O preço da vingança (Capítulo II)

Um conto erótico de Leandro Gomes
Categoria: Homossexual
Contém 3423 palavras
Data: 14/11/2022 20:53:21

Nathalie acorda assustada logo em seguida.

- Que foi, amor?!

- Tive um pesadelo.

- Vem aqui, já acabou. – Disse ela, oferecendo os braços para ele se aconchegar. - O que foi dessa vez?

- Depois te conto...

Ele se aconchegou nos braços dela até que ela pegou no sono, mas ele mesmo não conseguiu mais dormir. Levantou-se depois de alguns minutos e bebeu um copo d’água. Enquanto bebia, foi até a janela e observou a lua cheia. Ao longe, ouviu um uivo, e um frio percorreu sua espinha.

Vez ou outra, Pièrre tinha um pesadelo recorrente, e ele sempre acordava do mesmo jeito, sem ar. Os pesadelos eram exatamente a mesma coisa sempre, mas dessa vez a cena continuou um pouco mais: a parte depois da fumaça que envolve Nathalie e Paul. Das outras vezes, ele acordava quando a sombra os envolvia. Enquanto olhava pela janela, ele se perguntava o que significava aquilo.

____________

- Que pesadelo horrível, Pièrre! Será que significa alguma coisa?

- Não sei, mas fiquei muito mal. Vez ou outra eu sonho a mesma coisa, Anthony.

- Estranho. Talvez seja bom verificar o que significa. Conheço uma mulher que interpreta sonhos. Ela acerta quase sempre.

- “Quase sempre”? Sei não... pode ser charlatã. Quanto ela cobra?

- Para você pode sair de graça, se quiser... – Anthony respondeu com um tom e um olhar sensuais, enquanto pegava no próprio volume.

- Vá a merda, seu filho da puta!

- Posso dividir em parcelas, se quiser.

Eles foram interrompidos por Jean, que entrou na sala de repente.

- Bom dia, senhores!

- Bom dia, Jean! – Responderam os dois em uníssono.

- Sr. Montagne, eu tenho aqui os jornais antigos que me pediu.

- Ah sim, muito obrigado. Fique e me ajude a encontrar algumas informações.

- Precisam de ajuda? – Se prontificou Anthony.

- Não precisa, a gente dá conta. – Respondeu Jean imediatamente.

- Tudo bem. Se precisarem, basta me chamar.

- Obrigado, Anthony! – respondeu Pièrre.

Assim que Anthony saiu, Jean comentou.

- Que puxa-saco!

- Ah, ele só quis ajudar.

- Bom, mas não precisa, porque ele já vai te ajudar não é mesmo? Aliás, ele vai te ajudar em tempo integral nos próximos, sei lá, dias... meses?

- Ei, tem alguém com ciúmes aqui!!

- Claro que estou!!! Vou ficar aqui enquanto você vai viajar com ele, que a propósito, é louco para te pegar.

- Mas ele curte essas coisas?

- Curte sim, pode apostar.

- Como tem tanta certeza?

- Ahh, ahmm... Eu tenho um faro para isso. Consigo perceber.

- Tá bem... Vamos ao trabalho.

Pièrre percebeu que havia algo que Jean sabia a mais, mas preferiu não aprofundar no assunto, pois estava ansioso para procurar e achar alguma coisa sobre a investigação que seu pai não concluiu. Os dois começaram a folhear os jornais procurando algo sobre o assassinato de um padre e uma prostituta há cerca de 15 anos. Eles acharam a notícia, mas nada de novo ou importante havia, pois na época em que saiu a notícia, nada foi encontrado que levasse ao assassino. Já passava das 23:00 h e os dois ainda estavam no escritório. Os outros funcionários já tinham ido embora desde as 20:00 h.

- Vamos. Amanhã continuamos.

- Posso fazer isso para você, se quiser.

- Pode ser. Vai ajudar bastante.

- Pode me levar em casa?

- Posso. Ou você pode dormir lá em casa.

- Gostei da ideia.

- Mas só dormir mesmo. A Nathalie tem sono leve.

- Ah, a Nathalie! Tinha me esquecido dela! – Jean comentou em tom irônico.

Os dois saíram do jornal e entraram na carruagem de Pièrre.

- Falando na Nathalie, quando irá dar um pé na bunda dela?

- De novo esse assunto? Eu não posso fazer isso agora?

- Não pode ou não quer?

Houve um silêncio na carruagem, e os dois permaneceram assim até chegarem em casa. Ao chegarem, foram recebidos pelo mordomo Jacques.

- Boa noite, Sr. Montagne! Boa noite, Sr. Roche.

- Boa noite, Jacques! Por favor, arrume o quarto de hóspedes. O Sr. Jean vai dormir aqui.

- Farei isso agora. Pode vir comigo, Sr. Roche.

Jean seguiu o mordomo até o quarto e Pièrre seguiu para o seu, sem dizer nada um para o outro. Jacques ajeitou o quarto rapidamente e preparou o banho para Jean, deixando-o logo em seguida. Pièrre ficou pensativo sobre a sua situação com Jean e mais ainda com a investigação. Deitou-se ao lado da esposa, que acordou e lhe deu um beijo, mas ele não conseguiu dormir. Por volta das 02:00 h acordou e foi até a cozinha comer algo. Jacques acordou e, segurando uma lanterna, foi até lá ver o que era.

- O senhor quer algo?

- Não, Jacques. Está tudo bem. Só vou tomar um pouco de leite. Pode voltar para a cama, eu me viro aqui.

- Tudo bem, senhor. Boa noite!

- Boa noite!

Quando terminou de tomar o leite, Pièrre pegou a lanterna e foi até o quarto de hóspedes, que ficava no final do corredor, perto da escada que dava para o andar de cima. Ele abriu a porta e ficou ali admirando Jean, que dormia profundamente. Seu amante estava de barriga para cima, sem camisa, usando uma ceroula mais curta. Pièrre entrou no quarto e se sentou à beira da cama, e começou a acariciar e beijar o peito de Jean. Em seguida, meteu a mão dentro da ceroula dele e começou a massagear o pênis ainda flácido. Jean acordou, e Pièrre fez sinal de silêncio, mas o rapaz tirou a mão dele de sua boca e disse:

- Para com isso. O que está fazendo?

- Shhh. Fica quieto.

- Volta para a sua amada esposa, ela deve estar te querendo.

- Para com isso!

- Eu te amo e quero ficar contigo, mas cansei de ser seu amante.

- Shh, não fala nada. Vamos resolver isso.

Enquanto trocavam essas palavras, Pièrre continuava a massagear o pênis de Jean, que ao final do diálogo já estava pulsando de tão rígido. O tesão que sentia por Pièrre era enorme, assim como seu amor por ele, e por mais doloroso que era ter que dividi-lo com Nathalie, Jean sempre se rendia quando sentia o toque de seu amado. Pièrre, tirou a rola dura para fora da ceroula e a tentou coloca-la inteira na boca, mas por ser grande, ele parou quando a glande encostou em sua garganta; isso deixou Jean louco de tesão. Em seguida, Pièrre se despiu completamente, e começaram um 69 intenso, sem se importar com nada. Jean não aguentou mais e gozou fartamente na garganta de Pièrre, que engoliu tudo e lambeu todo o pau dele, deixando-o limpinho. Jean ainda recuperava o fôlego por causa do orgasmo, quando Pièrre o virou de costas e levou a língua em seu cu, enfiando a língua ali, enquanto masturbava o pau dele, fazendo-o endurecer novamente.

Pierre, foi subindo e começou a beijar o pescoço de Jean, enquanto mirava a rola em seu cu. Ele forçou um pouco e meteu tudo de uma vez até sentir seu saco encostar nas nádegas de Jean, e dava estocadas lentamente, pois já estava prestes a gozar. Jean pegou o travesseiro e começou a morder, para abafar qualquer gemido que desse. Em seguida, Pièrre o colocou de lado, sem tirar o pau, e ergueu a perna de Jean, metendo vigorosamente. Os dois estavam em êxtase, se embriagando do cheiro de suor e de sexo. Pièrre acelerou as estocadas, sentindo que ia gozar, e isso fez Jean gozar pela segunda vez, sem tocar no pau. As contrações de seu cu fizeram Pièrre também gozar dentro dele. Os dois ficaram ali, ofegantes olhando para a lua através da janela.

Do lado de fora, Nathalie estava perplexa por ter visto, pela porta entreaberta, os dois em seu momento de prazer. Finalmente ela via a prova do que apenas suspeitava. Antes que pudesse ser notada, ela saiu, meio tonta segurando uma vela e voltou para o quarto. Deitou-se e aguardou o marido, mas ele não voltou para a cama.

Por volta das 5:00 h da manhã, Pièrre acordou assustado, e saiu da cama procurando as roupas para se vestir. Ele olhou para Jean que dormia tranquilamente. Quando se vestiu, Pièrre deu um beijo no rosto dele e saiu. Foi direto para o quarto e deitou-se ao lado de Nathalie, que fingia estar dormindo. Ela estava de costas para a porta, virada para a outra parede. Lágrimas ainda escorriam dos seus olhos fechados.

Quando o dia estava claro, Pièrre se levantou e se arrumou. Desceu até a cozinha, onde Jacques o recebia com um sorriso e um “bom dia” caloroso. Pièrre devolveu o bom dia e sorriu. Se tinha algo que ele gostava era da companhia de seu mordomo, que era sempre simpático e muito amigo dele, sempre o ajudando com palavras de sabedoria.

Jacques era um moreno de 1.80 m, cabelos raspados, lábios carnudos, olhos castanho-escuros; ele tinha o corpo forte, abdômen reto, bunda grande, pernas grossas. Era um homem de aparência comum, mas sua simpatia era excepcional. Ainda novo, 42 anos, gostava de praticar corridas de manhã bem cedo, pois isso o deixava mais disposto. Pièrre o achava muito atraente, principalmente quando o via em trajes mais casuais que ele usava para suas corridas. Jacques sabia do romance de seu patrão com Jean, mas discrição era uma de suas qualidades mais marcantes. Apesar de considerar errado dois homens terem relações, Jacques jamais proferiu qualquer palavra de julgamento ou preconceito sobre Pièrre, não porque era seu patrão, mas porque Jacques era um bom cristão e não gostava de julgar os outros, pois “cada um tem sua vida e cada um cuida de si”, como ele gostava de dizer. De fato, Pièrre sempre podia contar com ele para manter seu romance em segredo, e até conversavam a respeito.

- Jacques, por favor, acorde o Sr. Jean. Iremos para o jornal agora cedo. Veja também se minha esposa está acordada e diga que a espero para o café.

- Claro. Agora mesmo.

Jacques saiu e foi até o quarto de hóspedes acordar Jean, que logo se levantou. Depois foi até o quarto do casal, mas Nathalie disse que estava indisposta e iria ficar mais na cama.

- Ela deve estar naqueles dias. – Comentou Pièrre.

Jean apenas concordou com a cabeça e seguiu tomando seu café. O rapaz tinha o semblante alegre, sempre olhando para seu amado com um olhar apaixonado. Jacques via a alegria dos dois e já sabia o motivo, mas ficava neutro, mantendo sua discrição de sempre.

Pièrre e Jean saíram para o jornal, e Nathalie ficou no quarto, olhando da janela seu marido e o amante subindo na carruagem conversando alegremente. Quando se foram, ela foi até a bacia de água que estava no canto do quarto e lavou o rosto. Quando secou o rosto, se olhou no espelho e em seu íntimo decidiu não chorar mais. Depois, foi para a cozinha tomar o café, e lá ficou conversando trivialidades com Jacques, enquanto contemplava cada curva do corpo dele, para distrair sua mente perturbada.

__________

No jornal, Pièrre e Jean continuavam a procurar mais alguma notícia publicada sobre a investigação. Anthony os ajudou, mas não encontraram nada. Quando terminaram, Jean saiu e foi para sua sala terminar outras tarefas e Anthony ficou na sala.

- Pièrre, por que não viajamos depois de amanhã, no sábado? Por que esperar até semana que vem? Acho que aqui está tudo sob controle.

- Acho uma boa ideia. Então, faça um favor para mim: quando sair daqui, compre as passagens de trem.

- Tudo bem. Terei que passar perto da estação mesmo.

- Ótimo. Tome aqui o dinheiro.

Anthony sorriu e pegou o dinheiro, fazendo questão de tocar na mão de Pièrre.

Pièrre sentiu como uma eletricidade em seu corpo com aquele toque e ali percebeu que Anthony realmente falava sério. Ele tirou a mão rapidamente.

- Compre passagens da primeira classe.

- Feito!

Quando Anthony saiu, Jean entrou na sala.

- Ouvi direito? Vocês adiantaram a viagem?

- Estava ouvindo atrás da porta?

- Claro que não. Eu apenas ouvi. Por que adiantaram?

- Por que está tudo em ordem aqui e o quanto antes eu resolver isso, melhor será.

- Não vai mesmo me levar?

- Já discutimos isso, Jean.

- Tudo bem. Boa viagem então.

Jean saiu da sala bastante chateado. Mal conseguiu cumprir suas tarefas no restante do dia, pois o choro estava atravessado em sua garganta. Quando terminou o expediente, ele arrumou suas coisas para sair, e ao passar pela sala de Pièrre, evitou de olhar para ele. No momento, Pièrre estava conversando com um dos editoresseria melhor colocar investigar isso antes de publicar...

- Só um minuto, Claude.

- Jean, preciso falar com você! – Disse ele correndo até a porta.

Jean fingiu que não ouviu e continuou seu caminho. Saindo do jornal, foi direto até o bordel onde sabia que encontraria com Anthony.

- Boa noite, Sr. Roche! Que surpresa o senhor por aqui!

- Só quero te dizer uma coisa: se eu souber que você ao menos tocou em Pièrre, eu juro que te mato!

- Que isso, rapaz? Por que está falando assim comigo?

- Você sabe muito bem, não seja cínico.

- Então está admitindo que tem um caso com o chefe?

- Não é um caso, a gente se ama e temos uma longa história, e já vi que você fica de olho nele.

- Tudo bem, eu confesso. Eu acho o seu amante demasiadamente atraente. Mas prometo que não farei nada com ele.

- Muito obrigado.

- Obrigado você por me contar, mas não fique com ciúmes. Quero que saiba que não quero atrapalhar você em nada, nem vou contar nada para ele sobre nós.

- Assim espero?

- Dou minha palavra. Agora sente-se aí. Tome um vinho comigo.

Jean se sentou à mesa com Anthony e aos poucos ficou mais calmo, conversando abertamente.

- Anthony, o que fizemos foi um vacilo meu. Eu estava muito chateado naquele porque eu e o Pièrre brigamos, e até achei que ele iria terminar comigo. Na verdade, eu queria acabar com essa história e voltei pra Saint-Denis.

- Eu sei. Fica calmo. Você já me explicou. Não precisa se sentir culpado com isso. Acabou acontecendo. Ainda bem que foi comigo.

Jean olhou para ele sem entender.

- Ainda bem que foi comigo porque eu sou bom de guardar segredos e porque eu estava louco de desejo por você.

- Ah, para com isso, seu filho de uma puta! Vou embora daqui.

- Vai dizer que não gostou? Você cavalgou tanto em mim... três vezes!!

- Foi bom... foi ótimo, mas não vai acontecer novamente. Vamos mudar de assunto.

- Tudo bem. Me desculpe. Não vou fazer você cair em tentação de novo por mim.

- Você é muito puto!

Os dois riram e seguiram a noite bebendo e vendo as dançarinas no palco do bordel.

____________

Em casa, Nathalie passou o dia aflita. Apesar de ter decidido não chorar, seus sentimentos a sufocaram bastante, e ela acabou passando a tarde no quarto em lágrimas. À noite, quando ouviu Pièrre chegar, ela se levantou rapidamente e lavou o rosto, e tentou disfarçar com maquiagem.

- Boa noite, Nathie!

- Boa noite, meu amor!

- Tudo bem por aqui?

- Sim tudo bem. Por que a pergunta?

- Nada, você parece nervosa.

- Ah, não é nada... eu ia visitar a Madame Louise a tarde, mas ela cancelou.

- Entendi.

Ele sentia que ela estava nervosa com alguma outra coisa, ou talvez a história fosse mentira.

- Preciso te falar algo.

O coração dela acelerou ao ouvir isso. O que ele tinha para dizer? Seria relacionado a Jean?

- Pode dizer, meu amor.

- É sobre a viagem da semana que vem... Vou adiantar para sábado, depois de amanhã.

- Mas por que?

- Vou aproveitar que está tudo sob controle no jornal e também porque preciso resolver isso logo.

- Se não vai adiantar eu te dizer para não ir, então tudo bem. Estou conformada.

Pièrre percebeu pelo tom de voz que havia algo que a incomodava, mas apenas a beijou na testa. Depois de alguns segundos de silêncio, ela perguntou:

- O Jean não vai mesmo com você?

- Não. Só eu e o Anthony.

- Tudo bem, agora vamos jantar. Estou morrendo de fome.

- Sim, vamos.

Durante o jantar, Nathalie que sempre fica tagarelando, ficou monossilábica e com o olhar vago.

Em seguida, foram para o quarto. Pièrre pegou um livro, abriu na página marcada e continuou a leitura. Nathalie, deitou-se de lado, virada de costas para ele. Ela ficou lembrando de todos os momentos em que viu seu marido e o amante sorrindo, os olhares, os toques, e então percebeu que todo esse tempo a verdade estava à sua frente, mas ela preferiu ignorar os fatos.

______________

No Bordel, Jean e Anthony continuavam conversando e rindo, agora embriagados.

- Não sabia que você era tão divertido, Jean!

- Eu sou divertido... sou um bom partido!

- E muito atraente!

- Lá vem você de novo. Para de dar em cima de mim.

- Não estou dando em cima de você, só estou constatando um fato. Prossiga...

- Como eu ia dizendo, sou um bom partido, e atraente de acordo com você. Mas POR QUE O FILHO DA PUTA DO PIÈRRE MONTAGNE NÃO ME QUER?!

- Shhhh! Cala a boca, seu louco! Seu amante é conhecido nessa cidade.

- Que se dane! Eu vou espalhar que ele tem um caso comigo... vamos ver se ele não larga aquela vadia da esposa dele!

- Vadia, mas muito linda e elegante!

- De que lado você está?

- Do seu, é claro!

Jean ficou em silêncio por um instante e seus olhos encheram de lágrimas. Anthony moveu a cadeira para o seu lado e apoiou seu braço nos ombros dele, quase que o abraçando.

- Ei, não fica assim. Tudo vai dar certo. Veja que não deve ser fácil para o Pièrre ter que abandonar a esposa.

- Me diga se foi fácil para eu ter de rejeitar as pretendentes ou ouvir comentários da família e dos vizinhos?

- Entendo. Mas saiba de uma coisa: o Pièrre te ama de verdade. Nunca vi alguém olhar com tanto amor nos olhos como ele quando olha para você.

Essas palavras chegaram bem aos ouvidos de Jean, e ele deu um suspiro profundo.

- Mas não tá sendo suficiente. Ele precisa tomar uma atitude!

- Jean, vamos ser sinceros. Em que mundo você vive? Se as pessoas souberem disso de fato, sua vida estará arruinada, a vida dele estará arruinada.

- Não devo nada a ninguém!

- Eu também não meu caro, mas prefiro não arriscar minha vida.

- Tanto faz.... vou para casa.

- Como assim? Você me fez ficar te ouvindo até agora e vai embora sem um favorzinho?

- Vai se foder, seu merda!

- Bom, falando nisso... o dever me chama.

- O quê? Aonde vai?

- Já tem uns 15 min que aquele rapaz de camisa preta está me olhando, e como sei que você não vai me querer de novo, vou lá me aliviar. Se quiser vir com a gente... eu deixo você ficar olhando.

- Sai daqui logo!

Anthony saiu e foi até o bar onde conversou com um rapaz moreno de cabelos cacheados e depois saíram do bordel direto para a sua casa. Jean saiu do Bordel, meio tonto pela bebida, e foi andando devagar. No caminho, sentiu vontade de urinar, e entrou em um beco escuro para se aliviar. Foi bem para o canto e tirou seu pênis para fora. Quando saía do beco, se assustou com um barulho vindo dos fundos. Olhou para trás e não viu nada. Tentou acelerar os passos, mas estava bastante tonto, e quando estava prestes a cair, foi segurado por um homem negro, magro, e alto, vestido com um sobretudo com detalhes de veludo vermelho nas bordas e um chapéu cartola preto.

- Opa, cuidado!

Jean se assustou novamente.

- Nossa, de onde você veio?

- Eu estava ali no fundo fazendo o mesmo que você... não me viu?

- Não vi nada lá.

- Não viu mesmo... quase que molhou meu sapato.

- Me desculpe.

- Sem problemas. Posso te acompanhar? – perguntou o homem olhando fixamente nos olhos de Jean.

- Estou bem. Consigo ir sozinho. – Respondeu ele atentando para os olhos cor-de-mel daquele homem, agora iluminados pela lanterna a óleo na rua.

- Tudo bem, mas você não parece muito bem.

- Estou bem sim. Muito obrigado pela gentileza, mas estou perto de casa.

- Então, tenha uma boa noite! – Disse o homem, levantando chapéu da cabeça.

Jean não era de sentir medo, mas naquele momento, começou a ficar com medo. Ele tentou acelerar os passos novamente, mas tropeçou e caiu. Quando se levantou, olhou para a direção onde estava o homem e não viu ninguém. Continuou seu caminho até chegar em casa, mas tinha a sensação de estar sendo seguido. Olhou para trás antes de abrir a porta, e viu um vulto ao longe. “Acho que bebi demais hoje” – concluiu em pensamento. Entrou em casa e foi logo para a cama.

Fim do segundo capítulo.

____________________________

Comentem, por favor!!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 21 estrelas.
Incentive LeandroMineiro a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Fantástica capítulo e a trama está cada vez mais envolventes.

Estou ansioso para ver o desenrolar deste conto...

Não demoreeeeeeeee!!!!!!

😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂

0 0
Foto de perfil genérica

por favor não custe a postar a proxima temporada,ok

1 0
Foto de perfil genérica

O próximo capítulo já está praticamente pronto. Quero publicar ainda esta semana.

0 0
Foto de perfil genérica

a esposa gravida enciumada?

o amante sendo morto pelo vampiro? colega de trabalho afim do patrão? mordomo chifrando o seu chefe?

o ruivo misterioso sedutor que no sonho do protagonista quando ira conhece-lo?

0 0