Minha vida, como era de se esperar, mudou completamente nos anos seguintes, com as gravidezes e os nascimentos de meus filhos. Primeiro veio o Júnior, e num intervalo de menos de 2 anos, nasceu a Dudinha. Não há algo que possa gerar mais impacto na vida de uma mulher do que dar a luz e depois cuidar de seus filhos, coisas que nos transformam em todos os aspectos. Mudamos no comportamento, no humor, e no relacionamento afetivo com todos. Vemos o mundo sob outra perspectiva, e nada nos parece mais vital e importante do que o cuidado e amor que passamos a ter com aquelas criaturinhas. E nisso eu não fui diferente, empenhando-me em tudo o que podia para garantir que meus filhos crescessem protegidos, bem cuidados e cercados de amor.
Contudo, o fato de ter me tornado mãe também teve outros reflexos sobre mim, que não apenas os relacionados à criação de meus filhos. Meu corpo sofreu mudanças de toda ordem, em particular com o crescimento dos meus seios, que se tornaram pronunciadamente grandes. A princípio eu achei que seria algo temporário, por conta das gestações e depois das amamentações. Mas o tempo foi passando, eles não diminuíram, e eu acabei aceitando e passando a conviver com um belíssimo par de seios GG, trocando meus sutiãs para tamanho 48. Junto com isso, meus quadris também ficaram mais volumosos e minha bunda mais gordinha, e com algumas pequenas celulites e outras marcas já se formando para meu desespero.
Chegando aos 35 anos, e casada há quase 10 anos com Beto, eu não ostentava mais as formas durinhas e esguias de quando o conheci, mas certamente eu ainda era uma mulher muito atraente. Eu sentia ainda seu desejo por mim, em particular pelos meus "enormes peitos novos", que eu percebi se tornarem para ele uma das partes preferidas do meu corpo. Entretanto, para mim não foi um período fácil de superar dentro do nosso relacionamento. Se a vinda dos nossos filhos nos levou para um outro patamar de realizações, a vida íntima do casal pagou um preço alto por essa novidade. Essas mudanças no meu corpo, a dança dos meus hormônios e o meu humor inconstante eram bem complicadas de se gerenciar. Porém, o que mais me pegou mesmo foi a mudança na minha libido.
Fiquei um bom tempo sem desejo sexual, meu prazer parecia que tinha desaparecido. Eu não me sentia atraente, e não tinha desejo algum por meu marido. Minha rotina por uns bons 3 anos, dos quais eu passei 18 meses grávida, era sempre estar às voltas com mamadeiras e fraldas, ter o sono interrompido, e ficar correndo para todo lado. Eu ainda tentava intercalar, como podia, as minhas atividades profissionais, mas isso era quase impossível. E, quando Beto me procurava, ou eu tentava fugir dando todo tipo de desculpa, ou, quando sentia que não tinha mais jeito, eu me entregava mais para satisfazer ao desejo dele, mas eu mesma quase não tendo nenhum prazer.
Fiquei preocupada e chateada com isso, e, me abrindo com minha mãe Sônia, escutei dela para dar "tempo ao tempo", e voltar a me cuidar melhor quando as coisas se acalmassem mais. Disse-me, então, para eu passar a me valorizar mais, que naturalmente a vida se encarregaria de me trazer o desejo novamente. Ela até brincou que, como uma boa Matozzano, era impossível que meu fogo não acendesse novamente, rsrsrs...
As coisas começaram a melhorar, nesse sentido, quando meus filhos atingiram a idade escolar. Isso passou a me proporcionar mais tempo para ir retomando, mesmo que parcialmente, o modo de vida que tinha anteriormente. Naquela altura eu já havia saído da empresa do Beto, e mudado para um escritório de arquitetura de uma conhecida, no qual eu podia trabalhar como autônoma e free-lancer, e, dessa forma, ter horários mais flexíveis. Foi uma decisão tomada em conjunto com Beto, que estava decolando na empresa e galgando posições cada vez mais altas no comando dela. Ele alcançou logo um excelente cargo, que nos proporcionava um ótimo rendimento principalmente pelas participações no lucro da empresa. Dessa maneira eu podia me dedicar mais às crianças naquele momento, e conduzir minha carreira num ritmo mais tranquilo.
Pude, então, com as crianças indo para a escola, voltar a cuidar de mim mesma. Passei a usar o cabelo num corte um pouco mais curto, assumindo um visual mais compatível com uma "esposa e mãe dedicada". Comecei uma lenta atividade de exercícios para emagrecer um pouco e diminuir principalmente o tamanho do meu traseiro, meu alvo principal quando me olhava no espelho. Nisso minha autoestima foi renascendo aos poucos, eu ficando mais vaidosa e tratando de recuperar a minha feminilidade. Se não procurava Beto a todo momento, ao menos passei a ter mais sensações, me sentindo excitada e úmida quando fazíamos amor. Aos poucos, meu corpo voltou a ser meu, e não mais apenas de minhas crias. Passei a me testar, me tocando no chuveiro ou na cama sozinha, reaprendendo como meu corpo reagia, e voltando finalmente a "ser mulher".
Junto com essa retomada, foi também nesse momento em que novas amizades se formaram, começando por quando conheci a Cristina entre um grupo de mães na escola da Dudinha. Ela também tinha o filho lá matriculado, e, ao longo de muitas reuniões de pais, passamos a conversar e nos aproximar mais e mais. A sintonia foi perfeita, ela uma pessoa de astral super para cima, sempre de bem com a vida, e muito animada. Foi a motivação que eu precisava para sair da letargia em que estava, e logo passamos a frequentar as casas uma da outra, trazendo os maridos também para esse convívio. Tiago e Beto logo descobriram interesses comuns, e passaram a se dar muito bem.
No vácuo dessa relação, conheci também a Laís, que já era amiga da Cris há algum tempo. Assim como Cristina, Laís tinha um filho, pouca coisa mais velho que os nossos, também naquela escola. Casada com Ricardo, ela era divertida, meio desbocada e muito espontânea, não se furtando a dizer aquilo que pensava, doesse a quem doesse. Acabamos formando um trio meio inseparável, que se apoiava no que fosse preciso e que não tinha segredos uma para a outra. Tínhamos outras amigas e amigos que foram compondo, ao longo dos anos, o que chamávamos de "nossa turma", mas com relações nunca tão íntimas e naturais como as que havia entre nós três.
Foram raríssimas as semanas em que não nos encontrávamos para fazermos algo juntas, como passarmos algum tempo “batendo papo” em finais de tarde, idas às compras quando tínhamos oportunidades, e sempre muitos jantares, saídas e outros programas em finais de semana, esses quase todos com a presença também dos maridos. A amizade foi se consolidando, criando uma cumplicidade e quase uma vida paralela para mim. Pois, se em casa eu era a mãe e esposa exemplar, quando estava com elas era quase impossível as conversas e assuntos não descambarem para algo meio proibido, nós mulheres tendo a oportunidade de sermos mais francas e brincarmos como adolescentes. Comentávamos e fofocávamos muito sobre sexo dentro e fora do casamento, e acabávamos nos provocando umas às outras. Mesmo não sendo algo sério, aquilo tudo ficava em nossas cabeças, e, ao menos na minha, me causava sensações de desejo e pensamentos que minha avó certamente classificaria com pecaminosos.
Nessa linha, durante várias reuniões e eventos na escola de nossos filhos, fomos criando um "hábito safadinho" de observar e comentar sobre os raríssimos "pais homens" que lá também acompanhavam as atividades dos filhos. Cumprindo sempre nossas obrigações como mães, não podíamos deixar de notar que, diferentemente dos nossos, outros maridos conseguiam encontrar tempo para estarem lá nos eventos acadêmicos. A princípio eram apenas alvo de nossa admiração pela preocupação que tinham com os filhos, em se envolverem nas discussões e estarem sempre presentes. Depois virou lugar comum criticarmos nossos respectivos, mesmo que com um tom de deboche e ironia, comparando-os com os que lá víamos sempre presentes. E, dentre esses, um passou a ocupar um lugar especial em nossas conversas, sempre elogiado e cobiçado em nossas fantasias de mulheres maduras: o Carlos Eduardo.
Já o tínhamos visto com sua esposa, Joana, em alguns eventos e ocasiões anteriores, o que aguçou ainda mais nossos olhares maliciosos. Apesar de ela ser bem convencida e ter um ar meio esnobe e blasé, não posso negar que eles formavam o típico "casal margarina". Ambos lindos, sempre juntos e cheios de carinho e atenção um com o outro. Aquilo chegava a irritar, pois mesmo todos estando numa mesma fase de vida e idade, nossos casamentos estavam naquele banho-maria, não tendo mais muita emoção ou novidades. Laís, entre nós três, era a que parecia mais confortável com o relacionamento dela, mas tanto Cristina como eu estávamos em relações naquele momento bem mornas. Dessa forma, ao longo dos encontros na escola e em festinhas infantis, fomos tendo mais contato com ambos, mesmo não sendo a ponto de virem a se juntar em nossa turma de amigos mais íntimos.
Carlos Eduardo era um homem muito bonito, rosto angular e másculo, loiro e sempre com uma presença marcante, dado seu porte, altura e a sua forma física. Habitualmente muito bem-vestido, usando roupas justas que mais que valorizavam seu corpo, causando alguns suspiros contidos em algumas das mães que o assistiam (e essa é a palavra correta) entrando nas salas de aula para enfadonhas reuniões de pais e mestres na escola. E nossos comentários sussurrados não eram diferentes:
- Ai que pedaço de mal caminho é esse homem! Oh meu Deus...
- Shhh, Cristina! Se controle, mulher!
- Ah amiga, o que eu mais queria era perder o controle com ele. Vai dizer que você também não pegava ele, Fê? Me diz a verdade!
- É... tenho que admitir que ele é um tesão de homem. Ia fazer um estrago lá na minha cama... uiii
- Oh, vocês duas... Querem parar com isso? Parece até que vocês não têm pinto em casa! - Laís tratou de colocar ordem, as três se segurando para não rir. Principalmente quando Edu, como gostava de ser chamado, cruzou o olhar conosco e nos cumprimentou, vindo a se sentar bem perto de nós. Isso para "desespero" da Cristina que, palhaça que era, fazia caras e bocas insinuando estar passando mal.
Eu ia, assim, apimentando minha vida com essas bobeiras e pecadinhos em situações cotidianas, sem me preocupar com eles principalmente pela ingenuidade em que vinham embalados. Era como se eu pudesse voltar um pouco no tempo, para quando era adolescente, e recriar fantasias tolas que aliviavam minha mente. Fantasias que me provocavam risos e, por que não, uma certa excitação nas rotinas diárias, enquanto corria com os filhos para cima e para baixo, e cuidando da casa ao mesmo tempo em que tentava também entregar os projetos no meu trabalho.
Analisando sob perspectiva, posso dizer hoje que o que acontecia no meu casamento, naquele momento, era um distanciamento de mundos: o meu e o do Beto. Eu me mantinha presa nas rotinas caseiras, no cuidado com os filhos e com a casa, e me desdobrando para ainda tentar ter algum tempo para mim. Não que essas coisas todas não fossem importantes, e que eu não cuidasse delas com zelo e dedicação. Muito pelo contrário, eu sempre amei meus filhos e fazia tudo que pudesse para eles. Porém, isso cansava, e cansava muito... Eu me sentia exausta, com baixa autoestima. Já Beto, por outro lado, ficava centrado e focado na empresa, e simplesmente não conseguia, por esse motivo, estar presente para me auxiliar ou dividir parte daquelas rotinas todas comigo. Totalmente "workaholic" e, já então, na importante posição de um diretor geral de divisão, era impossível para ele participar delas comigo. Eu entendia as razões, e não o questionava. Mas isso tão pouco aliviava a pressão e cobranças que eram impostas a mim.
Eu sentia muita falta dele, mesmo tendo toda a sua consideração para comigo. Eu tinha a palavra final em todos os assuntos, para tudo o que fosse relacionado às vidas de nossos filhos, suas rotinas, e nos cuidados com a casa. Ele não negava nada para mim, isso nunca foi um problema. Não discutíamos sobre isso, e, se houvesse algum impasse, a minha palavra era sempre a final. Para todos os efeitos, eu era mãe em tempo integral, e foram 10 anos de uma vida acelerada... mas ao mesmo tempo monótona, previsível e entediante. Enquanto isso, eu via, com uma certa inveja boa, meu marido crescendo mais e mais profissionalmente, não podendo eu mesma me realizar daquela mesma forma. Algo que sempre foi uma ambição minha, e que acabou se tornando uma frustração. Lá no fundo, eu me sentia desvalorizada, minimizada e relegada ao trabalho de "apenas" cuidar sozinha dos filhos.
Possivelmente eu não tive a maturidade para aceitar essas alterações todas na minha vida, e modificar também minha forma de ser e de encarar o mundo. Mesmo já mãe de dois filhos, eu ainda tinha dentro de mim uma Fernanda jovem e com sonhos não realizados, com sonhos de uma vida que não poderia mais ter, mas que não deixavam ainda de existir. E meu inconsciente brigava contra isso, brigava contra minha razão. Parece até infantil, contudo, essa era a verdade.
Eu continuava amando e desejando meu marido, isso é certo. Entretanto, algo entre nós também havia mudado além das rotinas do casamento e, depois também por tudo que se sucedeu à vinda dos filhos. E isso aconteceu na cama, nos menos constantes momentos com meu marido. A partir de um determinado momento, que não sei precisar ao certo quando ocorreu, percebi que Beto passou a me amar "com respeito". Ele não mais transava e comia a Fernanda. Ele passou, no lugar disso, a "fazer amor com a mãe dos filhos dele". Era bom? Sim, era. Mas não era sexo com desejo, ele não mais fodia a Fernanda, não me comia com a intensidade de antes, não me deixava arregaçada como meu “lado puta” pedia. E isso me afetou muito, mesmo eu ainda lutando para recuperar o meu desejo.
Entendi que no momento pós-maternidade isso seria complicado mesmo, e o que eu mais queria era poder mesmo descansar e dormir. Contudo, mesmo passado esse período mais crítico e com as crianças já mais velhas, percebi que algo mais havia se perdido na vontade dele, naquele olhar predador dos tempos do namoro. Sua pegada se tornou carinhosa e cuidadosa para comigo. E eu fui aceitando, a princípio por comodidade, e depois por também ter perdido um pouco do tesão por ele, que personificava para mim o mundo maternal e das obrigações familiares. O "atestado de óbito" disso acontecendo quando Beto, num arremedo imitando carinhosamente as crianças, passou também a me chamar corriqueiramente de "mãe".
- Mãe, onde você guardou a blusa de frio da Dudinha?
- Vamos pedir pizza hoje, mãe?
- Bom dia, mãe. Dormiu bem?
- Mãe, você pode pegar meu terno na lavanderia quando voltar do trabalho?
Aquilo não me irritava, e eu aceitei numa boa, até achando bonitinho. Mas hoje, quando penso a respeito, acho que foi como um veneno em pequenas doses, que minou mais ainda qualquer possibilidade de voltarmos a ter um sexo sacana e sem vergonha. Entramos num mundo onde foda e gozo não combinava com amor e respeito. Então, quando fazíamos, era uma transa cômoda e calma, sem grandes variações. Sempre em silêncio, com sussurros amorosos, e com pouca intensidade para não nos revelarmos às crianças. E assim seguiu sendo nos anos seguintes do nosso casamento. Foram raras as ocasiões, em datas especiais, onde nos entregávamos um ao outro com um calor e desejo comparáveis aos do tempo de namoro. Muitas das quais apenas depois de alguns drinques que serviam para nos desbloquear daquele modo de vida controlado... e chato.
Nossa vida íntima não era mais tão prazerosa, mas não significando que não havia amor, ou que tivéssemos problemas entre nós. Nosso casamento se estabelecia também sobre a base da família, sobre nossos planos para o futuro, e tudo mais. A convivência com amigos era uma variável importante da equação, nos trazendo equilíbrio também pelas amizades que se formavam, e se apoiavam uns nos outros.
Nessa questão, vale lembrar também que, algum tempo depois de ter conhecido a Cristina e a Laís, acabei conhecendo a Bia por conta de trabalhos na empresa. Ela passou a fazer parte do nosso quadro de colaboradores, e, juntas, atuamos em um projeto que foi um tremendo sucesso. Logo estávamos nos dando muito bem, e a trouxe também para o convívio com todos da turma. Super comunicativa e simpática, em pouco tempo ela já estava se sentindo em casa, e não mais se distanciou de todos nós. E, particularmente, ela se deu muito bem com o Beto, com quem tinha longas conversas a respeito não só de projetos e trabalhos técnicos, mas também sobre a vida em geral. Eu não tinha muita paciência para aqueles assuntos, mas via como eles tinham muitos interesses em comum, passando um tempo enorme trocando ideias e indicações de filmes, músicas e leituras diversas um para o outro.
Confesso que, algum tempo depois, cheguei a sentir um pouco de ciúmes, pelo tanto que Beto dava atenção para a Bia. Porém, não via maldade no jeito dela, nunca cruzando a linha da amizade ou tentando ter algum tipo de intimidade maior com ele. O mesmo do lado de Beto, que, tirando olhares indiscretos que captei ele dando para a bunda dela na praia, nunca tive nenhum indício de um interesse maior dele por ela. Hoje tenho certeza, contudo, que havia no mínimo alguma atração platônico e reprimida entre ambos, apenas não tendo evoluído na época para um affair por estarmos casados.
Anos depois, Bia veio também a se casar, mas com um sujeito com o qual nunca nos demos muito bem. Arrogante e convencido, era bem desagradável quando tínhamos programas nos quais ele também participava, não conseguindo atrair a amizade nem mesmo dos homens da nossa turma. Após alguns poucos anos, eles terminaram se separando, e Bia, então, nos confidenciou muito do que passou com ele, tendo sido sua maior decepção na vida. Após isso, ela não se prendeu a ninguém, tendo casos aqui e ali, mas não deixando de ser uma presença constante entre nós, até finalmente terminar ficando com o meu Beto, após nossa amarga separação.
Aquele período, entre nossos 10 e 15 anos de casados, também me trouxe de volta notícias do meu passado, e com o qual eu esperava nunca mais ter algum tipo de contato. Primeiro fiquei sabendo, por meio do meu tio Juninho, de notícias de Gustavo depois de mais de uma década sem saber nada ele. Não foi algo muito detalhado, mas numa festa de final de ano, meu tio conversou em particular comigo (longe do Beto) para me dizer que havia encontrado com ele, por acaso, durante uma feira agropecuária. Reconheceram-se e conversaram durante algum tempo. Meu tio comentou que Gustavo perguntou como eu estava, ficando sabendo do meu casamento e de meus dois filhos, ao que ele mostrou fotos da esposa e dos filhos gêmeos dele, bem mais novos que os meus. Trocaram cordialidades, mesmo porque meu tio nunca ficou sabendo dos detalhes de nosso rompimento, e seguiram seus caminhos, com Gustavo pedindo para meu tio me transmitir lembranças quando me encontrasse. Achei até bacana isso tudo, por ele ter se estabilizado também e formado família, eu não mais sentindo todo aquele rancor e mágoa que me acompanhou durante um bom tempo após nosso término de namoro.
Entretanto, e, coincidentemente, pouco tempo após receber as notícias de Gustavo, tive uma experiência não tão agradável. Estávamos eu e o Beto passeando num shopping e parados olhando uma vitrine de uma loja qualquer. Conversando desatenta com ele, eu escutei, então, a voz de um homem me chamando pelo nome, a voz dele soando bem próxima de nós:
- Fernanda? É você?
Virei-me devagar, mas sentindo um temor por ter, de alguma forma, reconhecido aquela voz, e já sentindo meu estômago dando voltas. Marquinhos me olhava sorridente, tendo me reconhecido mesmo depois de tanto tempo. Estava mais velho, assim como eu, mas ainda era um homem bem atraente.
- Marcos, nossa... que surpresa! - e ele se aproximou de mim, ambos trocando sociais beijinhos no rosto como cumprimento. Senti sua mão me tocando o braço, e aquilo bastou para disparar reações em meu corpo, uma memória sensorial que trouxe um caminhão de lembranças dos nossos momentos íntimos juntos. Aquilo me derrubou, me deixando meio paralisada e, principalmente, fragilizada. Mesmo assim, respirei fundo, e sorrindo um tanto nervosa, tratei de fazer as devidas apresentações:
- Beto, esse é o Marcos, amigo meu da época da faculdade. E, Marcos, esse é o Roberto, meu marido - e os vi se cumprimentando cordialmente. Marcos estava acompanhado de uma morena bem mais nova, muito bonita e gostosa, e que nos foi apresentada como sendo sua noiva. E que ficou o tempo toda calada, apenas nos ouvindo falar.
Conversamos por algum tempo sobre assuntos da época da faculdade, lembrando de outros amigos e amigas, e acontecimentos aleatórios. Eu sentia, contudo, um clima estranho, sobre o qual apenas eu e Marquinhos sabíamos, de fato, do que se tratava. Eu o olhava e me sentia nua na sua frente, ele sabedor de segredos meus que eu queria ter deixado enterrados no meu passado. De alguma forma, a minha submissão "a eles" ainda se fazia presente em mim, eu passiva e eles me dominando e me usando. Naquele momento, ele conversava comigo, mas se dirigia principalmente a Beto com um sorriso meio irônico no rosto. Eu não conseguia parar de me desassociar da ideia de que ele pensava algo como: “eu comi sua esposinha, cara, e lembro como ela gozou gostoso na minha pica... e aposto que você não sabe de nada, né?”. Uma situação oculta, e que era, ao menos do meu ponto de vista, um tanto humilhante para meu marido, mesmo sem ele ter consciência ou culpa disso.
Acabamos nos despedindo e cada casal seguiu seu caminho, não sem antes trocamos contatos para algum eventual reencontro futuro - e que eu de maneira alguma pretendia ter. Naquela noite eu me senti muito estranha, e quando procurei Beto para fazermos amor, as lembranças de Marquinhos me comendo, Gustavo junto naquele chalé e tudo mais que aconteceu, me vieram novamente à mente, mesmo a contragosto. Independente de todo o contexto de como tudo terminou, com a minha descoberta de como fui usada e enganada por eles, não posso negar que fiquei bem mais molhada e excitada que o normal, chegando a gozar gemendo baixinho e controlada enquanto Beto me penetrava carinhosamente por trás. As feridas haviam se fechado e as cicatrizes sumido. Eu sentia ser uma mulher diferente, mas com meu passado ainda bem vivo dentro de mim.
Chegando lá pelos 15 anos de casados, e com as crianças na pré-adolescência, minha amizade com a Cristina e com a Laís estava mais que fortalecida, uma cada vez mais próxima da outra. Além de muitos segredos e confidências de nossas vidas de solteiras e casadas, também compartilhávamos momentos, digamos, mais íntimos. Passamos a frequentar as três um mesmo horário de academia, para uma sessão de hidroginástica todas juntas. Eu e a Cristina com o objetivo maior de reduzirmos medidas, e Lais… bem, ela só mesmo pelo bem-estar e pelo prazer do exercício, já que seu corpo era maravilhoso.
Mesmo tendo tido antes alguns momentos de intimidade quando na casa uma da outra, ao trocarmos e experimentar uma ou outra peça de roupa juntas, lá no vestiário da academia foi a primeira vez em que ficamos nuas uma na frente da outra, o que me causou sensações estranhas e gostosas. Eu já tinha um carinho enorme por ambas, mas, naqueles momentos na academia, a despeito de o fazermos de forma natural, não consegui aquietar meu lado bissexual adormecido. Ele se agitou todo quando pude vê-las ali do meu lado trocando de maiô e ao compartilharmos o chuveiro, uma experiência que há muito não tinha com outras mulheres, desde a noite com a maravilhosa Luana lá no chalé. Já se iam quase 20 anos, o tempo passando rápido, mas não o suficiente para fazer desaparecer de mim esses desejos paralelos.
Laís era, realmente, uma mulher extremamente sexy, e acho que não apenas eu, mas outras mulheres e garotas ali no vestiário já a tinham observado como ela tinha um corpo perfeito. Os traços orientais e toda a delicadeza do corpo se acentuavam ainda mais naqueles seios pequenos, duros e bicudos, e na bundinha durinha e redondinha. As pernas mais alongadas, terminando numa xaninha toda delicada e de poucos pelos bem negros, que contornavam seus lábios mais escuros e salientes. Se não fosse por não ser tão alta, tenho certeza de que ela poderia tranquilamente ter sido uma modelo de sucesso nas passarelas, por sua postura sensual, o jeito mais refinado, o olhar penetrante, e tudo mais.
Já Cristina era mais parecida comigo, morena, com os cabelos não tão longos, e um rosto cativante. Uma boquinha linda, de lábios carnudos que pareciam sempre pedir para serem beijados. Em relação a mim, ela tinha a diferença de ter seios menores que os meus, mas com mamilos mais escuros e menores. Seus quadris eram mais largos que os meus, ela tendo menos cintura e com uma bundinha também menor que a minha. Ah, e uma bocetinha sempre toda raspadinha, que ela fazia questão de deixar totalmente lisinha, ao contrário de mim que sempre cultivei minha faixinha de pelinhos aparadinhos, inclusive por Beto gostar dela assim.
Isso tudo eu guardei na minha mente, em cada nova sessão de hidroginástica compondo uma imagem mais completa delas duas, olhando disfarçadamente no chuveiro ou quando trocávamos de roupa juntinhas. Não sei se elas reparavam nos meus olhares, ou nem mesmo se elas cultivaram também algum desejo parecido por mim. Mas, do meu lado, isso me levava sempre a me lembrar delas quando sozinha em casa, tocando-me escondida e desejando minhas amigas, sonhando em poder sentir o corpo delas, beijá-las, e chupar aquelas xaninhas gostosas. Mais um dos meus segredos que nunca compartilhei com ninguém.
Essa fase da minha vida virou então um turbilhão de sentimentos e desejos. Eu me sentia cada vez mais bombardeada de estímulos de diferentes ordens e naturezas. Vivia uma gangorra de sensações, a começar por um casamento bem-sucedido com meu marido, mas morno na forma como ele me tratava maternalmente na cama. Quando encontrava com as amigas, se já não bastasse o meu carinho e um certo desejo reprimido por elas, ainda tinham todas as pequenas provocações, comentários e indiscrições a que nos submetíamos, colocando sempre mais pimenta em como tocávamos nossos casamentos. Mulher feita e mãe de dois filhos, vivendo uma vida agitada pessoal e profissionalmente, eu sentia, contudo, a insegurança de não ser mais tão bela e desejada como quando jovem. Eu sonhava sozinha devorando contos eróticos na internet, vivendo na minha mente aquelas fantasias e me sentindo como as protagonistas das histórias. Eu queria... não! Eu PRECISAVA provar para mim mesma que estava viva, e não apenas sobrevivendo presa no roteiro de uma existência enfadonha e doméstica.
Houve, então, um sábado em que tudo confluía para eu ter uma tarde em casa no seu mundinho paralelo e sem vergonha, com meu marido viajando e meu filho passando o dia na casa de amigos. Eu estava de "mãe motorista", encarregada do leva e traz dos filhos de casais amigos para uma festa infantil, o que me daria ao menos algumas boas horas sozinha em casa para brincar comigo mesma. E, assim, eu me preparei, tomando um gostoso banho, saindo com a Dudinha para fazer o circuito pelas casas das amiguinhas, recolhendo-as com as mães e entregando-as no salão de festas onde ocorreria o aniversário da vez. Como meu objetivo era apenas levá-las e voltar rápido para casa, não vesti nada especial, optando por ficar com uma bermudinha leve e uma blusinha mais folgada.
Chegando ao destino, e quando deixava as meninas na porta do salão, fui surpreendida pela Bruninha, filha da Joana e do Carlos Eduardo. Ela veio até mim mostrando que, por alguma confusão ocorrida em casa, ela tinha trazido em sua bolsinha a carteira e o celular do pai por engano. Como era perto, e no caminho para minha casa, eu me dispus então a os levar de volta e entregar na casa dela, para não deixar o pai preocupado, ou mesmo em apuros caso precisasse principalmente dos documentos.
Assim eu segui para o endereço do prédio onde eles moravam, estacionando o carro na frente, e descendo para me identificar na portaria. Como se tratava de uma carteira com cartões e dinheiro, além do próprio aparelho celular, achei por bem levar em mãos até o apartamento deles, sendo liberada para subir assim que o porteiro os chamou pelo interfone. Chegando no andar, sai do elevador esperando encontrar novamente com a Joana, que havia me entregue a filha momentos antes quando passei por ali. Mas fui pega de surpresa pelo Carlos Eduardo, que me esperava com a porta do apartamento entreaberta, e me convidando para entrar. Imaginando que Joana ainda lá estivesse, não vi nenhum problema e aceitei o convite.
Entretanto, logo ao entrar, notei que o Carlos Eduardo, na verdade, deveria estar sozinho no apartamento. Assim que passei pela porta, percebi que ele estava bem à vontade, descalço e vestindo apenas um shorts folgado e uma camiseta simples. A televisão estava sintonizada em um jogo de futebol qualquer, que ele assistia bebendo cerveja, a julgar pelas duas latinhas vazias sobre a mesa de centro. Meio desconfortável, tratei logo de entregar os pertences dele, pensando em ir embora rapidinho:
- Olha aqui o que sua filhinha levou lá para a festa! Rsrsrs - e lhe devolvi a carteira e o celular.
- Ah, aquela arteira. A gente estava brincando aqui, e acho que na correria para sair nem percebeu o que levou com ela. Nossa, muito obrigado por me trazer, Fernanda. Acho que eu ia pirar se percebesse que tinha perdido meus documentos...
Um pouco tensa pela situação, e ainda na esperança de que a esposa estivesse em algum outro local do apartamento, dei uma sondada:
- E a Joana, Edu? Não está em casa? - perguntei a ele, enquanto olhava para a decoração de bom gosto da sala e do apartamento em geral.
- Não, Fernanda. Ela saiu com algumas amigas para ir ao cinema. Acabou de ligar avisando que conseguiram comprar os ingressos apenas para a sessão das 16h30, pois é lançamento e o shopping está lotado de gente.
- Ah tá...
- Mas senta um pouco, Fê. Toma pelo menos uma latinha comigo, está um calor danado... - e disse isso se dirigindo para a cozinha, à busca de trazer mais algumas latinhas geladas.
Acabei me sentando no sofá pensando em que desculpa dar para poder sair dali. Entretanto, minha atenção foi, então, atraída por uma pequena pilha de 3 livros recentes de arquitetura, que recentemente haviam sido lançados, e que estavam sobre a mesa. Não resisti e os peguei para folhear, comentando com Edu quando ele voltava para a sala:
- Nunca conversamos sobre isso... mas você ou a Joana trabalham também com arquitetura? - comentei segurando os livros e olhando para ele.
- Sim, eu sou arquiteto. Por que, você também é? - ele me perguntou surpreendido, e me estendendo uma latinha.
- Obrigada, Edu... Sim, eu trabalho como freelancer, numa empresa de uma amiga.
- Nossa, que coincidência! Também tenho esse esquema de trabalho, e que me dá muita liberdade nos horários - explicando e me fazendo entender melhor o motivo dele conseguir participar mais de tantas atividades escolares da filha.
E emendamos, então, uma conversa animada, sobre onde cada um estudou, dos projetos em que trabalhou, e até mesmo identificando algumas pessoas com quem ambos tínhamos contatos em comum, e que trabalhavam nessa área. Nessa troca de ideais, mais algumas latinhas foram consumidas, e então Edu me chamou para mostrar o projeto em que estava trabalhando naquele momento.
Ele indicou o caminho e fomos para um quarto do apartamento que fora transformado em escritório, e que era onde ele trabalhava quando estava em casa. Tinha uma mesa moderna de desenho, além de materiais e um computador de mesa com um display enorme ligado a uma mesa digital, equipamento de primeira. Ele foi me mostrando tudo, e me deixando animada e desinibida, os dois se entrosando e criando um vínculo. Paramos, então, defronte da mesa de desenho, onde ele estava atualmente desenvolvendo o layout de uma enorme casa para uma família muito abastada, e que havia contratado dele um projeto personalizado. Curiosa, eu apontava para cada parte do projeto, perguntando detalhes técnicos, e questionando as opções que ele havia feito, e até arriscando uns palpites. Eu não sentia o tempo passar, envolvida naquilo tudo e adorando aquele clima mais íntimo ali com ele.
Enquanto olhávamos juntos a planta, Edu se posicionou bem próximo a mim, ficando meio de lado e ligeiramente atrás de mim. Eu podia sentir o perfume dele, junto com seu cheiro masculino natural, e isso começou a mexer comigo. Nossos braços e corpos, por vezes, se tocavam de leve, com a desculpa de nossa conversa em torno do projeto. Eu não demonstrava desconforto com isso, e em nenhum momento realizei qualquer movimento que me afastasse dele. A verdade é que eu estava gostando, alimentando inconscientemente uma suave sedução, naturalmente presente pela simples situação de estarmos ali sozinhos, um homem e uma mulher... com a oportunidade de algo mais acontecer... um como que esperando a iniciativa do outro. Ambos tentando driblar sua condição de casados, e lidando, cada um a seu jeito, com a consciência do erro que cometeriam indo mais adiante.
Seguimos entretidos por mais algum tempo nessa encenação, quando, num dado momento, eu senti a mão dele me abraçando pela cintura. Ele seguia falando sobre o projeto como vinha fazendo, disfarçando aquele toque mais íntimo mas sem recuar. Eu sabia que deveria tirar a mão dele dali, pois reconhecia muito bem o que significava aquele movimento. Era claro para mim qual deveria ser a resposta que uma mulher casada e correta... Mas eu nada fiz. E deixei, sentindo o calor dos dedos dele tocando a pele na minha cintura, no exato espaço entre a bermuda e a blusinha.
A minha "não reação" foi, então, o sinal verde para ele avançar mais. Eu já não prestava mais atenção direito na exposição e explicações dele, quando o senti me encoxando, com sua mão e braço me envolvendo pela frente do meu corpo. Simplesmente fechei os olhos quando ele passou a falar baixinho, com a boca perto do meu ouvido, me abraçando por trás, me envolvendo e já sentindo seus toques caminhando em direção aos meus seios, por baixo da minha blusinha. Eu me arrepiei toda, e sentia minha boceta se molhando por dentro, enquanto mantinha minhas pernas e coxas firmemente pressionadas uma contra a outra. Numa última tola tentativa de ainda poder parar com aquilo, eu balbuciei quase sem forças para ele:
- Não, Edu... não podemos...
Ele não parou, mas sim beijou meu pescoço, agora já apalpando um dos meus peitos com uma mão por baixo da minha blusa. Enquanto isso, sua outra mão descia pela frente, e, audaciosamente, entrava com os dedos por dentro da minha bermuda e da minha calcinha, indo encontrar e sentir meus pelinhos bem aparadinhos, e minha fendinha melada e úmida. Soltei um gemido descontrolado:
- Hummm... não... eu não... eu não posso, Edu... Hummm...
- Não pode... ou não quer? - Ele me perguntou com uma voz rouca e grossa, me desarmando inteira, enquanto dedilhava e sentia meu grelinho já despontando e me traindo.
- Não posso... - e minha resposta foi tudo o que ele que queria escutar, confirmando que eu não poderia... mas que queria tanto quanto ele.
Então ele me virou e me roubou um beijo que foi mais do que correspondido por mim, com nossas línguas se enrolando, duelando e se saboreando gostosamente. As mãos dele agarraram minha bunda, me sentindo com seus dedos por dentro da minha bermuda e já explorando meu reguinho. Eu acariciava seus lindos cabelos loiros, enquanto jogava meu ventre contra ele, me esfregando no volume de seu pau duro por baixo dos shorts.
Não havia mais volta, e eu não tinha como resistir. E, na verdade, eu também não queria resistir. Minhas mãos demonstravam isso, explorando e sentindo os músculos do seu abdómen e do peito bem definidos. Suspirei quando o ajudei a tirar a camiseta, dando-lhe um sorriso de satisfação pelo que via, ele sentindo certamente o orgulho e com a confiança de saber como é ser um homem muito desejado pelas mulheres.
Tomei a iniciativa, e fui, então, o beijando e mordendo, me deliciando com aquele peito e dando especial atenção aos mamilos dele, por onde eu passeei com minha boca e minha língua, dando mordidinhas e o sentindo se arrepiando. Minhas mãos não paravam de o procurar, e meu controle já tinha se perdido por completo. Foi, então, minha vez de entrar por dentro dos shorts dele, indo apertar e apalpar a bundinha dura e gostosa dele. Depois de o procurar para mais um beijo, eu sorri maliciosa para ele, e fui me ajoelhando, trazendo abaixo os shorts dele e liberando totalmente seu pau para o meu deleite. Completamente depilado, a pele levemente roseada e com a glande naturalmente exposta. Plenamente rígido, empinado e tortinho para cima, lindo e bem diferente do pau do meu marido, apesar de ser apenas pouca coisa maior que o dele.
Eu sorria para ele, encantada enquanto o manipulava com a minha mão, subindo e descendo, sentindo-o duro e quente, e indo o procurar com minha boca para provar seu gosto. Chupei com desejo, matando uma vontade que desconhecia ainda existir dentro de mim, me esbaldando em lamber todo seu tronco, sua cabeça, e até descer para brincar com seus ovinhos, fazendo-o gemer gostoso. Edu me olhava em pé, completamente pelado, e vendo a esposa de outro homem ajoelhada aos seus pés. Ela o excitando, tocando seu membro com a boca, o deixando pronto para poder se entregar a ele.
- Ai, Fernanda... Isso, chupa assim... que delícia de boca você tem! - e falava isso me acariciando os cabelos, levemente me conduzindo para o sentir todo dentro da minha boquinha.
- Hummm... que pau gostoso você tem, Edu! Hummm... - e eu caia literalmente de boca, tentando o engolir até onde conseguia, curtindo cada segundo daquele momento.
Continuei o chupando mais, punhetando com força e o tocando, até que, depois de alguns minutos, ele implorou para eu parar, senão iria acabar gozando na minha boca. Ele, então, me ajudou carinhosamente a me levantar, voltando a me beijar e movendo suas mãos para começar a tirar as poucas peças de roupa que eu usava. Primeiro fiquei sem a blusinha, enquanto eu mesma tratava de soltar meu sutiã, tirando-o ante os olhos fixos dele na espera por ver meus peitos grandes e carnudos aparecerem. Logo eles estavam recebendo seus carinhos e beijos, sendo apalpados e também sugados e mordiscados por sua boca. Ali o contraste com sua esposa era patente, ela uma mulher de seios modestos e pequenos, bem o oposto dos meus. E ele aproveitou tudo que pode de mim, mamando muito e gostosamente meus peitos, e me levando à loucura pela sensibilidade que passei a ter nos bicos dos meus peitos depois que me tornei mãe.
Não demorou muito, e ele tratou de ir tirando também minha bermudinha, no que eu ajudava dando algumas reboladinhas para conseguir fazê-la vencer a largura mais avantajada dos meus quadris. Agora era ele que estava ajoelhado aos meus pés, eu um tanto preocupada com a calcinha simples e comum que usava, branquinha e de algodão, e que nunca usaria num encontro com um homem. Mas isso não parecia o incomodar, e muito menos o impedir de sentir meu cheiro e me beijar por sobre o tecido dela, e que já apresentava uma manchinha de umidade indisfarçável.
- Hummm, que delícia de meladinho, Fernanda. Você nem imagina o quanto eu te desejei assim... juro! - e meu ego se inflou por completo, escutando isso e com ele me venerando ali aos meus pés. Sentia sua respiração quente entre as minhas pernas, ele esfregando o rosto em meu ventre, suas mãos me segurando pelas bandas da minha bunda, me puxando de encontro a ele.
- Fica de costas... mostra essa bundinha para mim, mostra? - ele me olhava, com as mãos nos meus quadris, pedindo charmoso.
Virei-me sorrindo e excitada, apoiando-me com as mãos na mesa, e mostrando-lhe meu traseiro com as pernas ligeiramente afastadas. Eu, toda apoiada, e consciente de ter a calcinha toda enterradinha atrás, com minhas nádegas a mordendo enfiada fundo no meu reguinho. Lugar onde ela não ficou por muito mais, pois Edu logo tratou de ir tirando-a de mim. Assistindo de pertinho o espetáculo que é ver a calcinha de uma mulher sendo abaixada, com o tecido brigando para se manter preso ao nosso corpo, mas no final cedendo vencida, e revelando nossos segredos por completo.
Nua para ele, passei a sentir ele me procurando com a boca e os dedos. Sua língua atrevida logo encontrou meus lábios se abrindo, e, com ajuda de seus dedos habilidosos, ele me excitava, bebendo meus sucos que escorriam a ponto de os sentir molhando minhas coxas. Rebolava no rosto dele, sentindo-o se esfregando, abrindo as bandas da minha bunda para ir mais fundo, sem nenhum pudor ou bloqueio. Tive que me segurar firme no tampo da mesa, para não me desequilibrar com tudo que sentia, e com o gozo chegando forte, seu rosto e boca se alternando entre minha boceta e meu anelzinho proibido.
Nesse momento, por um relance, vi minha aliança brilhando no meu dedo. Um lapso de dúvida passou rápido por minha mente, mas eu não tinha mais como recuar. A "Fernanda vadia", adormecida por anos e anos dentro de mim, já me controlava por completo. E eu o deixei fazer o que quisesse comigo. Eu até senti, ironicamente, que seus dedos socados dentro da minha bocetinha, também ostentavam um anel dourado. Anel esse que estava agora molhado pelos meus líquidos, o símbolo da união deles dois sendo manchado e maculado ao roçar na minha boceta... na boceta de uma mulher casada, e que se comportava como uma putinha naquela tarde.
Após ter quase me feito atingir o êxtase, ele me pegou pela mão e me levou para o quarto do casal. Os dois nus, saindo se agarrando e se beijando pelo corredor do apartamento. Entrei logo atrás dele, vendo a cama impecavelmente arrumada, o local da intimidade do casal, onde eu uma intrusa, prestes a violar a relação deles. Prestes a me entregar para o marido perfeito do casamento perfeito e da perfeita Joana. Alguém que certamente ele iria se lembrar, no futuro, como uma vagabunda casada que ele levou fácil para a cama, e que fez o que quis com ela. E eu fui mesmo isso tudo, eu me deixei levar, me entreguei não por engano, mas porque eu quis e precisava daquilo.
E, assim, nos jogamos na cama, depois daquelas preliminares todas, mas já um pouco preocupados com o tempo, controlando no relógio na mesinha de cabeceira. Ele nos dizia que teríamos ainda cerca de uma hora antes de corrermos riscos maiores. Carlos Eduardo tratou, então, de pegar uma camisinha na gaveta, explicando, sem necessidade e enquanto encapava seu pau ereto, que eles usavam preservativos pois a esposa não se dava bem com anticoncepcionais. E ele olhou para mim e perguntou:
- Como você quer?
Eu não respondi de pronto, mas sim mostrei para ele. Engatinhei de quatro pela cama até a cabeceira dela, ficando de bunda virada para ele, toda empinada com as coxas afastadas para então lhe dizer de forma luxuriosa:
- Assim... me come assim, por trás, meu gostoso. Vem, vem me foder! - e o olhei por sobre os ombros, vendo seu sorriso de satisfação ao se ajoelhar com o pau super duro, mirando na minha bocetinha abertinha em flor, preparada e prontinha para ele.
Então eu senti. Senti e quase gozei de imediato, quando ele me penetrou bem lentamente, curtindo como seu membro me invadia, me abrindo e me preenchendo. Indo e voltando, se ajeitando, até estar totalmente dentro de mim, tocando meu útero lá no fundo. Um pau diferente, seu formato e a forma com ele metia me causando sensações distintas das que tinha com o Beto... me tocando de outro jeito e em outros pontos dentro de mim. Ele pousou então uma mão na minha cintura, firmando a outra no meu ombro, e assim ele me conduziu, me fodendo gostoso, ritmado... ele sabia comer uma mulher, ainda mais uma que esteve aguardando isso por um bom tempo, mesmo sem saber que o queria de fato.
- Ai que tesão, Edu! Isso, me fode assim... mais... - o pouco que eu conseguia falar entre muitos gemidos eram pedidos desencontrados para ele não parar de forma alguma de me comer.
- Hummm Fernanda... que delícia... isso, rebola no meu pau... rebola.... sua gostooosa!!! - e ele acelerava as estocadas, com firmeza, me dominando, me usando como uma mulher adora de ser usada.
Os sons dos choques das coxas dele na minha bunda, a cada bombada, ecoavam pelo quarto e pela casa. Meus peitos grandes balançando muito, se batendo um no outro, as mãos dele volta e meia os procurando, para apalpar e sentir meus mamilos duros enquanto me comia, deixando-o mais excitado. Algo que eu sentia na forma como ele me fodia com mais intensidade ainda:
- Que peituda gostosa que você é, Fernanda! - eu escutava isso e adorava, me deixava mais putinha e sem vergonha, orgulhosa desses meus atributos.
Passei a sentir meu suor escorrendo pelo corpo, assim com o dele pingando nas minhas costas, ambos se empenhando em buscar aproveitar o máximo que pudessem naquele pouco tempo que ainda tínhamos. Senti, então, ele abusando um pouco mais, abrindo minhas nádegas para ter acesso ao meu cuzinho, que piscou e o mordeu quando ele fincou o dedo mais grosso, seu polegar forçando minhas preguinhas a cederem àquele carinho.
- Posso, Fernanda? - ele perguntou sem precisar, já dono também do meu cuzinho.
- Aiii... pode sim, Edu... hummm... que gostoso! - e eu rebolava e me jogava mais ainda de encontro a ele, sentindo seu pau socado dentro de mim, e o dedo mexendo e me coçando gostoso lá dentro. Estava no auge, e não aguentei mais me segurar, explodindo num gozo sem controle:
- Ai, tô gozando, Eduuu... tô gozandooo.... aiii.... - e tratei de enterrar rapidamente meu rosto no travesseiro da Joana, soltando um grito abafado enquanto meu corpo todo tremia num orgasmo delicioso.
Não me aguentando, e sentindo um tremor gostoso no corpo todo, eu tive, então, que me deitar, deixando ele escapar de dentro de mim. Edu se moveu, nessa hora, para me pegar por trás e comigo ficando de ladinho. Ergui minha perna, e o senti procurando e voltando a me penetrar a boceta, o pau me proporcionando a deliciosa sensação de voltar a me preencher, ocupando o vácuo que deixou aberto quando eu atingi meu orgasmo. Ainda sentindo os espasmos na boceta, meu ventre tremendo numa mistura de sensações, tratei de ajudar o meu amante providencial a também gozar.
Abraçando-me por trás, e com uma de suas mãos apalpando meus peitos, ele recomeçou a meter forte dentro de mim, socando seu pau em movimentos rápidos enquanto se batia contra minha bunda. Eu o sentia mais gostoso e íntimo dessa forma, suas mãos me massageando com gosto, enquanto eu tocava meu grelinho com os dedos, prolongando meu prazer. Naquela posição, eu podia ver o retrato do casal na mesinha de cabeceira, bem na minha frente. E, sendo comida por ele, meu corpo se chocando contra o dele, eu fiquei olhando para o rosto da Joana, enquanto sentia seu marido se retesando e urrando, ejaculando gostoso dentro de mim... jorrando dentro da camisinha e enchendo-a de porra... o esperma do seu marido, Joana... gozando dentro de mim.
Ficamos mais alguns minutos recuperando o fôlego após aquela foda deliciosa. Sim, não nego que foi muito bom, e, naquele momento da minha vida, era tudo o que me faltava para eu readquirir a confiança e o desejo que estava procurando. Eu me sentia mulher novamente naquela cama, como que me libertando da comum vida doméstica que vinha tendo nos últimos muitos anos da minha vida de casada. Era um sentimento de regozijo, de satisfação pelo sexo bem-feito. Eu por me sentir ter sido bem comida, e ele, provavelmente, por todo o tesão de ter me possuído dessa forma, sedutoramente, e num sexo totalmente inesperado.
Sincronizados, olhamos um para o outro e demos risada, algo que saiu espontâneo, ambos reconhecendo a safadeza, cumplicidade e culpa em termos "feito a coisa errada"
- Uau, por essa eu não esperava, Fernanda... Nossa!
- Ei, não botava fé em mim não, é? - o provoquei fingindo uma indignação
- Imagina, pelo contrário! Desde que te vi, soube que você era boa de cama. Aquele seu jeitinho de mamãe bem-comportada não me enganava! Rsrsrs - o típico do comentário que me deixou ao mesmo tempo encabulada e orgulhosa.
- É... foi muito bom, Edu! Só que isso para por aqui, ok? Amo meu marido, e você tem sua esposa… Foi um erro… um erro gostoso, mas um erro, de toda forma.
- Eu sei, Fernanda. Mas a gente se quis, foi inevitável. Tudo levou a isso, e não me arrependo não.
- Eu também não, meu amor. Mas melhor seguirmos só assim, ok?
- Sim. E essa tarde fica sendo nosso segredo para sempre.
- Isso, nosso segredo! - ah, a sina da minha vida... segredos e mais segredos...
E assim ficamos, ambos concordando em ter sido delicioso, mas que foi só sexo, o tal sexo casual mesmo. Não iríamos levar nada adiante, nem criando algo que pudesse arriscar nossos casamentos. Tratei, diante disso, de colocar um pouco mais de racionalidade ali, lembrando que tínhamos que ajeitar rápido tudo aquilo, e não deixar vestígios do pecado cometido… E sai nua do quarto deles, observada por Edu enquanto ia para o corredor atrás de minhas roupas esquecidas lá no seu escritório, ele se levantando para também se vestir e iniciar a arrumação de tudo.
Depois de mais ou menos arrumada, tendo feito antes uma higiene básica no banheiro, voltei ao quarto dele. Edu já tinha se livrado apropriadamente da camisinha, e se vestido com a mesma roupa que estava antes. Ele já tinha também aberto as janelas e estava tirando a roupa de cama, para substituir os lençóis manchados por nossa foda. Vendo isso, um frio subiu por minha espinha:
- Edu! E esses lençóis, trocando tudo agora? A Joana não vai estranhar e desconfiar de algo?
Rindo e mostrando confiança, ele tratou de me acalmar:
- Fica tranquila, Fernanda. Quando a Jô saiu, ela já havia me pedido para eu os trocar. Além do mais, sou eu quem geralmente cuido da arrumação aqui em casa. Ela nem repara muito nisso não...
Ainda o ajudei a arrumar alguns detalhes na sala, recolhendo e limpando latinhas minhas que tinham algumas marcas de batom, e jogando fora no lixo. Acabamos nos despedindo na porta do apartamento, com um último selinho, eu recebendo ainda uma bela passada de mão na minha bunda. Aquela foi a última recordação daquela loucura toda, a sensação que me acompanhou durante a descida pelo elevador, junto com meu sorriso incontido no rosto. Cheguei em casa sentindo o cheiro daquele homem no meu corpo, me levando para um banho no qual recordei cada momento de nossa transa, rindo satisfeita no box do meu banheiro enquanto meus dedinhos se mexiam freneticamente no meu grelo para um último gozo naquela tarde inesquecível sob diversos aspectos.
Fiquei um tempo ainda relaxando na sala, assistindo TV despreocupada antes de dar o horário de buscar todas as crianças na festa. Uma a uma, fui entregando todas as seus respectivos pais, tendo aquele tempinho para uma conversinha rápida e leve antes de partir para o próximo endereço. A última que entreguei foi justamente a Bruninha, fazendo-o na porta do prédio onde Joana veio nos receber. Conversamos as mesmas cordialidades, cheias de sorrisos e amabilidades. Mas a todo momento eu olhava e media aquela mulher linda ali na minha frente, lembrando que horas antes eu estava nua sendo comida por seu marido na cama dela, onde ela iria dormir essa noite. Um lado masculino meu batia forte escondido atrás de meus sorrisos para ela, para a deslumbrante corna magrela que havia sido traída pelo marido com a carnudinha aqui. Que maldade! Rsrsrs
Depois desse dia, muitas vezes novamente me encontrei com o Carlos Eduardo, sempre em função das atividades na escola. Obviamente, nesses momentos as lembranças naturalmente me ocorriam, o que certamente também acontecia com ele. Mas mantivemos nosso trato, e seguimos nossas vidas deixando aquela tarde gostosa no passado mesmo. Com o tempo, houve um distanciamento natural, os filhos crescendo e não mais fazendo parte das mesmas turmas, levando-nos a gradativamente perdermos o contato um com ou outro.
Quem soubesse do que aconteceu entre mim e o Carlos Eduardo pode imaginar que a partir dali eu me tornaria uma esposa infiel, saindo à caça de homens por ai. Nada mais longe da verdade. Muito pelo contrário, nos anos seguintes eu me aproximei mais do meu Beto, e voltamos a nos entender melhor na cama. O desejo respeitoso dele "pela mamãe" se atenuou, e ele voltou a me ver como uma mulher.
Talvez nem tenha sido ele que mudou de fato, mas eu mesma é que tenha readquirido a confiança, meu ego e minha autoestima renovados, me devolvendo a sensação de que eu podia e merecia ter desejos, me excitar, gozar da forma que quisesse. Voltei a ter isso tudo com Beto, a chama entre nós se acendeu novamente, ficando, contudo, um pequeno peso na minha consciência pela traição que cometi. Mas isso foi algo que eu relevei, e tratei de compensar, ao meu jeito, me tornando uma esposa mais quente, sem deixar de ser amorosa e zelosa com os filhos. Por mais estranho que fosse, eu estava novamente equilibrada.
Não comentei nada com a Cris ou com a Lais, nem na semana seguinte e nem depois disso. Deixei aquele acontecido na minha conta privada e secreta, e que nunca ninguém mais além de mim e dele mesmo ficou sabendo. Isso ao menos não por mim, imaginando que o Carlos Eduardo também não o fez por medo de algo afetar o seu casamento com a Joana.
Algumas semanas se passaram, quando, em um certo dia, estávamos as três animadas nos preparando para entrar na piscina para mais um treino de hidroginástica na academia. Conversávamos sobre algum assunto qualquer, quando uma loira linda de cabelos longos, alta e esguia, veio em nossa direção para se juntar ao nosso grupo. Ela se apresentou, e quebramos o gelo falando sobre o horário e explicando a ela sobre a programação das atividades. Ela nos contou que havia tido seu segundo filho há pouco, e que precisava, assim, recuperar a forma - algo que para mim não parecia que ela nem de longe havia perdido.
Conversamos mais, e fomos nos descontraindo na aula, já criando uma boa conexão com ela. Após o final da aula, já na saída da academia e de banho tomado, tivemos mais uma conversa rápida com ela, combinando as próximas aulas e trocando contatos.
Indo para nossos carros, ela se vira e se despede de nós, todas já com alguma intimidade:
- Tchau meninas! Adorei mesmo conhecer vocês, suas lindas!
- Nós também, gatona! A gente te liga, ok Verônica?