Esposa amorosa, meus segredos - Final

Um conto erótico de Al-Bukowski
Categoria: Heterossexual
Contém 8892 palavras
Data: 27/12/2022 20:18:23
Última revisão: 08/09/2023 17:25:51

“Atenção senhores passageiros, estamos iniciando os procedimentos de aproximação para o pouso de nossa aeronave. O tempo é bom, céu claro e a temperatura local é de 22 graus. Agradecemos sua escolha em voar por nossa companhia, e esperamos em breve contar novamente com sua presença. Tenham um bom dia!”

Escuto o anúncio feito pelo comandante enquanto observo pela janelinha da aeronave a aproximação da cidade. Olho as casinhas minúsculas vistas aqui do alto, que compõem um mosaico de formas e cores, e, ao mesmo, escondem milhões de histórias, realizações, alegrias e dramas. A vida de uma infinidade de pessoas, que, dia após dia, acordam pensando em como podem ser felizes e saem em busca de seus objetivos. Retorno agora para junto delas, e daqui a pouco serei eu a estar dentro de uma dessas casinhas, abrindo a porta do meu apartamento e esperando encontrar a Dudinha e o Júnior, para os abraçar e encher de beijos, os meus filhos queridos e razão de minha vida.

Meu corpo reclama um pouco a noite mal dormida, da maneira que foi possível ter na poltrona da classe econômica, e numa viagem que já dura quase 15 horas; finalizando agora o último trajeto de 10 horas, que se iniciou quando decolamos de Houston, a escala do voo que partiu de Las Vegas, e onde passei a última semana. Tempos atrás, se alguém tivesse chegado até mim e descrevesse o roteiro do que me aconteceria nos últimos meses, eu teria rido e respondido que aquilo não seria apenas improvável, mas sim impossível. Mergulhada na tristeza em que me encontrava, não via nenhum destino diferente do de seguir minha vida solitária, aceitando as consequências das besteiras que fiz.

No entanto, mesmo consciente de que meus erros do passado nunca deixarão de me acompanhar, nesse momento só o que consigo fazer é recordar a última deliciosa e divertida semana que passei naquela cidade maluca, quase um gigantesco parque de diversões, com seus cassinos e demais construções que mexem com nossa percepção de realidade. Noites se misturando com o dia, luzes neon e letreiros enormes divulgando o que se possa imaginar de shows e eventos, para um mar de pessoas provenientes de todos os lugares do planeta. Quase na sua totalidade todas ansiando por viver alguma aventura ou ter alguma experiência inusitada e fora do normal, seja numa mesa de jogo, seja numa animada boate ou numa balada eletrônica em uma das inúmeras festas que lá viram a noite todos os dias.

Sinto a pressão pela gradativa redução de altitude do avião, algo que parece, nesse momento, estar me puxando de volta para a realidade, para a minha vida de sempre, me fazendo acordar do que vivi lá “em cima”, lá em Las Vegas. Será que não foi um sonho ou fruto da minha imaginação? Como posso ter certeza de que aquilo tudo foi real, e não uma ilusão dos meus sentidos?

Não! Aquilo foi real sim, e a prova disto está bem na minha mão, a mesma que estou usando para apoiar meu rosto, enquanto aproveito os últimos minutos da vista aérea da cidade cada vez maior, se aproximando para o pouso do avião. Eu confiro novamente, trazendo minha mão discretamente para frente do meu rosto, e comprovando que aquilo tudo não foi fruto da minha imaginação. Ela está mesmo lá e eu posso senti-la, linda e real. A aliança de casamento brilhando no meu dedo, refletindo a luz do sol que entra pela janelinha do avião, e ilumina muito mais do que pode parecer. Viro, então, meu rosto, e olho para ele tendo mais uma certeza de estar acordada e não dentro de um filme. O sorriso dele, segurando minha outra mão com a sua, que também carrega a mesma aliança que a minha. E o vejo mexendo os lábios me dizendo em silêncio, algo apenas para eu entender. Uma mensagem mais do que clara:

- Eu te amo!

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Vários meses se passaram desde a última noite de sábado em que tive várias taças de vinho como companhia numa noite de sábado no meu apartamento. Relembrava, amargurada, os momentos da minha vida, desde a tenra adolescência com minhas primeiras descobertas até minha trágica separação de Beto.

Acordei, no domingo seguinte, não propriamente de ressaca, pois aquele gostoso vinho não faria isso comigo. Mas sim numa preguiça e morosidade extrema, pensando em ficar o dia todo confinada ao meu quarto, zapeando algum filme ou série na TV. Ainda deitada na cama, sozinha em casa e vestida apenas com minha camisola, peguei meu celular para procurar alguma boa indicação do que assistir. Então vi, nas mensagens de notificação da tela principal, a última que constava da madrugada, e que me causou estranheza por ser uma mensagem direcionada para meu perfil profissional no LinkedIn.

Há muito que eu havia cancelado todas as demais redes sociais que tinha, sumindo do mundo virtual como uma forma de preservação e ao mesmo tempo de penitência, ao evitar acompanhar e ser seguida por meus conhecidos e ex-amigos. Dessa forma, mantive apenas contatos relacionados ao trabalho, trocando meu número de celular e compartilhando minha conta do WhatsApp exclusivamente para a família e poucos conhecidos, como a Cristina e o Beto; ele essencialmente para conversamos sobre questões relacionadas a nossos filhos.

Ao acessar o perfil no LinkedIn naquela manhã, não reconheci de imediato de quem vinha a mensagem. Apenas ao ler seu conteúdo é que tudo passou a fazer sentido, lembrando que a agora mulher que me escrevia era uma ex-amiga da época do colégio. Se chamava Valéria, e estava à caça de vários ex-colegas para montar um reencontro de 30 anos da nossa formatura.

Completamente surpresa, respondi com entusiasmo à mensagem dela, passando meu celular para conversamos melhor pelo aplicativo. Naquele dia trocamos diversas mensagens, com ela me atualizando que já tinham encontrado quase todos de nossa turma, e assim estavam programando como e onde fariam esse encontro. Animei-me com isso tudo, ante a perspectiva de dar uma arejada na minha destruída vida social, quem sabe mesmo retomando as amizades daquele passado longínquo, e com o qual tinha perdido totalmente o contato.

Os dias foram passando, e nas semanas seguintes revivi virtualmente, por meio de um grupo no WhatsApp, muitos dos meus amigos e amigas, numa série de conversas que os mais extrovertidos puxavam ao longo dos dias. Ainda um pouco ressabiada, eu mais lia do que respondia, mas mesmo isso já me reanimou completamente o espírito, me deixando na expectativa pelo encontro que ficou programado para acontecer no mês seguinte, na forma de um encontro informal na casa de um deles, e que tinha uma estrutura ampla para acomodar a todos.

Nesse meio tempo, eu seguia com minha vida, trabalhando e tocando a vida, o que consistia também em resolver problemas com meus filhos e ainda com o Beto. Apesar de já divorciados, por vezes alguma questão burocrática ainda surgia, e assim precisávamos acertar e encaminhar algum detalhe. E, por causa de uma dessas pendências, eu precisei me encontrar com Beto para assinar um documento com ele com uma urgência maior; ele se dispondo a vir até nosso antigo, e agora apenas meu, apartamento para resolver. Foi em um final de tarde, meus filhos ainda não estavam em casa, de maneira que eu o recebi sozinha em casa.

Várias outras vezes, depois da separação, ele já havia voltado ao nosso apartamento, mas geralmente passando rapidamente para pegar a Dudinha ou o Júnior, e saírem para algum passeio ou programa. Aquela tarde foi a primeira vez em que ele entrou apenas com a minha presença, ficando um clima estranho e um pouco constrangedor. Pouco nos olhávamos diretamente um para outro, focados mais em ele me explicar do que se tratavam aqueles documentos e o que precisávamos decidir, optar e assinarmos juntos para resolver a questão. Ficamos nisso por uns bons 15 minutos, e assim demos por encerrado aquele ponto.

Beto então se levantou da mesa, e, arrumando sua pasta de documentos, me disse ensaiando sua saída de casa:

- Obrigado, Fernanda. Eu vou encaminhar isso tudo e depois te envio uma cópia dos termos para você ter também com você.

- Ok, Beto, sem problema. Está tudo certo para mim.

- Ah... posso beber um copo d'água? Minha garganta está me matando hoje...

- Lógico que sim! Acho que você ainda lembra onde ficam as coisas, não é? - eu disse meio que para descontrair, mas quase me arrependendo pelo olhar que ele me deu logo a seguir, me fazendo corrigir a mancada

- Quer dizer, desculpa. Eu pego para você!

Peguei um copo com água e voltei para a sala, entregando para ele, e o observando enquanto bebia. Naqueles poucos segundos, não sei de onde tirei coragem, mas algo dentro de mim gritava para eu não perder a oportunidade de ter uma conversa mais séria com ele, sobre tudo o que aconteceu. E assim, temendo, mas arriscando, me dirigi a ele:

- Beto, você tem mais um tempinho para conversar uma coisa comigo?

- O que foi, Fernanda? Algo com as crianças?

- Não, Beto. É... É sobre nós dois... Por favor, eu... - nem bem concluía a frase e ele me interrompeu.

- Fernanda... Você... Nós não precisamos fazer isso. Já passou, acabou. Vamos seguir em frente, cuidando dos nossos filhos.

- Eu sei Beto, mas eu lhe devo isso. Deixar claro que nunca foi você, mas sim eu o problema. Você foi o melhor marido do mundo, e, sem ser falsa, você realmente merecia ter alguém melhor que eu na vida. Vem, por favor, me escuta... só me dá essa última chance de te pedir perdão... - e o chamei, vindo a me sentar no sofá, e lhe implorando com o olhar que escutasse o que eu tinha a lhe dizer.

Ele ficou parado alguns segundos que me pareceram uma eternidade, me olhando e provavelmente pensando se valeria ou não a pena mexer naquilo novamente, em cutucar as feridas que tanto tempo demoraram para cicatrizar. Eu paralisada, esperando, até que ele se moveu lentamente, e se sentou no outro canto do sofá. E, então, eu comecei, e fui falando tudo... tudo o que eu sentia, tudo o que eu fiz, as barbaridades todas, a começar pelo meu namoro abusivo, e tudo mais. Não entrei nos detalhes sórdidos por não serem relevantes para o que tinha que lhe abrir do meu íntimo.

Ele me escutou calado o tempo todo, mas de maneira muito distinta de quando o fez no dia em que saiu de casa. Ele viu minhas lágrimas sinceras escorrendo por minha face em vários momentos do meu relato, olhando nos meus olhos e me dando a chance de desabafar com ele; contando cheia de vergonha e remorso o que sentia e o que fiz. Eu não busquei explicar motivos, pois nem eu mesma me entendo ou sequer imagino que eu tenha me entendido algum dia na minha vida.

Disse-lhe o que realmente eu pensava de mim, ou seja, que talvez eu seja louca de pedra, que talvez eu tenha problemas mais sérios; e quem sabe a terapia, que sigo fazendo por orientação da minha mãe, consiga no futuro abrir a caixa-preta que existe dentro de mim. Eu fui doentiamente fraca, não sabendo dizer "não" a tudo aquilo, buscando algo que não me faltava e de que eu não precisava. E que, no fundo e no final, não valeu nada.

- Foi isso Beto, essa é toda a verdade sobre a porcaria da sua ex-esposa aqui... Em como fui burra e estúpida nesses últimos anos, em como me perdi nessa história toda. Não ouso lhe pedir desculpas, pois eu sou culpada, nós sabemos disso. Só o que lhe peço é que você entenda que nunca foi você... e que me perdoe... se algum dia puder...

Beto então me olhou, mirando-me com aqueles olhos castanhos, firmes, seguro, e racionalmente inabalável. Nunca foi um homem frio, mas tão pouco era alguém cruel ou que fosse capaz de destruir alguém. Sempre foi implacável nos negócios e na profissão, mas sua índole sempre foi e será de uma pessoa boa e compreensiva... talvez até demais, como foi no meu caso.

- Fernanda, olha… o que eu posso dizer? Bom... eu agora sei tudo o que aconteceu, e não posso dizer que isso me deixe feliz. Pelo contrário, me entristece e estou chocado em saber até onde você foi capaz de se submeter e ao que se sujeitou, por caprichos, desejos e sob influência dos outros... Onde você estava com a cabeça? Que grande merda você fez com a gente, hein? Porra...

- É... eu sei, Beto... eu sei...

Abaixei meu olhar, que era de muito mais que de vergonha ali na frente dele. Eu sentia o peso de sua reação, contida, mas severa e batendo forte dentro do meu coração. Então, fui surpreendida por algo que não imaginava, e que ele me revelou naquele momento.

- Mas se serve de consolo, Fernanda, naqueles dias, depois que... bem... depois que te vi entrando naquele carro, eu entrei em parafuso. E, cada vez mais certo de que você me traia, eu não posso deixar de admitir que também não fui correto com você... como seu marido que ainda era.

Ele, então, também me contou, mas sem abrir com quem fora, que havia se relacionado com outras duas mulheres naquela mesma semana, traindo-me pela primeira vez em todo o casamento. Disse-me que estava perdido, sem saber o que fazer, e que se deixou levar. Ainda fiquei me perguntando, como toda mulher curiosa, com quem ele haveria estado, e até pensei em ele ter procurado a Bia, lembrando-me de como os vi dançando juntos na festa na Cris. Contudo, acabei deixando de lado, pois isso não me cabia mais saber. Eu entendia a reação dele, que foi a de um ser humano humilhado, e que, quase em um instinto de autopreservação, o fez para se sentir vivo e não um lixo como homem. Não foi o primeiro e nem seria o último a agir assim, o que apenas confirma como todos, em maior ou menor grau, estamos sujeitos a errar.

Depois de me contar aquilo, ficamos em silêncio mais algum tempo, quando então ele continuou:

- Bom, mas agora isso é passado, não tem conserto nem volta. Pelo menos você tirou um peso que eu ainda carregava comigo, por vezes me perguntando onde eu falhara com você; se havia alguma parcela culpa de minha parte. E você deixou claro hoje que esse não era o caso. E, isso, e apenas isso, eu posso te agradecer, Fernanda.

- Sim, Beto. Você foi e continua sendo o homem mais maravilhoso que encontrei nessa vida, e nada vai mudar isso para mim... mesmo que você nunca mais me olhasse na cara, e me odiasse com toda a sua força, eu não mudaria em nada a forma como eu te vejo, admiro e como eu te am... Como eu gosto de você! - Segurei-me no último instante, quase me traindo e correndo o risco de gerar mais dor entre nós.

Nossa conversa seguia aos solavancos, cada frase pensada e carregada de muita emoção, mas ponderada com cuidado antes de ser dita ao outro.

- Fernanda, eu não vou mentir que já não dói mais, pois eu tenho ainda um afeto muito grande por você. Mas, você sabe, agora eu encontrei uma outra pessoa, e ela me faz muito feliz. E estamos construindo uma vida juntos, e eu me sinto realizado… novamente. Como espero que você possa um dia também se reequilibrar e encontrar outra pessoa.

- Eu sei Beto, e, juro por tudo de mais sagrado que quero que você e a Bia sejam muito felizes juntos. Na verdade, vejo que já são, ela é uma mulher maravilhosa e vocês formam um lindo casal... Mesmo, juro!

- Obrigado Fernanda. Bom, acho que, então, conseguimos com essa conversa colocar um ponto final nesse... assunto, não é?

- Sim, era o que eu mais queria poder fazer, e por isso pedi para você me escutar, Beto.

- Ok, Fernanda. Mas olha... De tudo o que você me disse, tem uma coisa que você falou, mas que eu não aceito e nunca vou aceitar. E queria que você mudasse essa sua forma de pensar...

- O que, Beto?

- Quando você me disse que não deveríamos ter nos casado, e que eu merecia outra mulher, e etc… Não pense assim, Fernanda, eu te peço. Eu não penso dessa forma, pois o amor que tivemos foi forte e sincero. Nossos filhos maravilhosos não existiriam e não estariam aqui se não fosse pelo que tivemos, e isso é uma mostra do quanto aquilo foi bom. Se depois nos perdemos, paciência, são coisas da vida. Mas não vamos colocar o que houve de lindo entre nós junto com isso tudo de ruim que aconteceu depois... Me promete?

O que eu podia responder para aquele homem após escutar isso? Cai num choro e desmoronei junto a ele. Terminamos por nos abraçar de uma maneira fraterna e carinhosa, duas almas machucadas, mas que estariam para sempre ligadas uma à outra. E selamos ali, com nossas lágrimas, o saber de ser aquele o momento de seguirmos em frente, cada um no seu caminho, mas nunca abandonando a parte boa de nossa história juntos.

Assim que Beto saiu do meu apartamento, eu me deixei cair novamente naquele sofá da sala, numa felicidade que há muito tempo não sentia. Aquela conversa tirou um peso enorme que eu carregava, e que imagino também ser o caso dele. Com ela, encerramos aquele capítulo aberto e inconcluso de nossas vidas, nos libertando para continuarmos com nossas vidas.

Mais do que rápido, peguei o telefone e liguei para a Cristina, compartilhando com ela tudo que estava sentindo. Contei sobre a conversa com o Beto, e como, de alguma forma, acertamos nossos ponteiros. Ela me escutava perguntando sobre como foi a reação dele, e do que conversamos, e realmente se sentiu feliz por ver em como aquilo havia me feito bem.

Embalada por esse espírito de reconciliação, eu então perguntei se ela achava que seria possível também eu me reaproximar novamente da Laís, e, quem sabe, voltarmos a ser amigas novamente. Ela me respondeu que conversar com o Beto foi moleza, se comparado como seria tentar falar com a Laís, pelo gênio que ambas sabíamos que aquela japonesa tinha. Pedi que ela pelo menos tentasse, pois eu sabia ter uma grande dívida também com elas duas, mais em particular com a Laís, lembrando de como a tratei quando envenenada pela Verônica e por seus planos sinistros. Ela me disse que tentaria, e, dias depois, me falou que havia conversado com ela, e que Lais me xingou, novamente, de tudo que foi nome. Mas que, no fundo e ao final, sentiu uma pequena abertura para quem sabe, daqui um tempo, ela conseguir amolecer o coração daquela danada e promover um encontro nosso. Fiquei feliz, ao menos por essa possibilidade de um dia nos darmos bem novamente... quem sabe?

Semanas depois, chegou, então, o sábado do encontro de 30 anos da formatura de minha turma no colégio. Iria rever vários colegas que não via desde os 16 anos de idade, pois com muito poucos eu mantive algum pequeno contato até o início do meu casamento. Depois disso, com a correria da vida, e ainda numa época em que a internet não era tão presente, fomos nos afastando e perdendo essa conexão. Pelo grupinho do WhatsApp já vinha acompanhando as conversas e algumas trocas de fotos nas últimas semanas, mas estar ali ao vivo com todos eles se mostrou algo muito mais divertido e empolgante. Era como voltar ao passado, e, em pouco tempo, parecia que aqueles quarentões todos estávamos novamente adolescentes. Muitas piadas, risadas e lembranças de toda ordem do que aprontávamos nas aulas e na escola, dos professores e suas manias, das brigas e namoricos que rolavam na turma.

Aquele grupo era grande, pois juntava colegas das várias classes do colegial, tendo ali por volta de umas 60 pessoas. Depois alguém até comentou, com a concordância de todos, que faltava usarmos crachás, pois muitos mudaram tanto com o tempo que era impossível reconhecê-los. Não era bem o meu caso, pois minha carinha de mocinha me entregava, mesmo meu corpo tendo mudado tanto nesse tempo todo. Ao longo da tarde, vários grupinhos e rodinhas de colegas mais chegados foram se formando, e eu fiquei meio que orbitando entre muitos deles, conversando e trocando contatos com os mais chegados.

Pedi, então, licença de um desses grupos e fui buscar uma bebida, que haviam deixado disponível em vários coolers junto a uma mesa com salgadinhos e umas tábuas de frios. O pessoal da organização havia encomendado tudo, tendo encaminhado os recibos para ser devidamente rachado e pago por todos. Enquanto pegava uma latinha, beliscando uns queijinhos, escuto alguém me dirigindo a palavra, bem próximo de mim:

- Poxa Fernanda, parece que o tempo não passou para você... me conta o segredo?

Pega de surpresa, eu me virei e, pelo olhar, reconheci o amigo que se tornou o mais especial para mim naquele nosso último ano no colégio, mas com quem nunca mais falei, depois que ele partiu para estudar em outra cidade.

- André? É você? Não acredito!!!

- Sou eu sim! Mas menos magrelo, como você pode ver... Rsrsrs

Tratei de largar minha latinha sobre a mesa para nos abraçarmos gostosamente, eu me sentindo pequena envolvida nos braços dele. Sim, pois ele havia crescido e mudado muito, desde que nos vimos pela última vez. Se tornara um belo homem, nada exagerado, mas com atributos muito interessantes, que meu olhar feminino logo atestou. Encorpado, talvez um pouquinho acima do peso, bonito e de cabelos curtos, másculo, mas com o mesmo olhar tenro de quando estudávamos juntos.

Logo engatamos um longo papo, nos sentando em duas poltronas mais afastadas do burburinho da festa; conversando sobre o que vivemos depois da escola, sobre os estudos, as carreiras e as famílias. Assim como eu, ele também estava divorciado, mas agora já pela segunda vez. O primeiro casamento tinha sido muito rápido, tendo sido, nas palavras dele, uma sandice de jovens apaixonados, mas que nada sabiam da vida. Não durou nem mesmo um ano, quando ambos concordaram que ficariam muito melhor se separados do que juntos, sendo amigos até hoje. Já o segundo casamento havia sido mais longo, do qual nasceram suas duas filhas, e que ainda eram novinhas. Disse que o casamento não acabou bem, por problemas que achei indelicado perguntar quais seriam. Contei-lhe, naturalmente, do meu casamento e da separação recente, também sem entrar nos detalhes, e lhe mostrando as fotos dos meus queridos filhos, assim como ele havia me feito com as dele.

Passamos o resto da festa juntos, algumas vezes acompanhados de outros colegas que se juntavam a nós, dando sequência a mais lembranças e "atualizações de status" sobre a vida de cada um. Aos poucos, e com a noite mais avançada, o pessoal foi se dispersando e deixando a festa, não sem antes todos tirarem muitas fotos e combinarem diferentes programas, como churrascos e outros tipos de encontros. A partir daquele dia o grupo de meus ex-colegas passou a ferver diariamente de tantas mensagens que eram postadas; sobre todo tipo de assunto, mas sempre num clima de algazarra e de 5a série... Rsrsrs

Mantive um contato mais direto com algumas amigas queridas, e, em particular, com o André. Volta e meia ele me enviava alguma mensagem lembrando de algo do tempo do colégio, ou me passava um link para alguma coisa interessante; e geralmente relacionada a viagens e lugares que havia conhecido anteriormente. Eu retribuía na mesma linha, e fomos retomando nossa amizade adormecida, mas agora num outro contexto e realidade.

Essas mensagens pelo WhatsApp não duraram muito, e logo passamos a nos falarmos diretamente pelo telefone, depois dele me pedir licença para poder me ligar. André era atencioso comigo, me cativava, e foi, assim, conquistando minha atenção. Por vezes eu me pegava pensando nele durante o dia, e logo eu percebi que estava me apaixonando novamente. Mesmo agora uma mulher adulta e marcada pela vida, eu ficava esperando qualquer contato dele com a mesma ansiedade que a "Fernanda adolescente" teria no passado.

Ligávamos um para ou outro geralmente durante as noites, no meu caso quando a Dudinha estava entretida com os games dela e eu deitada na cama com a porta do meu quarto trancada. Ficávamos horas conversando, sempre com algum assunto novo surgindo, fosse sobre nosso dia a dia, sobre o passado, ou relacionado a nossos planos para o futuro. O único assunto que parecia fugirmos de comentar era sobre aquele nosso encontro no meu quarto, o primeiro momento em que, novinhos, nos iniciamos na vida sexual.

Eu me lembrava muito bem daquela tarde, e, durante as ligações, eu sentia uma inquietação, escutando a voz agora grossa dele e vendo-o como se tornara um belo homem. Eu me imaginava com ele naquela situação, mas agora os dois adultos; ficando molhada enquanto eu me acariciava ao mesmo tempo em que falávamos ao telefone. Já se iam muitos meses que eu estava sozinha, sem ter tido estímulo nem para "brincar" sozinha. E, agora com ele, uma fagulha se acendeu outra vez em mim, algo gostoso e ainda meio juvenil, mas prazeroso e sem nenhuma culpa envolvida.

Seguimos nessa toada, quando então, cerca de um mês depois dessa nossa retomada da amizade, ele me convidou para um jantar no sábado seguinte. Um convite normal, já que estávamos naquele pique de conversarmos sempre, quase que diariamente. Porém, é obvio que eu tremi na base, tanto de vontade, como também de medo. De uma hora para a outra eu percebia a real possibilidade de me envolver com outro homem novamente; e meus fantasmas voltaram a me rondar, agora me causando uma incerteza se eu já estaria ou não preparada para isso.

Conversei com a Cristina, dividindo com ela tudo isso, e recebendo incentivo e conselhos para eu me acalmar, deixar a coisa acontecer, sem antecipar nada. Pelo que eu já havia vivido, não era para estar assim. Mas acredito que minha vontade de não estragar tudo tomava conta de mim naquele momento, e o nervosismo era inevitável. De qualquer forma, programei-me para o dia, que coincidiu com a ida da Dudinha para passar o final de semana com o Beto e a Bia. E, quanto ao Júnior, eu não precisava me preocupar, pois, como sempre, estava às voltas com a namorada indo dormir na casa dela.

Sábado à noite, escutei o interfone do meu apartamento tocando, conferindo, nervosa, o horário no celular que indicava 19h30, pontualmente o que havíamos combinado. Atendi a chamada e respondi ao porteiro que estaria descendo, ao ser informada que o Sr. André me aguardava. Passei novamente à frente do espelho, conferindo meu visual e ajeitando pela centésima vez o meu cabelo. Havia escolhido uma combinação de uma blusinha branca, com um decote interessante, mas não muito revelador, com uma saia preta justa, que chegava até o meio das minhas coxas, comprimento exato para não esconder e nem mostrar muito. Perfume e maquiagem conferida, respirei fundo olhando-me no espelho, pensando comigo: "Vamos lá, Fernanda. Você consegue, menina!".

Sai de casa desligando as luzes, e trancando a porta para pegar o elevador. Enquanto descia por ele, ainda me olhava no espelho dele, vendo-me bonita, mas mesmo assim me sentindo um pouco insegura. Retomara o hábito de fazer academia há algumas semanas, mas não sentindo ainda mudanças significativas no meu corpo. Os seios continuavam grandes, minha cinturinha menos definida, e a bunda... bom, essa que foi sempre minha briga, voltando a ganhar um certo volume acima do que eu aceitava como ideal. Ato contínuo, foi pensar nela e sentir a calcinha também me incomodando um pouco, entrando mais atrás e me fazendo questionar minha otimista opção por uma roupa íntima mais sexy, no lugar de uma que fosse mais confortável. Julgava se essa lingerie acabaria ou não por ser útil, pensando em como seria o final daquela noite...

A porta do elevador se abriu bem defronte ao hall do prédio, e dei de cara com André me esperando na calçada à frente, encostado no seu carro e abrindo um enorme e lindo sorriso ao me ver. Durante aqueles poucos metros, caminhando em sua direção, minha vida voltou num flash compactado em minha mente, relembrando dos primeiros encontros anteriores, com Guto e Beto, os dois homens com quem tive meus relacionamentos afetivos. Apesar de toda minha devassidão, eu me sentia naquele momento como uma mocinha, redescobrindo aquele prazer da conquista, de poder ser desejada novamente.

- Oi, Fernanda! Nossa, como você está linda! - André me recebeu, braços abertos para trocarmos dois rápidos beijinhos no rosto.

- Obrigada, André. Tive que caprichar, para não fazer feio ao seu lado. Você também está ótimo.

- Hahaha... você sempre brincalhona!

- É sério, juro. O tempo fez muito bem a você.

Meio envergonhado, ele, então, fez questão de abrir a porta do carro do meu lado, me ajudando a entrar. Dali partimos para o restaurante que ele havia escolhido, um que ficava a uns 20 minutos de carro da minha casa. Fomos conversando animados, como se estivéssemos numa continuação dos inúmeros bate-papos que tivemos nas últimas semanas.

Enquanto ele dirigia e falávamos um com o outro, eu o olhava, observando melhor os traços do seu rosto, vendo seu perfil, e discretamente me aproveitando da atenção dele no trânsito para o admirar melhor, já alimentando meu desejo por ele. Em algumas paradas do trânsito, ele se voltava para mim, e então era em seus olhos que eu me concentrava, tentando adivinhar o que ele pensava de mim, torcendo para que estivesse querendo algo mais do que apenas um jantar com uma antiga amiga. Minhas pernas cruzadas eram uma tentação para ele, a saia um pouco mais alta dando uma visão parcial de minhas pernas grossas, por onde os olhos dele discretamente passaram antes de retomar a direção ao sair de um semáforo. Eu mordi discretamente meu lábio naquele momento, ganhando a confiança de que talvez o meu desejo fosse recíproco, e assim segui mais animada para o restaurante.

O local era delicioso, sendo mais reservado e sem agitação. Uma decoração intimista, elaborada claramente para receber principalmente casais dispostos a conversarem e terem um momento especial, que fosse somente deles. E assim aconteceu conosco, sentados um de frente para outro, a mesa pequena nos separando durante aquelas duas horas que me pareceram minutos, conversando e flertando um com o outro. Depois de uma saladinha como entrada, optamos por um salmão grelhado ao molho de ervas, prato leve que fora recomendado pelo chef que nos atendeu com particular atenção, e amigo conhecido do André. Acompanhamos com um suave vinho branco, e terminamos com um delicioso "crème brûlée" como sobremesa, tudo mais que perfeito.

Contudo, o principal nesses momentos todos, tirando a parte da comida maravilhosa, foram nossas conversas e troca de olhares. Em determinado momento, ele me revelou que não conseguia parar de pensar em mim, que algo dentro dele havia acordado depois de tanto tempo adormecido.

- Desde aquele final de ano, Fernanda... você sabe...

Eu enrubesci, mas voltei a olhar para ele,

- Sim, eu sei, André. Nosso segredo, que ficou para sempre comigo.

- Eu também, Fê. Te juro que nunca comentei com ninguém. Nem com meus amigos para poder contar vantagem, dizendo que peguei a garota mais linda do colégio.

- Hahaha... não exagera, né, André! Eu sempre fui a nerd esquisita da escola...

- Não para mim. Você sempre foi a mais especial de todas, Fernanda. E continua sendo... - e ele então esticou sua mão e segurou a minha sobre a mesa.

Ficamos assim um tempo, nos olhando e sentindo nossas mãos juntas, os dedos se tocando e se acarinhando, suaves e sedutores. Eu olhava para nossas mãos ali, e depois para ele que me sorria, eu sem saber bem o que dizer. Mas nem precisava, estava claro que algo ali se revelava, e que podia ser o início de uma nova fase da minha vida.

Terminamos nosso jantar, e, por volta das 22h00 estávamos recebendo o carro dele trazido pelo manobrista. Ele novamente me ajudou a entrar, fechando a porta e se acomodando no assento do motorista, me perguntando antes de sairmos dali:

- Você gostou do vinho que tomamos?

- Nossa, adorei. Levinho, uma delícia! Adorei a indicação do chef.

- Então... que tal se a gente abrir mais uma garrafa dele hoje?

- Como assim, André? Hoje? Onde vamos?

- Hã... tenho mais uma garrafa lá na minha casa... tenho uma pequena adega... e, bom... você topa?

Virei-me para ele, que sorria meio nervoso aguardando minha resposta. Aquele mesmo olhar cheio de ternura do Andrézinho do colégio, arriscando agora um convite sedutor para cima de mim. E que não titubeei em responder, devolvendo um olhar feminino carregado de segundas intenções, para não deixar dúvidas de até onde eu estava disposta a ir naquela noite:

- Vou adorar, André!

Fomos quase em silêncio até sua casa, mas não por um constrangimento. Poucas palavras precisavam ser ditas, quando tudo o que, de fato, queríamos se expressava nas batidas aceleradas de nossos corações, nos olhares, e leves toques entre nossas mãos ali dentro do carro, eu ligeiramente inclinada para o lado dele.

André morava numa ampla casa, num tradicional bairro residencial da cidade. Assim que entramos pela garagem, fechando o portão pelo controle remoto, nos dirigimos para seu interior. Uma casa confortável e muito bem decorada, com uma ampla sala que tinha nos fundos uma grande área com gramado e piscina, onde um casal de “Border Collies” corria para lá e para cá agitados com o retorno do "humano deles". Depois de alguma festinha, tanto para mim, mas principalmente para o dono que lhes deu alguns petiscos, eles voltaram para lá fora, nos deixando na sala.

Feito isso, ele ligou então o som na sala, escolhendo uma playlist dos anos 90 que iniciou numa sequência mais do que conhecida por nós dois. Sua pequena adega, instalada em um dos cantos da sala, tinha algumas poucas garrafas, mas todas de excelentes vinhos. E, dentre eles, André retirou o mesmo que havíamos bebido há pouco no restaurante, abrindo a garrafa e me servindo uma taça enquanto pegava outra para ele. Fizemos um pequeno brinde simbólico aos tempos da escola e ao nosso reencontro, degustando e bebericando nossas taças. André, então, disse-me que iria pegar uns queijinhos na cozinha, e me deixou por alguns instantes sozinha ali na sala.

Enquanto o aguardava, eu me levantei e fiquei saboreando meu vinho, olhando para o quintal da casa dele, onde os cachorrinhos do André brincavam e pulavam sem parar. Estava assim, distraída e com o pensamento longe, quando escutei a voz aveludada de Annie Lennox ecoando pelos autofalantes na sala e entoando "Miracle of Love" do Eurythmics. Sorri para mim mesma, enquanto André retornava para se juntar a mim, e dizendo no meu ouvido, enquanto me abraçava por trás:

- Acho que essa é a nossa música, não?

- Sim, André... Eurythmics... a mesma que dançamos no meu quarto! - e respondi isso segurando o braço dele junto à minha barriga, puxando-o mais para mim.

Escutávamos aquela mesma balada, 30 anos depois, reagindo com desejo e tesão àquela recordação deliciosa de nossas vidas. Senti o volume dele excitado, pressionado contra minha bunda, amoldada pelo meu vestido justo. Virei, então, meu rosto para ele, abrindo levemente meus lábios, deixando claro o meu desejo:

- Me beija, André!

E nosso segundo beijo na vida aconteceu, inicialmente suave, os dois se testando, se reconhecendo novamente. Para depois, com o contato de nossas línguas, ganhar intensidade e me fazendo me virar de frente para ele, procurando sua boca. Puxava seu rosto para mim, meus dedos enroscados em seus cabelos, sentindo suas mãos descendo por minhas costas, até irem pousar na minha bundinha, sentindo-a e me provocando. Beijamos muito, agora experientes, procurando e encontrando o que queríamos um do outro. O descanso desse beijo veio apenas para que ambos nos olhássemos sorrindo, quando ele me pegou pela mão, me conduzindo para o quarto dele... e para sua cama.

Nessa hora meu nervosismo já havia desaparecido, eu me sentindo segura com ele, querendo estar exatamente ali, para entregar a ele o meu amor, dividir aquele prazer todo que carregava aprisionado em mim. Mal chegamos ao quarto dele e passamos a tirar nossas roupas, o fogo nos consumindo, não querendo perder mais nem um minuto longe um do outro.

Entre beijos, amassos, mordidas e muitas declarações confusas de desejo e tesão, eu tirei meu sutiã para ele, que me deu um olhar faminto, e literalmente caiu de boca em meus peitos, jogando-me na cama para me chupar muito gostoso. Ele mordia, sentia, sugava e me levava ao céu, com as sensações que me dava brincando com os meus biquinhos, naquela noite se mostrando supersensíveis. E foi descendo com sua boca e mãos, levando junto minha calcinha enquanto eu me abria para lhe mostrar minha fendinha molhada. O tempo foi seu professor, ele tendo aprendido como levar uma mulher ao prazer usando sua boca, dedos e língua, muito diferente de quando éramos jovens. E ele virou um mestre nisso, me fazendo me contorcer toda quando gozei pela primeira vez na noite, gozando e quase me derretendo em meio a gemidos incontroláveis que dava naquela cama.

Não perdendo muito tempo para me recuperar do orgasmo que tive, eu me virei para o lado e me sentei na cama, pedindo para ele ficar em pé na minha frente. Ele pulou então para fora da cama, e se colocou no lugar que pedi, a cueca boxer preta estufada por seu pau rijo. Sorrindo com uma carinha de malandrinha, eu fui puxando sua cueca para baixo, fazendo como 30 atrás, seu membro ir aparecendo aos poucos, até pular duro na minha frente.

- Oi, lembra de mim? – eu disse brincando, me dirigindo ao pau dele, pegando com carinho, sentindo-o novamente na minha mão, aquele que foi o primeiro membro que toquei na vida, preparando minha boca para dar um beijo e um tratamento mais do que especial.

- Hummm, Fernanda! Ele nunca se esqueceu de você, nosso primeiro e eterno amor. Pode ter certeza disso...

- Ai, que delícia. E como ele cresceu, hein? Está agora muito mais forte, grande... bonito e gostoso... - e engoli com minha boquinha aquele pau delicioso, punhetando e chupando com amor e desejo, olhando para os olhos de André, compartilhando meu prazer com ele.

Fiquei deliciada com ele, sentindo seu gosto e sua virilidade, André acariciando meu rosto, me desejando com tesão, mas também com amor. Não aguentando mais de vontade, eu voltei para a cama, e ele pegou uma camisinha na gaveta da mesinha de cabeceira, vestindo seu pau para vir sobre mim. Naquela primeira vez fizemos amor de fato, eu abrindo minhas pernas para o receber em minha bocetinha, abraçando-o querendo que aquele momento nunca acabasse, os dois trocando beijos, chupões e mordidas. Jogava meu ventre contra ele, procurando e esfregando meu grelinho nos pelos dele, me excitando mais e mais com as vigorosas estocadas que ele me impunha. Até atingir outro orgasmo, momentos antes dele gozar dentro de mim, perdendo o fôlego enquanto seu pau pulsava e jorrava seu esperma em várias golfadas, enchendo a camisinha.

A noite foi longa, e fodemos muito em inúmeras posições, dando vazão aos desejos de colegiais, e concretizando as fantasias que cultivávamos escondidos em punhetas e siriricas solitárias naquela época. Fui sobre ele, fizemos de ladinho e em pé, e por várias vezes ele me comeu de quatro naquela noite, alucinado e não cansando de elogiar como minha bunda era gostosa, quase a cultuando de tanto que beijou e me acariciou ela por inteiro. Perdi a conta das vezes que gozei, mas contei que 3 camisinhas foram jogadas fora ao final da jornada. Acabei por dormir abraçada a ele, nossos corpos molhados de suor mesmo com o ar-condicionado ligado no máximo.

Acordei relaxada na manhã seguinte, incomodada pelos raios de sol que invadiam o quarto, e com os quais não estava acostumada em meu apartamento. Sentindo minha vista já se acostumando àquela luz toda, vi, então, André dormindo ao meu lado, com um dos seus braços no entorno da minha cintura, como que para garantir que eu não fugiria. Olhava para ele e pensava no que fazer agora, em como seguir com aquele relacionamento. E pensava, principalmente, em não fazer tudo errado mais uma vez.

Fiquei por muito tempo pensando nisso, olhando para ele, com medo de perdê-lo ao contar sobre meu passado, e não ser aceita por ele. Ponderava que, afinal, o que aconteceu lá atrás em nada tinha a ver conosco, que eu era uma nova Fernanda, tinha afinal aprendido a lição, e nunca mais iria cometer os mesmos deslizes. E assim decidi, fazendo um pacto comigo mesma, de enterrar de vez o passado e seguir em frente, tentar e ver onde daria essa relação com ele. Afinal, nem mesmo sabia até onde ele estava disposto a ir comigo, e até mesmo se não teria sido um arroubo de apenas uma noite.

Ele acordado, ficamos namorando mais um pouco na cama, terminando por transarmos mais uma vez, com ele me comendo e ambos gozando do jeito que mais gosto, eu deitada de bruços, empinando minha bunda com ele por cima, me penetrando enquanto o sentia com o rosto beijando meu pescoço, e falando besteiras no meu ouvido. Após mais um pacote de camisinha descartado, seguimos para o chuveiro, tomando um gostoso e carinhoso banho juntos, nos ensaboando e curtindo juntos.

Passamos a manhã juntos, tomando o café da manhã, eu usando uma roupa dele improvisada, ficando apenas com uma camiseta e minha calcinha. Fomos, na sequência, para a sala na casa dele, nos acomodando juntos no sofá para conversamos sobre nós e mais coisas de nossas vidas. Então, num determinado ponto, André me contou sobre o último casamento, e os motivos pelos quais ele acabou. Ele completamente sincero comigo, dizendo que tinha tido um caso fora da relação, caído em sedução por uma colega de trabalho também casada, e no rolo que tudo aquilo causou quando foram descobertos pela esposa dele. O trauma que causou, ainda mais com as filhas novinhas dele não entendendo a separação dos pais. Foi bem complicado, e ele sofreu muito, sentindo-se culpado por ter sido um idiota e insensível quanto à importância da família. Apesar disso, e felizmente, ele conseguiu manter um relacionamento civilizado com a ex-esposa, fazendo tudo o que podia pelas filhas.

Eu escutei o relato dele intervindo o mínimo possível, deixando-o falar, enquanto, no fundo, a única coisa que eu pensava era se eu iria, então, contar ou não a ele a minha história. Uma história, de longe, muito mais podre e suja do que o caso tido por ele. Fiquei em silêncio, pensativa, nem percebendo bem quando ele terminou de falar comigo:

- Fernanda... Fernanda? Aconteceu algo? Foi algo que eu disse?

- Não, André... não... não é nada disso.

- É que você ficou calada de repente, sei lá...

- Olha, André... eu... ai... eu preciso também te contar algo – disse, pensando comigo “por que, diabos, ele tinha que se abrir assim para mim?” Mas agora eu não tinha saída, tinha que ser também sincera com ele...

- Tudo bem, Fernanda. Pode contar, estou ouvindo...

- Então, o que vou te contar é... meio grave... e... bom, se você não quiser mais saber de mim depois disso, eu vou entender.

- Nossa... o que foi que você aprontou?

- Aprontei, André... Aprontei muito e me arrependo demais do que fiz.

E, naquela próxima uma hora eu lhe contei o que aconteceu no meu casamento e o que me levou ao divórcio com o Beto. Falei do “affair” com o Carlos Eduardo e do caso com a Verônica. E, respirando fundo, contei de como me envolvi com aquela maldita sociedade secreta, toda aquela coisa de submissão ao Felipe e o fundo do poço com eles e o Marcelo. André escutava a tudo, também mais escutando do que falando alguma coisa, questionando uma ou outra coisa quando não entendia direito.

Ao terminar, ficamos um tempo em silêncio, eu olhando de cabeça baixa para minhas mãos, esperando alguma manifestação dele.

- Uau... você caprichou, hein, Fernanda? - ele tomou a iniciativa, tentando ser espirituoso.

- É... eu sei...

- Bom, mas acabou tudo, né? Quer dizer, você se separou do seu marido e deixou também esse grupo, não é?

- Sim, lógico. Não quero nunca mais ouvir falar deles. Estou fazendo terapia, me reencontrando... vida nova!

- É... Nossa, uau... Ainda estou sem palavras, Fê.

- Eu sei, não é fácil... E nem peço que você entenda. Se você não me – e fui interrompida por ele.

- Ei, ei... Para ai. Isso não tem nada a ver com nós dois, viu?

- Mas, sabendo disso, você ainda... quer ficar comigo?

- Fernanda... Nós dois somos adultos e humanos. Cometemos nossos erros, sofremos e aprendemos com eles. Agora é bola para frente, viver nossa vida. O que passou, passou... Agora só o que eu quero é ter uma chance com você... Você me dá essa chance?

Parei olhando para ele meio incrédula, imaginando que alguém lá em cima realmente gostava de mim, e estava me dando mais uma oportunidade; uma para não cometer as mesmas burradas que fiz anteriormente. E pulando rapidinho no colo dele, olhei em seus olhos sorrindo e lhe perguntando, marotamente:

- Você está me pedindo em namoro, André? É isso?

- É o que eu mais quero, Fê... Você aceita?

Respondi lhe dando um gostoso e longo beijo, sendo mais que correspondida, logo suas mãos me envolvendo e tratando de tirar mais uma vez minha roupa, para mais uma sessão deliciosa de amor agora no sofá da sala, e tendo os cachorrinhos dele como testemunhas lá fora, pouco entendendo o que aqueles humanos faziam ali, comigo rebolando sobre ele enquanto me comia com o rosto mergulhado entre meus peitos, a camisinha imprudentemente esquecida no quarto, felizmente sem consequências para ambos.

Os meses seguintes foram a consolidação do nosso namoro. A princípio o restringimos apenas a encontros entre nós dois. Mas, com o tempo, fomos engrenando e nossa relação foi ficando pública. Chamei meus filhos e lhes expliquei a nova fase da mãe deles, temendo por algum tipo de resistência a André, mas que de forma alguma aconteceu. Já maduros, e com também a referência do segundo casamento do pai, acabaram por aceitá-lo de braços abertos. Isso se estendeu da mesma forma para minha família, quando o apresentei para meus pais. Após isso, também passamos a circular junto com outros ex-colegas do colégio, além de amigos do lado do André aos quais ele me apresentava. Do meu lado, tivemos um jantar com a Cristina, algo meio constrangedor no começo, mas que ela, hábil como sempre, conseguiu transformar numa prazerosa noite no final das contas.

Nossa viagem para os EUA, mais especificamente para Las Vegas, surgiu em decorrência do trabalho de André em sua empresa, uma multinacional do setor de tecnologia, e que patrocinava um congresso durante alguns dias lá na cidade. Ficamos hospedados num imenso hotel cassino, o Venetian, que tem toda a arquitetura imitando a cidade de Veneza. São tanto detalhes que chegam ao requinte de ter um pequeno canal interno onde gondoleiros passeiam com os turistas imitando as gondolas da cidade italiana. Durante o dia, André cumpria suas obrigações profissionais, comigo aproveitando para passear pela cidade, fazer algumas compras e curtir os serviços do hotel, em particular as deliciosas piscinas, essenciais naquele clima de verão com as temperaturas passando dos 35 graus, e ainda por cima num clima de deserto.

Já durante as noites, André era apenas meu, e pudemos aproveitar muito, assistindo a shows na cidade, arriscando nossa sorte em mesas de jogo no cassino, e até conhecendo juntos uma boate de strip-tease. O que lá incluiu uma sessão de dança privada para mim e para ele, com uma loirinha linda e gostosa que mexeu conosco ao rebolar e se esfregar em nossos colos, prometendo que seria muito mais gostoso ainda se o fizéssemos depois em nossa suíte. Isso foi algo que recusamos educadamente, deixando o gostinho do pecado restrito àquela pequena salinha fechada da boate onde nos divertirmos. O que não me impediu, contudo, quando depois sozinhos em nosso quarto de hotel, de ensaiar alguns desajeitados passos e imitar um pouco dos strips que havíamos assistido, agora de forma exclusiva para meu namorado, antes de ser agarrada e gostosamente comida por ele.

Finalizados seus compromissos com a empresa e com o congresso, pudemos permanecer mais um dia inteiro livre em Las Vegas, antes da viagem de volta para o Brasil. E o aproveitamos muito bem, passeando por inúmeras atrações pela cidade, entre elas um voo panorâmico de helicóptero sobre o Grand Canyon, do qual nunca vou me esquecer. Naquela última noite decidimos passear pela famosa Fremont Street como uma despedida da cidade, parando em alguns bares e boates antes de retornar para o hotel. Já dentro do taxi, André se virou para mim e disparou de surpresa:

- Fernanda, você aceita casar comigo?

Eu ri muito daquilo, achando que ele estava meio bêbado, apesar de ser bem resistente à bebida. Mas ele segurou minhas mãos e me disse novamente:

- Sério, Fê. Casa comigo?

- Hahaha… acho que você bebeu um pouquinho além da conta, amor…

- É sério, juro! Já perdemos muito tempo separados, 30 anos para ser mais exato. Não tem por que ficarmos adiando nossa felicidade… a menos que você não queira algo sério comigo...

Senti que realmente não era algo da boca para fora ou mais uma brincadeira motivada pelo teor alcoólico natural daquelas noites. Parei de rir na hora, e me voltei para ele, procurando nos olhos dele ter a certeza de que ele não estava jogando comigo:

- É sério, André? Você não está brincando comigo? Você sabe do meu passado, eu já lhe contei absolutamente tudo que fiz na minha vida… e você viu o que eu fui capaz de… - e ele colocou o dedo nos meus lábios me interrompendo o que eu dizia.

- Fernanda… eu te amo pelo que você é hoje. O que você fez ou deixou de fazer não me interessa. O que sei é que, tudo que você viveu e que se somou a sua essência, te transformou nessa mulher maravilhosa que eu amo. Pela última vez, casa comigo, Fê?

Naquele momento eu já não conseguia mais segurar meu choro, e, numa mistura de emoções, explodindo de felicidade, eu lhe dei minha sonhada resposta:

- Sim André, eu quero! Sim!!! - e o agarrei para trocarmos beijos deliciosos, mesmo temperados pelo salgadinho das minhas lágrimas que vertiam dos meus olhos.

André então parou de me beijar, mas ainda trocando carinhos comigo, se dirigiu para o motorista, pedindo para que ele nos levasse para a capela cerimonial mais próxima que conhecesse, dentre as inúmeras que existem em Las Vegas. Rindo simpaticamente para nós, enquanto alterava o destino na viagem, ele nos perguntou:

- Posso ser o padrinho, se vocês quiserem...

- Perfeito amigo! Você vai ser testemunha do casamento mais feliz que essa cidade já viu!

- Seu louco… - respondi para ele, voltando a beijá-lo carinhosamente, os dois trocando mais juras de amor.

E assim o fizemos, oficialmente casando em Las Vegas, com papel passado e tudo mais conforme a lei do estado de Nevada. Os padrinhos foram o motorista do táxi e um grupo de garotas inglesas que por ali passeavam e que adoraram adicionar nas lembranças de sua viagem aquela experiência de pouco mais de 15 minutos, e que celebrou nossa união.

Aquela última noite em Las Vegas foi testemunha desse nosso casamento simbólico, e depois também de mais horas de tórrido amor na nossa suíte do Venetian, a nossa primeira como marido e mulher, com tudo a que tínhamos direito; eu não lhe negando absolutamente nada, se é que preciso explicar melhor… Rsrsrs

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Mais de 24 horas depois, tendo já desembarcados do avião, nos encontramos agora caminhando de mãos dadas enquanto seguimos pelos corredores do aeroporto. Cansados, mas felizes, olhando pelos imensos vidros que nos ladeiam o céu quase sem nuvens, e que prenuncia mais um dia quente para essa época do ano aqui na cidade. Levamos um bom tempo para pegarmos nossas bagagens, trazendo pequenas lembranças e recordações dessa viagem deliciosa e inesquecível, e passando sem problemas pela alfândega.

O último portão se abre automaticamente para nós, quando empurramos nossos carrinhos com as malas para o saguão principal do aeroporto. E a primeira imagem que tenho é dos meus dois filhos, segurando um pequeno cartaz logo à frente da área de espera, sorrindo e acenando animados ao nos verem chegando, numa surpresa que prepararam vindo aqui nos recepcionar.

Um cartaz desnecessário por não ter como não os reconhecer, sendo eles a razão de minha vida. Por tudo que me aconteceu, aquele pedaço de papel me faz todo o sentido, e arranca mais lágrimas e suspiros de mim enquanto corro de encontro a eles, sabendo que uma nova fase da minha vida se inicia agora. Um cartaz preparado com carinho por eles, algo simples e que brinca comigo, contendo apenas uma simples palavra, mas a mais rica de todas: “Mamãe”.

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Meus amigos leitores, aqui termina a história da Fernanda, a "esposa amorosa". Uma saga repleta de momentos felizes, tristes, de acertos e de erros. Espero que todos tenham curtido essa viagem, para a qual dediquei um bom esforço nesses últimos meses. Mas... Assim como na primeira temporada, e para manter nossa tradição nas séries, teremos também um "PÓS-CRÉDITOS" saindo nos próximos dias.

Não saiam ainda das suas poltronas!

Um grande abraço a todos!

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Comentários

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Espero que Fernanda mantenha disciplina! Não jogue fora tudo que foi conquistado! .

Agora vem a questão! Andre divorciou no segundo casamento por traição! A coisa pode virar o jogo. Espero que não ! Pois sejam felizes e honestos um com o outro!

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Parabéns pelo conto meu caro! conto sensacional! esperamos que vc o MAX o Lael o Leon continue a publicar mais contos sensacionais pra gente pois voces escrevem bem de mais!!

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Fiquei muito feliz com o final da Fernanda, apesar do quanto errou, aprendeu com os erros e se tornou uma pessoa melhor! Show Al!

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Obrigado Militar! Acho que não foi uma redenção plena, mas ela realmente mudou sua atitude, ficando mais sensata. Agradeço pelo apoio e seu incentivo! Abs

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Para mim reconhecer que errou e que tentou fazer diferente dos erros já é uma redenção, agora plena só o tempo dirá!

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Meu caro AL-Buk, vi que chegou no final dessa grande novela dramática, e romântica. Confesso que não li nem 1/4 da série, e mesmo esta parte, não li toda. É gigantesca. Isso não chega a ser um defeito, mas para quem não vem acompanhando tudo, fica enfadonho. Mas é a sua história e só quem escreve sabe o trabalho que dá. Respeito muito isso. Eu não terminei a série por vários motivos, entre eles, me desconectei da história no início por algumas questões que acho que lhe disse no pv. Mas notei nas partes que pude ler, que ao longo do processo o seu texto melhorou muito, a sua narrativa ganhou fluência, a sua capacidade de estruturar os episódios também, ficaram mais coesos e equilibrados. Embora o tal "conto erótico" passou a ser uma enorme novela. Acho que é uma tendência natural, estimulada pela mania das séries nas plataformas a cabo. Mas ao mesmo tempo está minando a capacidade de síntese dos autores, que se estendem por partes intermináveis. Você cresceu. É um autor que começou melhor do que muitos e ficou muito melhor do que a maioria. Isso é muito bom ver e tenho que lhe dizer isso. Um outro fator que me impediu de seguir sua história foi que este ano foi complicado para mim, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, e muitas histórias a serem feitas. O tempo ficou escasso. Mas você venceu as tempestades e atravessou esse oceano. Agora pode se dizer um autor mais experiente e com um texto muito bom, agradável de ler e narrativa gostosa de acompanhar. Eu talvez, um dia, venha ler com mais calma. Mas não podia deixar de elogiar seu fôlego narrativo, sua qualidade textual desenvolvida, e sua capacidade de contar uma história com riqueza de detalhes. Essencial num novelista. Parabéns. Parabéns mesmo. Com todas as estrelas.

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Obrigado pelas palavras, elogios e sua análise sobre esse conto e toda a série.

Realmente foi um trabalho grande, mas que fiz com o prazer que vc já comentou aqui e em outras mensagens. O prazer que quem escreve tem que ter, para viver a história e transmiti-la para o papel com carinho e empenho; quase como em respeito aos personagens que são criados. A série realmente ficou longa, pois cobriu a vida toda da Fernanda, desde adolescência até os dias atuais. Acabei compondo todos os contos depois aqui em apenas um documento, formatando-o num padrão editorial para publicação, e resultou num livro de mais de 350 páginas. Algo que nem imaginava ter essa dimensão até ter tudo concluído, pois justamente o escrevi com muito prazer e tesão.

Agradeço, assim como já o fiz publicamente em outras oportunidades, por suas dicas ainda na primeira temporada, e que me foram valiosas para dar uma forma mais clara na construção das sentenças. Seguiremos sempre em frente, nos divertindo e compartilhando com todos os leitores as histórias que criamos, ousando com as ideias e testando novos estilos e abordagens!

Abs e um grande 2023 para vc e todos os seus!

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Simplesmente apaixonante, que essas apenas 3 estrelas que podemos dar sejam recebidas multiplicadas por 1.000. Parabéns

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Valeu Tiotesao! Legal que tenha gostado, pois foi um trabalho a que me dediquei bastante nesses últimos meses! Vamos a outros desafios em 2023! Abs

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Massa Al-Bukowski, bora e tudo de bom

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Obrigado Omduia! Escrevi mais um conto da série, dando mais um gostinho da história e nos despedirmos da Fernanda. 😉

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Pessoal, agradeço a todos pelos comentários abaixo. Não vou respondê-los, mas tenham a certeza de que os li e fiquei realizado por chegar ao final dessa série causando reações como as que vcs expuseram. E que são, para mim, um sinal de missão cumprida, com diversas opiniões sobre a Fernanda.

Muitos dos comentários abaixo acertaram em vários pontos sobre o que seria dela a partir de agora, de forma que preferi ficar em silêncio e trabalhar de ontem para hoje para fechar o derradeiro episódio do Pós-Créditos, e que expõe o destino dela. Ou, ao menos, até os dias de hoje. Quem sabe se no futuro ela não volta com outras histórias?

Acabei de publicar, e já está online, encerrando a temporada.

Obrigado a todos vcs amigos!

Abs e até o próximo conto!

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Excelente o conto adorei o desfecho.

Parabens

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Mais um capítulo excepcional, muito bem escrito e bastante compatível com a realidade. Mas confesso que fiquei um pouco frustrado, meu final ideal não aconteceu. Ainda temos pós-créditos, quem sabe?

Nota 10

⭐⭐⭐

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Final interessante, contudo o pós créditos ainda pode ter surpresas.

Ficou bastante boa a conversa dos dois ( Fernanda e Beto) em que disseram o que tinham a dizer, finalizando assim esse capitulo da vida deles.

Talvez a escolha do novo relacionamento da Fernanda não seja "inocente". Ambos não foram honestos, primeiro criaram um ligação emocional e só depois contam o que tinha acontecido no passado. Claro que ambos podem estar arrependidos do que fizeram e podem começar de novo sendo leais e honestos um com o outro, mas agora a Fernanda volta a estar numa relação com alguém que a pode trair assim como o Guto fez, com o Beto não existia esse receio. Se ele traiu a esposa, também a pode trair a ela. Passando o período inicial em que tudo são rosas isso pode começar a ser um problema, mas será fogo cruzado pois se ambos traíram. Tendo em conta a cena com a stripper e a possível conversa com a Laís até podem seguir uma vida liberal em que ambos possam estar com outras pessoas sem "dramas", apesar de mais madura ela não me deu a impressão de gostar de dividir quem "ama" com outras pessoas (na relação com o Beto pelo menos). Esperemos que sejam felizes e talvez mais compatíveis do que eram nos casamentos em que estavam, mas algo me diz que um ou ambos vão acabar por voltar a trair.

Parabéns ao Beto e a Bia pelo casamento 😁, ainda bem que ele continuou com a vida dele.

Muito com final mostrando que a vida continua.

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Existe um ditado que diz que quem procura vingança deve cavar duas covas, uma para o desafeto, a outra para seu próprio repouso eterno. Beto agiu como um homem sábio, expôr Fernanda para os filhos não diminuiria sua dor por ter sido traído e humilhado, muito pelo contrário, traria mais dor com o inevitável trauma psicológico para as crianças.

Fernanda, por não compreender sua sexualidade fez escolhas erradas e sofreu muito, foi exposta para os amigos, perdeu o marido e foi atormentada por sua consciência. Mas a vida segue. Ela, como todo ser humano, tem o direito de aprender com seus erros e tentar ser feliz. Não entendo aqueles que ficam indignados com essa possibilidade. Provavelmente tais "pessoas de bem" nunca erraram, nunca magoaram alguém, ou, são hipócritas, pois, como disse aquele senhor que comemorou 2022 anos dia 25, "aquele que não tem pecado que atire a primeira pedra".

Por fim, fico chocado com os fatalistas de plantão. Fernanda está fazendo análise, procurando entender a "caixa preta" dos seus desejos, os gatilhos que a levaram a auto sabotar seu casamento. Tem tudo para não repetir com André os erros de seu casamento com Beto.

Obviamente, não temos como ter certeza que ela não vai fazer merda, tudo indica que não, ela começou com o pé direito ao ser sincera sobre seu passado, mas tudo vai depender do tipo de relacionamento que o casal vai construir.

Acredito que a "caixa preta" mostra que Fernanda não é uma mulher convencional, ela transpira sexo, sente prazer com a submissão, é bissexual e consegue separar amor de sexo. Será que um relacionamento monogâmico convencional vai ser suficiente?

O autor nos dá uma pista. Em Vegas, numa boate de striptease, foram para uma cabine de chair dance onde uma dançarina se esfregou nos dois. Não aceitaram levá-la para o quarto, mas o primeiro passo foi dado. Fernanda precisa de um companheiro a ame, mas que curta uma sexualidade mais liberal. Se, além de liberal, o mancebo for dominador, Fernanda tem seu "felizes para sempre". Parabéns pela empolgante história.

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Preciso comentar seu texto, muito do que vc disse eu concordo mas algumas coisa não e são nessas coisas que vou comentar.

Sobre expor ao filhos tudo o que aconteceu tenho dúvidas se deveria ou não fazer, me perguntei sobre isso diversas vezes e acho que por mais que os filhos possam sofrer eu contaria (se eu tivesse filhos pode ser que pensaria diferente) mas fico com expor sim vendo que ela não sofreu muito.

Sobre ela ter o direito de ser feliz eu concordo que ela deve procurar ser feliz e gente como ela acaba feliz mesmo pq não tem caráter, ela já esqueceu o que fez pessoas como ela sempre esquecem, ela não pensou momento algum no marido e acho que não pensa ainda mais agora que encontrou outro companheiro.

Sobre ir fazer análise pra tenta entender seus erros é engraçado ela não buscar ajuda no começo de tudo pra não destruir um casamento de uns 20 anos mas quer se entender pra não errar denovo.

Por fim sobre Vegas e a striptease e o novo marido saber de tudo o que acho que vc esqueceu é que dês da faculdade ela teve uma "namorada" então ela casou com o Beto já sabendo que era bi e se ela contou toda canalhice que fez pra um namoradinho que não via há anos porque não se abriu pro seu "AMOR" quando ela se interessou pela verônica?

Do jeito que o Al fez esse final só falta agora ela "roubar" todos amigos de volta pq uma continuou sendo sua amiga e há de uma outra voltar há ter um início de contato.

E não nos esquecemos que mesmo o Beto estando em outro relacionamento provavelmente ele nunca conseguirá ser o homem que foi um dia, a cicatriz nunca fechará.

História boa como essa sempre dá debates mas tem que ser sempre com educação.

Feliz 2023.

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parabéns, final muito bacana, não achava que ela iria se dar bem, mas parece que ela foi muito sincera com ele, quando confessou tudo e assumiu toda a culpa, de certa forma ela o libertou de um grande pesadelo que ele iria levar pra vida toda, acho que quando ela assume tudo isso, ela também se liberta e consegue se dar a chance de ser feliz novamente, por mais que a pessoa tenha errado e prejudicado o outro, não quer dizer que ela realente se arrependeu e com muito sofrimento consegue superar a tocar a vida pra frente

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Bom acho que o final foi coerente e o correto , nem sempre, aliás muitas vezes,na vida real as pessoas não dão esse final , à seus dramas .

Maridos humilhados matando ou agredindo as mulheres

Ou até reatando o casamento depois te tamanha, deslealdade.

Eu acredito que uma pessoa pode sim mudar mais incentivo pra isso dependendo do erro cometido é sofrer pra sempre as consequências dos seus erros.

Fernanda tem que lembrar pra sempre do grande homem que perdeu , do gigantesco erro que cometeu.

Assim será de fato uma nova mulher junto de André tendo mendo de acontecer de novo e perder de novo um bom homem que à ama e que ela também ama .

Mas , mas ,mas ... Isso tudo que eu disse acima também não garante nada .

Fernanda pode com o tempo cair no ócio novamente e buscar aventura novamente .

Afinal o ser humano não tem uma manual , e o sentimento é longe de ser ciência exata .

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Grande Al, primeiro quero te parabenizar por essa ótima série, mas não posso dizer que fiquei contente com o final.

Toda história de traição que leio aqui eu sempre torço pra pessoa que trai sofra muito mas torço também que a mesma consiga reconquistar o companheiro(a), eu sou o que acredita no felizes para sempre.

Mas nesse caso, depois de tudo que ela aprontou com o Beto depois de mais de uma década casada ela ser fiel ao novo marido e pior ainda ser feliz é como o vilão da história sair ganhando, acho também que uma pessoa como ela no fim das contas não se lamenta muito, mais cedo ou mais tarde a tempestade volta e ela fará o mesmo com o coitado.

A única forma dela sofrer era se o Beto expusesse e mostrasse o que ela aprontou prós filhos mas ele não teve coragem de mostrar quem é a mãe deles.

Acho que é isso, como vc disse que teremos um pós crédito quem sabe o que nós reservou.

Grande abraço. Feliz ano novo...

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