Esposa amorosa, meus segredos - Parte VIII

Um conto erótico de Al-Bukowski
Categoria: Heterossexual
Contém 4501 palavras
Data: 12/11/2022 10:50:17
Última revisão: 08/09/2023 17:21:27

O início do meu estágio na empresa foi algo muito marcante em minha vida. Logicamente que, pelo lado profissional, era um grande ponto de partida para minha carreira, ter conseguido uma vaga num processo de recrutamento tão concorrido como aquele. A experiência que adquiriríamos ao longo do ano seria muito valorizada no mercado, sendo notória a qualidade dos treinamentos e o envolvimento prático de todos os trainees com os projetos em andamento. Seria o perfeito complemento para a boa formação universitária que eu já tinha. E, indo bem, havia ainda a chance maior de ser contratada por eles no final do ano, o que abriria com chave do ouro o encaminhamento na minha carreira. Dessa forma, eu mergulhei de cabeça em tudo que me foi passado pelos diversos instrutores, que praticamente nos reeducaram novamente em tudo que era relevante para nossas funções, e que apenas de forma superficial nos foi ensinado nas aulas na faculdade.

Porém, não apenas a minha vida profissional, mas também a minha vida sentimental acabou dando uma reviravolta gigantesca, e para a qual eu não estava totalmente pronta ou nem mesmo saberia ao certo como lidar. A verdade nua e crua é que eu caí de amores pelo Roberto, que era o nosso chefe e mentor direto. Ao longo das primeiras semanas, ao me sentir mais confiante e inserida na rotina da empresa, eu passei a cultivar uma paixão secreta por ele, usando cada pequena e discreta oportunidade para conhecê-lo melhor e descobrir seus gostos. Bem lá no fundo eu esperava encontrar algum defeito que atenuasse aquele desejo que se implantou dentro de mim. Seria muito mais fácil superar aquilo se ele fosse seriamente comprometido, casado, ou mesmo se se mostrasse cheio de vícios ou com a comportamentos indevidos. Seria apenas mais um comum caso de uma funcionária com uma quedinha ou fetiche por seu chefe. Mas não, o desgraçado parecia estar livre, era lindo e gostoso, e ainda por cima era um homem com todas as qualidades que uma mulher poderia desejar: educado, gentil, inteligente e bem-sucedido. Era respeitado e determinado, sabendo fazer uso de seu poder de liderança sem ter que se impor de forma arrogante ou presunçosa. Segundo a minha lista juvenil de expectativas para um príncipe encantado, ele tirava nota dez.

Realmente eu estava lascada e, então, por culpa exclusivamente minha. Ou do meu coração, dos meus hormônios ou sei lá o que foi que me levou àquela paixonite descontrolada, ainda mais estando namorando firme. Mesmo sendo um relacionamento complicado e passional, aquele que eu tinha com o Gustavo. Hoje tenho ciência de que não era algo simples de processar, sentindo o que sentia nas inúmeras noites em que me deitava na cama e ficava agitada tentando tirar a imagem de Roberto de minha cabeça, e colocar de volta Gustavo no lugar que lhe era devido. Dormia um sono agitado, rolando na cama, agarrando meus travesseiros e fantasiando situações confusas. Pensando no amor e desejo que sentia por Guto, lembrando do seu cheiro, do seu corpo junto ao meu para, segundos depois, ser então Roberto quem me beijava, me tocava, e me fazia gozar. Acordava toda molhada entre as pernas, atenuando meu fogo com um bom banho frio, antes de me arrumar e partir de casa. Tudo isso para jogarem gasolina na brasa que ainda ardia dentro de mim, ao receber de Roberto o cumprimento sorridente de “bom dia” quando chegava ao escritório e todos aqueles pensamentos impuros voltarem com força na minha mente.

Nossa rotina diária era dividida entre treinamentos e atividades práticas na sala de projetos, onde eu tinha minha própria estação de trabalho com a mesa para desenho. Naquela época a empresa já era uma promissora incorporadora, focada em construções e projetos industriais. Posteriormente, acompanhando os movimentos do mercado, foi diversificando sua atuação até atualmente se tornar um conglomerado de empresas focadas no B2B, abrangendo desde construção civil até soluções de consultoria. Quando lá iniciei, nosso grupo de estagiários dividia um amplo espaço com os projetistas e engenheiros da empresa, uma forma eficaz de aprendermos pelos exemplos que nos eram compartilhados pelos mais experientes. Roberto tinha uma sala própria e anexa a nossa, sempre deixando a porta aberta com o convite feito desde o primeiro dia de o procurarmos para qualquer dúvida ou problema que empacasse nossas atividades. Nunca soube qual o segredo ou mágica que ele tinha para dar conta de atender e coordenar nosso progresso com tanto cuidado, e, ao mesmo tempo, encabeçar projetos estratégicos e vitais para a empresa. Não era à toa que ele recebia um polpudo salário, e que apenas representava o quão importante ele já era para a empresa naqueles tempos.

Tive a sorte, ou se preferirem “maldição”, de minha mesa de trabalho ficar bem próxima da sala dele, e assim sofria a tentação de ficar acompanhando-o trabalhando lá dentro durante dia. Às vezes nossos olhares se cruzavam a partir de nossas mesas, não escondendo uma troca de sorrisinhos cordiais. Eu não sabia à época o que ele poderia estar sentindo por mim. Se seria apenas educação e simpatia, algo que normalmente expressasse para todos na empresa. Eu tinha a esperança de que fosse um sentimento recíproco, e precisava assim descobrir e tirar a dúvida que me causava agonia. Precisava descobrir se ele sabia que eu existia, se ele me achava interessante, se estaria também a fim de mim como fiquei dele desde o meu primeiro dia lá. Isso era certo? Lógico que não, afinal eu tinha um namorado de quem eu gostava muito. Eu estava mesmo era brincando com fogo. Arriscava meu namoro em algo que poderia machucar muito tanto a mim como ao Gustavo, além de me prejudicar logo no meu primeiro emprego. Minha imaturidade e deslumbramento pelo novo, pelo diferente e pelo proibido atiçavam mais ainda esse desejo. Era algo mais forte do que eu.

Assim, de uma forma meio inconsciente, mas oportunista, eu fui me aproximando e fazendo amizade com sua secretária Carminha, que era quem mais conhecia Roberto, tanto nas atividades profissionais como em muitas de suas questões pessoais. Juntamente com outras meninas do grupo de estagiários, começamos a andar junto com ela, aprendendo mais sobre os bastidores da empresa, sobre as normas não estabelecidas, e que também faziam parte da cultura da empresa. O que as pessoas pensavam, como agiam, e tudo aquilo que permeava o ambiente de trabalho, influenciando na vida profissional lá dentro e, por que não dizer, também fora dele. Os dias foram passando, e, colhendo uma informação aqui e outra ali, fui, aos poucos, montando um quebra-cabeça inicial sobre a vida do Roberto.

Apenas de saber mais sobre ele, e já trocar sorrisos e cordialidades, aquilo tudo ainda era muito pouco para o meu plano de sedução. Mesmo sem saber até onde esse plano poderia ir, eu, então, comecei aos poucos a usar minhas armas femininas contra ele. Passei a iniciar o dia com uns 15 minutos a menos de sono, gastando aquele tempo caprichando na maquiagem em casa, escolhendo melhor o batom e o perfume do dia, e combinando roupas... hã... um tantinho mais provocantes! Ora de cabelos soltos, ora com eles presos em um coque, com meu pescoço e nuca expostos, comecei a visitar esporadicamente sua sala. Não era apenas uma desculpa para vê-lo, pois realmente os projetos começaram a necessitar da mentoria dele, e eu estava empenhada ao máximo em fazer uma ótima figura. Agora... se a oportunidade também me permitisse provocá-lo um pouquinho que fosse, eu não perderia certamente a chance de o fazer.

Eu sempre dava um jeito de ficar mais próxima dele, propositalmente me colocando ao seu lado quando abríamos as plantas dos projetos sobre sua mesa, para estudarmos minhas propostas e fazermos as devidas correções. Nossas mãos e braços por vezes se tocavam, causando-me arrepios a cada momento desses. Procurava variar meu visual, mesclando saias e calças justas, mas sempre com sapatinhos de salto que me davam aquela postura empinadinha mais charmosa, esperando que seus olhares acompanhassem minhas saídas levemente rebolativas da sala dele. Além disso, "estranhamente", em todas as minhas idas à sala dele, ao menos um botão a mais de minhas blusinhas sempre estava solto. O que lhe dava uma visão privilegiada da parte dos meus seios que o sutiã não cobria, principalmente em calculadas inclinadas de corpo para verificar algum detalhe dos projetos sobre sua mesa.

Esse joguinho inicial de provocações "ingênuas" de minha parte aconteceu ao longo dos primeiros meses do estágio, quando já inclusive tinha que conciliar o trabalho de dia com o estágio à noite. Meu tempo de namoro e transas com Gustavo rareou bastante, ficando agora limitado apenas a finais de semana. Era quando eu me transformava, assumindo outra personalidade. Eu descontava nele o tesão acumulado da semana, me entregando como a putinha que aprendi a ser com ele na cama. Contudo, ironicamente e um tanto constrangida pelo ocorrido no final do ano passado, eu evitava encontrar com Marquinhos, àquela altura namorando a Natália e felizmente pouco ficando no apartamento de Guto. Mesmo assim era inevitável que nos cruzássemos por lá uma vez ou outra, o que disparava flashes na minha mente dele me fodendo, o que tenho certeza de que também acontecia com ele, seu olhar malandro atravessando minha roupa e me deixando nua mesmo com ante a presença da Natália ali junto.

Voltando ao trabalho, creio que aos poucos meu plano começou a funcionar, com Roberto me chamando mais vezes para a sala dele, em algumas delas para simples conversas sem grande importância. Além disso, consegui a chance de poder almoçar com ele em algumas ocasiões, onde nossas atividades esticavam o horário, e ele me chamava para o acompanhar a algum restaurante próximo da empresa. Nesses momentos começamos a conversar saindo do mundo profissional, ele se interessando pela minha vida e meus hábitos. Eu falava, falava, e falava, e ele me escutando com atenção, se interessando, perguntando querendo saber detalhes, o que me deixava mais e mais animada. Em uma dessas conversas, entretanto, veio a pergunta delicada, querendo saber se eu estava namorando com alguém. Devo ter ficado vermelha e engasgada, e não consegui mentir. Mas tão pouco fui completamente honesta com ele. Acabei enrolando e dizendo que estava saindo com alguém na faculdade sim, mas que não era nada sério - imagina se fosse! Eu me enganava que lhe tinha dito a verdade, mas na verdade o que esperava com isso era deixar uma porta aberta para ele, torcendo para acontecer alguma iniciativa de sua parte.

O aumento da complexidade dos projetos, e a consequente maior exigência de dedicação de nossa parte, acabou tendo um duplo efeito para mim. O primeiro obviamente era profissional, pois eu já conseguia contribuir efetivamente para as atividades da empresa, mesmo que numa escala pequena. O segundo era que, para conseguir resolver as demandas e pendências que surgiam, passei a ter que esticar meu horário de trabalho. Isso não era exigido de nós pela empresa, mas claramente era algo que eles viam como um teste de engajamento dos funcionários, demonstrando real interesse em cumprir suas tarefas e irem além disso. E assim passei a fazer mais do que as 6 horas diárias regulares, e que anteriormente me permitiam até mesmo passar em casa antes de ir para as aulas. Agora eu ficava o expediente normal do pessoal contratado, saindo a maioria dos dias diretamente do trabalho para a faculdade. E, logo num desses primeiros dias saindo mais tarde, eu encontrei com Roberto na porta do elevador. Ele me perguntou para onde eu estava indo, e acabou insistindo em me oferecer uma carona. A faculdade não era muito longe da sede da empresa, mas depois eu perceberia que não seria o caminho normal que o Roberto precisava fazer para retornar para sua casa. Eu adorei, pois era mais um pequeno sinal de interesse dele, e me dava mais chances de dividir um tempo só meu com ele.

Acabou que isso se tornou uma rotina. Sempre que ele estava na empresa, e não viajando ou enrolado com alguma complicada reunião de diretoria, ele passava na minha mesa no meio da tarde e dizia discretamente se naquele dia eu poderia contar ou não com a carona dele. Devido ao trânsito mais moroso do final das tardes, o trajeto curto geralmente demorava pelo menos meia hora, durante as quais conversávamos sobre tudo, nos divertindo escutando músicas, criando uma intimidade só nossa. E que era sempre selada com uma troca de beijinhos no rosto, quando eu saia do carro dele. Isso não seria totalmente adequado para ocorrer entre um chefe e sua estagiária, se ocorresse no ambiente de trabalho. Mas, sozinhos no carro dele, e já desenvolvendo alguma intimidade, foi algo que acabou se tornando natural. E, estranhamente, isso passou a aquecer meu coração até mais do que alguns encontros com meu namorado, pela simbologia daquele segredinho bobo de nós dois, vendo o sorriso dele nessas nossas despedidas na frente do prédio do Instituto de Arquitetura.

O tempo andou, semanas se passaram. e então houve uma quarta-feira especial. Eu tinha uma apresentação formal de um trabalho na faculdade, feito em conjunto com outros colegas, e que era muito importante para minha nota naquela matéria. Naquele dia saí de casa mais bem produzida, vestindo uma blusa branca mais trabalhada, e combinando com uma saia preta justa e de comprimento "adequado": não muito curta, mas o suficiente para deixar uma boa parte das minhas coxas de fora se eu não me cuidasse ao me sentar. Chegando ao escritório, aproveitei a primeira oportunidade em que vi Roberto sozinho em sua sala, para ir provocá-lo mais um pouquinho na minha estratégia de conquista homeopática.

A despeito de esclarecer algumas mais dúvidas do projeto em que eu estava então trabalhando, parei defronte à porta de sua sala e pedi sua ajuda. Fui recebida com um olhar admirado, me medindo de cima a baixo, ao me ver entrando em direção a sua mesa. Durante a conversa, chegamos à conclusão de que precisámos analisar uma planta mais técnica, e que estaria guardada no armário de documentos lá mesmo na sala dele. A princípio sem malícia, eu me adiantei para pegar a planta, só então me dando conta de ela estar numa das gavetas inferiores daquele armário. Nesse momento a diabinha que habita meu ser tomou conta de mim, e eu abri a gaveta me inclinando exageradamente para procurar o documento, dando-lhe uma visão que aposto ter sido absolutamente deliciosa da minha bunda empinada, formando um lindo coração ao manter minhas pernas juntinhas enquanto dava uma de bobinha falando de costas para ele:

- É a versão 3.13? - perguntei para ele no melhor estilo "estagiária gostosa e ingênua", virando apenas o rosto e o pegando olhando vidrado para o meu traseiro.

- Hã... Sim... quer dizer... Não, tem que ser a versão 3.15… - ele responde encabulado e perdido nos pensamentos.

Mais umas reboladinhas, demorando um pouquinho mais para achar o documento que já estava na minha mão, e eu o mostro levantando-me lentamente da posição em que estava:

- Pronto, está aqui. Achei!

Voltando para a mesa dele, analisamos esse novo documento, ele tentando se concentrar, mas comigo me fazendo sentir. Ficando mais pertinho dele, fazendo-o respirar meu perfume, o meu cheiro... Eu deveria estar exalando feromônios pelo corpo todo, pois logo percebi um volume indisfarçável na calça dele, um volume gostoso, que me agradava e deixou minha bocetinha mais molhada ainda. Fazendo um bom esforço para concluir as tarefas, terminamos por esclarecer as dúvidas, entre algumas trocas de olhares cheios de segundas intenções. Eu enrolei então a planta técnica e a levei para minha mesa, com um sorriso no rosto sabendo que carregava comigo o desejo dele sobre mim, podendo quase sentir o olhar dele acompanhando minha bunda rebolando naquela saia justinha, com a calcinha pequena marcando o tecido e colocando uma pimenta a mais naquela cena.

Sentei-me na minha cadeira-projetista, e, com o canto de olho o vi sair logo depois de sua sala, entrando pelo corredor e se dirigindo ao banheiro masculino. Não consegui parar de pensar que naqueles próximos 5 ou 10 minutos de ausência, ele esteve se masturbando escondido lá dentro, e pensando em mim. Pensando em mim nua, no que ele faria comigo, em como me possuiria. Eu cruzava discretamente minhas pernas, com meu desejo desfocando minha atenção da planta à minha frente. As minhas coxas se apertando uma contra a outra, brigando sem sucesso enquanto minha xaninha pulsava e vibrava, meu grelinho saltado atritando contra o tecido da calcinha. Passado esse tempo, eu o vi finalmente saindo do banheiro e pegando um primeiro copo de água no bebedouro do corredor. A esse se seguiu mais outro, bebendo em grandes goladas, até respirar fundo e se compor, voltando para seu escritório. Ele, então, me mirou de longe, no exato momento em que consegui desviar meu olhar para evitar um constrangimento maior, mordendo o lápis de desenho e fingindo estar trabalhando concentrada.

Nem bem ele se acomodou junto à mesa dele, foi, então, a minha vez de ir ao banheiro feminino, e aliviar meu tesão conscientemente me masturbando com todo o cuidado para não gemer alto. E eu gozei gostoso pelo meu chefe e superior, o homem a quem eu devia obediência e subordinação. Aquele que mandava em mim, que tinha esse poder, o que acabava sendo um tempero a mais para muitas de minhas fantasias secretas. Com a saia erguida e minha calcinha descida até os joelhos, eu me dedilhei fantasiando ele me comendo, me pegando por trás lá no escritório dele e me fodendo com um pau gostoso, socando sem parar, na bocetinha da sua estagiária. E eu gozei gostoso, um gozo suave, me salvando da loucura que ardia dentro de mim.

Após esse "momento tesão" no escritório, o dia prosseguiu normalmente, eu indo almoçar com as meninas e ficando sabendo pela Carminha, entre outras coisas, que Roberto estaria fora na sexta-feira, pois tinha um importante congresso em que participaria como palestrante.

Meio da tarde, ele confirmou para mim que eu poderia contar também com a carona naquele dia, facilitando em muito minha ida para apresentar o trabalho na faculdade. Chegado o horário, ao sairmos do prédio, já nos deparamos com o tempo fechado e anunciando uma forte chuva. Nem bem saímos com o carro do estacionamento, e a chuva despencou de vez na cidade. Seguimos pelas ruas e avenidas, e ela só piorava, nos deixando sem opção que não manter os vidros fechados e ligarmos o ar-condicionado para não os embaçarmos. Indiferentes a isso tudo, íamos conversando como sempre, falando um pouco mais da minha apresentação, ele me dando algumas dicas e me ajudando a revisar alguns pontos que seriam minha parte na exposição.

Lá chegando, paramos o carro defronte ao edifício da faculdade, mas a chuva torrencial que caia tornava impossível que eu sequer pensasse em sair correndo pelos aproximadamente 50 metros que separavam a rua da entrada do prédio. Ainda mais carregando material e usando salto alto. Sem opções, pois não tínhamos sequer um guarda-chuva à mão, resolvemos esperar torcendo para que a chuva diminuísse, já que ainda havia uns 30 minutos até o início da aula. Então Roberto manobrou o carro e, sob minha orientação, encontramos uma vaga no estacionamento anexo da faculdade, e que também era muito distante da entrada. Soltamos os cintos de segurança, e nos viramos para ficarmos conversando lá dentro do carro enquanto esperávamos o tempo e a chuva passar. Fazendo esse movimento, contudo, minha saia subiu um pouco mais, deixando minhas coxas mais ainda de fora do que devia, o que não fiz questão de corrigir. Isso não passou desapercebido para ele, que, com pouco esforço conseguiria vislumbrar o tecido da minha calcinha branca, se eu me descuidasse e afastasse apenas um pouquinho mais minhas pernas. Com os vidros embaçando e friozinho do ar-condicionado, foi se criando um clima entre nós, ambos buscando algum assunto que quebrasse aquela tensão sexual que se formava:

- Chuva forte né? - disse ele

- É... será que vai parar?

- Não sei...

- É...

Ficamos mais uns instantes em silêncio. Ele então me olhou, e, timidamente, tomou uma iniciativa. Esticou a mão, e, carinhosamente, tirou com alguns dedos uma mechinha de cabelo que caia sobre o meu rosto. Nossos olhos se fixaram um no outro, já resolvendo tudo por nós, dialogando com as mensagens cifradas que as palavras demorariam muito para expressar.

- Fernanda, eu queria...

Não o deixei nem terminar a frase, e me estiquei sobre ele roubando-lhe um beijo. Um beijo gostoso, suave e macio. Mas que foi aumentando de intensidade, logo se espalhando por nós dois. As mãos dele procurando a minha nuca, o meu pescoço, puxando minha cabeça em sua direção. Descendo por minhas costas, enquanto eu apoiava as minhas mãos no peito dele.

- Ah Roberto... - e não resistindo, eu pulei sobre o colo dele, sem deixar de beijá-lo, minhas pernas se abrindo para eu me sentar sobre as coxas dele.

- Não Fernanda, a gente não...

E enfiei a minha língua na boca dele, o calando enquanto me ajeitava melhor, me aninhando sobre ele, a saia já toda erguida com a calcinha à mostra, e sentindo as mãos dele descendo para a minha cintura e agarrando a minha bunda. Eu rebolava e me mexia sobre ele, sentindo aquele volume se formando novamente, mas agora bem debaixo de mim. Sentindo com minha boceta, a cada esfregada que ali dava.

- Hummm... que tesão Roberto!

- Fernanda, não... - ele tentava resistir, argumentar, mas eu não dava chance. E seu próprio corpo e tesão eram também meus aliados, eu sentindo suas mãos descendo por minhas costas, seus dedos indo apertar meu bumbum, entrando por baixo da calcinha e escorregando pelo meu reguinho. Aquelas mãos grandes tomando posse do que já era dele, mas que ele ainda não sabia… A minha calcinha se embolando toda, o tecido entrando atrás junto com os dedos dele, atiçando mais ainda meu desejo. Puxei então uma mão dele para dentro da minha blusa, para ele sentir meus seios. Ele já com os dedos por baixo do meu sutiã, tocando minha tetinha durinha, me tirando um gemido entre os beijos que continuávamos trocando.

Subitamente, ele conseguiu se controlar um pouco, e com o rosto colado ao meu, disse próximo do meu ouvido:

- Para Fernanda, para. Isso não está certo, eu sou seu chefe. Isso é... assédio.

- Não, não é Roberto. Eu deixo... eu quero! - e eu o procurava novamente com minha boca na boca dele, nossas línguas se lambendo e duelando. Sem parar de rebolar sobre ele, de me entregar a ele, eu implorava para não pararmos, beijando e mordiscando seu pescoço, acariciando seus cabelos, seu peito.

Contudo, com muito esforço, ele conseguiu recuperar a razão. E me segurou firme mas também com ternura, me afastando um pouco dele para me dizer:

- Fernanda, isso aqui é sério. Não quero que você confunda as coisas...

- Eu sei, Roberto. Não sou nenhuma bobinha não. Eu sei o que sinto... E tudo que sei é que estou apaixonada por você!

Ele me sorri de uma forma um tanto nervosa, não sabendo o que responder. A chuva, nesse meio tempo, tinha acalmado um pouco, e o horário da minha aula se aproximava rápido.

- Não sei bem o que dizer, mas acho que agora não é o momento de falarmos sobre isso, Fernanda. A sua apresentação... - foi ele mencionar isso e cai na real, olhando no meu relógio e batendo o desespero:

- Minha nossa Roberto, só tenho 10 minutos! - dando-me conta do tempo que passou, eu voltei rapidamente para o meu banco, e comecei a me arrumar.

- Ai caramba... tenho ainda que dar uma retocada na maquiagem.

- Então Fernanda, vamos pensar depois no que... bom... no que aconteceu aqui. Tudo bem? Ai conversamos melhor...

- Você está certo, Roberto. Mas... não... esquece, deixa pra lá… - já mais recomposta, não queria deixar pontos em aberto com ele.

- O que foi, Fernanda? Pode falar...

- É que não queria que você saísse hoje daqui pensando mal de mim... eu... eu realmente gosto de você! Eu sinto isso, desde o primeiro dia em que te vi. É verdadeiro mesmo!

- Nunca pensaria mal de você, Fernanda! Você é um amor de garota... só precisamos... entender melhor isso tudo, ok?

- Tá bom, tá certo. Bom... tenho que ir então... A chuva abrandou bem, está só uma garoa leve agora.

- Isso, vai lá. E boa sorte!

Eu peguei minhas coisas, me preparando para sair do carro, quando me virei novamente para ele:

- Antes de sair, me dá um beijinho de boa sorte?

- Lógico, Fernanda!

Ele então sorriu e se aproximou de mim para me dar um beijinho no rosto. Mas eu fui mais rápida e o transformei em mais um beijo gostoso. Um beijo rápido, que o pegou de surpresa, e que carreguei comigo para a faculdade, levando para lá a sensação da boca dele na minha, nossas línguas se tocando levemente numa última vez naquele dia.

Foi, então, o tempo exato de chegar e correr para o banheiro, para me ajeitar melhor, e conseguir ir para a classe. Não sei se foi por toda a alegria e entusiasmo que eu carregava comigo, mas aquela foi a melhor apresentação de trabalho que fiz nos meus tempos de faculdade. Nosso grupo tirou quase a nota máxima, ajudando muito na média final daquela complicada disciplina. Chegando à noite em casa, dividi a alegria do resultado com minha mãe, que até estranhou o motivo de tanto entusiasmo pela nota no trabalho. Não compartilhei com ela, mas era evidente que minha felicidade vinha muito mais da pegação lá no estacionamento com "meu chefe". Eu começava a comprovar que era recíproco, que ele também me desejava. Senti isso nos beijos dele, na forma como me acariciou, no tesão que sentiu.

Com isso em mente, primeiro eu fui tomar um delicioso banho, sentindo, sob o chuveiro, aquela água toda me revigorando. Depois, já tendo cuidadosamente trancando a porta do meu quarto, e com meu corpo implorando para saciar as tantas provocações do dia, eu finalmente procurei meu amigo "Amandinho". Desde a experiência com a Amanda, eu havia comprado um vibrador pequeno ao qual recorria de vez em quando, geralmente me lembrando dela e de como nos divertimos naqueles dias.

Entretanto, naquela noite, ao fechar os olhos, eu apenas via a imagem e recordava tudo o que aconteceu naquele carro. O "Amandinho" foi, então, rebatizado para "Betinho", comigo terminando a noite nua na cama, e adormecendo com um sorriso no rosto, com as pernas arreganhadas e toda gozada. Nem percebendo quando ele se desligou enquanto ainda penetrava minha fendinha melada, nos meus sonhos agora tendo Roberto como meu homem. Por enquanto eu sonhava e me aproveitava da situação. Mas, lá no fundo, já tendo minha consciência me cobrando para resolver isso tudo. Decidir entre ele e o Guto, os dois a quem amava, desejava, e que me davam tanto prazer. Sabia que não poderia manter ambos, por mais que isso fosse uma tentação, e fosse o que eu quisesse fazer. Algo teria que decidir isso por mim.

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Comentários

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Passei pra ler novamente e deixar um oi! ⭐⭐⭐💯

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Que bom, Cigarra. Se puder, e gostar de contos ambientados em outras épocas, aproveite para ler a série da Helena Matozzano. Devo concluir em breve!,

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No fundo Fernanda sabia que Roberto era um homem diferenciado, um homem mais sério mais centrado bem diferente de Guto, e assim permitiu que ela transasse com outro na sua frente. Realmente Al-Bukowski consegue nos envolver com esse conto maravilhoso!

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Obrigado, Cigarra. Estou acompanhando seus comentários de casa episódio, e muito agradecido pelo seu interesse, apoio e incentivo!

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Massa Al-Bukowski, você é barril

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Obrigado Omduia! Próximo capítulo já está no forno, quase pronto! Abs

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Vou responder aqui a todos os comentários abaixo: muito obrigado mesmo pelas observações, incentivos e participações na história, opinando, dizendo o que gostaram ou não, palpites do rumo que tomará, etc…

Tão bom quanto poder criar o enredo e encarar o desafio de colocar “no papel”, é poder interagir com todos vcs, que já os tenho como amigos!

E, que fique claro, também aceito bem as críticas, se algo não ficou legal ou se tiverem sugestões de melhoria, vou escutar com muito apreço também! Nesse último ponto, mais uma vez menciono o apoio do Leon, que me deu diversas dicas de melhoria no texto que estou sempre levando em conta ao criar cada capítulo.

Abs a todos!!!

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FANTÁSTICO mermão, bão dimais da conta sôh! (to ficando sem elogios pra tua obra...rss).

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Consegui colocar a leitura em dia. Não tem muito o que dizer sobre a Fernanda. Ela é o que é. Se é certo ou errado, quem pode atirar a primeira pedra?

Seu texto só melhora. ⭐⭐⭐

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Al-Buk, meu caro amigo, desculpe, estou 14 episódios lá atrás, como sabe parei de ler, no início e agora, mais livre vou retomar. Prometo ir dando meu feedback a cada conto. Neste não vou comentar ainda. Mas já merece as estrelas pelo fôlego de escrever 18 episódios. Notei uma fluência narrativa muito maior, o que parece ser fruto da prática. Em breve eu retorno.

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Alexandre demais amigo parabéns sempre nos surpreende com sua saga nota mil parceiro.

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Perfeito, pra quem não sabe o fim dessa história pensaria que eles viveriam felizes para sempre mas não algo mudou na cabeça dela pra destruir seu casamento de forma tão sórdida.

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Um subconsciente que foi desenvolvido em aspectos de submissão, a paixão pelo "chefe" e não só pelo homem "Roberto" mais tbm pela sua posição de superioridade faziam parte da fantasia dela... Após o casamento com um relação mais equilibrada o encanto foi quebrado e cm isso tbm o respeito.

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Alexandre, mais uma vez você nos brinda com um episódio espetacular. Parabéns !!! Que história incrível.

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Capítulo delicioso. Mas não dá pra negar o óbvio: Fernanda além de volúvel, é tbm promíscua. Por mais que o relacionamento dela com o Guto tivesse altos e baixos, ele não merecia este par de chifres.

Vamos ver o desfecho dessa questão.

Mais uma vez, Parabéns.

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