Meu Primo Antônio - Parte III

Categoria: Homossexual
Contém 3566 palavras
Data: 22/12/2022 15:07:39

Naquela noite no parque, eu e Antônio estávamos namorando. Antônio abraçou-me nos seus braços e dizia que me amava. Não, não transamos ali, por mais que estava apenas nós dois, preferimos ficar namorando. Chegamos em casa às 03h da manhã e tia Lucy foi logo nos perguntando onde estávamos. Dissemos que fomos numa pizzaria e depois dar uma volta, não colou muito bem, mas foi tudo que conseguimos. Fomos para o quarto e eu deitei no seu peito, um medo se passou pela minha cabeça. "Deus, como eu vou fazer pra ajudar ele, como eu vou tirar ele dessa vida?" pensei enquanto estava deitado sobre seu peito.

-- Por que está quieto ?

-- Nada não, pensamento longe...

-- Poderia me dizer ?

-- Tony...

-- Sim

-- Promete que vai parar; promete que vai parar de se drogar

-- É o que eu mais quero amor, eu vou fazer de tudo pra parar

-- Eu queria muito acreditar nisso

-- Eu prometo!

-- Vou marcar seu psiquiatra em breve

-- Tem certeza que eu preciso ir mesmo ?

-- Total certeza, e vai frequentar os N.A comigo também

-- Que história pesada daquele cara né ? 30 anos viciado no pó, isso não é vida...

-- Você vai sair dessa

-- Quando estou com vc, me sinto muito feliz, é como se não existisse drogas, vício, nada. Apenas amor

-- É mesmo ?

-- Sim, vem cá me dar um beijo

Eu o beijei e ficamos nos fazendo carinho. Adormecemos, a noite estava linda. Da janela do quarto dele olhava as estrelas e a lua que brilhava lá fora, sonhava com nós dois. Olhei pra ele e ele adormecia suavemente na cama; peguei no sono e dormi. No outro dia acordei e lá estava ele, ainda dormindo. Olhei no despertador e era 07:37 AM. Pensei em acordar ele, mas resolvi deixa-lo dormir. Os raios de sol aos poucos entrava pela janela, então levantei e fechei elas. Ainda estava com sono e resolvi dormir mais um pouco. As 10h da manhã eu acordei de novo, olhei pra ele e ele ainda dormia.

-- Tony acorda!

-- Hmmm... que horas são ?

-- 10h

-- 10h ? Po eu tenho que ir trabalhar!

-- Esquece o trabalho só por hoje, vamos dar um passeio mais tarde

-- Que passeio Math ? Eu tenho que ir trabalhar, eu to indo tão mal no trabalho, não posso me dar ao luxo de ficar faltando.

-- Só hoje. Amanhã é sábado

-- Ta bom, só hoje hein

Nos levantamos e fomos pra mesa tomar café. Tia Lucy perguntou o motivo pelo qual Antônio não foi trabalhar e ele disse que estava indisposto.

-- Ah mas também vocês chegaram tarde ontem -- Disse tia Lucy

-- Nossa mas nos divertimos muito tia

-- É mãe, esse molequinho me adora kk

-- Vocês tão se dando muito bem né ?

-- É a gente se dá muito bem -- Disse Antônio

-- Cadê o tio João, tia ?

-- Já foi pra mercearia querido

-- Tão cedo ?

-- Cedo ?

-- São 10h27

-- Pra mim é cedo kkkk -- Falei brincando

-- E você Matheus, pretende arrumar um trabalho ? -- Perguntou Antônio

-- Sim primo, em uma agência de Turismo

-- Que maravilha Matheus -- Disse tia Lucy

Terminamos o café e voltamos pro quarto.

-- O que você quer fazer mais tarde ?

-- Vamos no cinema de tarde ?

-- Cinema ?

-- É

-- Ver qual filme ?

-- Pânico 5 ainda está em cartaz ?

-- Terror ?

-- Ah qual é, não gosta ?

-- Eu gosto, mas não to afim

-- Então vamos ver um de comédia

-- Deixa eu ver aqui, Sessão de filmes FEVEREIRO/Achei esse aqui, quer ver ?

-- Sim

Ligamos a TV e fomos ver um filme. Estávamos deitados na cama, e assistindo um filme qualquer, até que em uma cena o cara do filme aparece cheirando cocaína. Quando Antônio viu aquilo, um nervosismo se apoderou dele imediatamente.

-- Tira isso por favor!

-- Meu Deus, eu não sabia, eu juro eu não sabia, nunca tinha visto esse filme.

-- Eu preciso de pó, eu preciso!

-- Não Antônio, você não precisa! Se controla

Nisso Antônio começou a ficar agitado e a tremer. Parecia que estava possuído por algo.

-- Eu vou sair!

-- NÃO ANTÔNIO!

-- Eu não aguento mais isso Math!

-- Vem cá!

Fui até ele e o abracei e fiquei consolando até ele acalmar.

-- Cancela o cinema, não to com cabeça pra nada!

-- Ok, vamos assistir desenho, tenho certeza que pelo menos ali não corre o risco de você ver esse tipo de coisa

-- Coloca no incrível mundo de Gumball, adoro esse desenho

-- Ok

Quando o almoço ficou pronto, fomos almoçar. A tarde eu convenci ele a sair, ele estava relutante, mas com jeitinho eu consegui faze-lo sair de casa.

-- Vamos por favor!

-- Não qjero ir no cinema Math, estou mal...

-- Você vai se divertir

-- Ta bom... Só o prazo deu me arrumar.

-- Onde vocês vão ? -- Disse tia Lucy

-- No cinema tia, quer ir ?

-- Não meus queridos, vão vocês dois

-- Ta bom tia

Antônio veio do quarto e estava... tão lindo.

-- E aí estou bonito ?

-- Tá um gato! -- Disse empolgado

-- É tá muito bonito filho -- Disse tia Lucy olhando meio desconfiada pra mim

"Meu Deus será que ela percebeu algo ?" Pensei meio calado.

-- Bom, então vamos. Quero pegar a sessão das 3h -- Disse Antônio

-- Tchau tia

-- Tchau pra vocês dois

Fomos para o shopping, compramos os ingressos e esperamos na praça de alimentação até dar 3h.

-- Quer mais um sorvete ?

-- Não, esse tá ótimo!

-- Vou comprar a pipoca ok ?

-- Ok Tony

Entramos para a sala de cinema e fomos ver o filme. Mas o filme estava chato, uma comédia sem graça, parece que depois de 2011 todos os filmes de comédia foram perdendo a graça. Então eu e Antônio ficamos nos beijando no escurinho do cinema

-- Hmmm... para de me beijar, alguém pode ver rs

-- Só tem 6 pessoas aqui, e a maioria está prestando atenção nesse filme lixo

-- Realmente o filme está uma porcaria

-- A gente deveria ter ido ver Pânico 5 rs

-- É, agora é tarde kk

-- Então vem cá me dar um beijo

Nos beijamos, o gosto do nosso beijo era puro, era doce. Quando o filme acabou finalmente, era umas 16h40. Saímos da sala mas resolvemos ir naquelas montanhas-russas de realidade virtual. Eu sei, é muito besta rs

-- Caraca isso aqui é daora mesmo

-- Aeeeee!

-- Para de gritar Tony, as pessoas devem ta olhando kk

-- Que se danem RS

Quando acabou, ele disse que tinha uma surpresa pra mim.

-- Vai me levar onde agora ?

-- Num lugar especial RS

-- Ok

No meio do caminho, fiquei olhando a vista da cidade enquanto anoitecia. Chegamos num motel que era um dos mais caros e luxuosos da cidade.

-- Vamos entrar aqui ?

-- Sim, gostou ?

-- E você tem dinheiro pra pagar ?

-- Eu ganho bem como advogado.

-- Mas isso deve ser muito caro!

-- Relaxa, eu só quero que você aproveita

-- Obrigado Tony

-- Hey, pode me chamar de amor

-- Obrigado amor ❤

Entramos na suíte do quarto e era lindo. A cama era enorme e tinha uma banheira de hidromassagem no banheiro. Antônio foi logo tirando a roupa e ficou completamente pelado. Também tirei a minha e estávamos os dois nus

-- Vem mamar meu pau, que ele te espera

-- Não precisa pedir duas vezes!

Fui direto pro pau de Antônio e o coloquei na boca, gente, é inexplicável como era gostoso. Não consigo expressar nesse conto o como era bom, isso vocês tem que imaginar. Enquanto chupava seu pênis que crescia na minha boca, Antônio me dizia palavras lindas de amor e carinho.

-- Posso gozar na sua cara ?

-- Pode

-- Mas e aquela neurose sua de HIV

-- Você disse que não tinha transado com ninguém a mais de 07 anos

-- É verdade

-- Então goza na minha cara e me chama de putinha

-- Toma porra sua putinha safada!

Nisso ele deu um 'cumshot' na minha cara e esguichou porra em minha cara. Que delícia!

-- Vamos pra banheira, mais tarde é a hora da diversão extra rs

Entramos na banheira e ficamos relaxando. Antônio pegou uma taça de champanhe e outra pra mim, estávamos namorando dentro da banheira daquele motel.

-- Esta com você é como estar no paraíso...

-- Você me completa inteiramente

-- Eu estou apaixonado por você Antônio

-- E eu por você Math, eu nunca amei alguém como estou te amando

-- Venha, vamos pra cama que eu estou explodindo de tesão

Nos levantamos, enxugamos e fomos pra cama. Fiquei de 4 com o cuzinho exibido para Antônio, comecei a piscar e ele ficou louco... enfiou sua cara na minha bunda e lambia como nunca; senti a ponta da língua dele penetrar no meu cuzinho e depois seus dedinhos. Ele pegou o gel e lubrificou meu cu

-- Você vai querer com camisinha ?

-- Sim, você sabe que eu me cuido muito

-- Te entendo, mas você pode confiar em mim!

-- Eu sei...

-- Então não precisa não, eu confio em você!

Antônio foi enfiando sua vara no meu cuzinho. Agarrei os lençóis da cama e comecei a gemer, aquilo foi entrando como um tronco arrombando meu cu. Quando estava no final, Antônio deu uma estocada e eu gritei; ele começou a meter forte e eu sentia meu cu em brasas de prazer... Ele metia como um animal selvagem, e eu gritava como uma cadela no cio. Rebolava naquela pica, empinava, provocava.. Ele urrava de prazer, depois de um tempo trocamos a posição e metemos de ladinho. Ele metia com cara de safado...

-- Agora quero que cavalga no meu pau

-- Ai, não sei se dou conta

-- Da conta sim, vem...

Comecei a cavalgar na piroca dele e a rebolar, rebolava sem parar e empinava a bunda pra sentir ela entrando toda. Me sentia uma putinha nas mãos daquele homem. Antônio estava cheio de tesão e em pouco tempo gozou em mim, e a porra escorria do meu cuzinho.

-- Fica de quatro que eu quero ver o rombo que eu fiz nesse cuzinho

Fiquei de quatro e mostrei meu cu para ele, exibi com vontade e cheio de orgulho aquele buraco todo arrombado. Antônio lambia com vontade, eu acho que ele gostava mais de lamber meu cu, do que meu pau. Naquela noite ele não quis dar pra mim, apenas me comeu gostoso. Quando fomos para casa, tia Lucy notou que estávamos muito felizes

-- Uau ficaram no shopping até uma hora dessas!

-- É mãe estava muito bom lá

-- Eu percebi pela cara de vocês!

-- Vamos pro quarto dormir, to exausto...

-- Eu fambem tia, Boa Noite

-- Matheus o quarto de hóspede vai ficar pronto terça-feira

-- Não precisa disso mãe, ele dorme no meu quarto comigo, me fazendo companhia

-- Ah filho, mas talvez ele se sinta mais a vontade num quarto só dele

-- Não tia, eu me sinto bem no quarto do Tony

-- Vocês dois estão muito apegados...

-- É por que se damos muito bem tia rs -- Disse tentando disfarçar

-- Bom, então se é assim, fiquem a vontade.

-- Vamos Math, to morrendo de sono.

Fomos para o quarto, deitamos e eu fui direto pros braços dele.

1 MÊS DEPOIS...

Parecia que tudo estava se ajeitando, tinha se passado um mês que estava morando lá. Antônio parecia que estava melhorando, mas infelizmente voltou a ter recaídas. Um dia, após Antônio chegar do trabalho, notei que ele estava eufórico demais e muito agitado. Eu não podia acreditar que o pesadelo iria começar de novo...

-- Onde você estava ?

-- Trabalhando ue

-- Uma hora dessas ?

-- Que horas ?

-- 20h46 da noite

-- Eu saí com uns amigos

-- Saiu com uns amigos, conta outra!

-- Para de encher meu saco!

-- Por que você está tão paranóico ?

-- Eu paranóico ? Da um tempo!

-- Que pó branco é esse na sua cara então ?

-- Quer saber mlk, eu usei mesmo! E daí ? Vai cuidar da sua vida!

-- Antônio você prometeu! Você prometeu que iria parar de usar!

-- NÃO ENCHE PORRA!

-- Chega! Eu vou contar tudo pra tia Lucy e o tio João

-- Você não vai contar nada!

-- VOCÊ NÃO VAI CONTAR NADA!

Nisso ele me deu um tapa na cara e eu cai no chão, Antônio todo alucinado pelo efeito da droga começou a quebrar a casa toda. Naquele dia estava só eu e ele em casa, tia Lucy e tio João havia ido na casa da Joana jantar. Antônio quebrava as coisas e eu olhava assustado sem poder fazer nada...

-- Para Antônio, para!

-- Eu quero mais pó! Eu quero mais pó!

-- Antônio por favor para! PARAAAA!

Nisso ele foi até o quarto dele, pegou o vídeo game e um som e saiu pela porta de casa. Saí atrás dele, na rua tivemos outra discussão e ele pegou o carro e saiu em alta velocidade. Comecei a chorar, chorava de tristeza e mágoa, Antônio estava vendendo suas coisas para comprar droga...

-- Quando tia Lucy chegou, me viu na calçada da rua chorando, completamente triste.

-- O que foi querido o que aconteceu!

-- O que foi Matheus ? -- Disse tio João

-- Nada não tio, não foi nada!

-- É claro que aconteceu alguma coisa! -- Disse tia Lucy

-- Tia Lucy e tio João tem algo que vocês precisam saber

-- Diga querido, diga!

-- Aqui não, lá dentro.

Quando eles entraram, encontraram a casa toda revirada. Tia Lucy ficou perplexa e tio João pensou que havia sido um assalto

-- O que aconteceu por aqui ?

-- Tia o Antônio...

-- O que tem o Antônio, ele tá bem, machucaram ele ?

-- O Antônio...

-- Anda menino fala, o que aconteceu! -- Disse tia Lucy ansiosa

-- O ANTÔNIO MEXE COM DROGAS!

-- O que ?

-- O Tony se droga tia, é isso!

-- Não, não pode ser! NÃO!

-- Que história é essa rapaz ? -- Disse tio João

-- É isso tio, eu descobri que o Antônio usa cocaína desdeE por que você não contou isso pra gente Matheus ? Por que ?

-- Por que eu achei que pudesse resolver isso sozinho! Mas não posso!

-- Aquele sem vergonha do meu filho se drogando ? Quando ele chegar aqui eu vou dar uma surra nele que eu nunca dei antes! -- Disse tio João

-- Não tio! Surra, castigo, agressão não resolve! A gente tem que acolher ele

-- E eu lá vou acolher filho drogado, nessa casa ele não pisa mais!

-- SILÊNCIO JOÃO! É O NOSSO FILHO, NOSSO FILHO QUE ESTÁ NESSE MUNDO CRUEL DAS DROGAS! -- Disse tia Lucy chorando.

-- E cadê o vagabundo ? -- Disse tio João

-- Ele saiu com uns objetos, não sei pra onde foi

-- Vamos até a Polícia! -- Disse tia Lucy

Fomos até a delegacia dar queixa de desaparecimento, mas ao saber que se tratava de um dependente químico os policias fizeram pouco caso. Inclusive um, disse que não tinha tempo de cuidar de 'noia'. Tia Lucy estava desesperada e tio João parecia perdido. Voltamos pra casa e ficamos a noite toda sem dormir, esperando Antônio voltar pra casa. Três dias se passaram e meus tios estavam desesperados, começamos a procurar Antônio pelo bairro, pela cidade. Até que num dia, um carinha muito suspeito chegou até em casa e disse que Antônio estava preso na boca de fumo, num lugar bem afastado!

-- Boca de fumo ? Onde ?

-- Onde meu filho está disse tia Lucy apavorada!

-- Se vocês querem ver seu filho, pague a dívida dele!

-- Que dívida!

-- 3,000 R$ de pó!

-- 3,000 ?

-- Ou é isso, ou a rapaziada vai dar um sumiço no playboy

-- Não pelo amor de Deus, não machuca meu filho moço! Por favor -- Disse tia Lucy implorando

-- Qual é tia, ou você paga ou matamos o vagabundo!

-- Eu não tenho esse dinheiro, moço, eu não tenho!

-- Então hoje mesmo seu filho vai estar dentro de uma vala -- Disse o traficante tripudiando!

-- Eu pago!

-- Você Matheus ?

-- Eu tenho umas economias que eu trouxe, eu pago!

-- Deixa eu ir ver meu filho moço, por favor!

-- Só um pode vim comigo!

-- Eu vou tia!

-- Você ?

-- Sim!

-- Não, eu quero ir também!

Nisso o traficante sacou uma arma e disse: "SÓ UM PODE VIM COMIGO, VOCE ENTENDEU SENHORA!"

-- Abaixa essa arma, eu vou!

Enquanto isso, fui até o quarto e peguei o dinheiro que estava guardado. Só eu sabia onde estava. O traficante pôs um capuz em minha cabeça e saiu comigo, sabe Deus pra onde... Cheguei em um lugar sinistro, parecia uma favela, mas não era exatamente uma favela. Quando tiraram meu capuz, o traficante disse que Antônio estava em cativeiro;

-- Cadê o dinheiro porra!?

-- Aqui! Aqui está!

Entreguei o dinheiro pra ele e um cara veio trazendo Antônio.

-- Antonio!

-- Matheus! O que veio fazer aqui ? O que ta fazendo aqui!

-- Vim te resgatar!

-- Você não deveria ter vindo! Esse lugar não é pra você!

-- SILÊNCIO PORRA! -- Disse o traficante

-- Vamos dar um trato nesse mauricinho de merda cambada!

Nisso eles começaram a bater em Antônio na minha frente, eu gritava e implorava para eles pararem e Antônio apenas estsvs caído no chão, sem forças para reagir. Eu chorava e gritava para eles pararem!

-- CHEGA! Esse lixo já aprendeu a lição; da próxima vez que você ficar devendo pra gente seu vagabundo, a gente te enterra vivo! Agora sumam daqui!

Fui até o Antônio que estava caído, ele se apoiou em mim e se levantou. Entramos numa vilela e Antônio começou a chorar.

-- Eu deveria ter morrido!

-- Não fala isso! Xiu!

-- Eu não aguento mais essa vida! Não da mais!

-- Tá tudo bem, tudo bem! -- Disse abraçando ele

Antônio estava sangrando.

-- A gente tem que ir pra um hospital!

-- Hospital ?

-- Sim, você está machucado!

Nisso uma pessoa do bairro veio passando, pedi informações para ela e ela nos contou onde estávamos. Pedi um Uber direto pro hospital de Porto Alegre. No caminho liguei pra tia Lucy e os avisei onde estávamos. No hospital, Antônio foi atendido e quando meus tios chegaram, ele mal olhou nos seus olhos.

-- Meu Deus meu filho! O que você fez da sua vida!

-- Desculpa mãe! -- Disse ele chorando

-- Eu vou te ajudar filho! Eu vou te ajudar!

-- Isso é vida rapaz! -- Disse tio João

-- Desculpa pai, eu tentei parar, eu juro!

-- Nós estamos do seu lado filho! -- Disse tia Lucy

-- O médico disse que eu estou com a pressão alta, por conta da droga

-- Você vai ficar bem, querido! Eu prometo

-- Você salvou minha vida Math

-- Eu não fiz nada primo! Por você eu faço tudo!

-- Obrigado sobrinho querido, você salvou meu filho, eu nunca vou poder ser grata o suficiente -- Disse tia Lucy me dando um abraço.

Ficamos com Antônio no hospital, eu e meus tios conversaram como seria daqui pra frente. Decidimos internar Antônio numa clínica de recuperação de dependentes químicos.

-- Não mãe! Eu não quero ir pra uma clínica

-- É pro seu bem!

-- Eu não quero ficar longe de vocês!

-- A gente vai te visitar sempre! -- Eu disse

-- É filho, é pro seu bem -- Disse tio João

-- Prometem que não vão me abandonar ?

-- Prometo filho!

-- Eu também primo!

Quando Antônio recebeu alta, os médicos o transferiram imediatamente para uma das clínicas de recuperação. No começo foi difícil ele se adaptar lá dentro, com o tempo eu ia visitar ele e ele ficava animado. Nunca deixamos ele sozinho, por mais dificuldade que aparecia. Antônio ficou 5 meses lá dentro, fez todo tipo de tratamento possível. Quando o tratamento terminou, fomos buscar ele na porta da clínica.

-- Nossa você está diferente

-- Eu to melhor, muito melhor do que aquele Antônio de antes

-- Nossa filho, você parece tão bem -- Disse tia Lucy

-- Espero que você aprendeu a lição -- Disse tio João dando um abraço nele

-- Eu não quero mais saber de drogas! Isso quase destruiu minha vida, a vida de vocês.

-- Mas a gente nunca vai te abandonar primo! Nunca

-- Mãe e pai eu tenho uma coisa pra falar pra vocês!

-- Diga filho, o que ?

-- Eu e o Math... A gente está juntos!

-- Juntos ? -- Disse tia Lucy

-- A gente está namorando mãe!

-- Que diabos é isso filho! -- Disse tio João

-- É pai, a gente se ama e está juntos!

-- Filho, você é homossexual ? -- Perguntou tia Lucy

-- Sou mãe, e você vai ter que me aceitar, pois eu amo esse garoto!

Fiquei calado apenas observando tudo aquilo...

-- Filho, eu sempre desconfiei disso, e nesses últimos tempos quando seu primo se mudou lá pra casa, eu notei que vocês estavam próximos demais. Mas não tem problema, eu te amo Antônio, te amo do jeito que você é, e se o seu primo te ajudou no momento que você mais precisou, eu faço gosto desse namoro!

-- Mãe, tá falando sério ?

-- É claro querido!

-- Mas Lucy, meu filho é viado e você aceita numa boa -- Disse tio João

-- Oras João! Você prefere seu filho nas drogas ou feliz por ter um amor, ainda que seja outro homem!?

Tio João fivou calado e não disse nada.

-- Então era por isso que você me perguntou aquele dia, se eu aceitava um filho gay...

-- É tia, eu amo o seu filho, eu o amo muito!

-- Seja bem vindo a família sobrinho querido!

Nisso nos abraçamos e foi só alegria. Antônio e eu íamos nas reuniões dos Narcóticos Anônimos, montamos uma rotina de vida saudável, assumimos nosso namoro e as coisas começaram a dar certo novamente.

-- Faz 6 meses que eu estou limpo!

-- E vai continuar assim né amor ?

-- Por você, por você que esteve comigo nos melhores e nos piores momentos.

-- Eu te amo, muito!

-- Então me beija!

Eu o beijei e estávamos super felizes. Antônio tirou uma caixinha do bolso e ajoelhou, não podia acreditar... Antônio estava me pedindo em casamento, ali, naquele lindo parque, enquanto fazíamos piquenique.

-- Matheus de Albuquerque Marccheneli, você aceita se casar comigo ?

-- Casar ?

-- Sim, casar!

-- Tá falando sério ?

-- E essa aliança de noivado é o que ? -- Disse ele rindo

CONTINUA... EM BREVE PARTE IV [ ÚLTIMO CAPÍTULO ]

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Foto de perfil genéricaFilhinho de Papai ( ͡° ͜ʖ ͡°)Contos: 34Seguidores: 17Seguindo: 0Mensagem

Comentários

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A dificuldade de largar os vícios é grande e necessita de muito apoio das pessoas ao redor, além da força de vontade do usuário...

Tomara que Antônio consiga se manter limpo...

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ANTONIO PROMETE, PROMETE., PROMETE E NÃO CUMPRE. DIFÍCIL ACREDITAR DESSA VEZ. MAS VEREMOS.

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Uma pena que já estejamos perto do final. O conto tá muito bom, os eventos seguiram de forma rápida, mas no geral, gostei bastante! Ansioso pelo último capítulo...

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