RENATA UM GRANDE AMOR – Será que merecemos perdão e um recomeço?
Meu nome é Renata.
Todos vocês já me conhecem, meu ex marido, o Paulo contou toda nossa história, ele contou tudo muito bem detalhado, do nosso início maravilhoso, até o nosso fim tão doloroso, muito mais para ele, mas pra mim foi muito grande também e ainda mais pelo remorso que eu sentia e ainda sinto em ter prejudicado tanto o único homem que realmente me amou, por tudo o que eu fiz ele passar e sofrer, mas pelo menos eu ganhei uma benção na minha vida loucuras que foi segundo meu filho, apesar do pai dele não estar mais entre nós, ele é uma criança muito amada, apesar de ter sido concebido de uma forma “acidental”, assim eu prefiro me enganar.
Nas próximas linhas e páginas vou relatar pra vocês alguns acontecimentos da minha vida, de como tentei seguir em frente com uma filha linda e um principezinho maravilhoso, pena que eu estava sozinha e isso doía muito no meu peito
Sei que não mereço perdão, pelo menos eu achava isso, as pessoas podem mudar muito nessa vida, Como dizem “a vida ensina” e eu aprendi a duras penas, que o dinheiro não é tudo, hoje tenho dois filhos e vendo eles dois crescendo e eu sozinha, eu todos os dias fico remoendo o passado, tentando entender tudo que eu vivi e o porquê que fiz tudo aquilo, sinceramente, não consigo achar um explicação lógica pra tudo, mas eu comecei a ver que talvez eu pudesse tentar o perdão daquele que sempre foi e sempre vai ser meu “homem”, infelizmente eu demorei muito tempo para entender isso.
Quando tudo aconteceu, a minha separação, a minha gravidez e todo o mundo ruindo a minha volta, eu já comecei a rever tudo aquilo que eu tinha feito durantes alguns anos, tendo vivido uma vida de mentiras que eu infelizmente fantasiava que era de uma princesa, mas na verdade eu não passava de uma “escrava” sexual e dos caprichos do Rubens e do Guto, eles dois faziam o que queriam de mim e eu aceitava, na hora eu sentia muito tesão pelas transas que tínhamos, mas depois vinha um vazio enorme, muitas vezes eu chorava dentro do banheiro da minha casa e precisava disfarçar muito para o Paulo não perceber, eu sempre inventava uma desculpa dizendo que era pela fase que estávamos vivendo, mas na verdade era de vergonha, eu tinha plena consciência que eu tinha me tornado uma prostituta, uma garota de programa de luxo e que ganhava muito bem para fazer todas as vontades dos meus dois amantes e às vezes tinham outros que eles traziam e faziam questão de me humilhar.
Quando tudo começou, eu estava sofrendo muitas ameaças inclusive de que eles poderiam dar um “jeito” no Paulo e também que tinham vídeos gravados de quando eu era mais nova e por fim quando percebi já era muito tarde, eu estava enfiada na lama mas o pior era que eu gostava e muito de ser tratada daquela forma, das transas espetaculares que eu tinha com eles dois e com os outros, eu gozava horrores, principalmente quando era duplamente penetrada, aquilo para mim era o ápice, quando tudo acabava vinha meu segundo prazer, o dinheiro, que não era pouco, todo o dinheiro que eu não tinha aceitado do Rubens quando era mais nova e solteira, eu aceitava agora casada e muito bem casada, mas eu não conseguia enxergar tudo aquilo.
Muitas vezes precisamos sentir na pele, para podermos aprender. E comigo está sendo assim, levei porradas de todos os lados, não foi fácil passar por toda aquela tempestade que minha vida tinha se transformado, minha família que sempre estiveram ao meu lado, agora me julgavam, não me viraram as costas, mas meu pai tinha vergonha de tudo o que aconteceu e principalmente minha mãe ficou muito tempo falando somente o estritamente necessário, eles não me deixaram na rua, apesar de eu ter um bom dinheiro, mas seria muito difícil com uma menina quase mocinha e eu grávida do segundo filho, eu não iria conseguir sozinha, meu pai devagar foi fazendo o meio de campo e minha mãe acabou me ajudando com o neném que estava chegando.
No início da gravidez o Rubens e o Guto ainda queriam as transas loucas que sempre tivemos, mas conforme a barriga começou a crescer, fomos diminuindo o ritmo.
Se antes eu era muitas vezes humilhada, agora grávida era mais ainda, sempre escutava eles dizendo que eu estava tentando dar o golpe da barriga, que deles eu não iria tirar um centavo a mais do que eles já pagavam, que eu deveria dar um jeito de arrumar um pai para a criança que iria nascer, que eu deveria fazer o corno do meu marido aceitar aquela criança e já que ele tinha o sonho em ser pai poderia criar aquela como se fosse sua e que nenhum deles iria assumir meu filho, afinal ele fora concebido em meio a muitas surubas que praticávamos, durante a gravidez não tínhamos certeza de quem seria o pai, eu no fundo sabia que era do Rubens, mas ainda não poderia afirmar, precisaria esperar para fazer o DNA, eles dois sempre falaram que não iriam fazer nenhum exame e que eu deveria me virar, afinal eles já tinham pago e muito bem por todos os meus serviços prestados.
As coisas estavam relativamente calmas, apesar de estarmos em plena pandemia, eu estava me cuidando muito, achava que fazendo tudo que estava sendo recomendado estaria livre do risco de ficar doente e eu no fundo estava até achando muito estranho toda aquela calmaria mas fui levando minha vida, afinal o Paulo já tinha conseguido o que tanto queria que foi me “jogar” na rua, me tirando a casa que eu tanto amei e lutei junto com ele para construirmos, mas ele foi muito esperto e saiu vitorioso, era melhor ele ficar com a casa e não mexer no dinheiro que eu tinha guardado durante aqueles anos, porque eu não tinha certeza o que viria pela frente.
Quando foi para o neném nascer fiquei com muito medo de nós dois pegarmos a doença no hospital e assim colocando nossa vida em risco, mas deu tudo certo ele nasceu um baita meninão com três quilos e quatrocentos gramas, bem cabeludo e tinha todos os traços do Rubens, quem olhasse teria certeza que o filho era dele.
No dia seguinte do nascimento, o Rubens, apesar de todas as restrições conseguiu ir no hospital visitar eu e o neném, quando ele viu o menino os olhos dele se encheram de lágrimas e ele teve certeza que o filho era dele, fiquei muito admirada pela emoção dele, depois foi me confessar que no momento que viu o moleque teve certeza que era seu filho, que nenhum de seus filhos pareciam tanto com ele quanto o nosso. Mas ao mesmo tempo ele foi bem duro comigo, dizendo que não poderia assumir a criança, que se a mulher dele descobrisse, tudo estaria perdido, então me garantiu que nada iria nos faltar, mas afirmou que eu nunca poderia procurar os meus direitos e os do meu filho, naquele momento no calor das emoções acabei concordando.
Mas todos vocês sabem que não foi nada disso que aconteceu, poucos dias depois do nascimento a mulher dele descobriu sobre a criança, foi um barraco gigante, eu achei que iria apanhar da mulher. Ela me humilhou e a toda minha família, não sei ao certo como ela conseguiu entrar no hospital, com certeza pagou alguém afinal dinheiro eles tinham e muito.
- Eu nunca poderia imaginar a que nível você desceu, se fingindo de namorada do meu filho e na verdade você sempre foi amante do pai e depois do meu filho, todos esses anos você era casada, como pode fazer uma coisa dessas, com seu marido e comigo, eu não merecia nada disso, você não passa de uma biscate, uma puta rampeira, se depender de mim você vai viver na sarjeta ou na merda que é onde você merece estar, porque do meu dinheiro você não vai nem a cor, não sei se você sabe, mas tudo o que o Rubens tem é na verdade é meu e do meu pai, ele somente administra todos os negócios, então se sua intenção era dar o golpe da barriga você se fudeu, só não vou acabar com você nesse momento porque eu ainda respeito esse anjo que nasceu e não tem culpa de ter a mãe e o pai que tem, só tenho dó dele porque vai ser sempre taxado de o “filho da puta”. Outra coisa que não consigo entender, como seus pais admitiram uma coisa dessas? Você foi amante do meu marido por muito anos, impossível a sua mãe e seu pai não desconfiarem de nada, ou eles também recebiam uma mesada???
Depois de despejar um monte de coisas na minha cara, ela saiu da mesma forma que entrou, doeu muito ouvir tudo o que ela falou, doeu muito mesmo, mas infelizmente eu estava errada e não pude retrucar em nada, eu tinha certeza que tudo aquilo tinha dedo do Paulo, ele enfim estava se vingando de toda a humilhação que sofreu, de ser tachado de corno mocho, vendo a mulher grávida do amante. Mas eu ainda não tinha certeza de tudo, precisava esperar para ver o que poderia fazer para revidar, eu estava com um ódio mortal dele, o Rubens também, mas precisávamos esperar a poeira baixar para podermos agir.
Assim que o resultado do DNA saiu e confirmou a paternidade, a mulher do Rubens deu entrada no divórcio, o sogro homem muito rico e poderoso, afirmou que iria fazer da vida dele um inferno, sobrou até para o Guto e pro primo que sempre acobertaram o Rubens.
O Rubens mesmo com a separação afirmou que não iria assumir meu filho, que ele não seria pai de uma criança que veio ao mundo naquelas circunstâncias, só faltou falar que não seria o pai do “filho da puta”, ele afirmou mais uma vez o acordo de que me daria uma mesada mas de forma alguma iria assumir a criança.
- Renata, eu não posso e não quero de forma alguma assumir esse filho, ainda posso brigar por muitos bens e muito dinheiro, mesmo divorciado vou poder me virar afinal tenho um patrimônio separado do meu sogro, assim eu te garanto que vai receber uma boa mesada, quem sabe no futuro a gente possa rever esse acordo.
Uns dois meses depois ele apareceu na minha casa, estava com um outro homem dizendo que era seu advogado e tinha um documento, que exigiu que eu assinasse, dizendo que eu receberia um determinado valor mensal, mas teria que abrir mão de toda e qualquer possível herança do meu filho. Eu sei que fui muito burra mas acabei assinando e aquele documento, e em um futuro bem próximo iria me trazer muitas dores de cabeça, mas na hora certa vou contar pra vocês.
Poucos dias depois eu comecei a sentir muitas coisas estranhas, uma gripe forte, muita febre e o principal, muita tosse, faltava o ar quando me dava as crises, fiquei desesperada e por fim confirmou eu estava infectada com o vírus do covid, assim como um milagre, meu filho e ninguém da minha casa foram infectados, eu estava isolada deles todos, e fiquei alguns dias em uma UPA aqui da cidade, não tinham vagas para meu internamento, eu estava ficando cada vez pior, com uma falta de ar gigante, desesperada achando que iria morrer sem poder ter o socorro necessário, mas do nada conseguiram uma vaga para mim, fui direto para uma UTI da ala de covid de um hospital, não precisei ser entubada, mas fiquei respirando com o auxílio de oxigênio. Meu quadro não melhorava e nem piorava, ficou estacionado, mas aos pouco comecei a sentir mais alguns sintomas e a doença começou a afetar meus rins e meu coração, precisei fazer um tratamento intensivo pro coração e também fiz algumas sessões de hemodiálise. Demorei alguns meses para me recuperar de todas as sequelas.
Nesse meio tempo eu fiquei sabendo que o Rubens estava bem mal em uma UTI de um dos melhores hospitais particular da cidade, mas o quadro dele foi piorando a cada dia, a doença foi muito agressiva e ele em poucos dias acabou morrendo, no dia que recebi a notícia de sua morte fiquei desesperada pelo meu filho, achando que eu também iria morrer e agora sem o pai ele iria ficar totalmente desamparado.
Nos dias que fiquei internada eu ainda tinha muita raiva do Paulo, por ele ter feito a mulher do Rubens descobrir tudo, eu não sabia por onde começar e agora praticamente sozinha, afinal eu tinha perdido o cara que me bancava, como eu iria fazer para levar minha vida em frente? Mas mais uma vez eu estava errada e muito em relação ao caráter do Paulo, fiquei sabendo por uma das enfermeiras e depois confirmei com um médico, que quem tinha conseguido a vaga e que ainda por cima estava contribuindo com doação de utensílios para o hospital era justamente ele, claro de forma totalmente anônima. Por mensagens minha mãe acabou revelando que tinha ligado pra ele e pediu ajuda e que no mesmo dia eu já tinha conseguido a vaga na UTI, mais uma vez ele deu prova de quanto era um homem honrado e que no fundo ainda me amava apesar de toda a mágoa que sentia sem seu coração.
A partir daquele dia comecei a ver que realmente a errada da história era eu, a duras penas comecei a ver que, ele tinha sido o maior prejudicado de toda aquela história, fiquei lembrando de todo o tempo que ficamos juntos, e como comecei a me distanciar dele, nos últimos tempos eu estava com ele somente por pena e comodidade, eu achava nossa vida “medíocre” afinal depois de termos ganho um bom dinheiro, tínhamos uma vida bem confortável e com muito luxos e mimos e do nada estávamos vivendo com a grana bem apertada, sem poder ter nenhum luxo do que eu já tinha me acostumado, nem jantar fora no fim de semana a gente podia fazer e isso era uma das coisas que acabavam comigo e acho que por ele não querer mais a vida liberal que tínhamos e eu adorava, tudo aquilo foi minando o sentimento que eu tinha por ele.
Eu via que ele ainda me amava, mas eu infelizmente parecia que estava cega para tudo o que vivemos juntos e não sentia nada por ele, quando ele me procurava para transarmos, eu fazia praticamente no automático, quase todas as vezes eu fingia um orgasmo para terminar logo tudo aquilo.
Naqueles dias ali sozinha pude ver o quanto eu tinha sido egoísta com todos a minha volta, na ânsia de me satisfazer sexualmente e financeiramente e estava passando por cima de todos, ali naquela cama de hospital percebi o quanto eu estava sendo mesquinha e que talvez estivesse com algum tipo de distúrbio sei lá, mas o que sei que o que eu sentia em relação às festas e ao dinheiro do Rubens e do Guto não era normal, aquilo só estava me levando para o fundo do poço a cada dia.
Hoje olhando pelo lado bom das coisas, vejo que aqueles dias no hospital serviram para eu aprender a dar valor a quem realmente importa e ver que era necessário uma mudança radical em minha vida, assim eu fiz, quando saí do hospital, me inteirei sobre toda a ajuda que ele tinha dado a minha família, ajudando de todas as formas, ali tive certeza que eu ainda amava aquele homem, mas que eu tinha perdido ele para sempre.
Liguei para ele um dia e agradeci por tudo o que ele fez por nós, foi muito bom poder ouvir sua voz novamente, me doeu o coração eu poder escutar, mesmo que baixinho ele chorando no outro lado do telefone, eu sabia que aquele choro era de mágoa, de dor por tudo o que eu fiz com ele e no fim da ligação confessei que eu ainda o amava e que ele era o homem da minha vida, desliguei e nem deixei ele falar nada.
Ele nunca mais me procurou, eu no fundo tinha uma pequena esperança que ele depois de algum tempo pudesse me procurar para conversarmos, mas ele não fez, ele seguiu com sua vida, eu também estava seguindo com a minha a trancos e barrancos, mas estava indo, depois e um tempo fiquei sabendo que ele tinha realizado o sonho de ser pai, o sonho que eu me recusei a realizar junto com ele, eu quase todos os dias pensava em o quanto poderia ter sido diferente, mas eu precisava lidar com as consequências.
E uma das primeiras foi entrar com um processo de reconhecimento de paternidade do finado Rubens, como eu tinha em mãos o exame que realizamos, eu achava que seria fácil de conseguir isso e meu filho ter uma parte na herança de todos os bens e dinheiro que o Rubens deixou, eu sinceramente não estava interessada no dinheiro pra mim, mas queria garantir o futuro do meu filho.
Quando o advogado deu entrada no processo eu tive uma grande e péssima notícia, aquele papel que eu tinha assinado, iria me dar muita dor de cabeça, afinal eu tinha aberto mão de tudo, mas meu advogado ainda disse que poderia reverter afinal meu filho era o herdeiro e não eu, assim ele ainda teria chance de reverter, mas não foi isso que aconteceu, os advogados da família, colocaram que como a criança era menor e eu a responsável legal, então eu tinha assumido o risco na hora que assinei o documento.
Fiquei desesperada, não sabia o que poderia fazer para reverter aquela situação, então resolvi procurar uma pessoa muito querida que eu tinha ajudado bastante em um passado não muito distante, tinha certeza que aquele anjo em forma de gente poderia me dar todo e qualquer suporte para poder enfrentar aquela família poderosa. Com certeza com sua ajuda eu conseguiria reverter todos aqueles fatos e assim conseguindo garantir o futuro de meu filho.
Continua...
bem meus amigos, eu me rendi a alguns pedidos e por ter me identificado com algumas palavras que recebi, e assim pensando na vida deles dois me veio a idéia de tentar narrar um pouco dos acontecimentos após a separação deles, não sei vai parecer que eu quero redimir a Renata, mas garanto que vou me dedicar para entregar uma boa história pra vcs...
grande abraço