Nas mãos da polícia

Um conto erótico de Rafaella
Categoria: Heterossexual
Contém 4094 palavras
Data: 29/08/2022 23:29:00

Meu nome é Rafaela, sou gaúcha, loira de cabelos lisos e compridos a altura do quadril, tenho 25 anos e sou estudante de Medicina Veterinária. Meus olhos são azuis claros, minha pele alva e possuo um corpo atlético bem distribuído entre meus 1,62 de altura. Possuo seios fartos, sendo estes a parte que mais gosto do meu corpo, além de uma bunda empinada e durinha, embora pequena e uma cintura fina. Namoro com o Igor, um rapaz alto e magro de cabelos raspados, possuí a pele morena e faz o típico Zé Droguinha.

Nos conhecemos no condomínio onde moramos e estávamos juntos a onze meses desde o acontecido deste relato. Meus pais nunca aprovaram nosso namoro, mas ele me tratava como uma princesa e eu adorava isso. Ele costumava passar as tardes na quadra de futebol ou fumando maconha com os garotos do condomínio, enquanto eu dedicava meu tempo aos estudos.

Em uma sexta feira, o Igor me chamou para irmos em uma festa em um sítio em outra cidade, onde seria celebrado o aniversário de uma de suas amigas. A princípio, fiquei receosa de aceitar o convite porque sabia que meus pais não gostariam que eu chegasse tarde em casa, por outro lado, não queria deixá-lo ir sozinho. Implorei para ele para acharmos uma saída que fosse boa para nós dois, mas ele estava convicto de ir e que meus pais deveriam aceitar nosso namoro.

Sem conseguir convencê-lo, acabei aceitando ir para a festa fazendo-o me prometer que me levaria de volta antes de meia noite. Igor apresentou-se redundante, dizia que seria perigoso dirigir a noite, que iria consumir bebidas alcoólicas e que estava indo para aproveitar a festa. Com muito diálogo, chegamos a um acordo de que iríamos no meu carro e que eu não iria beber, para assim voltarmos juntos de modo que ele pudesse aproveitar a festa.

Aleguei para os meus pais que iria na festa de uma amiga minha em nossa cidade, vesti um vestido branco e curto de alças, bem justo na cintura e decotado na frente. Por baixo, estava um biquini tomara que caia rosa, mais curto e que não marcava tanto no vestido. Calcei um salto, mas levei rasteirinhas na mochila caso precisasse.

Igor apareceu em minha casa com seu estilo de sempre: camisa de um time qualquer europeu, calça jeans surrada, um tênis de marca e um baseado prensado atrás de sua orelha, além da característica barba falhada e por fazer. Embora seu estilo me causasse repulsa, aqueles olhos manhosos e brilhando ao me ver dominavam-me de maneira fácil.

Durante a festa, Igor dedicava a maior parte de sua atenção aos amigos, consumia bebidas alcoólicas excessivamente além do uso de algumas substâncias ilícitas. Aquilo me incomodou, mas procurei aproveitar o dia com outras garotas na piscina, tiramos algumas fotos e até consegui pegar uma corzinha, o que deixou meu rosto levemente enrubescido.

Quando caiu o arrebol, Igor já falava alto, contava piada desnecessárias e parecia cada vez menos se importar com a minha presença no local. Algumas pessoas soltavam indiretas para ele, mas nem elas e tampouco eu era suficiente para fazê-lo voltar a realidade. Aquilo me desanimou, havia perdido completamente o clima de festa e minha vontade era de esbravejar e apontar as falhas dele naquele dia, mas preferi não fazer nenhuma cena, acabei me rendendo a tomar alguns drinks para me acalmar. O chamei para ir embora umas cinco vezes, cada uma de maneira mais ríspida quando ele tentava me enrolar, em meu ultimato, ameacei ligar para os meus pais.

Não sei se por medo ou por pena, ou até mesmo se cansou de me escutar, Igor acabou aceitando ir embora, completamente alcoolizado e fora de si. Fazia gracinha para seus amigos e principalmente para as meninas e com custo, o colocamos no carro para partir.

A cidade da qual estávamos era grande, mas a área do sítio era um pouco afastada, a iluminação era precária, as ruas desertas e havia muitos lotes para serem vendidos. Igor também não calava a boca, o que me fez perder a paciência com ele e começarmos a discutir enquanto dirigia. Estava tão imergida em minha raiva momentânea que só me dei conta da presença de uma viatura atrás de nós quando ouvi o barulho da sirene, nem mesmo os fachos de luz foram capazes de despertar minha atenção.

Reduzi a velocidade e estacionei o carro no acostamento da avenida principal daquele bairro ainda em loteamento, estava embaixo de algumas árvores que se inclinavam para o asfalto e os únicos barulhos que se ouviam eram de grilos e alguns comentários estúpidos do Igor que procurava ignorar.

Dois policiais desceram com as mãos no coldre, o motorista era um rapaz mais jovem, de cabelos curtos e escuros, a pele clara, um porte físico esbelto e um olhar sério. O outro parecia um policial veterano, com uma barriga avantajada, pele escura e aparentando ser mais velho. Ambos caminharam até o carro devagar, pareciam analisar toda a situação antes de nos abordar.

— Boa noite. — Disse o policial que dirigia a viatura.

— Boa noite. — Respondi de maneira acanhada.

— Ô policial, óh! — Igor começava a querer se justificar. — Eu falei pra ela...

— Sai do veículo e coloca as mãos pra cima! — Ordenou o outro policial.

Um silêncio pairou por uma porção de segundos após a ordem, milhares de possibilidades poderiam acontecer em qualquer atitude ou palavra impensada a partir dali, e para culminar ainda mais a gravidade da situação, eu não sabia se o Igor havia compreendido.

— Desliga o veículo. — Me pediu o policial ao meu lado. Sua voz era calma, ainda que comunicasse no imperativo.

Prontamente obedeci, engolindo seco e com as mãos trêmulas, evitava fazer qualquer movimento brusco por medo e por vergonha. Igor encarava a situação com uma expressividade patética, seus olhos arregalados e perdidos, além de uma feição alcoolizada explícita.

— Mas eu não... — Igor tentou argumentar.

— Desce, caralho! — O policial abriu a porta de maneira agressiva.

— Tá bom, mano, calma. — Disse Igor enquanto tentava descer do carro.

— Aqui ninguém é seu mano não. — Respondeu o policial puxando-o para fora e empurrando-o contra a lataria do carro. — Você acha que tá falando com quem, rapaz?

— O seu policial, ou... — Igor tentava algum tipo de justificativa enquanto era enquadrado pelo policial.

Conseguia ver a silhueta do Igor se contorcendo a cada vez que o policial conferia seus bolsos e retirava de lá objetos que arremessava ao chão. Era bruta a maneira como o tratava, fazendo ecoar pelo interior do carro as vezes que o apertava contra a porta.

O policial que diria a viatura assistiu a cena por algum tempo calado, consegui ler acima do seu peito que seu sobrenome era Souza. Ao conferir que a situação estava sobre controle, ele retomou sua atenção a mim, inclinando-se sobre a janela e aproximando seu rosto do meu. Fitou-me por uns segundos calado, sentia sua respiração pesada vir contra minha pele naquela noite fria.

— Você o conhece? — Indagou-me.

— Quem? — Perguntei, quase gaguejando.

— O rapaz que estava com você.

— Sim. Ele é meu namorado. — Respondi, com um timbre de voz que se perdia conforme as palavras saiam.

Souza pairou seu olhar sobre minha face, apresentava estar reflexivo e também preocupado diante da situação. Conduziu seu olhar para o seu parceiro que perguntava o que o Igor fazia com aquelas drogas e o senti suspirar de maneira profunda.

— Esse carro é seu? — Questionou-me.

— Sim, senhor. — Respondi de imediato.

— Está com o documento dele aí?

— Está lá atrás, na minha mochila.

— Então pegue para mim, por favor. — Apesar de ser educado, suas palavras soaram com autoridade.

Meu coração acelerou quando o vi se afastar da janela, o brilho da lua lustrou o ferro de sua arma e seu olhar fixou-se a mim, desta vez ele não mais me analisava, mas aparentava cobiçar-me, assim como a julgar-me. Abri a porta devagar e desatei o cinto, inclinei meu corpo para fora e passei uma das pernas lentamente pela ponta. Toquei o asfalto gélido com meu pé descalço, uma vez que odiava dirigir de salto. Ajeitei meu vestido sobre o corpo e mais uma vez nossos olhares se cruzaram, ele sequer fez questão de disfarçar seu olhar faminto que deslizou por minhas curvas até os tornozelos.

Verifiquei a situação do Igor nesta altura, ele me olhava com um olhar pedinte e perdido, estava completamente fora de si e almejava por alguma intervenção divina a seu favor. Era lamentável vê-lo daquela forma, por um instante, toda a admiração que tinha se dissipou e resumiu em pena.

Caminhei morosamente para a parte de trás do carro e fui acompanhada por Souza durante todo momento. Precisei apoiar um dos meus joelhos no banco traseiro do carro e me inclinar para pegar a bolsa que havia caído atrás do banco do passageiro, o que fez levemente meu vestido subir. Fui obrigada a levar uma das mãos para trás e segurar o tecido para que não desse mais a visão do meu quadril para o policial atrás de mim, mas certamente ele havia visto mais do que deveria.

Peguei rapidamente o documento e me recompus, virei para ele procurando evitar ao máximo o contato visual e o entreguei. Ele tomou de minhas mãos com cuidado, pairou o olhar sobre o objeto afim de conferir sua legitimidade e desviou novamente sua atenção para o companheiro que reprendia meu namorado.

— Está tudo certo aí? — Indagou.

— Está sim, só mais um daqueles drogados. — Respondeu o outro policial.

— Tem quanto aí?

— O suficiente.

Pude ver pela primeira vez um sorriso cínico e curto se desenhar no rosto de Souza, quebrando aquela feição peculiar que lhe era atribuída. Ele voltou rapidamente sua atenção para mim de forma pesarosa, balançou a cabeça em negação e desviou o olhar para o chão.

— Me acompanhe. — Solicitou.

O segui até sua viatura, conforme me afastava do carro e do Igor, senti meu coração se apertar e a temperatura cair. Souza era um pouco maior do que meu namorado, mas muito mais forte. Sua barba cerrada e aquele olhar canalha e severo despertavam-me interesse e medo ao mesmo tempo. Cerrei os punhos conforme andava até a viatura, cheguei a morder meu lábio de raiva, de angústia e também na tentativa de controlar o desejo da infidelidade.

Souza abriu a porta de trás da viatura e fez um gesto sutil com a cabeça para mim convidando a sentar, algo que foi propositalmente sustentado por ele. — Sente-se. — Disse, de modo ríspido.

Por trás de todo aquele sujeito fardado e sério, havia alguém que parecia se preocupar. Ele retirou de dentro da viatura um aparelho que se assemelhava a um celular e começou a conferir o documento do meu carro. Eu me assentei no banco da viatura e recolhi meus pés sobre a lataria, deixei os joelhos bem próximos devido ao frio e deslizava minhas mãos pelas pernas para tentar esquentá-las.

— Está com frio? — Indagou-me.

— Um pouco. — Respondi.

— Quer pegar uma blusa de frio no seu carro?

— Eu não trouxe...

— Ah, sim. — Ele fitou-me calado por algum tempo. — Quer pegar alguma roupa com seu namorado?

— Não, não. Está tudo bem. — Respondi, dando-lhe um sorriso sem graça.

— Ok.

Ele voltou a observar a situação do veículo em seu dispositivo, por vezes checava-me com um olhar rápido. Toda aquela situação me deixava constrangida, mas a proximidade que estávamos também me fazia desviar alguns olhares meticulosos para seus músculos ou os componentes de sua farda. Durante alguns minutos, ficamos nessa troca insistente e discreta de olhares.

— Rafaela, não é? — Ele quebrou o silêncio.

— Isso.

— Você bebeu antes de dirigir?

Meu rosto enrubesceu-se com essa pergunta, recolhi os ombros e abri a boca afim de dar uma resposta, mas nada saia. Eu quis mentir, mas não tive coragem.

— Olha, você entende o que temos aqui, não é? — Ele tentou me acalmar com uma voz amena.

— Sim...

— E eu fico me perguntando, o que uma garota como você está fazendo com esse tipo de cara. Acredito que seus pais também já devem ter te falado isso.

— Sim.

— Quero dizer, você é linda, educada, parece vir de uma boa família, por que está perdendo seu tempo com alguém que não tem nada para agregar a você?

— Eu estou começando a perceber isso... — Meu tom se tornava manhoso e baixo.

— Olha, eu não quero te prejudicar, ok? Vou deixar você ir sem autuá-la, mas acho que você merece muito mais. — Disse ele, estendendo-me o documento.

— Sério? — Questionei-o, desta vez fixando meu olhar ao seu, incrédula de sua atitude.

— É, só me prometa que não vai mais beber e dirigir, tá? — Ele respondeu com um sorriso simpático.

— Obrigada! — Respondi prontamente e ergui o braço para pegar o documento consigo.

Não sei se por um descuido nosso ou por vontade dele, o documento soltou de nossas mãos e caiu próximo ao carro, em frente ao banco do qual estava assentada com as pernas de fora. Souza se agachou para pegar e isso fez com que ficássemos ainda mais próximos.

Nossos olhares se cruzaram e fixaram-se, seu corpo arqueou-se para trás em protesto ou respeito, mas suas intenções estavam escancaradas em sua face. Senti minha respiração ofegar e recolhi involuntariamente uma de minhas pernas num ritmo suave. Seu cheiro tornava-se lascivo, minha pele ouriçava devido a sua proximidade, sentia minha intimidade timidamente umedecer o pano fino do biquini do qual trajava naqueles longos segundos que apenas nos olhávamos.

Souza pegou o documento caído entre nós e estendeu a minha direção, desta vez de maneira muda, séria. Seu olhar percorreu do meu colo ao meu rosto, decorando de maneira minuciosa e maliciosa cara detalhe de mim. Conforme seu olhar se perdia no volume do meu decote, encolhi os ombros e permiti uma visão mais intimista. Entreabri meus lábios e deixei um lamurio extasiado e baixo escapar que fora prontamente reprendido por seus lábios, calando-me com um beijo cálido e apaixonado.

Seu corpo viera por cima do meu, conduzindo-me ao interior do veículo e obrigando-me a deitar sobre o banco enquanto o envolvia em meus braços e respondia seu ato de modo impensado. Sentia-o encaixar-se entre minhas pernas e o recepcionava com um rebolado tímido, ansiando-me por ele. Suas mãos pesadas escorregavam pelas laterais do meu corpo, dominando-me, sentia seu membro rígido friccionar contra minha intimidade, a glande pulsando contra minha pele e meus seios se ouriçando sob o biquini.

Naquele momento, meus pensamentos se desligaram sobre o ambiente do qual estávamos, a situação em si e até mesmo do Igor. Correspondia aquele beijo com a volúpia de uma amante, de uma puta obediente que sentia a necessidade de ser punida, violada e realizada.

O policial deslizou-se sobre meu corpo, abaixou as alças do meu vestido e o afastou junto do biquíni, fazendo meus seios saltarem-se para fora diante do seu rosto. Afaguei seus cabelos curtos segundos antes de sentir sua boca tocando a auréola do meu seio esquerdo, sua língua quente umedecendo-o e babando-o, deixando-o eriçado, suas mãos firmes apertando-os e esfregando um contra o outro, de maneira lenta e contínua.

Sentia meu corpo contorcer-se involuntariamente, obrigando-me a rebolar para si e a gemer baixo, tentava morder meu lábio inferior de modo pífio para conter o meu desejo naquele momento. Suas investidas passaram a erguer meu vestido, deixando exposta a parte de baixo do biquini e o quão o desejava naquele momento. Arfei, a medida que seus dedos adentravam no pano do único traje que prendia meu juízo, suspendi a cintura ao banco e assenti com a cabeça para ele enquanto o mirava com um olhar pedinte.

Ele passou propositalmente sua barba rala em minhas coxas a medida que guiava sua cabeça para entre minhas pernas. Era uma sensação nova, um misto de cócegas e lascívia, podia sentir-me pingando para si. O toque de sua língua arrancou-me um gemido alto e rápido, minhas pernas se retraíram prontamente e apertei seus cabelos enquanto me deleitava naquele toque. Era preciso, sutil e ritmado. Bolinava-me com uma maestria impecável, conduzindo-me de maneira lenta, explorando-me com seus toques, olhares e desejos. Apertava meus próprios seios enquanto minha imaginação expurgava qualquer coisa que reprendesse minha razão ou juízo, passava a gemer melodicamente, cada vez mais alto e mais desinibida. Arqueava-me, rebolava, me contorcia e clamava, em uma explosão de prazeres e sentimentos que nunca haviam ganhado vida anteriormente. Meu orgasmo veio de forma estrondosa, iminente, junto a um gemido longo, agudo, de quem teve a liberdade cerceada por muito tempo.

Desabei no banco do carro com as pernas trêmulas e a respiração falha, Souza me encarou com um sorriso vulgar em seu rosto e mais uma vez percorreu aquele olhar faminto por todo meu corpo, desta vez completamente exposto para si. Enquanto tentava realinhar meus pensamentos e recuperar o fôlego, o vi se levantar e ficar próximo a porta do carro mais uma vez. Colocou a mão no zíper de sua calça e abaixou sem pressa, desviou momentaneamente sua atenção para meu namorado e o outro policial que o acompanhava e colocou seu membro para fora.

Era um pouco maior do que o do Igor, mas era muito mais grosso. Conseguia ver com a pouca luminosidade do local algumas veias que saltavam para fora e a glande coberta por uma gala espessa, revelando o quão excitado estava.

Suspirei e inclinei-me a sua direção, ajeitando-me novamente ao banco de forma que ficasse mais próxima de si. Joguei meus cabelos loiros para trás e vi de relance pela janela o outro policial segurando o Igor que parecia se contorcer e reclamar. Naquele instante, ocorreu-me de ajudá-lo, de ir ao seu socorro, mas nada mais fiz a não ser olhar para o Souza com um olhar de preocupação e aguardar seu posicionamento.

— Está tudo bem — Disse-me —, não precisa se preocupar. — Senti sua mão deslizar sobre a maçã do meu rosto em um toque afável e adentrar os meus cabelos a região da nuca. Acariciou-me com a ponta do polegar e acenou-me um sorriso.

Meu olhar conduziu naturalmente por sua farda até aquele caralho exposto diante do meu rosto, passei levemente a língua pelo contorno dos meus lábios e o tomei em minha mão destra, segurando-o pela base. Deslizei-o pela palma da minha mão por duas vezes antes de voltar a mirar seu rosto com um olhar de putinha que espera uma permissão.

— Vai. Engole. — Limitou-se a dizer.

Entregue ao meu próprio desejo, inclinei-me a sua direção e coloquei aquele caralho grosso em minha boca, senti meu paladar ser dominado enquanto preenchia minha boca e o deslizava para minha garganta cuidadosamente. Passeava com minha língua pela glande afim de me acostumar de maneira mais rápida com o gosto de gala que já dominava sua intimidade e fui empurrando minha cabeça a direção de sua virilha, engolindo cada vez mais daquele caralho delicioso.

Podia sentir suas veias se estufando em minha boca, a glande dilatar e seus movimentos ficarem coordenados juntos aos meus. Podia senti-lo investindo contra minha boca, obrigando-me a sugar e mamar cada vez mais daquele caralho grosso. Protestava com alguns gemidos manhosos quando ia muito fundo, mas estava adorando a sensação de ser dominada daquela maneira. Ele passou a ditar meus movimentos com a mão que agarrava-me pela nuca, controlava a forma como invadia e abusava da minha boca, fazendo-me sentir seu objeto naquele momento. Fui obrigada a levar uma de minhas mãos para entre minhas pernas, esfregando suavemente a ponta do meu dedo em meu clitóris enquanto me permitia ser usada daquela maneira, revelando-me uma verdadeira submissa.

Quando meu ápice mais uma vez se aproximava, quando sentia suas veias dilatarem a ponto de inundar minha boca, fui surpreendida com o modo abrupto que ele interrompeu a situação. Fez-me olhar para seu rosto e eu estava completamente extasiava, minha baba escorria pelas laterais da minha boca, meus olhos brilhavam com sua conduta.

— Deita, Rafa. — Ele solicitou.

Hesitei por um instante, por mais que anisava ser preenchida por ele e dominada de múltiplas maneiras, mas até aquele momento só tinha me permitido ao Igor. A partir daquele ponto, eu me cederia a outra pessoa, ainda que tenhamos aproveitado as preliminares.

— Tá bom. — Respondi enquanto procurava me acomodar ao banco. Estava completamente entregue ao desejo.

Souza veio por cima de mim com cautela, debruçou-se delicadamente e se enfiou entre minhas pernas devagar. A cabeça de seu caralho ainda pingava minha baba e ele pincelou minha intimidade sutilmente, roubou-me um beijo breve e afável antes de introduzir-se. Não pude controlar um gemido convidativo e longo que se sucedeu após senti-lo empurrar para dentro de mim até socá-lo por inteiro.

Ouvi um lamurio rouco ser emanado de sua boca e logo em seguida suas investidas começaram a ser mais fortes, constantes e profundas. Sentia o carro balançar ao nosso ritmo e só conseguia gemer alto, implorando por mais. — Isso! Isso! — Gritava, em êxtase, gemia copiosamente ao pé do seu ouvido e rebolava em seu caralho a medida que este me rasgava, ele me apertava contra si e socava violentamente seu caralho ao fundo de mim, sem nenhum tipo de remorso ou preocupação com a situação em que estávamos.

Nossos movimentos tornaram-se sincronizados, por vezes nos calávamos em beijos cálidos, sentia minha intimidade se contrair em seu caralho, minha respiração tornar-se cada vez mais ofegante e meus músculos se enrijecerem na iminência de mais um orgasmo. Porém, quando aproximava-me do ápice, mais uma vez o Souza retirou abruptamente seu caralho de mim e segurou-me pelo pulso, puxou-me para fora do carro com certa brutalidade e conduziu-me para o capô da viatura.

— Aqui vai ser mais divertido. — Disse.

Eu estava completamente exposta, os seios enrijecidos a mostra, o vestido amarrotado que cobria parcialmente meu corpo, o quadril de fora com as coxas meladas de gala. Conforme ele me guiava, pude ver a expressão de raiva e repulsa do Igor e o policial que o segurava também me devorava com o olhar. Souza me colocou contra a viatura de frente, de forma que meus seios se apertassem contra a lataria e abriu bem minhas pernas. Apertou minha cabeça contra o capô gélido e mais uma vez me invadiu, desta vez com mais violência e vontade do que antes.

Senti-me vulnerável, exposta, usada, verdadeiramente uma puta barata. Fechei vagarosamente meus olhos e não apresentei qualquer resistência. Estava sendo abusada e parte de mim estava adorando ser exibida e violada daquela maneira. Voltei a gemer baixo enquanto ele me fodia, meus pensamentos divagavam entre o certo e o errado, entre a moral e o desejo. Ele repousou uma de suas mãos em minha bunda, deslizou o dedo pela lubrificação excessiva de nossas intimidades e mergulhou em meu cuzinho, afundando-o enquanto socava violentamente seu caralho em mim.

Protestei um gemido de dor, coloquei-me na ponta dos pés e empinei a bunda para tentar achar uma posição mais confortável, uma lágrima esquálida correu meu rosto, mas passei a rebolar como uma puta. Estava totalmente entregue a situação, gemia compulsivamente e de maneira alta, sem me importar com quem assistia ou poderia vir a assistir. Me comportei como ele queria e como achei que merecia, até gozar em seu caralho como uma cadela obediente e realizada.

Não demorou muito para Souza preencher minha intimidade com sua gala quente e excessiva. Sentia seus jatos sendo jorrados para dentro de mim a medida que ele gemia de maneira rouca e alta. Seu corpo pesou-se sobre o meu por alguns segundos após o ápice, ouvi sua respiração desajustada e sensual contra meu ombro direito, mas logo ele se recompôs.

Fiz o mesmo, procurando ajeitar meus trajes sobre o corpo e fiquei calada durante todo o momento. Voltei a viatura para pegar a parte de baixo do biquini e o documento do carro e Souza me conduziu de volta para onde estava o Igor e o outro policial, limitei-me apenas a olhar para o chão. Um silêncio pairou o ambiente enquanto Souza preenchia um papel e não conseguia sequer olhar para qualquer um deles.

— Toma, leve isso. — Disse Souza, entregando-me o papel. — Vocês estão liberados.

Ao checar o conteúdo do papel, estava seu nome e telefone escritos, além de uma pequena anotação em garrancho: “Se terminar com ele, me procure.”

Os policiais se despediram e voltaram a viatura. Caminhei de volta para o carro sem dizer uma única palavra e o adentrei devagar, ainda sentia a porra do Souza escorrer por entre minhas pernas. Igor também entrou mudo no veículo e assim permanecemos por todo o percurso até chegar em casa.

Após esse dia, houve mais algumas histórias envolvendo estes personagens, mas deixaremos isso para outro conto.

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