Após a tarde de minha iniciação na casa da Verônica, eu passei alguns dias pensativa. Ao mesmo tempo em que estava insegura com aquilo tudo, também não conseguia esconder o meu desejo e curiosidade por continuar naquele jogo. O inesperado da situação, o clima de sedução e a forma como os dois me dominaram, fizeram renascer de vez uma Fernanda que esteve adormecida por muito e muito tempo. Eu precisava daquela válvula de escape, algo que me trouxesse mais emoções; e nada se mostrava mais interessante e divertido do que ser conduzida para o mundo BDSM que eles me apresentavam.
Comecei a ler mais a respeito, e a cada descoberta que fazia eu ficava mais curiosa e com vontade de experimentar. Escondida em casa, eu assistia a vídeos na internet, e me excitava ao me transportar para aquelas situações, me imaginando no lugar das mulheres que lá via. Dividi isso com a Verônica, e ela foi me explicando como eram os rituais, algo com o que vinham se envolvendo há muito tempo, tendo parado apenas por breves momentos durante as gestações das filhas dela. Ela me passou segurança, principalmente quando explicou que tomavam todas as precauções para não correrem qualquer tipo de risco. E que isso naturalmente se estenderia para mim, não apenas por ser amiga deles, mas também por estar no papel de sua serva e assim fazendo agora parte da vida íntima de ambos. Falamos abertamente de tudo, inclusive de DSTs ao que eles compartilharam comigo seus exames assim como eu providenciei os meus.
Dessa forma, conversamos e combinamos de seguir com nosso segredo, passando para uma nova fase do jogo que eles denominaram de adestramento, mas que, na prática, funcionou como um treinamento para que me tornar a escrava e concubina particular da Verônica e, de forma estendida, também do Felipe. Por mais que tudo envolvesse muito tesão e sexo, no fundo aquela vida paralela era como um grande jogo de RPG, onde os rituais e cenas seriam como partidas em que os jogadores se encontravam para passarem momentos de entrega na pele de personagens. Isso meio que atenuava um pouco da culpa, e o mais óbvio do meu caso: que eu estava traindo meu marido, inconscientemente boicotando e destruindo de vez o meu casamento. Eu me iludi encantada com aquilo tudo, e não percebi o quão danoso isso se mostraria no final para mim.
Os meses seguintes foram de minha completa imersão naquele mundo. Basicamente tudo ocorria na secreta masmorra que eles mantinham na residência deles. Quando qualquer um de nós passava por sua porta já estava subentendido que deveria assumir o comportamento e seguir as regras de seu personagem, sendo terminantemente proibido trazer assuntos ou qualquer tema externo para ali dentro. Havia, como de praxe, uma palavra-chave que desligava tudo isso, se ocorresse alguma emergência ou se a situação ultrapassasse o aceitável para qualquer um de nós. E que, em nosso caso, era "Violeta".
Assim, nosso feudo, como passamos a nos referir, era composto pelo Felipe como grão-mestre, a Verônica como rainha, e eu como sua serviçal particular. Além de nós havia ainda uma quarta pessoa, que tinha um papel secundário, mas que era relevante em nossa estrutura: Renata, a governanta da casa e que participava como apoio. Ela nunca estava presente nas sessões na masmorra, mas sempre cuidava de tudo por lá, mantendo o salão em ordem e servindo como uma espécie de anfitriã nos dias dos rituais. Soube pouco sobre ela, mas entendi ser alguém de confiança da Verônica, e que trabalhava desde sempre com eles.
Quando em nossa masmorra, eu não podia usar o telefone celular, que ficava assim com a Renata para o caso de alguma chamada importante ou imprevisto. Apenas uma vez isso aconteceu, quando Beto me ligou e ela nos interrompeu trazendo o celular até a porta para eu atender e responder a ele sobre algum assunto sem muita importância. Dei a desculpa de que o havia esquecido na sala, e que estava com a Verônica conversando na varanda. Mas a verdade era que eu estava, naquele momento, cobrindo parcialmente minha nudez da Renata, que esperava eu encerrar a ligação para lhe devolver o aparelho e voltar para a cama onde eu me divertia com a Verônica.
O começo das sessões do meu treinamento BDSM me forçou a adaptar minha agenda de compromissos, além de também passar a inventar algumas desculpas em casa que justificassem minhas ausências. Não sei precisar ao certo, mas foram mais de uma dezena de vezes com certeza em que estive na casa deles nessa fase, que durou bem uns 3 meses. Combinávamos as sessões com alguns dias de antecedência, o que já nos excitava pela expectativa do que iria acontecer. E, chegado o dia ou mesmo na sua véspera, eu comentava despreocupadamente com o Beto que iria passar na casa da Verônica, não levantando assim muitas suspeitas, mas ocultando por completo os reais motivos da minha visita a eles.
Logo ganhei da minha mestra um conjunto de roupas, onde a que mais eu gostava era um espartilho justo de látex, que me apertava a cinturinha e deixava meus seios de fora. Eram eles que escolhiam todas as minhas vestimentas, não me dando nenhuma chance de opinar, tendo que as aceitar e me submeter a usá-las quer fossem sensuais, quer fossem humilhantes. Meu guarda-roupa lá tinha algumas peças, que não rivalizavam com as que Verônica usava, mas que buscavam acender o desejo de todos em me usarem para suas sevícias.
Quando a visita ocorria de dia, em quase todas as vezes eram apenas entre mim e a Verônica. Ela me dava ordens quanto a tudo, me obrigando a usar e experimentar inúmeros acessórios em nossos jogos eróticos, a cada sessão com uma ou duas novidades. Vendas, algemas, coleiras, chicotinhos e vibradores são exemplos do que ela utilizava comigo, sempre abusando gostosamente de mim. Rolávamos as duas na cama, e eu adorava o quanto nos sentíamos, gozando muito na boca e nos dedos uma da outra. Nossos gemidos e gritos ecoavam pelo quarto, sem bloqueios, sem medos… Ao final, sempre terminávamos nos banhando juntas, eu dando-lhe um tratamento especial, sendo disciplinada e treinada na arte de lhe servir e lhe proporcionar prazer.
Já as vezes junto com o Felipe ocorreram em determinadas noites, onde eles exerciam seu poder pleno de dominação sobre mim. Nessas ocasiões, eu tinha que vestir roupas especiais e reveladoras, e que combinavam com o figurino que ambos usavam na posição de meus mestres e donos. As sessões sempre começavam com práticas de tortura, e que serviam para me moldar e me fazer amolecer para eles. Nelas eu ficava invariavelmente imobilizada e atada, junto com outros acessórios especiais que eles escolhiam, e que me causavam dor. Colocavam-me mordaças e, por vezes, também vendas nos olhos, tendo os bicos dos meus seios como um dos alvos prediletos de ambos, tanto sendo beliscados como também recebendo presilhas que ficavam doloridamente presas bem nos meus biquinhos. Eles me amarravam a mesas e equipamentos de tortura especiais, sempre em diferentes e humilhantes posições.
Isso tudo para ser, então, abusada por eles sempre com alguma dose de sadismo, pois adoravam me causar dor nas partes sensíveis do meu corpo. Fui incontáveis vezes penetrada e socada em todos os meus buraquinhos por dedos e apetrechos, ao mesmo tempo em que recebia leves chicotadas e tapas na bunda, acompanhados de beliscões nos meus mamilos e no meu grelinho. Nada nunca exagerado, que pudesse deixar marcas no corpo, ponto que deixamos combinado em nosso "contrato". Mas que, eventualmente acontecia, quando todos nós, eu inclusive, exagerávamos um pouco e eu precisava então a disfarçar e esconder de Beto em casa, evitando-o por alguns dias até estar com os machucados cicatrizados. Não sei explicar o motivo, mas aquela parte das nossas práticas era a que eu mais temia e mais desejava também. Estava proibida de sentir tesão, mas em muitas vezes não me controlava e me deixava escorrer de tanto gozo e excitação, sendo então punida e levada assim a ter mais prazer ainda.
Durante aquelas noites com Felipe, invariavelmente após a fase das torturas, terminávamos todos na cama do quarto anexo, eu me juntando ao casal quando finalmente formávamos um trio. Eu ainda em minha missão de lhes proporcionar o máximo se prazer que pudesse, não negando nada a ambos. Era como se eu fosse um brinquedo para os dois, fazendo o que me mandavam, mas também aproveitando para gozar muito naquela parte dos jogos. Felipe me comeu muito nessas ocasiões, Verônica fazendo seu papel de me dividir com ele. Ela se excitava ao ver seu homem me fodendo com gosto, a ponto de trocar de posição comigo e me chupar sorvendo meu gozo enquanto ele me penetrava, proporcionando-me uma sensação maravilhosa ao meu corpo ainda dolorido dos castigos sofridos. Tínhamos também no inventário de acessórios, um "strapon" que Verônica usou muito comigo, me submetendo a diferentes duplas-penetrações junto com Felipe, ambos se alternando em minha boceta e no meu cuzinho, até me fazerem quase desfalecer de tanto gozar. Acessório esse que também tive o prazer de usar mediante ordem deles, tanto para penetrar Verônica como ela fazia comigo, como para sodomizar o Felipe numa gostosa e inesperada inversão ordenada por ele.
Assim que nossa sessão terminava, geralmente Felipe se retirava, e eu ficava com a Verônica, as duas saindo aos poucos dos nossos papéis, e relaxando após tanta coisa compartilhada por ali. Ajudávamo-nos uma à outra a nos arrumarmos, eu preocupada em voltar da mesma forma que cheguei, mas com banho tomado e cabelo secos, retocando a maquiagem e repondo o mesmo perfume que usava no dia. Tudo pensado para manter em sigilo nossa "ordem secreta". Passada a porta da masmorra, voltávamos a ser os mesmos amigos de sempre, todos em mesmo é de igualdade. Eu chegava mesmo a nem ver no Felipe da turma o mesmo que me domava os instintos na penumbra daquele nosso calabouço, por mais que fosse o pau dele que me violava e me adestrava. Para minha mente eram duas pessoas distintas. E até mesmo sobre Verônica eu posso dizer que o tesão por ela havia sido transportado para aquele mundo paralelo, apenas presente em nosso dia a dia pelas pequenas conexões que se formavam em olhares fortuitos e na discreta sedução que mantínhamos "aqui fora", nos tentando a voltar para lá assim que pudéssemos.
Minha vida real seguiu seu curso normal durante todo aquele tempo. E, por mais insano e doentio que possa ser, aquilo tudo em nada mudou ou influenciou minha vida matrimonial; que continuou morna, com altos e baixos, seguindo o ritmo da imensa maioria dos casamentos. Ou seja, de terem caído numa rotina de onde não conseguiam sair mais. O restante da minha vida estava bem blindado e protegido, nos meus relacionamentos e cuidados com meus filhos, nas relações com minha família, e na continuidade exitosa de minha vida profissional. Beto, com certeza, estava sendo traído por mim, mas de uma forma quase fantasiosa, a Fernanda vadia sendo a escrava da Verônica, ao passo que a Fernanda esposa se mantinha maternal e amorosa ao seu lado. Louco, mas era assim que minha cabeça funcionava...
Então, após aqueles meses de adestramento, Verônica me procurou pedindo que eu reservasse uma noite exclusiva para eles. Uma na qual eu não precisasse retornar para minha casa, e que seria um momento especial, passando a noite inteira na casa deles. Eu poderia sugerir qualquer data, desde que o fizesse com uma boa antecedência, e que fosse preferencialmente num dia de semana, já que facilitaria para todos o álibi necessário. Planejamos tudo juntas, e escolhemos uma quarta-feira para a qual eu inventei a desculpa de estar indo para um simpósio em outra cidade, algo que ocasionalmente eu fazia, e que era comum nas minhas atividades. Verônica mais, mas Felipe também, estava excitadíssima com aquela ocasião, quase me matando de tanta curiosidade, mas se recusando terminantemente a compartilhar comigo o que aconteceria. Chegou mesmo a invocar seu poder de minha mestra, enquadrando-me para não mais questionar sobre o assunto na semana e nos dias que antecederam. Eu quase não dormia na expectativa do que eles iriam aprontar comigo, apenas me confortando por assegurarem que eu iria adorar.
Chegado o dia, preparei minha falsa mala e demais materiais como uma boa artista, e organizando tudo para que Beto não tivesse que se preocupar com nada, bem como meus filhos com todas as rotinas já programadas. Como combinado com a Verônica, cheguei em sua casa no final da tarde, com as instruções de guardar meu carro em sua garagem. Fui, então e como sempre, recebida pela Renata, que se encarregou de guardar minha mala num quarto de hóspedes da parte comum da casa, me levando para nossa masmorra na sequência.
Lá entrando, Renata, diferentemente das demais ocasiões quando me levava para me encontrar com Verônica, entrou na masmorra junto comigo, trancando a porta, e me orientando para irmos para o quarto anexo. Depois de todo o treinamento tido, eu automática e instintivamente acionei o "modo escrava", entendendo que ela tinha, então, a autoridade herdada da Verônica para me conduzir como fosse necessário. E assim ela o fez:
- Tire toda sua roupa, e a guarde no armário.
Sem questionar, eu tratei de me despir na frente dela, sem nenhuma vergonha daquela mulher. Renata deveria ser pouca coisa mais velha que eu, talvez estando na faixa dos 50 anos. Ainda era uma mulher de traços bonitos, e um corpo com formas e curvas atraentes, por mais que o uniforme tentasse as esconder.
Já completamente nua, eu guardei com capricho minha blusa, a calça social e o conjunto do sutiã e calcinha que usava numas das prateleiras, voltando-me para ela em silêncio, aguardando novas instruções. Renata, então, indiferente a minha presença ali, passou a encher a banheira que havia no aposento, um modelo antigo cheio de detalhes de época, mas que internamente era equipado com todas as comodidades modernas. Ela regulou o calor da água a seu gosto, enquanto pegava peças de roupa em uma cômoda e as dispunha sobre a pequena poltrona que lá havia. Banheira cheia, ela se voltou novamente para mim:
- Entre na banheira, que eu irei prepará-la para a noite.
Mais uma vez sem discutir, eu entrei com cuidado na banheira, sentindo o prazer e o relaxamento proporcionado pela água levemente quente, no ponto ideal para aquele banho. Acomodada, Renata então se sentou próxima de mim, e passou a me dar banho, usando uma esponja macia e misturando sais aromáticos na água. Sentia suas mãos me percorrendo o corpo com suavidade, eu me entregando a ela sem bloqueios, numa cena completamente inédita para mim. Se aquela era a surpresa, eu já estava maravilhada, pois nunca depois de adulta tive esse tipo de experiência, de uma pessoa, no caso uma mulher atraente como ela, dando-me um cuidadoso e detalhado banho. Suas mãos, com e sem a esponja, me tocaram por inteiro, não deixando nem mesmo as partes íntimas de fora. Ela lavou meus seios com carinho, bem como me fez me erguer para também banhar demoradamente minha bocetinha e minha bundinha, inclusive com seus dedos invadindo minhas entradinhas, passando óleo e gel íntimo dentro de mim.
Não sei dizer quanto tempo aquele banho demorou de fato, mas foram deliciosos minutos onde eu me entreguei à preparação experiente daquela mulher, adorando todo o carinho e as sensações que ativaram meus desejos. Ajudando-me a sair da banheira, ela seguiu o ritual para me secar toda com uma toalha, fornecendo-me depois um gostoso roupão, e terminando por me dizer:
- Descanse, que retorno em breve para terminar sua preparação.
Não ousei questioná-la de nada, sabedora que eu já estava encarnada em meu personagem. E assim tratei de me deitar naquela conhecida cama, relaxando por um bom tempo e divagando entre os macios travesseiros sobre o que viria pela frente. Cheguei mesmo a adormecer por uns instantes, aqueles momentos isolada na masmorra tirando minha noção de tempo, e eu pouco podendo arriscar que horas de fato seriam. Fui despertada quando escutei a porta novamente se abrindo, e vendo Renata retornando, agora trazendo consigo um conjunto de roupas e uma pequena caixa na mão.
- Vou vesti-la agora, pois você já é aguardada no salão.
Meu coração palpitou mais rápido, pois claramente a noite seria bem diferente do usual. Minha curiosidade era tamanha que arrisquei captar algo com Renata, enquanto ela tirava meu roupão e me deixava novamente nua à sua frente.
- Você sabe... hã... para o que sou aguardada?
- Você verá! - sua resposta foi dada com um olhar neutro, em nada denunciando se seria algo bom ou mal, o que apenas piorou minha ansiedade.
Renata foi, então, me vestindo com as poucas roupas que trouxe para mim. Iniciou por uma túnica branca curta, que descia até o meio das minhas coxas, presa nos meus ombros por laços simples e amarrada em minha cintura. Seu tecido ligeiramente fino permitia uma visão quase plena de meus seios, e que também se revelavam pelas generosas fendas laterais. Eu parecia uma vestal grega, mais sensualizada por estar seminua e sem usar nada por baixo daquela peça única.
Depois disso, ela penteou meus cabelos e os prendeu num coque, deixando meu pescoço e minha nuca totalmente expostos. E, em seguida, colocou-me a coleira preta e sua guia, a mesma que eu já me acostumara a usar com meus mestres. Finalizou meu visual com uma máscara também branca, que me cobria até o meu nariz, deixando mais evidenciados os meus olhos e minha boca. Não vendo nenhum calçado por ali, entendi que permaneceria descalça dali para frente.
Após tudo isso ela então abriu a misteriosa caixinha que trouxe consigo, de onde retirou simplesmente um plug-anal prateado, parecendo um naipe de espadas em três dimensões. Ele era adornado como uma joia e tinha na sua base as iniciais "F&V" cravejadas em pedrinhas que imitavam esmeraldas. Uma clara demonstração de quem eram efetivamente os meus donos:
- Apoie-se na cama, e se incline de costas para mim.
Respirei fundo meio que desacreditando, mas logo entendendo que não eu, mas sim Renata era quem iria introduzir o plug no meu cuzinho, consolidando meu processo de submissão que se iniciava para aquela noite. Segui, então, calada e obediente para o que se esperava de mim, e me inclinei apoiada no colchão, erguendo minha túnica e empinando minha bunda em sua direção, enquanto ela se ajoelhava atrás de mim:
- Mostre-o para mim.
Aquelas palavras terminaram por me derrubar de vez, me fazendo ficar úmida pela forma mais autoritária como ela me tratava, mesmo nunca tendo exercido esse poder diretamente sobre mim. Totalmente passiva, eu me mostrei, então, à Renata, com minhas duas mãos afastando minhas nádegas, dando-lhe uma visão completa do meu cuzinho entreaberto. Ela passou um pouco do lubrificante por toda a joia, e, com a ajuda dos dedos, foi massageando o entorno do meu anelzinho, me orientando:
- Relaxa e abre... isso.... assim! – E, com carinho, ela introduziu o plug no meu cuzinho, ajeitando a peça para deixá-la na posição certa com a iniciais legíveis, e terminando por secar o pouquinho de lubrificante que espirrou para os lados.
Levantando-se de onde estava, Renata então me disse para ficar novamente em pé, olhando-me dos pés à cabeça e conferindo cada detalhe, me chamando então para finalmente sairmos daquele quarto:
- Agora você está pronta. Siga-me!
Caminhei então seguindo-a pelo quarto, e, para minha surpresa, com ela me conduzindo pela guia através e para fora também da masmorra. Fomos nos encaminhando para o interior da parte principal da casa, e, à medida em que nos aproximávamos da porta ao final da escadaria, degrau a degrau, eu podia escutar sons de agitação cada vez mais altos, o que me levou a um estado pânico, temendo o que poderia acontecer comigo.
- O que... o que está acontecendo lá, Renata?
Ela me escutou a perguntar, mas, indiferente seguia em frente, apenas me repreendeu:
- Apenas obedeça, como você sabe que deve fazer.
E dizendo isso, ela abriu a porta, me puxando para dentro da sala principal, onde, para meu desespero, haviam por volta de umas 15 pessoas confraternizando com taças na mão, bebendo, conversando e rindo. Todas trajando diferentes vestimentas, cada uma remetendo a algum tipo de cena BDSM ou relacionada a isso. Havia algumas rodinhas já formadas, mas quase todos se viraram para mim enquanto Renata me conduzia pela guia. Segui de cabeça baixa, até ela me entregar para Verônica, que comentou quando me recebeu:
- Hum, essa roupa caiu muito bem em você - me recebendo com um leve sorriso, mais de satisfação por sua obra, e mantendo a seriedade que seu personagem exigia.
Verônica vestia um traje muito sensual, todo de látex preto, justo e que valorizava as formas do seu corpo, e, em especial, realçando o volume de seus seios. A calcinha, do mesmo material, era pequena e cavada, estando enterrada na sua bundinha e subindo estreita e vincada na bocetinha. Sapatos altos também pretos de salto agulha a deixavam mais ainda imponente, quase dispensando a necessidade do chicote que trazia nas mãos para demonstrar seu poder. Felipe, por sua vez, estava mais parecido com um imperador romano, com as vestes longas e usando uma coroa de louros. Assim como Verônica e todos por ali, também usavam máscaras no estilo da minha, a dela sendo preta e a dele dourada.
Pelo curto trajeto em que fui levada até eles, notei uma grande variedade de estilos de vestimentas e posturas entre os demais convidados. Aparentemente todos estavam acompanhados por seu par e, em alguns casos, até memos por mais alguém. E, invariavelmente, era claro dentre eles quem eram os submissos. Posteriormente Verônica me revelou que ela e Felipe haviam convidado apenas os membros mais proeminentes da sociedade secreta deles para aquela noite, onde eu lhes fui oficialmente apresentada. Esporadicamente ocorriam festas como aquela, onde a preocupação com a segurança era total e se proibia o uso de celulares, que eram recolhidos logo na chegada dos convidados. A minha apresentação para todos como sua serva era um dos eventos previstos para ocorrer naquela noite.
Verônica fez questão, então, de passear comigo pelo salão, levando-me para me exibir aos convidados ali presentes. Ciente do meu papel, eu me mantinha retraída e obediente, enquanto ela realçava minhas qualidades a todos, aplicando-me carícias como se faz com um "pet de estimação". Fui apresentada a diferentes dominadores, todos usando algum título alusivo à sua posição na sociedade: havia principalmente lordes, barões e marquesas, entre outras variações nessa mesma linha. E, a cada um, fui instruída por Verônica a fazer uma mesura e cumprimento em sinal de respeito e submissão, o que também era esperado de mim para todos eles.
Dentre os demais convidados, pude identificar algumas relações diferentes da nossa, que era de um casal com sua escrava particular. Havia, por exemplo, uma marquesa que tinha o seu marido como escravo, ela toda suntuosa ao passo que o marido estava preso por correntes, usando apenas uma máscara que lhe cobria o rosto, com seu pintinho minúsculo preso dentro de uma gaiolinha de metal feita para aquele fim. Já outro casal tinha a situação invertida, com a esposa como a escrava, mas nesse caso vestindo um espartilho de couro preto que deixava seus seios de fora e com uma correntinha pregada a cada um dos seus mamilos, além de uma calcinha minúscula que possuía abertura estratégicas que deixavam sua xana e bunda à vista para todos por ali.
Retornamos desse tour para junto do Felipe, que conversava com Lorde Orestes e sua esposa, a baronesa Sandra. Eles estavam vestidos com belíssimos trajes, ricos em detalhes e brilhos. Depois, na manhã seguinte, Verônica me explicaria que Felipe e o doutor Orestes, na vida cotidiana um reconhecido e bem-sucedido médico, rivalizavam o poder dentro da sociedade, usando suas condições para sempre imporem vontades até mesmo sobre outros integrantes menos influentes. Algo aceito como um ingrediente a mais na equação maluca daquele complexo jogo que se revelava ali pela primeira vez para mim.
- Vejo que o nobre colega finalmente se dobrou a ter uma serviçal... e, pelo que vejo, fez uma belíssima escolha! - Lorde Orestes comentou com Felipe, assim que Verônica se aproximou deles me trazendo pela coleira.
- Sim, meu nobre amigo. Era chegado mesmo o momento, mas os méritos dessa seleção são todos da minha querida Verônica! O bom gosto dela é que permitiu isso tudo, e vocês sabem como ela é exigente.
- Oh meu amor, assim você me deixa encabulada. E, eu não teria conseguido sem você, e pela forma como a adestrou nesses últimos meses.
Eu escutava tudo aquilo ao lado deles, cabeça baixa, sentindo os olhares de todos por ali sobre mim. Fui entrando cada vez mais no jogo, curtindo o meu papel e a forma como deveria obedecer a todos por ali. Então Lorde Orestes se aproximou mais de mim, e, sem pedir licença, começou a andar em volta de mim, me analisando e me tocando com suas mãos enluvadas, eu sem reagir a nada que ela fazia.
- Hum, realmente é uma escrava com bons atributos - disse isso afastando minha túnica com os dedos, para poder olhar para meus peitos pelo grande decote que se formou, tendo para ele a visão dos meus bicos endurecidos e excitados.
Felipe e Verônica apenas observavam, excitados e se divertindo com as ações dele. Ao lado deles a baronesa também não escondia sua satisfação, os olhos brilhando pela forma como o marido se impunha sobre mim, ele como um predador e eu sua presa indefesa. Ele continuou me contornando, eu podendo sentir sua presença atrás de mim, erguendo a minha túnica, e deixando meu bumbum todo de fora:
- E tem também um belo traseiro, hein? - suas mãos apalpavam minha bundinha, apertando com gosto e sentindo minhas carnes, até seus dedos procurarem meu cuzinho, e encontrarem a ali a joia que Renata havia me colocado.
- Ah, seus safados... Já trataram de doutriná-la por aqui também? - disse isso mexendo no plug, rodando e puxando, ameaçando retirar, para depois o inserir de volta.
- Completinha em tudo, meu Lorde! Não aceitaria nada menos que isso, não acha? - Felipe se orgulhava, deixando mais do que claro a prática de sodomia que exercia comigo.
Lorde Orestes, a seguir, largou meu bumbum, e veio para a minha frente.
- Erga sua túnica, minha querida! - sua ordem veio direto para mim, olhando-me nos olhos, impondo um poder diferente de tudo que havia sentido até então. Eu segurei a barra da minha túnica com os dedos, e a ergui até minha cintura, deixando minha bocetinha acessível para ele.
Sem tirar os olhos de mim, ele desceu uma de suas mãos até o meio das minhas pernas, e escorregou seus dedos até colher um pouco da umidade de brotava dela, voltando com eles para cima, até me tocar o grelo que pulsava há muito desde que o jogo começou.
- Hum, interessante... Sabem o que dizem das mulheres de grelo grande, mestre Felipe? - perguntou, agora com os dedos pinçados em volta do meu clitóris, apertando e me masturbando, com alguma força, como se fosse um pênis minúsculo. Felipe nada respondeu, olhos também fixos na atitude do rival ali comigo.
- Dizem que são as que mais sofrem com as torturas, as mais vulneráveis, e bem aqui! - e com isso ele me apertou mais forte ali, quase me arrancando um grito, eu procurando a Verônica com os olhos, que me acenou discretamente para eu manter a postura, o que a muito custo consegui, mesmo pagando o preço de sentir depois minha boceta pulsando descontrolada e meu melado escorrendo por minhas coxas.
- Muito bem, muito bem! Escrava mais do que aprovada, ótima escolha! - e disse isso me largando, e virando-se para os demais, como se eu nada fosse ali, e me dando a chance de respirar novamente, me controlando enquanto deixava minha túnica cair novamente para cobrir minha nudez.
Então escutei Lorde Orestes se dirigir especificamente a Felipe, me surpreendendo com a pergunta que lhe era feita:
- E vocês pretendem a colocar no leilão?
- Ainda não está pronta, meu lorde. Mas a hora chegará, e não vai demorar pelo jeito que ela tem se mostrado dócil - respondeu ele com um sorriso de satisfação e um certo sadismo na voz.
Eles saem então pelo salão para conversar com os demais, e procurarem outra diversão, numa sequência de brincadeiras como essa, com os casais, trios e demais membros se provocando e se excitando de uma forma contida. Cheguei a pensar que aquela noite se tornaria, em algum momento, numa completa orgia, pelo clima cada vez mais excitante que se formava, uma certa ansiedade perceptível no ar. Mas Verônica me explicou que não era esse o objetivo dessas reuniões, que nelas a intenção era expressarem desejos e provocações de poder, para depois na intimidade se divertirem cada um com os seus.
Assim, levada por ela, tive outras experiências do tipo, vendo homens e mulheres naquela noite sendo abusados e humilhados ou exercendo algum tipo de "sadismo light" entre si, enquanto se deliciavam com taças de vinho e travessas de frutas e frios. Muitas delas comigo e outras escravas incumbidas de servir passeando pelo salão, algumas das vezes sendo tocadas, apalpadas e dedadas para o deleite dos dominadores ali presentes.
Mais tarde da noite, tivemos o grande evento, quando todos nos dirigimos para a masmorra. Lá, uma das escravas que descobri se chamar Lilian e ser, na realidade, a secretária executiva de um dos barões, seria o personagem principal. Ela era uma mulher atraente, cerca de uns 35 anos, um rostinho delicado de menina, de narizinho empinado e olhos castanhos claros, cabelos longos, magra, de quadris largos e seios pequenos. Foi torturada presa à cruz em "X" que tínhamos no calabouço, e na qual Verônica e Felipe já haviam me submetido a alguns jogos anteriormente. Naquela sessão, Lilian, totalmente presa, passou por inúmeras torturas impostas pelo barão e pela baronesa sua esposa, levando-a ao mesmo tempo às lágrimas e a uma sequência de orgasmos descontrolados, enquanto gemia e se molhava toda na frente de todos, sendo mais castigada ainda a cada demonstração sua de prazer.
À nossa volta, o regozijo e tesão no olhar de todos, dominadores e escravos, era notório, e eu mesma me via no lugar dela, querendo sentir o que ela sentia. Sentir os vergões ardendo na bunda redondinha dela, sentir os mamilos sendo mordidos, beliscados e sugados, as cordas apertando e roçando por todas as reentrâncias do seu corpo. Eu a olhava e sentia-me junto sendo penetrada por todos os orifícios, humilhada na frente dos outros com consolos, dedos e mesmo pelo cabo do mesmo chicote que usaram para a provocar e violar. Depois desse momento, o ápice da noite, Lilian se recuperou, e, já refeita, circulou novamente como as demais escravas de volta ao salão, recebendo elogios e até mesmo carinhos íntimos por parte de seus mestres e dos demais presentes. A noite foi se encerrando madrugada adentro, com os convidados se despedindo e elogiando Felipe e Verônica pelo sucesso da recepção, e finalmente nos deixando a sós.
Renata iniciou alguma arrumação básica no salão, mas, para nós três, a noite ainda não havia terminado. A adrenalina por tudo vivenciado e visto durante aquelas horas ainda pulsava em nós, e seguimos, com nossos personagens ainda incorporados, para nosso quarto privado junto à masmorra. Lá, já livres de nossas roupas, tivemos mais algumas horas de fodas deliciosas, com Felipe nos comendo, e eu e Verônica também nos divertindo juntas, antes de gozarmos gostoso e cairmos no sono, ainda sentindo os efeitos das bebidas da festa.
Acordei apenas no meio da manhã do dia seguinte, tomando um banho e me vestindo despojadamente para encontrar Verônica junto à piscina, quando tomamos nosso café juntas. Felipe havia ido para sua empresa mais cedo, de forma que passei o dia todo com ela, tomando banho de sol e curando uma leve ressaca, além de curtir um namorinho alternativo à nossa relação mestre-serva. Voltei para minha casa ao final do dia, lá chegando como se tivesse retornado de minha viagem a trabalho.
Após essa primeira festa, houve uma segunda nos mesmos moldes, mas que ocorreu na casa de outro integrante da nossa sociedade secreta. Nela tivemos mais sessões de BDSM entre outros participantes, a que assistimos comigo mais próxima da Verônica, ambas excitadas e não deixando de nos tocar discretamente como muitos ali faziam, encantados com as demonstrações programadas para a noite.
Naquele dia, fui novamente assediada por outros mestres, quando circulava pelo salão, fosse sendo conduzida por Verônica, ou na mesma tarefa de servir bebidas e tira-gostos a todos. Era o "modus operandi": as escravas pertenciam a seus donos, mas não podiam negar algumas liberdades aos poderosos barões e marquesas. E eles se aproveitavam disso para abusar de nós, nos infligindo toques íntimos e, em alguns casos que presenciei, até chegando a roubar alguns beijos lascivos.
O evento principal daquela noite envolveu um casal de escravos e seu mestre, que os submeteu a diversas torturas, terminando por violentar a ambos com altas doses de crueldade. Isso foi algo que ficou na minha mente assim como na dos demais presentes, vendo aquele sexo rude e brutal ocorrendo em nossa frente, sem qualquer tipo de filtro. Aquilo nos excitou muito, a ponto de depois a revivermos apenas entre nós três quando de volta para nossa alcova.
Tirando essas duas festas da qual participei, nosso jogo prosseguiu com mais alguns encontros na casa deles, em tardes ou noites esporádicas quando conseguíamos conciliar as agendas particulares. E, num desses, eles me revelaram o que eram os leilões a que o Lorde Orestes se referiu. Além da promoção das festas, havia também uma prática mais reservada onde interessados se dispunham a ser leiloados para outros membros da sociedade, sendo que o vencedor desse leilão adquiria o direito a ter um período de completa e irrestrita dominação sobre o leiloado. Valendo, contudo, o mesmo contrato da palavra-chave de segurança caso algum limite fosse ultrapassado.
Vários desses leilões já haviam ocorrido, sendo na grande maioria o de escravos que assim deveriam servir a outros mestres por uma sessão particular. Isso além de, em duas oportunidades específicas, uma marquesa e um barão, também terem se interessado por experimentar o outro lado do jogo, sendo muito disputados para ver quem iria os submeter a torturas e toda sorte de abusos sexuais que se tinham com seus escravos e escravas privados, como era o meu caso. Eu fiquei muito curiosa, era uma experiência extrema, e o vício de tudo aquilo, do prazer que sentia na mistura com esse tipo de dominação tomava conta dos meus sentidos.
Perguntei mais a eles sobre a segurança de tudo isso, e como funcionava. Felipe então me explicou que ele gerenciava os leilões, se aproveitando dos conhecimentos que tinha em tecnologia e comunicação para se basear na “dark web” para transmitir e conduzir os leilões diretamente de nossa masmorra. Eu já havia visto alguns equipamentos por lá espalhados, mas que sempre estavam desligados. E eram exatamente eles que Felipe usava para realizar essas sessões.
Tudo rolava online, e os participantes tinham que acessar o sistema por uma série de protocolos de segurança, segundo ele praticamente invioláveis pela quantidade de firewalls e outros serviços de proteção que eu não saberia de forma alguma descrever. Ele me explicou que nada era mantido gravado, e apenas utilizando celulares criptografados e especialmente configurados para esse uso, produzidos e fornecidos pela empresa dele, é que seria possível o acesso via biometria para participação nos leilões. Ele era bem cuidadoso e aficionado por esses controles e tecnologias, conforme Verônica me atestou, e garantia que nada poderia dar errado. Algo que, meses depois, eu amargamente descobriria que não era bem assim...
Incentivada pela Verônica, e mesmo pelo Felipe, acabei me aventurando em topar viver mais essa experiência nesse mundo underground no qual me viciava mais e mais. Considerando-me já uma experiente submissa, pelas dezenas de vezes em que o praticamos, e tendo tido o contato e conhecido muitos dos mestres da sociedade, eu decidi dar mais esse passo. E assim aconteceu, numa das tardes com Felipe presente em sua casa para a transmissão já agendada do leilão. Do meu leilão, sendo mais específica.
Antes do mesmo, eu fui preparada pela Renata e pela própria Verônica, no que se revelou mais uma das ações do nosso jogo. Elas me preparando com esmero, tratando de me deixar relaxada, me servindo taças de vinho enquanto me vestiam, com Verônica se aproveitando para abusar de mim. Eu alegre, aceitando tudo aquilo, até chegar o momento de Felipe ligar a câmera e me orientar a ir para nossa cama no quarto privado.
Lá, sob comando dele, eu me mostrava para as lentes do seu celular, posando de forma sensual, me excitando de uma maneira diferente, sabendo que muitos do outro lado estavam me vendo e me desejando, descobrindo minha intimidade com as inúmeras poses que eu fazia, os toques que dava no meu próprio corpo, num jogo de revelar e esconder. Meu lado exibicionista aflorava naquele dia, mais uma faceta que eu desconhecia de mim até aquele momento.
Logo os lances começaram a pipocar no aparelho do Felipe, que, também animado pela bebida, incentivava a todos de forma provocativa, descrevendo meus detalhes de forma chula, brincando e atiçando o desejo deles. Verônica por vezes se chegava a mim na cama, me cutucando com seu chicote ou me puxando pela coleira, eu fazendo caras e bocas enquanto continuava minha apresentação, me vendendo aos interessados.
A competição seguiu ferrenha, e, a partir de determinado ponto, se restringiu apenas a Lorde Orestes e um membro identificado como Mago das Trevas. O tempo passando, os lances foram subindo até um momento onde Lorde Orestes finalmente desistiu da disputa, deixando-me para o Mago das Trevas pelo valor final de R$ 3.250,00. Esse foi o meu preço, o pago para me terem por um par horas e poderem me usar como bem entendessem. Dinheiro que seria usado por meus mestres na compra de outros apetrechos e brinquedos que utilizávamos em nossa masmorra. Um número do qual eu nunca vou me esquecer, que representava o meu valor naquele momento. Meu valor como mulher, e o fundo do poço para onde eu me encaminhava.
Encerrada a transmissão, e desligadas as luzes extras e demais aparelhos, Verônica e Felipe conversavam entre si, falando baixo enquanto eu me recompunha, e cobria minha nudez. Ainda incorporando meu papel submissa, aguardei que ela me liberasse, o que o fiz indo a encontrar depois na sala da casa, eu e ela já vestidas com nossas roupas normais. Ela então me chamou para sentar-me no sofá, e me revelou:
- Fê, preciso te falar uma coisa, mas que agora não tem mais jeito.
- O que foi Verônica, não me assusta...
- É que o vencedor do leilão...
- O Mago das Trevas?
- Sim, ele mesmo. Então Fernanda, ele é nosso conhecido.
- Como assim? Conhecido da nossa sociedade secreta, não é? - eu comecei a gelar por dentro.
- Hã... um pouco mais que isso, Fê.
- Fala logo, Verônica! Quem é ele?
- Tá bom... ele é o Marcelo, Fê!
- Que Marcelo? Não me diga que...
- Sim, o Marcelo da Dorinha - pronto, agora sim eu me desesperei, não entendendo nada.
- Ai caramba... Mas como ele... Ele faz parte do grupo???
- Sim, já desde antes de você se juntar a nós. Ele não conseguiu participar antes das festas por causa da Dorinha.
- Ela não sabe?
- Não, ela nem pode imaginar que ele aprecia esse nosso lance.
- Mas então ele faz como? Quer dizer, sozinho?
- Não, ele tem uma sub que é quase uma amante dele... mas, por favor, isso fica só entre nós, viu?
- Ok... ah, tudo bem. Mas, e agora, Verônica?
- Regras são regras, Fê. E você tem que honrar o código da sociedade. Isso não é negociável.
- Eu sei, imaginava isso. Não vou dar para trás agora... - e comecei a mentalizar o que estava por vir
- Bom... não sei quanto a você, mas que o Felipe não me escute, mas o Marcelo é um tesão, não acha? - ele me provocava, e meio que lia a minha mente, eu me recordando dos contatos com ele antes, em como ele me olhava, e nas sensações que me causou no final do ano na praia, ao vê-lo de sunga e... aquele volume todo mal guardado dentro dela.
- Ai, Verônica... rsrsrs... É, não posso negar, ele é muito gostoso.
- Então, trata de aproveitar, boba! Pois ele sabe quem é você, e isso é um segredo nosso que ele nunca vai poder revelar. Além disso, como nosso amigo, ele também não vai lhe tratar mal. Quer dizer... vai judiar um pouquinho... Mas nós sabemos que você gosta, né? Hahaha
E assim eu saí dali começando a aceitar a ideia, e ficando ansiosa por tudo que poderia acontecer. Eu o imaginando me pegando, me submetendo aos desejos dele que eu não imaginava quais seriam. Não nos falamos diretamente, com Felipe e Verônica intermediando tudo, seguindo o protocolo da sociedade. O combinado foi, então, de na sexta-feira pela manhã, único horário que ambos tínhamos disponível, ele me pegar nas proximidades de minha casa. Isso aconteceria quando eu saísse para minha caminhada matinal, naquele horário Júnior já tendo levado a Dudinha para o colégio, e Beto saído para o trabalho. Para nos identificarmos, ficou acertado que eu usaria minha roupa de jogging, composto por um top e uma legging rosa. E o identificaria por ele estar dirigindo uma SUV preta com vidros escurecidos, que era o carro alugado para ele pela empresa naquele mês. Dali seguiríamos para um motel que havia não muito longe de minha casa, para cumprir minha obrigação... e isso com muito prazer, eu sonhava antecipando.
Fiquei agitada na noite anterior, não me aguentando e me insinuando para o Beto, com quem já não transava há algumas semanas. Ele matou um pouco da minha sede, ao mesmo tempo em que me estimulou ainda mais para o encontro com o Marcelo. Minha cabeça estava a mil, pensando no que rolaria no motel com ele, e lembrando que depois teríamos também a festa na casa da Cris à noite, para a qual todos estavam se animando há muito tempo. Ela havia contratado um DJ e preparado todo um clima para aproveitarmos madrugada adentro, com muita música e bebida. Aquele dia prometia muito...
E assim ele se iniciou, exatamente como eu havia planejado. Beto se despediu de mim indo para o trabalho, e eu, em minha caminhada, seguia pela calçada atenta ao movimento dos veículos nos quarteirões à frente do de nosso prédio. Mal atravessei uma das ruas, e, chegando na outra esquina, percebi a SUV preta encostando no meio-fio e Marcelo abrindo parcialmente o vidro escuro e me chamando. Entrei o mais rápido possível, o coração já acelerado e um tanto preocupada em não ter sido vista por alguém conhecido. Assim que entrei ele já arrancou, e seguimos num primeiro momento conversando amenidades, como se fosse um encontro normal entre dois conhecidos.
Contudo, logo o clima mudou dentro daquele carro, com ambos cientes de estarmos indo para um motel, sendo ele um amigo nosso que havia pago por um tempo comigo. As insinuações dele, o leve pousar da sua mão sobre minha perna... e me fez sentir como se eu fosse uma garota de programa, tornando-se um ingrediente a mais na loucura que iria cometer. E aquilo me provocava sensações e conflitos, eu flertando abertamente com a prostituição, e nem tendo uma consciência clara disso. Estava iludida pelo jogo com eles, pela tal sociedade secreta e tudo mais que vinha rolando em minha vida paralela.
Chegamos rapidamente ao motel, onde eu passei da excitação para o nervosismo, vendo-o pedindo a suíte na portaria. Eu me sentia úmida, mas ao mesmo tempo tinha minhas mãos e meu corpo todo tremendo. Ele me olhava e sorria, passando-me calma, mas também demonstrando o apetite que estava em me possuir. Já com o carro estacionado na garagem, e o portão da mesma abaixado, ele se virou para o banco de trás e pegou uma bolsa, passando-a para mim:
- A Verônica pediu para te entregar isso... seus brinquedinhos! - disse-me com um certo tom de deboche no comentário.
Fui surpreendida quando peguei a bolsa e a abri para verificar o que ela me enviou. Não imaginava, mas ali estava um kit básico escolhido por Verônica, com meu corpete de látex preta, as algemas de veludo, chicotinho, venda e mais alguns apetrechos. Assim que entramos no quarto e reconhecemos o ambiente, eu segui para o banheiro, para poder me transformar na "Fernanda-sub", enquanto Marcelo se acomodava na cama. Vendo-o de rabo de olho tirando a camisa e aquele monte de músculos se revelando novamente, minha bocetinha aplaudiu satisfeita.
Voltei depois de alguns minutos, já vestida com meu corpete, com os seios de fora, e minha xaninha também exposta. Trazendo comigo o par de algemas e o chicote, deixando minha bolsa com o restante dos brinquedos numa cadeira ao lado da cama, e ao nosso alcance:
- Agora sou sua, meu mestre… Meu Mago das Trevas! - disse a ele de forma sedutora, mordendo o cabinho do chicote, e me mostrando numa posição provocante
Marcelo estava recostado na cabeceira da cama, usando apenas uma boxer preta e bebericando uma “long neck”. Ele me sorrindo em sinal de aprovação, seus olhos brilhando ao me ver agora a sua disposição, obediente e submissa:
- Venha até aqui, escrava. Vem aqui pertinho de mim...
Segui fingindo um temor titubeante, até estar bem a sua frente, ele saindo de onde estava para se postar sentado à beira da cama, dando-me mais uma ordem:
- Agora quero aquela voltinha bem caprichada. A que sempre sonhei poder ver você fazer só para mim, Fernanda!
Estranhei um pouco, pois as estações meio que se misturaram ali, nosso mundo secreto e a vida particular real, algo que não rolava com a Verônica e o Felipe. Mesmo assim, ele era meu mestre ali, não podia negar seus desejos.
E assim eu me movi, girando lentamente na sua frente, mostrando meu corpo para o deleite dele. Sem nenhuma cerimônia, senti, nesse movimento, ele passando as mãos em mim, suas mãos fortes me apalpando e apertando com gosto, particularmente na minha bunda; ele abrindo as bandas dela, os dedos escorregando pelo meu reguinho e indo massagear meu cuzinho e meus lábios, voltando melados do meu tesão que já começava a brotar de dentro de mim. Ele me obrigou, após isso, a voltar a ficar de frente para ele, e subiu com sua mão entre minhas pernas, apertando minha boceta e penetrando novamente minha fenda com seus dedos… um, dois, três dedos, se esfregando e me invadindo, me abrindo enquanto o ouvia:
- Que bucetinha gostosa você tem... delícia!
E sem tirar os dedos de dentro dela, me puxou, então, para a cama, me fazendo deitar de costas, abrindo minhas pernas para me chupar. Ainda tentei sugerir seguirmos para o lado da dominação, explorar e brincar com as fantasias de BDSM. Mas ele não quis saber de nada, fissurado na tara de finalmente poder comer a esposa do amigo. A verdade é que, a partir daquele momento, a manhã se transformou, na prática, num encontro de uma prostituta com seu cliente, ele com carta branca e tendo pagado para fazer o que quiser comigo. E Marcelo o fez de forma deliciosa, me virando do avesso naquela cama do motel. Aquele demônio era um mago mesmo, mas não do terror e sim do sexo. Um macho maravilhoso que foi quebrando todas as minhas resistências, me levando a sequências de orgasmos pelas 2 horas em que ali ficamos.
Depois de me fazer relaxar e gozar chupando e dedando minha bocetinha escancarada na sua cara, ele me ordenou chupar o pau dele, ficando em pé ao lado da cama enquanto eu abaixava sua cueca. Nossa curiosidade da praia foi, enfim, respondida, e eu tinha naquela hora um membro que era mesmo grande e grosso, um pau pesado, sacudo e viril, o qual tive que me desdobrar para conseguir abocanhar e punhetar. Seu gosto de homem, aquele sabor delicioso enebriando meus sentidos, provocando descargas hormonais dentro de mim, em preparação para a ele me entregar.
- Gostou minha putinha? Um pau de verdade, não é?
- Ah, que delícia Marcelo! Quero isso tudo dentro de mim...
- Então chupa e deixa ele bem duro, Fernanda... chupa como você sabe, sua safada!
Ele socava e puxava minha cabeça para o receber o mais fundo que eu conseguisse, e isso tirava o meu fôlego, bloqueando minha possibilidade de respirar. Marcelo brincava comigo, aliviando por um instante para eu buscar o ar novamente arfando, para, na sequência, voltar a enfiá-lo por minha goela abaixo. Ficou assim por um bom tempo, arrancando lágrimas dos meus olhos e borrando o pouco da minha maquiagem.
Então Marcelo tirou seu pau da minha boca, e o colocou entre meus seios, onde por um bom tempo se divertiu comigo fazendo a conhecida espanhola, meus peitões suados e molhados por minha saliva, que eu pressionava com minhas mãos abraçando aquele mastro duro e quente. Ele os fodia como uma bundinha, descendo e subindo até sentir meus lábios e minha língua o beijando e lambendo.
- Ah, sua peituda gostosa! Como eu tinha vontade de te pegar assim, Fernanda!
E seguiu assim até não se controlar mais, tirando o pau do meio deles, e me ordenando de forma brusca:
- Abre a boca putinha... abre! - e manipulando ferozmente sua pica dura e brilhante, ele esporrou na minha boca aberta, soltando alguns jatos de sua porra na minha língua, e outros no meu rosto; grunhindo enquanto ainda punhetava mais lentamente e o esfregava pintando meu rosto com sua goza.
- Deixa eu ver essa boquinha cheia do meu leitinho... mostra! - ele me falou isso, segurando meu rosto, e me fazendo abrir a boca para que ele visse o esperma dele nela, espesso e misturado à minha saliva. Eu sentia o gosto amargo e um pouco salgado da porra dele, já imaginando o que ele diria a seguir.
- Agora engole... engole tudo, vagabunda! - e, sem discutir, eu o fiz sorvendo aquela carga de esperma, sentindo seu sabor escorrer por minha garganta, contaminando meu paladar.
Ele então me puxou para ficar de pé junto a ele, fazendo questão de me dar um beijo de língua, sentindo seu gosto impregnado em mim, enquanto suas mãos grandes apertavam com gosto minha bundinha, me apalpando e se esfregando em todo meu corpo. Descansamos um pouco, agarrados um ao outro na cama, enquanto nos instigávamos de forma sedutora, ambos querendo mais.
Nesse momento, Marcelo se virou para o lado e, procurando nos bolsos de sua calça largada sobre uma cadeira, pegou um pacotinho plástico com um pó branco que dispensava explicações do que se tratava. Ele então me mostrou, o oferecendo de forma natural, e em nada constrangido com isso. Eu nunca havia experimentado, e, mesmo tentada pela curiosidade, acabei recusando preocupada se meu dia pudesse ser afetado por aquilo. Já ele não se conteve, e acabou consumindo aquela pequena dose, misturando depois com bebida.
A partir dali ele se transformou, ficando mais agitado, amplificando o efeito do desejo que sentia por mim. Logo estava novamente me agarrando na cama, explorando-me com as mãos, dedos e me beijando e sugando por inteira, voltando a me excitar e sua rigidez voltando a se mostrar presente. Ao vê-lo novamente duro e pronto para mim, eu apenas lhe pedi para colocar uma camisinha, que pegamos dentre as disponibilizadas pelo motel. Ao colocá-la, ela ficou completamente esticada, desenrolada sobre toda a extensão daquele enorme pau, antecipando-me o que sofreria gostosamente ao ser por ele penetrada.
Recomeçamos com ele me preparando, namorando num papai-mamãe até que carinhoso, com minha fendinha se abrindo toda para conseguir recebê-lo. Não era tanto a extensão, mas sim a grossura daquele membro que me levava ao céu. O membro dele me forçando, roçando e atritando as paredes da minha boceta, minha lubrificação natural me salvando e ajudando a me proporcionar um prazer delicioso. Fomos fodendo e trocando de posições, todas pedidas por ele e eu apenas o obedecendo, caprichando para dar o prazer ao meu mestre ali, por mais que a fantasia já tivesse sido esquecida por nós.
Fizemos comigo por cima dele, cavalgando e me acabando sobre ele, me arreganhando enquanto ele estapeava e abria minhas nádegas, penetrando meu cuzinho com um dedo grosso que me massageava por dentro, em conluio com aquela pica deliciosa pulsando na minha boceta. Sem demora, mudamos para ele me comer de ladinho, posição não menos gostosa, onde ele me erguia a perna e bombava incessante com as mãos agarradas aos meus peitos, então supersensíveis e me levando a mais orgasmos que não consegui esconder, soltando gemidos e gritos de prazer.
- Fica de quatro, quero você por trás, empinando esse rabo gostoso para mim, Fernanda! - escutando isso, eu me posicionei como ele ordenara, apoiada nos cotovelos, e com a bunda toda erguida, deixando minha pernas afastadas e a xaninha toda exposta para ele; abertinha que já estava de tanto metermos até ali.
Ele se posicionou atrás de mim, e pincelou novamente o pau, puxando-me para entrar macio e gostoso, minha boceta não opondo mais resistência, melada e receptiva. E Marcelo me fodeu muito assim, segurando ora na minha cintura, ora nos meus ombros, para me comer de forma dominadora. Puxou meus cabelos, enrolados em suas mãos, e deu tapas nas carnes da minha bunda, enquanto ia se mexendo trocando o joelho de apoio e socando sempre o mais fundo que conseguisse, me usando e me sentindo inteira para ele. Por vezes ele se inclinava e procurava também meus peitos com as mãos, agarrando-os para sentir seus volumes, esfregando e apertando meus mamilos que doíam de tão duros. Ele se divertia comigo, chegando a esfregar os dedos no meu cuzinho, dando a entender para onde queria levar aquela foda, mas que gemi pedindo clemência:
- Por favor, Marcelo... Eu te imploro, aí não...
- Hoje não, mas na próxima você não vai poder me negar - e dizia isso com um dedo molhado em sua saliva me sentindo por dentro, entrando e saindo do meu rabinho que piscava ante tantas sensações concorrentes.
Eu comecei, então, a perceber meu gozo chegando, e me ajudei dedilhando meu grelinho, escutando-o também arfando, e sentindo que ele logo chegaria lá. E, naquele momento, escutei ele dizendo enquanto me penetrava mais intensamente, agarrando minha cintura novamente e me puxando em fortes estocadas, minha bunda batendo contra suas coxas, o barulho ecoando pelo quarto:
- Olha aqui Beto, o que estou fazendo com sua esposinha... estou comendo ela, e ela está adorando... gozando no meu pau! Putinha gostosa do caralho... Geme vagabunda, geme!!!
Aquele foi o momento, de tudo na minha história, de que mais me arrependo quando olho para trás. Eu deveria ter impedido e parado com aquilo na hora, repreendido o Marcelo de falar no nome do meu marido, e de mencioná-lo e o humilhar sem ele merecer. Mas eu me calei... e gemi, obediente. Gemi pedindo mais, eu escrava dele, e escrava também do meu desejo e tesão desvairados. E, gemendo muito, senti ele cravando-se dentro de mim, querendo como que me rasgar ao meio, enquanto gozava pela segunda e última vez naquela manhã, agora na minha boceta. Urrando, ele ejaculou muito, enquanto eu me vinha junto, empinada e com o grelo pulsando.
Ainda se equilibrando sobre mim, apoiado nas minhas costas, Marcelo, então, retirou seu pau de mim. E eu, estranhamente, senti minha boceta escorrendo em abundância:
- Putz Fê... a camisinha estourou... - ele me alertou, com cara de bobo quando olhei para trás, me deitando e, com minha mão na bocetinha, sentindo o esperma dele ainda saindo de dentro dela.
Fiquei deitada processando aquilo, enquanto o escutava me tranquilizando, explicando que ele não transava sem camisinha com ninguém, que estava limpo, sem nenhuma doença. Por um momento aquilo meio que maculou aquela transa proibida, mas acabamos imprudentemente relevando, indo tomar banho juntos, onde nos divertimos nos provocamos um pouco mais.
Nosso horário, então, chegou ao limite, e tivemos que nos vestir apressadamente e sair do motel, eu um pouco preocupada com os compromissos que ainda tinha no dia. Marcelo se encarregou de levar de volta minha bolsa de apetrechos para a Verônica, depois de me deixar próxima do meu apartamento. Já de volta a minha casa, segui direto para meu banheiro. Livrei-me das roupas que usava, sentindo ainda o gozo dele sendo expelido por minha boceta, e num volume que chegou até a manchar minha calcinha. Pressionada pelo relógio, tive que tomar um novo banho rápido e me arrumar como pude, para sair voando a tempo de uma reunião que tinha agendada para o final da manhã.
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De volta ao presente, encontro-me agora olhando a cidade ao longe nessa noite de sábado, após ter percorrido em minha mente toda a minha vida amorosa. Após ter aberto e folheado novamente os livros e diários da minha memória, os volumes dessa novela que misturou amor e ódio, comédia e drama. Uma novela com uma protagonista autêntica e apaixonada, mas que, com uma mesma intensidade, também se mostrou volúvel, imatura e promíscua. Não sei nem ao certo que horas são, mas a madrugada já deve ir alta, eu perdida no tempo em minha própria história. Revivendo mais uma vez os meus poucos acertos e meus incontáveis erros, como em tantas outras oportunidades eu o fiz nos últimos meses.
A sexta-feira no motel com Marcelo, depois fiquei sabendo, foi o que finalmente me denunciou para o Beto e deflagrou o fim do nosso casamento, após terem vazado o fatídico vídeo num grupo de WhatsApp de meus amigos (1). Entretanto, eu sei muito bem que minha culpa vem de muito antes, e o peso que carrego é bem maior do que "apenas" aquela manhã no motel. Um ato grave entre tantos em que me meti e que continuam, como fantasmas vivos, rondando minha existência, algo do qual nunca me livrarei.
Sinto a brisa fresca da madrugada tocando minha face, ainda sentada solitária na sacada de meu apartamento, enquanto olho para a taça de vinho, a terceira e última da noite, e que está agora a caminho do seu fim. Bebo alguns goles, e as cenas finais do meu drama fecham a minha noite de lamúrias.
Lembro-me de toda a agitação da festa na casa da Cris, a derradeira em que me encontrei com os meus agora ex-amigos, seguida depois pela noite com Beto. Ele já sabedor do meu ato, e incrivelmente parecendo ainda não acreditar no que testemunhara, dormindo ao meu lado após termos nossa última e amarga transa na cama, o ódio dele se misturando ao pouco do tesão que ainda guardava por mim.
Depois disso ele viajou a trabalho, e eu pirei na insanidade junto com Felipe e Verônica, trazendo também Marcelo para uma tarde regada a muita bebida e com direito a usarmos droga: o pó trazido e fornecido por ele. Numa orgia em que não só ele, mas todos ali perdemos o controle, e, sem nenhuma vergonha ou mínima autoestima, acabamos por nos mostrarmos em uma transmissão extra para mais um leilão.
Um último leilão, produzido de forma grotesca por nós quatro, altos pela droga e meio embriagados. Vendo-nos ali, naquela exposição abjeta, nem mesmo os mais inescrupulosos membros daquela sociedade maldita se interessaram por ter horas de sexo com aquela vadia que era humilhada e, de forma degradante, era oferecida para qualquer um e por qualquer valor. Ao final, acabei sendo arrematada por meros R$ 575,00 para um político e sua esposa, eles famosos na região e controversos integrantes de nossa sociedade secreta. Eram conhecidos por promoverem outras orgias paralelas, para as quais contratavam michês na busca por saciar a sanha de ambos em serem abusados incontáveis vezes.
O combinado ao final fora de eu me encontrar com eles na noite da quinta-feira, eu já me programando em deixar meus filhos com minha mãe, e não sabendo ainda que Beto havia voltado e descoberto tudo; o mesmo dia em que nosso esquema implodiu e ficou sendo de conhecimento de todos. Hoje penso que aquilo ter ocorrido naquele momento foi até algo bom, pois assim eu não tive que me rebaixar mais ainda e me envolver com pessoas tão desprezíveis como aqueles velhos safados, sabendo-se lá o que eu teria sido obrigada a suportar quando nas mãos deles.
Ainda considerando meu segredo seguro, eu fiquei muito mal após aquela tarde, com aquele ocorrido começando a me levar a refletir no que eu estava me transformando. Para todos os efeitos, eu me tornara uma reles puta, usada e abusada por um casal de riquinhos mimados, e em breve a caminho de me entregar a muitos outros mais. Isso sem contar o envolvimento com drogas que fatalmente seria meu próximo e talvez último vício.
Eu não me recordava de nada ao certo do que ocorrerá lá. Quando buscava na memória, só me vinham flashes esparsos de ter sido comida e abusada pelo Marcelo e pelo Felipe, inclusive com ambos me fodendo de forma ritmada e juntos. Cada um usando um de meus buracos, que é essencialmente ao que eu havia me reduzido, e que lhes dava sem nada cobrar: meus buracos baratinhos, naquele dia avaliados em só R$ 575,00. Era pagar isso e eu me abriria toda. Verônica, não menos pervertida, orbitava à nossa volta e tentava trazer alguma falsa nobreza para aquela cena, mas acabou por se entregar da mesma forma que eu. E gozamos muito, despudoradas e falando muitas besteiras, eu completamente fora de mim. Revendo depois o vídeo, a parte em que mais chorei foi quando me vi humilhando o Beto, dizendo coisas que nunca, em nenhum momento mesmo eu pensei a respeito dele. Apenas meu deslumbramento pela fantasia insana de atender aos desejos dos demais é que explica o que disse no meio daquela baixaria toda.
O vídeo, que até hoje não sei como vazou, e que tão pouco me importa mais saber, escancarou para todos os meus amigos, a verdadeira e até então oculta face da minha personalidade, suja e insensível. Quando ele foi compartilhado no grupo, meu mundo acabou e perdi o chão totalmente. E por muito pouco meus pensamentos desatinados não me levaram a pôr um fim na minha vida. Fui salva quando entrei em pânico em minha casa, depois de receber a mensagem pelo WhatsApp quando estava estacionando meu carro na garagem do prédio para vir almoçar. Algo carregou meu corpo de lá até minha sala, pois sou incapaz de dizer em que condições consegui me mover e conseguir entrar em meu apartamento. E, já pensando no pior, sem rumo e opções, me deparei, então, com a foto de nós quatro no porta-retrato na sala, onde meus filhos ainda pequenos estavam no meu colo, com Beto a nos abraçar de forma protetora. Aquela foto, naquele momento, me tirou do caminho para o pior, e foi pensando neles, nos meus filhos, que consegui alguma força para não desistir e fugir covardemente de tudo.
Depois disso, veio o julgamento e o veredito me atribuindo a culpa merecedora dos crimes que cometi, contra Beto e contra mim mesma. Ele, num estilo mais racional e frio possível, e sendo o engenheiro pelo qual me apaixonei, não se rebaixou ao meu nível, limitando-se a me dar o mínimo possível, destruindo meu coração e encarcerando o amor que sentia por ele com apenas uma palavra: um “adeus” duro e brutal, que concentrou tudo o que de mal fiz numa única palavra; deixando para minha consciência o trabalho de ficar eternamente com aquele som reverberando e me julgando, dia após dia, noite após noite.
Os dias que se sucederam foram cruéis demais, mas com o apoio da Cris, que me ajudou ficando ao meu lado mesmo não aceitando o que fiz, eu procurei minha família. Abri meu coração com minha mãe, a única pessoa a quem contei absolutamente tudo o que aconteceu, todos os momentos do filme da minha vida e dos meus segredos mais íntimos e vergonhosos. Choramos muito juntas, ela como mãe, aquela pessoa que é a única na vida da gente que vai aceitar entender nossos erros, nos apontando na cara nossas falhas, mas nos ajudando junto a sair do buraco.
E assim minha mãe Sônia se fez presente, forte e decidida, me enquadrou de fato, atacando primeiro o pior de todos os pontos, que foi a minha aproximação com as drogas. Sexo e comportamento libertino eram inaceitáveis, por certo. Mas para ela esse ponto das drogas, mesmo num isolado contato inicial, foi o que mais a perturbou. Ela não sossegou enquanto não trabalhamos isso, na temporada em que mudamos, eu e meus filhos, para a casa dela sob a justificativa do casamento desfeito, mas ambas sabedoras dos reais motivos. Fiz terapia e acompanhamento médico, me certificando também por insistência da Cris, e por tabela do Beto, de não ter contraído nenhuma DST decorrente do que aprontei e ao que me submeti.
Aos poucos fui me reencontrando, ficando menos frágil, e dedicando minha atenção ao que restara de realmente importante na minha vida, com meus filhos, minha família e meu trabalho. O divórcio logo foi acertado e assinado, com Beto mais uma vez sendo o verdadeiro homem dessa história toda, mais do que generoso ao me deixar o apartamento e me garantindo uma boa renda para acompanhar e sustentar nossos filhos, em nada os afetando em seu modo de vida e planos para o futuro. Ele poderia, se quisesse e sem dificuldade nenhuma, pelas provas e testemunhos que tinha, me qualificar como adúltera e assim tirar tudo de mim. Mas ele era e sempre será muito maior do que isso tudo, dinheiro sendo algo que apenas reflete o sucesso de sua competência profissional, o meio para seus objetivos e não o fim de sua vida. E ele queria recomeçar sua nova vida sem remorsos, iniciando assim pelo acordo que fizemos e ao qual serei eternamente grata pelo resto de minha vida.
Respiro fundo e examino minha taça de vinho, agora só com um resto do líquido rubro depositado no seu fundo, e testemunha do final de mais essa noite. “Fernanda, Fernanda… como vai ser sua vida daqui para frente, sua maluca?”, eu penso sem me incomodar muito com a resposta. Ainda me sinto de alguma forma jovem, querendo viver e seguir em frente, por outros caminhos que agora, depois de madura e marcada pela vida, sei distinguir como aceitáveis. Aquele meu fogo se apagou, e apenas uma brasa ainda me aquece por dentro, meus valores sendo outros. Felicidade, amor, paixão e sexo? Não sei se isso me será ainda permitido experimentar de alguma forma; se encontrarei alguém que me aceite com a carga e história que carrego comigo, e que não esconderei de ninguém mais, impedindo assim que a “outra Fernanda” possa novamente estar no comando.
Levanto-me da espreguiçadeira na sacada do meu apartamento, e carrego a taça vazia com a garrafa de vinho ainda pela metade, e que aguardará outra dessas noites de fossa para dividir comigo essas mesmas lembranças. Trancando a porta balcão, me dirijo para meu quarto, desligando a luz da sala e dando uma última olhada para seu interior. Apenas o que quero agora é me deitar languidamente e seminua na cama que antes dividia com Beto, sentindo ainda, através da memória de meu corpo, o seu amor e os seus carinhos, que foram os únicos que ficaram vivos dentro de mim, aqueles que realmente hoje me fazem muita falta.
Fecho os olhos e volto no tempo, revivendo os momentos mais gostosos de nosso amor; aqueles que com ninguém dividirei, exclusividade minha e dele. As lágrimas escorrem pelo meu rosto ao mesmo tempo em que adormeço, tendo tempo apenas para notar o brilho do meu celular sobre a mesinha de cabeceira, me alertando para alguma mensagem provavelmente sem importância. E que terá que esperar até amanhã para ser lida por mim. Hoje quero apenas lembrar e sonhar com o Beto. Para sempre… o meu Beto.
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Referências:
(1) Ver episódio "Final" da série "Esposa amorosa, casamento feliz".