acordou completamente arrasada, sem saber se estava fazendo o certo ou sendo apenas uma marionete no jogo macabro de Andréa e Renato. Não sabia mais dizer se seus planos eram os corretos ou se estava apenas se justificando e para si mesma. Pegou o celular para olhar as horas e seu coração se encheu de esperança. No visor, a notificação da mensagem de Augusto. Sorriu ansiosa. Mesmo que o conteúdo não fosse bom, pelo menos, ele voltava a falar com ela. Abriu e leu.
Seu corpo se arrepiou todo diante da mensagem. Tudo de ruim que havia dentro dela foi sendo substituído pela possibilidade de uma nova chance. Se Augusto falava em "resolver a nossa vida" a única coisa que ele entendia era o "nossa vida."
Fez a sua higiene matinal num estado emocional bem animado, tomou uma ducha refrescante e se vestiu. Estava linda com aquela saia drapeada e uma blusinha de alcinha simples. As sandálias de borracha completavam o visual e deixavam à mostra o pé pequenino e muito bem cuidado. Sheila era realmente uma mulher linda e sabia disso. E estava decidida; ia usar essa vantagem para tirar o que pudesse de Andréa e Aline.
Abriu a porta do quarto e a música que invadia o ambiente, pareceu um tapa em sua face. A música era “Tempo de aprender”, do grupo Soweto, e se revelava como uma clara demonstração do que ela menos precisava ouvir:
"E nunca mais vou errar
Como errei com você
Quero o prazer de amar
É tempo de aprender
E foi o fim pra nós dois
Nada restou pra depois
Foi bom enquanto durou
Esse romance, esse amor
Pena que acabou"
Sheila com algum esforço segurou o choro, não era hora de se render ao sentimentalismo. Estava decidida a encarar as duas e confrontar Andréa. Queria saber também se Aline tinha alguma participação. Não podia perder mais tempo, precisava voltar para Augusto. Antes de sair do corredor, respondeu a mensagem:
"Quero voltar para casa no primeiro ônibus que eu conseguir passagem. Por favor, me espere...”
Enviou... depois pensou melhor e digitou: “Escute o que eu tenho a dizer. Depois você decide o que quer fazer, vou respeitar sua decisão. ”
Enviou novamente. Resolveu adicionar: “Eu tenho uma coisa muito importante para contar."
Ela respirou fundo pensando em Augusto lendo sua mensagem, e foi em direção à cozinha. Encontrou Aline curtindo a música e espremendo laranjas para um suco. Ao vê-la, a anfitriã disse:
- Venha! Você precisa se alimentar bem. Depois vamos ao meu consultório para o seu primeiro pré-natal.
Sheila obedeceu, precisava criar intimidade o mais rapidamente possível. Sentou na banqueta em frente à ilha da cozinha e Aline a serviu: ovos mexidos, torrada com azeite e orégano, suco de laranja e uma salada caprichada de frutas. Ela estava morrendo de fome. Tratou de pegar uma torrada e deu uma mordida. Então, perguntou:
- Onde está Andréa? Ainda dormindo?
Aline deu a volta na ilha e veio sentar ao seu lado:
- Eu arranjei um motivo e a mandei até a cidade. Queria ficar a sós com você.
Sheila estranhou, mas se manteve quieta, curiosa. Enquanto ela comia saboreando aquela refeição matinal tão bem-vinda, Aline voltou a falar:
- Se você me der um voto de confiança, eu prometo lhe ajudar.
Alguma coisa soava estranha para Sheila. Parou de comer, deu um gole no suco, e decidiu pagar para ver:
- Foi por confiar em Andréa que eu destruí o meu casamento. Por que eu deveria confiar em você agora?
Aline notou que Sheila estava sendo direta e foi honesta:
- Porque o meu objetivo, a minha finalidade, não é focada em você. E sim, em proteger Andréa. Eu a amo e tenho a certeza de que ela estando livre da influência do Renato, eu posso mostrar a você que ela é uma pessoa boa.
Sheila pensou nas palavras de Aline. Não sabia ainda mas percebeu que tinha uma oportunidade. Deu um gole no suco olhando nos olhos de Aline. Pensou rápido, e decidiu barganhar:
- Ok! Faça Andréa ser honesta comigo e eu lhe dou esse voto de confiança e prometo ajudá-la. Eu gostaria muito de ver essa Andréa também.
Aline aceitou de bom grado o acordo e demonstrando afeto, acariciou a barriga de Sheila:
- Precisamos fazer um exame completo. Para evitar o que aconteceu da primeira vez.
Sheila na hora estranhou que Aline soubesse:
- Andréa já contou isso a você? Linguaruda!
Aline não entendeu:
- Contou o que? Eu sei disso desde a época que você perdeu o primeiro bebê.
Sheila se enfureceu:
- Então Andréa mentiu para mim. Eu contei isso a ela há pouco tempo. No dia em que meu marido saiu de casa e ela foi me consolar. Cobra maldita.
Aline tentou acalmá-la, sem sucesso. Sheila explodiu:
- Você me pede para confiar e logo, sem querer, revela uma mentira dela. Como eu posso confiar em vocês? Me diz?
Aline queria ser honesta:
- Foi assim que Renato seduziu e plantou o ódio no coração dela. Ele a manipulou, e aos poucos, foi dizendo a ela que vocês a ridicularizavam, debochavam dela… as mentiras de Renato foram criando o rancor e o desejo de vingança em Andréa. Envenenaram o seu coração. Foi por isso que eu pedi a sua ajuda. Se a gente se unir, podemos salvar o seu casamento e também salvar Andréa. Assim como você, ela também é uma vítima daquele crápula.
Sheila estava muito decepcionada e sem nenhuma vontade de cooperar com Aline. Ela pediu:
- Onde fica a rodoviária? Eu preciso voltar para o meu marido.
Aline não entendeu:
- Você acabou de dizer que ele foi embora de casa.
Sheila não tinha mais paciência:
- Não é da sua conta. - Ela se lamentou - por que eu vim parar tão longe? Como eu sou estúpida.
Aline resolveu mostrar autoridade:
- Para! Eu não vou deixar você ir embora tão nervosa desse jeito. Relaxa!
Sheila a olhava ainda em dúvida. Aline declarou:
- Eu não sou sua inimiga. Se fosse, não estaria aqui me abrindo com você.
Sheila a encarou. As palavras de Aline faziam certo sentido. Aline voltou a falar:
- Respira! Se for essa mesmo a sua vontade, eu mando o meu motorista levar você até à sua casa. Eu prometo! Só respira e pensa no feto que você carrega.
Sheila lembrou da gravidez e resolveu se acalmar. Sentou e respirou fundo, ainda encarando Aline com desconfiança. Não sabia ainda qual decisão tomar.
Minutos depois, Andréa estacionou e ao entrar na casa, percebeu o olhar de ódio que Sheila lhe lançava. Ela disse:
- Que cara é essa? Parece uma onça, prestes a dar o bote.
Sheila não conseguiu se segurar:
- Sua falsa! Me manipulou e mentiu para mim. Eu não acredito que caí na sua lábia pela terceira vez.
Andréa admirada olhava a Sheila colérica, e não estava entendendo nada:
- Do que você está falando cria…
Nesse momento, cansada de mentiras e para mostrar à Sheila que era confiável, Aline interrompeu Andréa:
- Chega, Andréa! Conte a verdade. Está na hora de parar. Sheila já sabe no que Renato transformou você. Que história é essa de que você não sabia da perda do primeiro filho? Renato nos contou logo que aconteceu. Foi a primeira das manipulações dele.
Andréa tentou fugir reagindo contra Aline:
- É assim que você disse me amar?
Aline não estava mais suscetível a jogos emocionais:
- Eu amo você e prometi lhe ajudar. Somente a verdade vai fazer Sheila lhe dar uma nova chance. Chega de mentiras e manipulações. Assuma os seus erros e peça perdão. É a única forma de se redimir.
Sheila olhava impaciente e ainda revoltada. Assumindo a derrota, Andréa se resignou.
Andréa puxou um banco e se sentou diante da Sheila. Por mais de uma hora, ela contou detalhadamente tudo o que Renato havia dito desde o segundo ano de faculdade, até os dias em que resolveram voltar à terra natal. Contou também sobre os deboches de Sheila e Augusto, inventados por ele, e confessou o quanto aquilo a magoava. Disse, que pelas palavras de Renato, eles mereceram a perda do filho pelo que fizeram com ela. A cada viagem de férias, ele voltava com novas informações mentirosas sobre como os dois estavam felizes e sobre ela, que era sempre o alvo das gozações do casal…
Sheila ouvia cada palavra com um aperto no coração. Momentos trágicos de sua vida voltavam à sua mente. Após a perda do filho, levou cinco anos para que ela e Augusto se recuperassem completamente.
Foi a vez de Sheila descarregar sua bagagem de mágoas: ela contou da depressão pela perda do filho, a perda de todos os seus sonhos, os dois anos vegetando, sem vontade de seguir vivendo. O desespero de Augusto para tentar trazê-la de volta ao mundo…
Andréa ouvindo o lado dela começou a se dar conta do quanto fora um fantoche nas mãos de Renato. Emocionada e arrependida, se ajoelhou aos pés de Sheila e disse:
- Por favor, me perdoe! Eu sabia da perda do seu filho, mas não do que você havia passado. Eu sou uma idiota. Eu nada tenho contra você.... Desculpe… prometo que vou deixá-la em paz.
Sheila lembrou das palavras de Aline sobre ela também ser uma vítima da situação criada por Renato e se apiedou dela. Naquele momento teve uma ideia:
- Vamos denunciá-lo. Com você de testemunha, podemos fazer com que ele sofra.
Andréa, querendo colocar tudo para fora de uma vez, fez sua última confissão:
- Naquele dia do churrasco, eu droguei você. Era uma droga leve, apenas um estimulante sexual. Foi por isso que você se entregou e me deixou seduzi-la. Eu tirei o seu poder de decisão.
Sheila olhou para ela com um sorriso enigmático. Ela sabia que sentiu os efeitos da droga, mas a verdade é que o desejo já existia dentro dela. Ela decidiu revelar:
- Eu poderia mentir e usar isso contra você, mas a verdade é que eu sempre tive certa curiosidade. A sua droga só potencializou o desejo que já havia em mim. Você não sabia disso. Eu não sou tão inocente quanto você imagina. Eu também quis o que aconteceu.
Aline assistia a cena. Não esperava aquele desfecho. Sem acreditar, parecia que tudo se encaixava perfeitamente. Percebeu que Sheila era uma pessoa boa e de alma caridosa. Tinha todas as evidências necessárias para destruir Andréa, mas preferiu ser superior. Não só perdoava, como ainda era gentil.
Sheila estava mais preocupada em voltar para casa do que prolongar aquele momento. Ela se virou para Aline:
- Vai cumprir sua promessa? Posso arrumar as minhas coisas?
- Sim, querida! Vá arrumar suas coisas enquanto eu faço a ligação.
Enquanto Aline pegava o celular, Sheila foi para o quarto que ocupava. Andréa olhou sem entender. Aline explicou:
- Ela quer voltar para a casa. Eu prometi que o meu motorista a levaria.
Andréa se ofereceu:
- Eu posso levá-la.
Aline cortou:
- Não! Deixa ela ir atrás do marido. Você já causou problemas demais. Se for da vontade dela, Sheila chamará você na hora certa. Nós ainda temos muito o que conversar. - Aline fez a ligação.
Após quinze minutos, Sheila voltou à sala. Deu um abraço carinhoso em Aline, agradecendo tudo o que ela havia feito e contado. Pediu licença e foi até o quintal dos fundos, colocando os pés na areia e curtindo a beleza e a brisa fresca do mar.
De dentro da sala, as duas mulheres admiravam a beleza e a fibra daquela morena que cruzou o estado para confrontar e descobrir toda a verdade. Andréa estava emocionada e sem esconder confessou à Aline:
- O que eu faria sem você? Apenas um dia e você já me fez ser uma pessoa melhor.
Aline não perdeu a oportunidade:
- Eu disse a você, lá no começo, que isso não ia acabar bem. Quem anda com porcos, farelo come. Ainda bem que você despertou a tempo. Existe um ponto em que não há mais volta. Você chegou quase lá.
As duas foram interrompidas pela buzina de um carro em frente à casa. Aline chamou Sheila, dizendo que o motorista havia chegado. Ela lhe deu mais um abraço carinhoso, seguido de um muito obrigado. Antes de pegar sua mala e sair, Sheila se virou para Andréa:
- Saiba que eu contarei toda a verdade para Augusto, sem omitir nenhum detalhe. Eu deixarei nas mãos dele a decisão. Espero que você esteja mesmo sendo honesta, pois se você pensar em me sacanear outra vez, eu vou acabar com você.
Sheila saiu, acompanhada por Aline. As instruções foram dadas ao motorista, Sheila informou o nome da cidade e eles partiram. Seriam dez horas de estrada pela frente. Ela pegou o celular e mandou uma nova mensagem:
"Estou voltando. Chego no começo da noite."
Antes de bloquear a tela, ela viu que a mensagem anterior já havia sido visualizada por Augusto.
Naquele dia, enquanto a Sheila já estava a caminho de casa, Augusto resolveu voltar ao trabalho. Passou a manhã visitando seus clientes e se inteirando dos dias perdidos.
Um pouco mais cedo, Oscar estava deitado em sua cama, havia acabado de acordar e pensava na saída repentina do primo partindo da fazenda. Estava preocupado com Augusto e pensando se deveria ir atrás dele e se explicar. Um movimento ao seu lado e as risadas safadas de Maria e Fátima, chamaram a sua atenção. Ele resolveu perguntar:
- Vocês acham que Augusto está bem com tudo o que aconteceu aqui? Talvez a gente tenha escolhido o momento errado.
Maria sentiu um pouco de remorso, mas Fátima foi direta:
- Augusto ainda está apegado às tradições. Sua mentalidade vai demorar a se abrir. Você era igualzinho. Os homens por aqui ainda estão no século passado. O problema maior, é que a Sheila experimentou o outro lado e por mais que isso quase tenha destruído o seu casamento, e eu digo quase, porque Augusto é apaixonado nela, acho que a curiosidade só vai aumentar.
Oscar queria entender melhor:
- Por que você diz isso?
Fátima explicou:
- Se Sheila se rendeu e provou de outro fruto, ainda mais com outra mulher, não foi por amor, foi por curiosidade. Nós mulheres também somos preconceituosas, criticamos aquelas que não se encaixam no modelo tradicional. Lembra a vergonha e a culpa que Maria sentia antes? É normal.
Oscar e Maria acompanhavam a fala de Fátima com muita atenção. Ela prosseguiu:
- Se Sheila gostou do que aconteceu, ela vai ter vontade outra vez. Se ela reprimir esse desejo por causa do Augusto, as frustrações irão começar. E frustrações e insatisfação, geram ressentimentos e mágoas. Seria melhor ela confessar ao Augusto o que realmente sentiu e os dois tentarem fazer o melhor possível. Se Augusto não tem ainda a capacidade de aceitar ou perdoar, é melhor que cada um siga o seu caminho. Augusto é um homem feito e precisa assumir o controle da própria vida.
Oscar entendeu, mas continuava preocupado:
- Acho que a gente passou do tempo, abusamos do momento. Não era hora.
Fátima o acalmou:
- Ele não pensa dessa forma. Ele me disse que tudo o que aconteceu foi com consentimento. Ele fez porque quis. E eu não acho que ele seja um homem fraco ou que se deixa manipular. Ele estava querendo e não tinha nada que o impedisse. Por mais que ele ainda ame a Sheila, ele havia saído de casa.
Oscar não estava tranquilo e resolveu ir ao encontro do primo. Assim que terminasse os afazeres da manhã, ia procurá-lo e tentar saber como ele estava. Ele se levantou da cama e foi ao banheiro. Maria ficou muito excitada por lembrar da noite gostosa com o primo. Por mais que ele ainda fosse um amante um pouco inexperiente, ela havia adorado a experiência.
Augusto era um homem que ela sempre admirou e o único com quem ela queria ter uma relação casual. Aquela noite foi e seria para ela inesquecível.
Fátima viu os mamilos dela se tornarem salientes sob a blusinha do pijama. Percebeu que ela estava pensando em alguma sacanagem. Ela puxou a alça da blusinha de Maria e deu uma sugada gostosa em seu seio, arrancando um gemido de tesão:
- Aaahhhh… sua safada.
Maria sentiu que seu corpo fervia na mesma hora. Como era boa aquela sensação! Ela disse:
- Agora vai ter que terminar o que começou.
Fátima deu mais uma sugada, agora mais demorada e brincou com a língua nos biquinhos que começavam a enrijecer pelo tesão. Maria não resistiu:
- Isso, que gostoso! Chupa sua putinha… aaahhhhh…
Ela levou a mão à xaninha da Maria, afastou o tecido fino do shortinho do pijama e começou a massagear carinhosamente o grelo. Maria delirava com o contato:
- Ahhhh… delícia… isso… Hummm… aahhhh…
Nesse momento, Oscar saiu do banheiro e se encostou no batente da porta, admirando a cena entre as duas, não querendo interromper.
Fátima cobria Maria de beijos, lambidas e mordidinhas. Ela ainda era uma mulher jovem, gostosa e dava muito tesão em Fátima, mais experiente. Maria ganhou um demorado banho de língua, chupadas mais intensas, lambidas carinhosas no grelo… Fátima a deixou lambuzada e meladinha com sua saliva misturada ao mel que minava de sua grutinha. Ela meteu seus dedos na xaninha da amante, enquanto pincelava seu grelinho com a língua. Fátima sabia como tocar, como mexer, como apertar, coisa que somente uma mulher é capaz de saber realmente. Nenhum homem, por mais experiente que seja, consegue ter esse conhecimento tão profundo. Quando Fátima aumentou o ritmo de suas linguadas e dos seus dedos, Maria não aguentou e gozou em sua boca:
- Ahhhhhhh… você é demais…. Que delícia….
Fátima a beijou com volúpia, fazendo-a provar seu próprio mel:
- Você é uma delícia, sabia? Amo seu sabor.
Maria brincou:
- Nada melhor do que começar o dia assim.
As duas voltaram a se beijar, sendo admiradas pelo sorriso de satisfação de Oscar. Ele ainda não acreditava que estava vivendo aquele sonho. Amava Maria com todo o seu coração e a satisfação sexual dela e o envolvimento de Fátima com eles, tinha salvado o seu casamento. Para completar a sua felicidade, só faltava que Augusto conseguisse ser feliz. Precisava ajudá-lo a resolver a vida. Decidiu que ia se fazer presente e mostrar ao primo que estava ao seu lado, mas sem interferir. Seria solícito e paciente e se Augusto precisasse, estaria disponível para ajudar.
Enquanto Oscar fazia seus planos de ajuda e Augusto tentava ocupar sua mente, Sheila havia passado dez horas na estrada com um estranho dentro do carro. O motorista foi cordial e prestativo durante toda a viagem. Era um profissional exemplar e em nenhum momento deixou de demonstrar sua eficiência.
A viagem foi segura e em vários momentos, os dois até chegaram a conversar sobre coisas banais. Sheila conseguia se distrair nesses momentos e esquecer do que viria pela frente. Ele falava orgulhoso da família e do casal de filhos, dizia que Aline era uma pessoa de bem e uma benção para sua família.
Nesses momentos, Sheila se pegava sonhando com o filho que lhe foi tirado. Ele estaria agora para completar dez anos. Começou também, a sentir uma força nova crescendo e invadindo o seu interior. Uma frase veio forte à sua mente: vai dar tudo certo. Pensou em Augusto e no pequeno ser que começava a se formar dentro dela. Não tinha mais dúvidas do que precisava fazer.
A viagem estava no fim e depois de mais de quarenta minutos, o motorista estacionava em frente à sua casa. Sorriu feliz ao ver a velha picape de Augusto estacionada na garagem, o seu devido lugar. Olhou também para as janelas da casa que estavam abertas e reconheceu a silhueta do marido em pé na sala, olhando para a televisão.
O medo voltou forte. A angústia e a ansiedade lhe invadiam. Foi quando seus olhares se cruzaram…
Continua….
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