*Permissividade – seduzida pelo status do WhatsApp*
Meu nome é Michele. Sou morena clara, cabelos loiros e lisos, 1,62 m. Tenho olhos expressivos, boca carnuda, pernas torneadas e bumbum proporcional, nada exagerado. Pela ascendência europeia, tenho alguns traços exóticos para o biotipo do nordeste brasileiro. Sou Bombeira Civil – BC em formação e, atualmente, trabalho numa joelheira no Sul do Estado de Pernambuco.
Logo no início do curso de Bombeiro Civil conheci, não recordo em que circunstâncias, um oficial do Corpo de Bombeiros Militar – sei que foi no Instagram, apenas isso. Não ligava para o que ele postava. Ele, entretanto, curtia quase todas as minhas postagens. Num determinado dia, olhando meu privado, tinha uma mensagem dele divulgando aulas preparatórias para vestibulares, concursos militares e Enem. Um dos meus projetos, depois que concluísse o curso de BC, era fazer uma faculdade. Aproveitando a ocasião, entrei no site, vi algumas aulas – ele era o professor – e dei os parabéns. Afinal, as explicações eram ótimas. Ele agradeceu a minha gentileza, colocou-se à minha disposição, sugerindo aulas particulares, se eu quisesse, e deixou o contato. Pronto, não passou disso.
Semanas depois, durante uma viagem que ele fazia a Recife, conversamos por quase uma hora, trocando mensagens de voz. Ele enviava áudios com uma empostação vocal que me pareceu muito sedutora – não posso afirmar se era intencional, mas, em alguns dos trechos dos áudios eu me arrepiava repentinamente. Nesse dia, soube que ele também tocava, ele soube que eu gostava de cantar... E o papo foi muito envolvente. Algo era patente: tinha comigo um homem sedutor, educado, prendado e muito inteligente. Para mulheres, independentemente de tudo, mexer com a curiosidade e instigar nossos instintos torna qualquer homem digno de ter uma chance.
Depois da nossa agradável conversa, passei a visualizar o status do WhatsApp dele quando possível. Na correria do trabalho, quase sempre estou online, mas não posso acessar minhas mensagens pessoais. Então, depois que ele comentou, aborrecido, que eu visualizava, mas não respondia nem comentava, expliquei o que de fato acontecia. Ainda bem que ele compreendeu.
Por algum tempo, ele postou pensamentos, poemas, músicas; também enviava links de YouTuber falando sobre política. Aos poucos, percebi que os poemas foram ficando mais sensuais – quase todos traziam fotos ou desenhos de mulheres nuas ou seminuas. Muito religiosa, aquilo me impactou bastante. Afinal, nunca nenhum dos meus contatos tinha postado no status fotos e textos tão sensuais. O status é um espaço de cada usuário e só olha quem quer. Portanto, não era coerente reclamar. Até pensei em comentar com ele, perguntar se as postagens ficavam visíveis para todos – e queria reclamar também, mas reclamar de quê? Se o conteúdo não me agradava, bastaria não mais visitar o status. O problema é que eu gostava dos textos e algumas fotos, principalmente as de casais transando me excitavam.
Uma semana. Duas semanas. Na terceira, ao buscar o status dele, outra surpresa: vários Gifs animados de casais transando – ele insistia na temática do erotismo. Todos muito rápido, não mais que dez segundos, e excitantes. Fiquei hipnotizada. Não era possível que ele postasse aqueles Gifs para todas as pessoas. Vi todos. Sexo oral, vaginal, anal. Repeti todos, um por um, mais de uma dezena de vezes. Depois, sentindo-me culpada e pecadora, tive remorsos e pensei em bloqueá-lo. Não consegui.
Passei alguns dias sem entrar no WhatsApp. Aproveitei o final de semana, uma viagem em família, e me desliguei das redes sociais. Inútil. Ao retornar e ligar o celular fui direto stalkear o status do Bombeiro cara de pau. Não deu outra! Na tela, não menos de cem fotos de homens nus, todos de pau duro. Apesar de ter 29 anos, tive poucos parceiros: só conhecia três paus diferentes. Quando vi aqueles caralhões de todo tipo, tamanho, cor e espessura, quase infarto – dessa vez de tesão. Via aquelas bichas apontando para cima e minha buceta ficava louca, pulsando. Ela ficou muito excitada, quente e inchadinha.
No dia seguinte, certamente depois de conferir que eu olhara todas as fotos, ele me mandou um “Bom dia!" e me cobrou o início das nossas aulas particulares. Não respondi.
Depois do dia que vi o álbum de rolas, e fui permissiva por omissão, a ousadia veio numa crescente exponencial. Mais fotos, vídeos cada vez mais ousados e com legendas. Além de os vídeos serem imorais demais, ele ainda colocava textos dando dicas, fazendo perguntas e me provando, perguntando se eu gostava, se já tinha feito isso ou aquilo. Nunca respondi! Fato é que as legendas mexiam com a minha imaginação. Quando ele colocava um texto no vídeo perguntando se eu já tinha sentado daquele jeito ou mamado um pau tão grosso... Minha buceta apertava demais! Num dos vídeos, ele comentou que a buceta apertada da loira, ao levar as estocadas do pau muito grosso de um negro parecia ficar colada ao pau, fiquei alucinada de tesão. E era verdade: quando o pau saía, a sensação – como ele colocou na legenda – era a de que ‘o courinho da xoxota vinha junto’. Não sei se é verdade, não tenho tanta experiência com homens, mas achei interessante quando ele disse que mulheres gostam de paus grossos, pelo preenchimento que dão, mas odeiam paus grandes – que apenas machucam. Deve ser verdade. Ele passou a enviar muitos vídeos, sempre com legendas. Estava criando o hábito de ver pornografia e essa percepção me deixava preocupada. Teria que me desligar dele. Infelizmente, não estava conseguindo sozinha.
Recentemente, depois de outra conversa que tivemos por áudios, ele perdeu toda a noção do que é respeito. A moda agora era enviar fotos do pau dele e comentar, com legendas, aguardando alguma resposta minha. Hoje, recebi quatro fotos do membro dele, em posições diferentes. Vejam as legendas e imaginem as fotos. (Imaginem a postagem, tá. Tem uma foto do pau dele e a legenda embaixo):
1. O que eu faço com essa vontade de fazer amor com você? – essa foi a legenda de uma foto com o pau dele apontando para cima. Por sinal, um membro que tem uma cabeça linda. Sem receios, é um pau cabeçudo!
2. O sonho dele é sentir a tua boca e o teu corpo. – era o que tinha embaixo da foto do pau dele, tirada de cima para baixo. Ele tem o pau torto para cima e para a direita.
3. A cada dia que passa, ele te deseja mais e mais. – essa legenda estava na foto apenas da cabeça do pau dele. Nela, tem umas pintinhas que parecem espinhas. Achei estranho demais. Ah, e a cabeça do pau dele parece um cogumelo, é bem mais grossa que o restante do pau. Não sei o tamanho do pau dele. Pelas fotos, deve ser maior que o do meu namorado. Mais grosso eu sei que é, principalmente pela cabeçorra que ele tem.
4. Ele sonha com você sentando deliciosamente nele. Seria um sonho impossível? A resposta, apenas você tem. E então, aceitaria sair comigo? – mais uma foto com o pau apontando para cima. A foto estava linda – o pau reluzia com o reflexo da luz.
Decidi escrever este conto para pedir ajuda. Tenho namorado, sou uma mulher que costuma ir à Igreja, nunca tinha visto pornografia na vida. Estou adorando descobrir o que ele me ensina nos comentários das fotos e dos vídeos, embora saiba que estou pecando. Sei que estou diferente. Meu corpo sente mais desejos, sonho com tudo que vejo, mas não tenho coragem de ser, com o meu namorado, a mulher que nasceu depois das experiências secretas do WhatsApp. Meu namorado já me percebe diferente – inclusive estamos brigados. E contei para o Bombeiro que estou passando por problemas pessoais. Na realidade, ele não sabe, mas ele faz parte do problema. E agora, o que faço? Aceito o convite dele para sair?
Obrigada!
*A seduzida*
