Janjão entrou em pânico do outro lado do telefone:
- Oxi... que história é essa rapaz? Tá maluco?
Eu perdi a fala. E ele continuou:
- Fica na linha que vou pra um lugar reservado.
Esperei um pouco, ouvi passos rápidos. E ele continuou:
- Vem cá, rapaz, tu não disse que era virgem? Como foi pegar doença? Tu pegou o que? - Senti Janjão nervoso do outro lado.
Eu consegui falar:
- Eu não menti. Eu era virgem. Você foi o primeiro que fiz sexo completo.
Janjão:
- Não, não, não...! Tu tá pensando que fui eu quem te passei alguma coisa?
Eu fiquei aflito com a ficha dele que caiu. E meu choro de medo da doença se transformou em choro de perder Janjão. Não falei mais nada com medo de magoar, só pedi desculpa, desculpa e desculpa.
Janjão ficou com a voz mais tranquila e falou:
- Olha, já é quase meio-dia, vou encerrar logo o trabalho e ir pra casa. Se arruma que vou te levar no médico.
Quando ele chegou em casa ele me perguntou o por quê de eu achar que estava com alguma doença do sexo, quando lhe expliquei, Janjão deu uma risada, e disse que o estado do meu ânus era normal pra quem acabou de dar, e concluiu:
- Cara, eu vim pra casa com dor de cabeça achando que até eu tinha alguma coisa, mas o problema é só seu cu que ficou arrombado. - E ele deu risada. Só que eu não achei graça, não pelo "arrombado", mas sim porque eu me convenci que eu adquiri alguma coisa.
Continuou Janjão:
- Mas vou te levar no médico assim mesmo porque talvez nele você acredite. Também pode passar algum remédio pra você.
Fomos ao hospital. No caminho eu fiquei pensando preocupado: "E se eu for atendido por alguma médica ou médico homofóbico e ele/ela me der algum remédio pra acabar comigo!?"
Pra minha sorte parece que o universo colocou um médico ótimo nos meus caminhos, ele foi excelente comigo, me explicou coisas que devia ter aprendido e coisas que eu desconhecia. Aquilo não foi só uma consulta, foi uma aula.
Iniciamos a consulta e falei do estado físico do meu ânus e do sofrimento pra ir ao banheiro, as dores agudas que eu passava pra higienizar a região etc. Só fiquei com medo de falar que achava que era doença de sexo, e de repente ele ficar com nojo de mim.
Ele me mandou descer a calça e deitar na maca de lado, virado pra parede. Abriu minha bunda, conferiu meu ânus e perguntou:
- Você enfiou algum objeto cortante no seu ânus? Porque está com lesões e bem inflamado.
Janjão ficou sem graça, e o fato dele ficar sem graça eu também fiquei, e também eu fiquei com vergonha de dizer que eu havia dado a bunda.
O médico percebeu e continuou:
- Não sinta vergonha, pode falar. Só estamos nós aqui, eu nem digito no prontuário se você não quiser, mas preciso que me dê informações. - e repetiu a pergunta:
- Você brincou com seu ânus enfiando algum objeto cortante?
Janjão respondeu:
- Ele ficou com o cu assim depois que eu panhei ele. (Ele falou assim mesmo... que me panhou -kkkkk)
Gente... que eu fiquei passaaaaaaado de vergonha.
O médico perguntou:
- Foi algum fetiche enfiar algum objeto inadequado?
Janjão ficou mais branco ainda kkkkk, e respondeu:
- Não enfiei nenhum objeto. Só comi ele. (ele não falou que "fizemos sexo", pra soar mais leve e não acionar o estado homofóbico no médico, ele disse que me "comeu". Eu já não conseguia nem mais olhar pro médico).
O médico disse:
- Ah sim... entendi. - e continuou:
- Se vocês curtem sexo selvagem, penetração com violência, melhor pegarem mais leve, já vi caso de paciente que teve que fazer reconstrução do reto por causa de sexo violento.
Janjão:
- Não houve violência. O caso é que ele era virgem e eu quebrei o cabaço. Eu achei melhor fazer com ele como fazemos pra tirar cabaço de mulher... botar tudo de vez pra quebrar logo, assim ele sentir uma dor só. Agora ele tá com o cu desbagaçado e tá achando que passei doença pra ele.
O médico deu risada e disse:
- Olha, Allan, isso aí não é dst, pode ficar despreocupado. Vou te passar um medicamento injetável pra sarar rápido e um remédio pra dor. - eu fiquei tão aliviado e tão feliz que relaxei na cadeira.
Eu expliquei pra ele o motivo dos meus "achismos" e das minhas desinformações. Ele perguntou se eu gostava de ler, e me deu um site confiável para me inteirar sobre o assunto e ter o conhecimento correto.
Ele virou pra Janjão e disse:
- E você, moço (realmente chamou Janjão de "moço"), existe ânus virgem pelo fato da pessoa não ter feito sexo com ele, mas isso não quer dizer que existe algum selo pra ser rompido igual vagina tem. O ânus dele ficou assim certamente pelo fato de você ter introduzido de vez. Você vai reparar que na próxima vez que você for penetra-lo você vai encontrar a mesma resistência no ânus dele, principalmente se você for super-dotado. Então da próxima vez que fizerem sexo, vê se introduz com cuidado, use bastante lubrificante pra não causar dor ou desconforto nele, e introduza bem devagar para que o tecido do ânus e o reto relaxem e se acostumem com um corpo sendo introduzido nele.
Ele se virou pra mim e disse:
- E você, quando ele for te penetrar, escolha uma posição legal e confortável pra você, dê preferência pra começar o ato sexual onde você fique no comando. Deita seu parceiro ou senta ele em algum lugar, e você senta no pênis dele, assim você controla a penetração, o relaxamento do seu ânus; depois que você relaxar, aí façam as posições que vocês desejarem.
Janjão tomou a palavra:
- Dr., você me passa uns exames aí? Pra ele não ficar com esses pensamentos na cabeça de que eu tenho alguma coisa.
O médico respondeu:
- Passo sim, e faz bem. Vou passar testes para os dois porque assim vocês ficam despreocupados; e também vou pedir outros exames - Ele nos deu as solicitações de uma cacetada de exames, até sobre vitaminas no corpo, e ainda nos indicou o melhor laboratório pelo plano de saúde da empresa onde trabalho.
Ficamos nesse consultório um tempão com esse médico ensinando coisas, dando dicas, fazendo perguntas. E disse que qualquer coisa ele estaria à disposição, até pra tirar dúvidas, e disse pra levarmos os resultados dos exames mesmo que dessem negativos.
Saímos do consultório, tomei a injeção, e depois passaria na farmácia pra comprar o remédio.
No estacionamento do hospital Janjão montou na moto e disse:
- Aquele médico é viado. - E deu risada.
Eu falei:
- Oxi Janjão, que maldade!.- E ele deu mais risada.
Viado ou não (coisa que não parece), ele foi excelente e saí de lá dissolvendo parte das crenças que eu tinha na mente.
Os exames de Janjão tive que pagar porque ele não estava no meu plano de saúde. Foi foda! Eu pensei que não pagaria. E é aí onde entra novamente o outro anjo da minha vida: meu supervisor. Depois que fizemos os exames e tive que pagar, fui no escritório da empresa pra incluir Janjão no meu plano e, novidade... só podia filhos menores e cônjuge. Procurei meu supervisor e conversei com ele. Ele me pediu o documento de Janjão e disse que ia ver o que ele poderia fazer. Quando cheguei em casa eu, ansioso, enviei logo a foto pelo zap, isso de madrugada - risos. No dia seguinte ele me ligou:
- Olha, com uns 10 a 15 dias você vem aqui buscar o cartão do seu namorado. Mas isso vai te custar um feijão e uma cerveja.
Eu agradeci imensamente a ele.
Sobre o feijão e a cerveja, eu pensei que seria pra eu dar algum dinheiro a ele em troca do favor, e como ele não falou valores, quando fui trabalhar levei 100 reias pra dar a ele. Ele riu e falou:
- Você entendeu errado. É você fazer um feijão na sua casa pra eu ir comer lá. - E marcamos esse feijão.
(Sobre os exames, pra nossa felicidade nossa saúde é de ferro. Só o colesterol de Janjão que deu levemente alterado - acho que 170 na época; o normal era até 150 - nem precisou de medicamento).
Dois dias após tomar a injeção eu acordei com uma coceira horrível no ânus - risos -, mas não foi doença não. Isso eu já sabia que era cicatrizando porque já tomei muito empurrão e muita surra de me cortarem e tirarem sangue em mim, e toda vez que estava cicatrizando o local coçava muito. E acordei também com uma coisa que eu nunca sentira antes com tanta intensidade: um fogo incontrolável no rabo, um tesão desesperador nesse cu que eu me contorci em cima da cama, enfiei os braços entre minhas pernas, eu parecia que ia perder o juízo. Janjão não estava mais em casa pra apagar meu fogo, eu havia acordado tarde. Na cama mesmo levantei minhas pernas para o alto, coloquei os joelhos quase no meu peito, melei 2 dedos com saliva e soquei no rabo, fiquei fodendo meu cu enquanto batia aquela punheta super nervosa, muito deliciosa - eu não curto dedo no rabo mas tava delicioso. E dei uma ejaculada espetacular cerca de 1 minuto depois, do tesão que eu tava. Também depois que gozei saí recolhendo os lençóis porque eu gozando pareço aquele negócio de jardim que fica saindo jatos de água pra todo lado. Por causa da posição que eu estava, ainda saí melando meu peito, rosto, até a parede atrás de mim tive que limpar (ainda bem que a tinta da parede é lavável).
Meu tesão tinha acabado mas meu objetivo era ser pego por Janjão. E esperei ele chegar em casa😈🙈 (risos).