HOMOFOBIA. A socialização.

Um conto erótico de Allan
Categoria: Gay
Contém 2736 palavras
Data: 31/10/2022 19:48:12
Última revisão: 31/10/2022 20:44:19

Que eu fazia tudo o que Janjão pedia, não é mais novidade, mas ele só pedia mesmo pra eu fazer algumas comidas. Ele sempre trazia o material e pedia pra eu preparar. Aí Valter diz que eu virei empregada - kkkkk - não é -, ele comprava as coisas, ele pagava pela compra, meu trabalho era só preparar; e ele amava minha comida, e isso me motivava muito. E eu fazia também até o que ele não pedia, como lavar suas roupas - aí não é mais ser empregada porque ele não pedia, eu ia lá, pegava e lavava - risos. E ele sabia me agradecer, começou me levar pra sair, mesmo eu ganhando bem mais que ele, não me deixava pagar a conta (só quando ele me convidava). E ele deu sentido pra minha vida, fez bem pra minha mente, levou luz e sabor pra minha vida psicologicamente conturbada, e também pra minha casa. E ele fez além... ele me socializou.

Num sábado que eu estava folgando, como sempre, acordei lá pelas 10. Ele já estava acordado, sentado na sala, com um prato de feijoada na mão comendo (ele tinha estômago pra isso, eu nunca consegui comer feijão pela manhã, antes do almoço, mesmo feijão leve, imagine feijoada). Ele me deu bom dia, e falou:

- Te arruma aí que mais tarde vamos de rolé.

Já era a quarta ou quinta vez que ele fazia isso. Então eu não ficava mais perguntando onde íamos, até mesmo porque ele não respondia, e sempre era um lugar legal que, como sempre, eu ficava nervoso lá, com vergonha, mas no final voltava pra casa feliz.

Umas 11 da manhã saímos de casa.

Pegamos a pista saída da área da cidade pra roça. Minha casa na verdade é próximo a essa saída, aluguei aqui quando vim embora pra Feira, por causa do preço, mas me acostumei aqui, por mais que seja longe do centro, rua ainda sem asfalto nem calçamento, aqui é tranquilo pra dormir, não tem muita zoada, tem um bar lá adiante mas dias de semana liga som somente a tarde, a noite de leve; mas sábado das 9 da manhã em diante o pau quebra, ele enche, mas só vai até meia-noite; domingo é o dia todo também, mas só funcionam até 6 ou 7 da noite; eles respeitam os moradores, até mesmo porque aqui quase todo mundo trabalha. O que gosto daqui também é que a dona da casa é uma mulher espetacular.

Depois que pegamos a pista, uns 10 minutos depois em alta velocidade - eu morrendo de medo porque ele corre muito - chegamos numa fazenda ou sítio (eu não sei diferenciar esses dois). Passamos por um corredor de pés-de-coqueiro gigante que achei lindo, chegamos na casa. Havia muita gente bebendo, conversando, assando carne, um carro com som alto. Eu percebi logo que era casa de algum parente porque vi alguns homens todos parecidos com Janjão, parecia padrão, claro que os físicos eram pra mais ou pra menos, mas quase tudo igual.

Dessa vez fiquei pra morrer de vergonha, a ponto que não segurei, e cochichei no ouvido dele:

- Janjão, eu vou me sentir um peixe fora d'água. Me leva pra casa.

Ele respondeu:

- Você não vai. Confia em mim.

Janjão tinha 4 irmãos homens (naquele dia só conheci 3 homens, ele quem falou que eram 4), e 6 mulheres (só conheci duas); até elas se pareciam fisicamente com os homens: altas, mas ao invés de parecerem fortes, pareciam gordinhas - talvez por causa da genética que as vezes diferencia homens de mulheres. De quase 5 meses que Janjão morava comigo, nunca foi nenhum lá em casa, apenas um sobrinho, a ex-mulher dele e os filhos. Eu cheguei até pensar que ninguém gostava dele.

Aquela família gostava de fuder - kkkkk - os pais de Janjão teve 11 filhos, os irmãos dele todos têm filho ou filhos, até o caçula que tinha 26 anos de idade já tinha filho; Janjão tinha irmãos que já eram até avós. A família gigante. E só aquela turma ali eram quase todos parentes e família.

O pai de Janjão, um idoso de quase 80 anos, ainda tinha cabelos pretos, fiquei bobo. E ele resistente, anda normal como se fosse um homem adulto, a voz dele ainda estridente, fala alto, com sotaque matuto; todos os irmãos de Janjão têm sotaque de homem da roça, inclusive Janjão (só não seus sobrinhos). E o velho muito piadeiro. Quando Janjão me apresentou a ele, o velho quase me deixou morto de vergonha.

O pai de Janjão apertou minha mão, me deu as boas vindas, olhou pra Janjão e falou na perturbação:

- Ah, bem que me disseram que você tava morando com homem.

Eles dois caíram na gargalhada, mas eu não consegui nem fingi risada.

Janjão falou:

- Ôu! Mulher nenhuma me quer, foi o jeito pegar homem.

Aquilo era brincadeira, mas minha vida desconhecendo essas brincadeiras me fizeram ficar muito sem graça.

O pai de Janjão:

- 'Muié' nenhuma te quer porque tu não presta, 'cabra-frouxo'. E agora pior, parou de comer buceta pra queimar rosca.

Eu sei, isso é lindo. Uma família que perturba, brinca, abusa. Até fiquei estarrecido com o velho, porque pessoas de certa idade pra cima são os mais preconceituosos e intolerantes por causa da cultura da época deles, como meu pai carrasco por exemplo. Mas aquele velho era traquilo. Até imaginei meu pai sendo como ele... teria sido diferente para mim.

Janjão também não me deixou sozinho. Ele não teve a mínima vergonha de mim, mesmo eu sendo meio afeminado. Só faltou me apresentar às árvores. E ele me falou:

- A pessoa que quero te apresentar não está aqui ainda.

Perguntei:

- Olha, não inventa de me arrumar namorado não porque eu ainda nem treinei o que eu conversar com alguém que eu vá namorar.

Janjão deu uma risada gostosa, e falou:

- E quem disse que isso é assim que acontece? As coisas vão fluir naturalmente. Treinar o que vai falar não vai adiantar de nada. Vá por mim. Ah, e se quiser eu te arrumo um namorado. Tenho sobrinhos que são gays.

Também de tanto sobrinho que ele tinha, não havia como não ter pelo menos um gay.

Eu respondi:

- Se você fizer isso eu vou ficar chateado contigo.

Ele deu outra risada, me mandou ficar tranquilo, e ligou pra alguém que parecia ter dado caixa postal.

Ele encontrou uma menina e perguntou:

- Cadê Edson?

Ela respondeu:

- Foi pra Oliveira dos Campinhos.

Ele falou:

- Ah, então por isso que deu caixa.

Janjão é todo decidido, todo afoito, rápido pra tudo. Ele me chamou até a moto e disse:

- Vamos ali.

No percurso até a moto, um dos irmãos mais novos que ele, que estava bebendo com dois caras ao lado de um Strada, gritou:

- Já tá indo, Janjão?

Ele gritou de volta:

- Vou ali e daqui a pouco eu volto.

O irmão acenou:

- Chega aí.

Janjão foi; e foi a segunda coisa que me deixou completamente sem graça. O irmão me olhou rindo, e falou ou perguntou algo pra ele. E não foi impressão minha, o assunto foi sobre mim, Janjão respondeu rindo. Ele voltou, montou na moto e me mandou montar, deu duas aceleradas e gritou pra ele (ou pra eles):

- Se tiver afim eu boto em tua mão.

Eles deram uma risada e o irmão gritou respondendo:

- Dinovo?

Quando saímos, perguntei:

- Ele falou sobre mim, não foi?

Janjão respondeu:

- Fica traquilo que ninguém te bole.

Eu:

- Ah, me diz... Eu vi... Ele olhou pra mim, fez algum comentário e rio. Fiquei com vergonha.

Ele:

- Rapaz, vence essa vergonha também. O fato de alguém olhar e ri, não significa que esteja te criticando. Não seja desconfiado. Se alguém te criticasse ali, tenha certeza que eu não ia rir, eu ia brigar.

Eu também não resisti e perguntei:

- Vocês parecem tão unidos, por que você reluta em não voltar pra casa?

Ele respondeu:

- Minha família é unida um longe do outro; perto brigam demais.

E fomos conversando pista afora. Pegamos a BR 324, e vi que estávamos saindo de Feira de Santana. Janjão queria me apresentar alguém de qualquer jeito. Eu estava ansioso e nervoso.

Já em outra cidade cortada por essa BR, deixamos ela e Janjão pegou outra pista. Corremos mais uns 20 minutos e chegamos num local no meio do nada. Se Janjão me esquartejasse ali, ninguém nunca encontraria meu corpo. Ele deixou essa pista também e entrou numa estrada de chão. Chegamos num bar onde havia alguns carros, mas o bar vazio, só um rapaz ali dentro. Pegamos uma trilha onde passava só motos, corremos mais uns 5 minutos por dentro da mata e dos matos, e chegamos numa área cheia de motos. Ele disse:

- Só da pra vim até aqui de moto. O resto é a pé.

Aquela foi minha primeira trilha na vida, e que nem ele, muito menos eu, havíamos planejado.

Logo ali a frente a caminhada era unicamente por cima de uma trilha de trem que, abaixo dela, era um penhasco horrível e amedrontador, moto não passava. No meio dela, olhei pra baixo, um abismo. Comecei me tremer mas consegui ir até o final, onde voltamos pra terra firme e caminhamos mais uns 15 minutos até chegarmos num paraíso: cachoeira com queda em um lago enorme, no meio de uma floresta linda - não sei se o nome é lago ou rio, só sei que era espaçoso e fundo. Havia muita gente, vários coolers, pessoas com isopor vendendo. Fiquei encantado.

Ouvi alguém gritar de dentro da água:

- Gooooostoooosoooo, se joga.

Janjão deu risada e me falou:

- Olha eles ali. (E rapidamente ele arrancou a camisa, tirou o tênis - porque ele havia ido pra casa dos pais de tênis -, tirou a bermuda porque era jeans - foi a primeira vez que o vi de cueca - mas desviei o olhar pra não desejá-lo, ele foi pra uma parte alta das pedras, mas não tão alta, e se jogou. Eu juntei a roupa dele junto de mim, e me sentei, olhando eles. E Janjão, alegre, acenou pra mim e gritou:

- Se joga!

Eu ri e, sem dizer palavras, acenei com o dedo que "não". Quando insistiram eu respondi que não sabia nadar.

No grupo deles havia 4 rapazes. Algum tempo depois saíram da água e vieram até mim, me cumprimentaram, e me chamaram para o outro lado do rio onde estavam as roupas deles e os coolers.

Sentamos no campinzal, começaram beber, me ofereceram, como não bebia, pedi uma água pra acompanhar eles.

Janjão me disse meio baixinho:

- Eu queria que você conhecesse eles. Você precisa conhecer gente, ter amigos, e achei que te apresentar eles seria legal pra você.

E Janjão me apresentou. Um era sobrinho dele, um rapaz muito lindo - Janjão me disse que era a maior puta de Feira de Santana - kkkkkk - e parecia mesmo, ele não tirava os olhos dos homens e comentava sobre quase todos dizendo "olha que delícia", "ai na minha cama", etc; havia outro amigo, e um casal.

O sobrinho de Janjão ninguém diz que é gay, o amigo não parecia tanto, mas até abrir a boca pra falar; um negão era bem baixo astral, linguarudo, espalhafatosa, já o outro, que era namorado de um deles, não parecia gay, tinha cara de marginal, eu não gostei dele... parecia aqueles rapazes que usam gays para se dar bem financeiramente. E ainda sobre o negão ele tem nariz em pé, barraqueiro, chama atenção com seu jeito de "roda baiana", bate na mão com ar de autoritarismo (mas não criem aversão a essa pessoa porque, com o tempo de convivência, descobri uma pessoa maravilhosa, companheira, que não tem nada nas mãos, ajuda quem necessita, é super trabalhador... assim como eu, sofreu dentro de casa antes de ser expulso quando bem novinho, já viveu nas ruas; mas foi forte, aprendeu se virar, se defender, conseguiu conquistar muita coisa e hoje tem um salão de beleza. Ele tem uma história de superação. Seu único problema é que ele não aguenta ver um leke, desses tipo favela; a casa dele sempre anda esses tipos de rapazes, e ele sempre dá grana para os lekes (nada contra mas eu não curto). Quando conheci ele naquela cachoeira eu tive aversão porque eu fiquei com vergonha de andar com ele. Eu sou meio afeminado mas eu me porto; ele não... ele chama atenção. Lá no rio mesmo, que tinha muita gente por exemplo, os olhares se voltavam muito pra nós, e eu odeio chamar atenção, mas foi mudando minha visão sobre ele depois da convivência e conhecendo seu grande coração.

Voltando ao rio.

Aquele pessoal puxou assunto comigo, perturbou, fez piadas, riam, falaram muito de sexo, olhavam os homens, faziam comentários sobre eles, sobre suas malas, até da mala de Janjão falaram quando ele estava dentro da água. Ah... e Janjão de cueca quando vinha pro meio da gente, eu só desviando o olhar quando ele passava por mim. Eu estava lutando contra.

E Janjão ficou ali na farra conosco, ele não voltou pra farra na casa dos pais como ele havia prometido. Umas 3 e pouca resolveram vim embora. Eu achei que estavam de carro mas estavam de moto - dois em cada moto. Fiquei preocupado em pegar pista, todos bebendo. A volta pra casa pela pista foi uma festa, uma gritaria, um corre-corre, um ultrapassa-ultrapassa, e eu com o coração na mão. Deu tudo certo no final, foi a maior aventura, mas eu acho muito arriscado, ainda mais sobre duas rodas. Naquele dia, chegando na entrada da cidade, Janjão pilotando encostou a moto na moto do sobrinho e gritou:

- Vamos comer uma água lá em casa.

E o sobrinho gritou:

- Já é!

("Já é" é uma gíria que homens usam aqui, é uma expressão que quer dizer: "está certo", "agora mesmo", "estamos juntos").

Então pegamos o anel de contorno da cidade e viemos aqui pra casa.

O barzinho aqui perto estava cheio, carro de som, um bocado de doido. Logo os rapazes se empolgaram em ir pra lá. Ainda bem que Janjão já me conhecia, sabia que eu não iria e convenceu eles comprar cerveja e vim aqui pra casa, mas ficamos na porta. E rapidinho começou movimento de gente aqui na porta, alguns rapazes da rua que começaram circular pela frente, principalmente quando o sobrinho de Janjão e a negona começaram chamar atenção, dançar até o chão, rebolar ao som que tava tocando no carro; e também uns amigos de Janjão que encostaram. Não teve jeito, juntou grupão e pra mim começou ficar ruim.

Eu não estava mais conseguindo disfarçar, entrei e disse a Janjão que ia tomar um banho, que era pra ele dar atenção ao povo. Janjão percebeu e me puxou até o quintal. Ele estava muito feliz.

Lá no quintal ele segurou na minha nuca, olhou pra minha cara, e disse:

- Vamos parar com isso. Eu decidi que vou enturmar você e vou fazer isso. Carinha, acorda! Você não precisa mais se segurar, tentar esconder que você gosta de homem por medo. Esse medo na verdade ainda é da sua família... mas olha pros lados, olha pra rua, olha pra cidade... eles não estão aqui. Você já é adulto, trabalha, é um cara forte, você só não viu isso ainda dentro de você... larga esse medo, se entrega, se enturma, dá uma oportunidade pra ter amigos, colegas, seja o que for.

Mesmo são, ele tem força nas palavras e fala muito bem, mas aquele dia a cachaça na cabeça dele ajudou ainda mais - kkkkk. Mas quando ele mandou eu olhar e eu perceber que eu estava longe deles, que eu estava seguro, que eu não era mais aquele rapazinho indefeso, eu caí em lágrimas. Ele me puxou e me abraçou firme. Eu sentia segurança nele, e ele falou:

- Você tem força, só não se permite perceber.

O sobrinho dele chegou e percebeu que eu estava chorando (e eu fiquei com vergonha disso - kkkkk). Ele perguntou:

- Oxi, tio, o que houve?

Ele abriu o verbo e resumiu ao sobrinho sobre minha timidez, meu medo da sociedade, meu medo de ser gay, e o que passei lá na casa dos meus pais. E ele disse que estava tentando me enturmar com as pessoas, e achou melhor começar pelos gays, e pensou nele.

O sobrinho disse:

- Eu tenho a cura pra essa timidez. Deixa eu só ir no banheiro.

Quando ele falou isso lembrei de Janjão que estava interessado em me apresentar ele.

Continuo.

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Comentários

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Nada melhor que um bom amigo para nós jogar para frente

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Janjão está me surpreendendo positivamente... Que cara de boa e alto astral, está te trazendo para a vida que você ainda não viveu e o que acho melhor nisso tudo é que sem interesse nenhum, pelo menos aparentemente...

Amando nas concordo com o Roberto Martins, você nos deixa tensos com esses cortes nos momentos fortes da história. 😂😂😂😂😂😂😂😂😂

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Adorando seu conto mas você maltrata cada vez que para no auge da tensão. Ansioso.

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quem sofre na pele a homofobia precisa de apoie e carinho para encontrar a paz e saúde mental espero que o Janjão possa te ajudar nessa fase de adaptação a sua nova vida

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Verdade, amigo. Obrigado! O papel do Janjão foi o mais importante sim❤

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Se você não pegar JanJao me apresenta que eu quero hahahaha

Estou amando sua história e o maridão já se recuperou da cirurgia? Se cuida bjo

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🤣🤣🤣Salafrário.

Ainda não, amigo, está aqui de molho, deitado no sofá assitindo filme. Mesmo tomando medicamento ele acorda algumas vezes na noite gritando de dor porque o local do corte fricciona um no outro, ou ele se vira dormindo e ofende a cirurgia. Mas tô cuidando bem dele e tudo ficará bem.

Obrigado, amigo!❤

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🤣🤣🤣Salafrário.

Ainda não, amigo, está aqui de molho, deitado no sofá assitindo filme. Mesmo tomando medicamento ele acorda algumas vezes na noite gritando de dor porque o local do corte fricciona um no outro, ou ele se vira sem dormindo e ofende a cirurgia. Mas tô cuidando bem dele e tudo ficará bem.

Obrigado, amigo!❤

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