— E aí, Nicole, como ficamos? Não aceitarei outra desculpa.
Era o Moacir ao telefone fazendo nova cobrança e ameaça, estava em débito com o cara. Não era dinheiro, obrigatoriamente teria que pagar minha dívida com meu sexo.
Semanas antes fui flagrada por ele na casa do doutor Osvaldo, namorado da sua irmã Adriana. Apenas a camisa do doutor cobria meu corpo, após a sessão sexual que tivemos. Estava sozinha, o homem saiu minutos antes, então o Moacir aproveitou para chantagear-me exigindo que transasse com ele, ou contaria a todos sobre meu lance com o doutor.
Essa história está em meu conto: "11 - Pagando por Cumplicidade e Silêncio".
Mesmo sem o cretino possuir provas que incriminavam a mim e ao Dr. Osvaldo, ainda assim a exposição do caso desencadearia uma série de suspeitas e geraria problemas. Acabaria virando uma bola de neve onde seria eu o pivô desse barato todo.
Para evitar que o X9 causasse transtornos machucando alguns e deixando todos os outros com raiva de mim, era mais fácil eu administrar de boa essa chantagem, doeria menos.
Marcamos em minha casa naquela tarde, após recusar seu pedido de que fosse em um motel.
Saí do banho e vesti um shortinho e regatinha. Não caprichei na produção, o safado e chantagista não merecia.
Ele chegou próximo das 16h. Permanecemos na sala e preparei dois drinks para nós.
— Você continua se encontrando com o Osvaldo? — perguntou o enxerido.
— Já te disse que não, aquela foi a primeira e última vez. Também foi um pagamento de favor prestado — menti novamente, já havia lhe dito isso anteriormente.
— Afinal, você veio aqui para me interrogar ou transar comigo? — falei acariciando seu pau por cima da sua roupa, queria acabar logo com aquilo. Estava sentada ao seu lado no sofá, ele acariciou meu rosto e tentou me beijar.
— Sem beijo, eu só vou transar com você, não vou namorar.
Ajoelhei entre suas pernas e libertei seu membro. Comecei a chupar enquanto suas mãos acariciavam meus cabelos. Depois desceram para minhas costas agarrando minha regata. Empinei o corpo e levantei os braços para a peça de roupa ser retirada e deixar-me com o tronco nu. Fez elogios aos meus seios e recebi apertos e carícias. Peguei dois preservativos em meu bolso e dei-lhe um.
— Sem proteção não rola — falei.
Tirei meu shortinho e fiquei peladinha diante dele. O homem maduro de uns trinta e poucos anos, também se despiu. Mas só depois que repeti não ter perigo da minha mãe chegar.
— Ela nunca chega antes das 19h — falei o tranquilizando.
Seu pau amoleceu quando tentou colocar a capinha.
Com minhas mãos deixei seu negócio rígido novamente. Coloquei o preservativo na minha boca e posicionei sobre sua glande. Desenrolei a borrachinha com os lábios até seu pau entrar em minha garganta. Nessa altura, a camisinha já estava devidamente posicionada.
Sentei de pernas abertas sobre o seu membro e soltei meu peso sentindo o deslizar e chegar ao fundo. Comecei a mexer bem devagar curtindo o volume em meu interior. Com as mãos apoiadas nos ombros dele, olhei com minha carinha de quem gosta de safadeza e pede para ser fodida gostoso. A expressão do Moacir era a de quem estava incomodado com algo, retraiu seu corpo e percebi sua tentativa de evitar um gozo prematuro.
Ele segurou forte em minha bunda fazendo eu parar com os movimentos… Tarde demais, seu espasmo denunciou sua ejaculação precoce. Tentei prosseguir com a transa, mas seu negócio amoleceu em segundos.
Enfim, saí de cima ouvindo seus pedidos de desculpas.
Após retirar a capinha cheia, chupei seu pau melado de porra e tentei trazê-lo de volta à vida… Não rolou.
Pedi para relaxar e fui preparar outros drinks. Após servi-lo e dar um gole no meu, deitei no sofá com as pernas dobradas e fechadas. Fiquei quietinha olhando seu semblante pensativo ao bebericar em seu copo.
— O que foi? — perguntou sério.
— Estava aqui fantasiando a sua língua entre minhas pernas me dando prazer — falei com meu jeitinho de devassa e abri as pernas.
Ele deixou o copo na mesinha e veio com a boca em meu sexo. Chupou minha boceta e enfiou a língua e dedos por vários minutos, contudo, apesar do seu esforço, não rolou uma química entre nós. Faltava algo naquela relação.
De repente seu pau ganhou vida outra vez. Nem tudo está perdido, pensei. Demonstrou desejo e agilidade ao montar em mim. Deixaria a foda rolar, mesmo sem preservativo, estava ansiosa para quitar logo aquela conta. Também desejava chegar ao clímax antes que o meu parceiro "desse defeito" novamente.
Foi fácil a introdução em meu sexo molhado por sua saliva e também pelo meu desejo momentâneo. Suas estocadas iniciais sinalizavam que eu teria um gozo rápido e gostoso. Porém, mal comecei a gemer e já senti sua ejaculação nas minhas entranhas. Foram míseros segundos após ter me penetrado. E o pior, amoleceu de imediato.
O homem ficou muito nervoso, como se a culpa fosse minha. Por mais disposição que eu tivesse, imaginei que seria improvável ressuscitar aquele negócio morto e inserido lá dentro.
Felizmente o sujeito saiu de cima de mim sem esboçar violência. Fiquei sentada de pernas e braços cruzados assistindo enquanto o carrancudo e incomunicável se vestia. Deu até medo de perguntar algo.
Em seguida disse tchau e foi embora.
O Moacir deve ter percebido que não haveria uma próxima vez. Nem com toda a chantagem do mundo. O incompetente teria mais a perder, caso eu revelasse para os outros o seu fiasco como amante.
Em alguns dias seria Natal, restava-me pedir ao Papai Noel para o meu pai retornar da Bahia para São Paulo, ou aqueles últimos dias de 2019 seriam sexualmente sem graça.
Fim
Agradeço a atenção de todos vocês!
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