[Cris]
(Cris): Nossa que recepção calorosa!
- O que é? Vai viver atrás da mulher dos outros? Pra que você voltou?
(Cris): Primeiro de tudo, respeito! Não te devo satisfação da minha vida e por último, o que você tá fazendo aqui!
- Amor que barulheira é essa? Da para ouvir lá de fora! Cris?
(Cris): Bom dia, Anny, Luciana!
(Anny): Luh, pode ir, obrigada por me ajudar! Você queria o que mesmo Cris?
(Cris): Vim falar com a diretoria do hospital, nos vamos fechar a união, mas pelo jeito caloroso acho que será difícil!
(Anny): Eu sou responsável pelo hospital...
(Luciana): Me poupe! Você acha que...
(Cris): Posso saber a razão de você está me atacando assim? Eu não acordei cedo pra ouvi desaforo de ninguém! Meus parabéns pelo crescimento Anny, eu faço parte da ALBESFRANÇA e irei trabalhar com você todos os dias!
Anny abriu e fechou a boca algumas veses, Luciana simplesmente saiu e bateu a porta.
(Cris): Olha eu não sei o que ela tá sentindo, mas eu quero respeito!
(Anny): Desculpa, vamos começar de novo? Me chamo Anny sou diretora do hospital Carlos França, estou aqui desde minha residência, estou muito feliz com a nova parceria![ Estendeu a mão]
[Comprimentei de volta]
(Cris): Muito prazer sou Crislley Albes França, sou sócia do laboratório ALBESFRANÇA, estou na empresa desde sua fundação!
Sorrimos e começamos os processos burocráticos, trabalhariamos juntas desde então. Sorrimos conversamos e alinhamos muitas coisas, a tarde Luciana voltou, não me dirigiu uma só palavra, olhou para Anny e fez sinal com a cabeça.
[Anny]
Está perto da Cris era muito bom,mas algo não deixava me sentir segura, Cris se foi e deixou um buraco em meu coração, vivemos muitas coisas, sim, não posso negar que nos machucados, nunca foi só isso,foi bom lembrar dos tempos de residência dela, já se passaram dez anos, a gente tá diferente, mas o seu olhar não mudou, continua o mesmo olhar sapeca. Luciana tinha me chamado pra conversar sobre o que aconteceu mais cedo, realmente em todos esses anos nunca vi ela daquela maneira.
(Luciana): Amor, desculpa por ter falado e agido daquele jeito,sério eu estava fora mim!
(Anny): Eu sei! Não é a mim que você deve desculpa! Você foi rude, mal educada,enfim,sei que foi ciúmes, isso é normal, não muito pra você mas, tá tudo bem, só não repete isso por favor, ainda aqui no hospital!
(Luciana): Eu vou falar com a Cris, temos que ter maturidade!
(Anny): O mínimo né?
(Cris): Ah, aqui estão vocês, olha eu preciso ir...
(Luciana): Mas eu vim falar com você!
(Cris): Tá tudo bem Luciana, obrigado, mas tenho que ir!
(Anny): O que aconteceu?[segurei seu braço] Tu tá muito nervosa!
(Cris): Me solta, meu filho caiu, mainha acha que ele quebrou o braço, e a boca tá cheia de sangue!
(Anny): Calma, vou pedir para os meninos ir buscar ele!
(Cris): Tá, vou falar com mainha!
Alguns minutos depois o filho dela chegou na unidade, ele estava um pouco arranhado e aparentemente o ombro estava com uma luxação. Encaminhei ao ortopedista e tudo foi resolvido, precisava de repouso.
(Anny): Iai pequeno! O que aconteceu?
(José): Eu estava andando de bicicleta com meu primo Matheus, aí ele quis apostar um... mamãe com fala aquela palavra que vc diz... para race?
(Cris): Corrida, pega, racha, carreira.
(José): Isso! Eu sai na frete, aproveitei que meu primo é gordão...
(Cris): José Carlos!
(Jose): Mas mamãe eu perguntei se podia chamar ele de gordao, e ele deixou, disse que eu pareço o Cérebro, no de um desenho que ele assisti!
Enquanto mobilizava ele, notava o quanto eram parecidos, o jeito de falar, os olhos, o cabelo. Enquanto ele falava e de vez em quando ela dava uns puxões na orelha, estava tão linda de mãe. Terminei tudo, entreguei o medicamento que ele precisava, ela o colocou no colo e ele aninhou nela.
(Anny): Deixa que eu levo vocês?
(Cris): Não precisa! Pode deixar comigo! Até amanhã!
Depois do atendimento, voltei pra sala de reuniões, soube que Luciana já havia ido embora, estava tudo certo no hospital, então também fui me recolher, minha surpresa foi quando cheguei em casa. O Som ensurdecedor parecia literalmente um baile, o pancadão rolando e quando entrei em casa, Luciana estava rebolando, ela tem um baita controle naquela "raba", ela estava com uma garrafa de vodka, isso não era bom sinal. Baixei um pouco o som, o suficiente pra falar com ela.
(Anny): Boa noite! Tá tudo bem?
(Luciana): Aumenta meu som!
(Anny): Vamos conversar?
(Luciana): Não, eu quero curtir hoje! De preferência sem você!
(Anny): Não acredito que você vai ficar assim por conta do que aconteceu!
Ela deu alguns passos até mim, ficou bem na minha frente.
(Luciana): Você é uma idiota mesmo!
(Anny): Você faz uma cena de ciúmes e eu sou a idiota?
(Luciana): Uma cena? [Sorriu debochada] Passei a noite inteira com você tendo pesadelo, me chamando de Cris de vez em quando, chego no hospital ela está lá, sei que ela não tem culpa, mas meu sangue ferveu, aí você entra fica com cara de trouxa, eu vou embora depois de tudo, volto peço desculpas afinal eu errei, escuto você oferecendo carona, eu venho pra casa, tô de boa com meu som e você vem falar em cena? Hoje era um dia especial, você só falava da maldita parceria do trabalho mas o nosso dia você esqueceu né?
Nesse momento a ficha caiu. Ela me olha com os olhos cheios de lágrimas.
(Luciana): Tô cansada de ficar em segundo plano, era só seu trabalho, mas agora tem a Cris né? [Já chorava]
(Anny): Me perdoa, eu realmente falhei feio, me deixa...
(Luciana): Não, eu vou sair, Paloma está chegando e...
(Anny): A Paloma? Fala sério?
(Luciana): Agora vai fazer cena?
Ela simplesmente virou as costas e saiu em direção a porta,fechando a mesma atrás dela. Tomei por tanta raiva que fui até a porta, ainda vi ela entrando no carro do último caso dela, ela já tinha me traído com essa Paloma, ela achava que não sabia, sempre que brigávamos ela ia atrás dela,nosso casamento era apenas um conto de fadas, para todos éramos o casal perfeito, na verdade éramos até ter um aborrecimento e ela ir atrás da Paloma. Mas não ia ficar assim, não dessa vez. Tomei um banho tentando me acalmar, só piorou. Peguei meu carro e fui pra onde meu eu me mandava ir.
[Mensagem]
"Sei que tá tarde, mas preciso falar com você"
"Pode me ligar?"
" Teria que ser pessoalmente, aparece na janela"
"Você tá aqui?"
Foi quando ela apareceu, incrédula some da janela e pouco depois abriu a porta, foi até o portão e me chamou.
- O que você está fazendo aqui?
(Anny): Já falei, precisava falar com você!
- E não podia esperar? Já que tá aqui, entra, aqui é perigoso essa hora!
(Anny): Obrigada por me receber! Como está o José?
Continua...