Acordei assustada, sentindo minha xoxota babando de tesão. Não resisti e me masturbei com desejo, gozando rapidamente com as memórias frescas do sonho na cabeça. Fernando também estava tendo um sono agitado ao meu lado. Tentei fazer com que ele virasse, para o corpo relaxar, mas ele me puxou, ainda dormindo e disse:
- Não podemos, Savana! só se a Clara deixar.
Continuando:
Clara:
Ouvir Fernando falando enquanto sonhava me deixou confusa, mas também reacendeu o meu tesão. Eu acabara de gozar, pensando justamente em Savana e ele ali ao meu lado, sentindo as mesmas coisas que eu, mas até em sonho sendo fiel. Justo naquele momento o despertador tocou. Voltei a me deitar rapidamente, fingindo que ainda dormia. Eu não sabia o que dizer e nem queria assustá-lo com ciúmes bestas que eu nem tinha.
Fernando desligou o alarme e levantou. Eu abri os olhos um pouquinho, só para tentar ver o que ele estava fazendo. Ele parecia confuso, com cara de culpado. Ajeitando o cabelo, ele disse baixinho:
- Isso não vai dar certo. - E foi para o banheiro.
Eu teria que fazer uma escolha, pois sabia os riscos de tudo o que poderia vir a acontecer. Fingindo dormir, deixei que ele se arrumasse e saísse do quarto. Só então abri os olhos de vez, com a cabeça cheia de pensamentos contraditórios, alguns preocupantes, outros muito safados. Poucos minutos depois ouvi a porta da sala abrindo e depois fechando, sinal de que ele tinha ido para o trabalho. Com os pensamentos agitados, tentei acalmar a mente e relaxar, adormecendo algum tempo depois.
Acordei por volta das oito e meia da manhã, com barulho na cozinha. No começo estranhei, lembrando que Fernando já tinha saído e achando que era Miguel fazendo alguma bagunça. Só então me lembrei de Savana. Levantei e escovei os dentes, indo ver o que estava acontecendo. Me deparei com um café da manhã bem inusitado: bacon, linguiça, ovos mexidos e um tipo de disco de massa fofinho com mel por cima. Um café da manhã americano, daqueles que a gente vê em filmes e seriados. Achei muito legal a atitude dela e por gratidão, lhe dei um abraço carinhoso. Ela retribuiu, mas não entendia o que aquele simples gesto significava para mim.
Antes que pudéssemos conversar, o interfone tocou. Era a portaria anunciando que o pai do Fernando estava subindo com o Miguel. Savana me olhava admirada e eu notei que a minha roupa, a que havia trocado para dormir era bem reveladora, semi transparente e corri para me trocar, pedindo para ela abrir a porta. Assustada, ela disse:
- Você não liga do Sr. Antônio me ver aqui? O que ele vai pensar?
Eu a acalmei:
- E por que eu ligaria? Vocês se conhecem e o Sr. Antônio não é um fofoqueiro que adora se meter na vida dos outros. E outra, essa não é a casa dele. Você é nossa hóspede, nós a convidamos e a queremos aqui.
Vi um lindo sorriso nascer em seu rosto, um sorriso doce, novo e totalmente diferente do que eu imaginava ser a personalidade daquela mulher tão forte, tão corajosa, e que mesmo com sua vida em risco, estava disposta a proteger a minha família. Eu entendo que tínhamos interesses em comum, mas ela podia simplesmente nos ignorar e fazer as coisas do seu próprio jeito. A campainha tocou e eu corri para dentro do quarto. Não podia deixar meu sogro me ver naqueles trajes tão pequenos.
(…)
Savana:
Com tudo o que eu estava vivendo, tinha tempo que não dormia em uma cama confortável. Eu praticamente invadia casas fechadas e ficava por ali por alguns dias, até os vizinhos repararem ou sentir que os meus perseguidores estavam chegando perto. Naquela noite, eu praticamente apaguei. Acordei com Fernando saindo para trabalhar, quinze para às seis da manhã, mas não quis deixar o quarto. Eu ainda não sabia como falar com ele. Na noite anterior, o assunto se manteve no problema que estávamos passando, uma hora ele mudaria e eu não sabia muito bem o que fazer. Mesmo com todo o carinho de Clara, eu não tinha certeza de quanto tempo tudo aquilo duraria.
Descansada, depois de uma noite de sono revigorante, peguei meu notebook e abri em uma pasta específica de arquivos sobre Clara, os vídeos dela como camgirl. De toda a minha pesquisa sobre a vida de todos eles, tudo o que tinha encontrado, decidi deixar aquela parte de fora do pendrive que entreguei a Fernando. Comecei a me sentir uma intrometida, pois Clara era solteira na época e naquele momento, achei que era melhor apagar aquilo, mas não resisti a dar uma última olhada. Cliquei em um vídeo específico, dela e Alice, em uma apresentação muito sensual, um sexo carinhoso e feito por duas pessoas que se gostavam muito. Antes de saber de tudo aquilo, eu jamais poderia imaginar que Clara fosse tão boa amante, uma bissexual experiente e que dominava tão bem a arte de chupar uma boceta. No meio das pernas de Alice, ela chupava o grelinho da amiga e a penetrava com dois dedos na xoxota e um no ânus.
Comecei a sentir um calor gostoso me queimando, um tesão que fazia minha xoxota piscar, já começando a ficar meladinha. Enquanto Clara chupava com habilidade, Alice gemia:
- Delícia, amiga! Língua gostosa que me deixa louca.
Clara aumentava o ritmo, enfiando e tirando os dedos mais rápido, fazendo Alice se contorcer de prazer enquanto acariciava os seus cabelos. Não resisti e levei a mão ao meu clitóris, começando uma massagem lenta, imaginando a língua de Clara no lugar dos meus dedos. Eu amava Fernando, ele sempre me fodeu maravilhosamente, mas eu também sempre gostei de uma língua feminina me chupando e Clara, pelo vídeo, era muito boa em dar prazer à outra mulher. Alice gemia, e cada gemido dela me fazia aumentar o ritmo também, fechando os olhos e apenas sentindo, ouvindo o prazer que ela sentia. Já não era mais a minha mão, era Clara entre as minhas pernas me dando o mesmo prazer que dava a amiga. Senti o clímax chegando, o ápice daquela masturbação percorrendo os pontos de prazer. Me penetrei com um dedo, enquanto o outro continuava a massagear o clitóris, trazendo cada vez mais forte o arrebatamento, culminando em um gozo delicioso, com minha boca reagindo ao momento:
- Ai, Clara… que delícia…
Foi o auto-orgasmo mais avassalador da minha vida. Uma sensação única e que eu não esperava ser tão gostosa. Fiquei deitada por mais alguns minutos, me recuperando, desejando que tudo se transformasse em realidade. No relógio, ainda eram sete e vinte da manhã. Me levantei e tive uma ideia. Me troquei, tentando me cobrir ao máximo, podendo andar na rua sem levantar suspeitas. Saí do apartamento sem fazer barulho e voltei meia hora depois com tudo o que eu precisava. Clara ainda dormia e eu preparei o café da manhã: bacon, linguiça, ovos mexidos e panquecas com mel. Um café da manhã americano, que ela provavelmente só tinha visto em filmes. Logo que Clara entrou na cozinha, pude notar a admiração em seus olhos, a surpresa. Eu apenas queria retribuir o carinho que ela estava tendo comigo. Fazer alguma coisa para que ela pudesse guardar uma memória boa de mim, se tudo desse errado no futuro e eu acabasse não conseguindo me livrar das coisas ruins que vinham acontecendo em nossas vidas.
Ela estava linda naquele conjunto de dormir. Um shortinho curto e um top, quase transparentes, com forro nos lugares reveladores, e aquela linda barriga branquinha, bem redonda e mostrando que o bebê crescia saudável. Antes que eu pudesse saber o que ela achava da minha surpresa, o interfone tocou e o Sr. Antônio, pai de Fernando, chegou com Miguel. Clara me pediu para entender e correu para o quarto. Eu ainda tentei entender:
- Você não liga do Sr. Antônio me ver aqui? O que ele vai pensar?
sem se importar, ela respondeu:
- E por que eu ligaria? Vocês se conhecem e o Sr. Antônio não é um fofoqueiro que adora se meter na vida dos outros. E outra, essa não é a casa dele. Você é nossa hóspede, nós a convidamos e a queremos aqui.
Eu me senti tão bem, novamente sendo acolhida, que parei de me importar com o que o meu ex-sogro pudesse pensar. Se ele fizesse alguma pergunta, eu daria um jeito de enrolar, não responder de uma forma que pudesse me comprometer.
A campainha tocou outra vez e eu abri a porta. Tanto o Sr. Antônio, quanto o pequeno Miguel me olhavam sem entender nada. Eu disse:
- Bom dia, Sr. Antonio! Olá Miguel, lembra de mim?
Os dois entraram e Miguel, honesto como toda criança, foi direto:
- Você é a Savana, a antiga namorada do meu pai que sumiu.
Eu quis rir, mas o Sr. Antônio foi mais rápido:
- Que isso, Miguel? Cadê os seus modos e a sua educação? Tenho certeza de que a sua mãe não o criou dessa maneira.
Ele soltou das mãos de seu avô e foi correndo para a sala ligar a televisão no desenho. O Sr. Antônio me encarava curioso, mas como Clara havia dito, ele resolveu não dizer nada. Para a minha sorte, em pouco tempo ela voltou e mudou o foco da conversa:
- Miguel deu trabalho?
Ele, um avô orgulhoso, respondeu:
- Que nada, minha filha. Esse garoto é um anjo. Calmo e tranquilo, assim como o pai na idade dele.
E logo se despediu:
- Bom, tenho que trabalhar. Tchau, garotas! - E se virou para mim - Savana, foi um prazer revê-la e saber que está bem.
O velho se virou e saiu, fechando a porta atrás de si. Clara me olhava com vontade de rir:
- Então, vamos comer esse banquete? Estou doida para provar, sempre via nos filmes.
Miguel se juntou a nós e os dois comeram sempre me elogiando. Confuso, o pequeno perguntou:
- O que você está fazendo aqui?
Eu não sabia o que responder, mas Clara me salvou:
- Ela é amiga do papai e da mamãe agora e vai passar um tempo com a gente.
Miguel, parecendo feliz, me perguntou:
- Você sabe jogar vídeo game? - E já saiu me arrastando para a sala.
Jogamos um pouco, depois ele fez a lição de casa enquanto Clara começou a preparar o almoço. Passei uma manhã estranha, pois tudo era novo. Perto do meio-dia, após almoçarmos, ela foi levar o Miguel na escola e disse que não demorava a voltar.
Enquanto ela estava fora, fiquei pensando em como ela merecia que eu fosse honesta. Eu tinha informações que poderiam prejudicar o seu relacionamento com Fernando. Achei que o mínimo, era que ela soubesse a verdade. Toda a verdade, tudo o que os falsos amigos fizeram. Até aquela violação de privacidade de Diana, gravando suas sessões de sexo virtual. Mesmo que eu amasse Fernando, eu não o queria de volta às custas da felicidade dela. Ela já havia sofrido demais. Ela era muito mais compatível com ele do que eu. Os dois eram um casal lindo e eu não podia agir de forma suja, tirar o homem, o provedor daquela família por capricho. Eu tive a minha vez, e eu era a única culpada das consequências da minha escolha.
Fui até o quarto e peguei o notebook. Sentei na sala e esperei Clara voltar, decidida a revelar a verdade. Em pouco mais de vinte minutos ela retornou. Ao entrar em casa, disse:
- Vou tomar um banho rápido, está muito calor. Já volto. - Ela já foi entrando pelo corredor e eu achei melhor esperar.
Foi um banho rápido mesmo e ao retornar, ela percebeu que eu estava tensa:
- Aconteceu alguma coisa? Por que essa cara?
Pedi que ela sentasse ao meu lado e não tinha uma forma de adoçar a notícia, então fui direta:
- Quando gravei aquele pendrive para vocês, não coloquei nele tudo o que eu sabia, o que tinha descoberto. Tem uma parte que eu achei que Fernando ficaria chateado de descobrir, e o meu primeiro instinto foi guardá-la para mim, para usar em um momento mais adequado.
Clara me olhava sem entender. Eu continuei:
- No começo, achei que você fazia parte do esquema deles, que estava ali apenas para seduzir Fernando, tentando chegar até mim…
Me interrompendo, Clara disse:
- Eu entendo você, mas eu não sou assim. Eu jamais faria nada contra o pai do meu filho e se soubesse de tudo isso antes, o teria alertado, entregado todo o esquema para a polícia.
Eu precisava que ela se acalmasse e concordei:
- Hoje eu sei disso, eu vejo o quanto vocês se amam e é por isso que eu quero mostrar a você o que deixei de fora. Podemos apagar depois, se assim você desejar.
Eu cliquei na pasta e dei o controle para Clara, que foi abrindo os vídeos, um por um, enquanto começava a rir. Eu fiquei sem entender nada, mais confusa a cada vídeo que ela abria. Por fim, ela fechou o notebook e disse:
- Não tem nada novo aqui. Fernando já sabe de tudo isso e inclusive, ele já os assistiu.
Eu não sabia o que dizer. Clara continuou:
- Antes da gente ficar juntos, eu fui completamente honesta com ele, para que esse tipo de coisa não acontecesse no futuro. Eu não podia entrar em uma relação com o homem que eu sempre amei, o enganando, omitindo uma parte tão importante da minha vida.
Eu abri o notebook e quando me preparava para apagar, Clara pediu:
- Posso ficar com eles?
Eu não entendi nada, mas concordei. Clara abriu um email e anexou a pasta, enviando para ela todos os vídeos. Assim que o download terminou, ela disse:
- É uma parte da minha vida, é bom guardar. Nem tudo foi ruim. Era um trabalho que eu gostava de fazer às vezes.
Eu queria muito perguntar, ter a confirmação que os vídeos me mostravam, de que ela era, assim como eu, bissexual, mas achei melhor não forçar a barra. Senti uma ligação especial nascendo entre nós duas, um querer estar próximas, uma afinidade e uma atração. Durante a tarde, em vários momentos a admirei sem conseguir tirar os olhos dela. Percebi que era recíproco, olhadas disfarçadas dela para mim, assistimos um filme juntas no sofá, bem próximas… mas eu precisava trabalhar, colher mais informações e colocar em prática os planos que começavam a criar forma na minha cabeça. Eu poderia usar a ideia de Fernando, fazendo algumas mudanças pontuais e tendo o cuidado de não deixar nenhum ponto cego, nenhuma ponta solta.
(…)
Fernando:
Aquele sonho me perseguiu durante todo o dia de trabalho. O mais confuso para mim era pensar em Clara e depois lembrar de Savana, comparando as duas. Lembrava dos momentos que tive com uma e depois com outra. Como alguém pode amar uma pessoa e pensar em outra? Pensar em Clara me fazia sentir bem, o que nós tínhamos era raro e difícil de se encontrar na vida. Clara era uma companheira maravilhosa e uma amante melhor ainda. Savana não era companheira, longe disso, mas como amante, estava no mesmo patamar, ou até um pouco acima de Clara. Talvez, a Clara dos vídeos de sexo, a profissional, pudesse até ser uma amante melhor do que Savana, mas comigo, Clara era a minha mulher, a minha futura esposa, não um produto, um ser humano pago para dar prazer. Quem sabe, após o nascimento de nossa filha, eu pedisse para Clara se transformar totalmente na puta dos vídeos dentro do nosso quarto? Clara me completava de uma forma que eu jamais acreditei que alguém pudesse fazer. Éramos felizes e se déssemos os passos corretos durante a vida, fizéssemos as escolhas certas, nosso amor poderia durar para sempre. Mas por que eu continuava a pensar em Savana, chegando até a sonhar?
Logo após o almoço, enquanto eu pensava no meu plano furado e como Savana poderia consertá-lo, senti o celular vibrar e era um e-mail chegando. Como estava sozinho em minha sala, decidi abri-lo no computador. Novamente, era um e-mail com alguns vídeos anexados e eu já até imaginava o que poderiam ser. Com certeza, mais vídeos de Clara como camgirl, enviados para me torturar. No fundo, eu nem queria assistir aquilo, mas para ter a certeza e poder apagá-los, decidi abrir o primeiro. Meu queixo quase foi ao chão e a surpresa foi grande. Não eram vídeos de Clara, e sim de Savana, na época em que ainda estávamos nos Estados Unidos.
Achei que as coisas não poderiam ficar piores do que eu imaginava, mas eu estava redondamente enganado. Nada é tão ruim que não possa piorar. Aquilo estava muito além de uma simples traição.
Continua.
