Um conto erótico do Eduuu de 2008. Ficou abandonado. O nome era “Noiva exibicionista”. Recriação do Leon Medrado. Foi o Jorge, leitor que me indica contos para novas versões que passou.
Meu nome é Geraldo, tenho 25 anos. Em janeiro deste ano consegui tirar férias com minha noiva, a Stefani, e fomos para o litoral. Ela tem 22 anos, é loira, tem cabelos compridos no meio das costas, seios médios lindos, bunda perfeita, coxas grossas. As pernas perfeitas terminam em pés pequeninos e delicados. Ela é toda muito linda.
Stefani costuma fazer fotos como modelo, para catálogos de venda de roupas pela internet. Ela sabe que é bonita e gostosa, e além de fazer fotos como modelo, está sempre tirando selfies e publicando nas redes sociais. Já tem muitos seguidores. Ela adora usar roupas chamativas, provocantes, quer ser admirada, elogiada, receber mensagens pois diz que isso ajuda muito para que ela seja chamada para novos trabalhos. Talvez virar uma influenciadora digital. Na rua, sair com ela é ver um monte de marmanjo só cobiçando, até mulher fica olhando e admirando. Eu, no começo até me sentia um pouco incomodado, mas depois de um tempo me acostumei com isso, e não ligo mais, pelo contrário, agora me sinto muito orgulhoso da bela noiva que eu tenho.
Eu sou bombeiro militar, tenho 1,82 m, moreno cor de jambo maduro, e como vivo tomando sol, estou sempre naquele bronze que faz inveja. Tenho corpo muito malhado, costas largas, braços fortes, pernas musculosas. Mas por conta de uma avó de sangue holandês, do Recife, nasci com olhos claros, que ora ficam mais azulados e ora esverdeados, conforme o dia. Uso cabelo castanho claro cortado bem baixo até por força da minha atividade. Meu pai sumiu no mundo antes de eu nascer deixando a mulher barriguda. Fui criado pela minha mãe, e uma tia bem mais nova, que quando eu fiquei molecão, já safadinho, fez questão de provar do meu pedaço de mau caminho que tem mais de 20 cm, e de grossura de um tubo de desodorante. A tia aproveitou que minha mãe era enfermeira e dava plantões longos, e foi me ensinando como ela gostava de ser satisfeita no sexo, e a danada era danada mesmo.
Assim minha escola sexual foi muito avançada e me formei nessa arte bem antes que eu chegasse na faculdade. Fiz educação física e me formei, graças ao esforço da minha dedicada mãe.
Mas, infelizmente, perdi minha mãezinha cedo, e logo tive que me virar na vida. Então, filho único, vendi a casa que herdei da mãe, tinha um terreno bom e valorizou com o tempo, peguei o dinheiro e apliquei com minha tia, numa franquia de academia que cresceu e hoje nos dá muita renda. A tia casou e toca o negócio muito bem. O marido sabe que eu dava, e ainda dou umas pegadas nela, mas nunca se manifestou, fingindo que não sabe. Esse também é esperto, ganha vida boa, tem liberdade, motorista de Uber, e ainda come a gostosa da minha tia. Aprendeu que dividir é melhor do que perder.
Eu conheci a Stefani na academia. Era a mais cobiçada das gatas. Mas dei sorte e levei. Namoramos um curto período e logo ficamos noivos, pretendemos nos casar logo.
Um dia, curioso, fui ver no notebook as fotos que ela tira, mas as que são publicadas nos anúncios, e levei um susto. Roupas sexy, transparentes, roupas íntimas, body, vestidos vaporosos, camisolinhas, baby-dolls, calcinhas mínimas onde dá para ver a xerequinha por trás das rendinhas e transparências. Eu sei que é ela porque em algumas aparece o rosto. Caramba, fiquei até meio bolado, deu um tesão danado em pensar que milhares de pessoas, ou até mais, sabe lá de onde, no mundo todo, estão vendo aquilo, admirando, cobiçando, desejando a gostosa da minha noiva. O site vende todo tipo de roupas, e são dezenas de modelos, fotos de frente, de lado, de bunda, corpo inteiro, às vezes mais de uma pose. No site tem uma comodidade de clicar sobre a foto e amplia a imagem para o consumidor ver detalhes. Cliquei nas fotos de calcinha de telinha ou renda, transparentes, e dá para ver a rachinha com os lábios coladinhos da xoxota. Fiquei de pau duro na hora.
De noite, quando a gente estava junto, chamei a Stefani e perguntei como era a sessão de fotos. Ela contou que geralmente, era feita num espaço grande e livre, uma sala, onde uma produtora de fotos fica do lado das araras indicando o que vestir.
O fotógrafo orienta as poses da modelo e fotografa tendo um fundo totalmente neutro, sem nada aparecer. Para destaque do produto. Contou que geralmente, são duas modelos, que posam de forma alternada, enquanto uma troca a roupa a outra está sendo fotografada. Eu perguntei:
— Tem cabine para troca das roupas?
Stefani sorriu e disse:
— Quando perguntam sempre dizemos que sim, pois tem um banheiro, mas a gente troca a roupa ali mesmo, para ser mais rápido.
— Como é? Ali na frente do fotógrafo?
— Sim, do fotógrafo, da produtora de moda, e do maquiador. Às vezes tem o assistente do fotógrafo também.
Meu pau deu um solavanco ao ouvir aquilo:
— Ficam nuas? Assim, do nada?
— Do nada não, estamos trabalhando. Faz parte, as modelos que fazem esse tipo de trabalho estão acostumadas.
Eu fiquei mais curiosos:
— E o fotógrafo é gay? Não fica de pau duro?
— Já trabalhei com vários fotógrafos. No começo eles até ficam, já vi os volumes aparecendo nas calças e bermudas, mas depois com o tempo eles também se acostumam.
Eu estava intrigado:
— E não pinta umas cantadas? Eles não xavecam as modelos?
— Ah, isso acontece, mas na hora das fotos não, é pouco, tem que produzir muito material em pouco tempo. Mas quando a gente dá uma parada, para tomar um suco, ou fazer um lanche, sempre tem um jogo de sedução. Alguns dão umas cantadas disfarçadas.
— Vocês se vestem para essas paradas de lanche?
— Ah, amor, nem sempre, eu já me acostumei e fico sem roupa ou com a roupa que estava fotografando.
Minha excitação aumentava. Imaginei a deliciosa da minha noiva, nua, na frente do fotógrafo, tomando um suco ou comendo um sanduíche, na maior tranquilidade. Meu pau já estava bem duro e latejando. E a Stefani na maior calma contando. Até que me viu de pau duro e perguntou:
— Tu ficou excitado com isso?
— Caraca Stef, claro, te imaginei nuazinha, gostosa, ali comendo sanduba na frente do fotógrafo.
Ela sorriu:
— Ah, bobo, ele já viu a gente sem nada várias vezes, vestindo roupas, despindo, pedindo para a gente fazer pose para as fotos. É muito normal.
Eu me sentia com tesão de imaginar. Então disse:
— Porra, Stef, eu sou teu noivo, já te vi pelada, dei banho, comi, chupei, e toda vez que eu te vejo nua fico no maior tesão. Tu é uma loucura! O fotógrafo deve tarar até mais do que eu.
Ela sorriu e me beijou:
— É porque tu é um tarado, que eu sei. Só pensa em sexo e safadeza. Nem todos são assim.
— Me engana que eu gosto. E as modelos não ficam azarando os fotógrafos? Provocando?
— Tem uns que são muito gatos, e a gente gosta dessa provocação. Mas tem uns que a gente já se acostumou e nem ligamos. E tem muita modelo que não faz nada.
Ela via meu pau duro e segurou dizendo:
— Tu já pensou na safadeza né? As modelos nuas. Que tarado!
— Eu penso sempre, e sei que tu pensa também. Não rola umas transas com eles depois? Extra trabalho?
Stefani sorriu marota, primeiro tentou negar:
— Não, não rola… bem…
Depois ela corrigiu:
— Bem, às vezes rola sim. Quando o rapaz é gostosinho, rola, e isso ajuda, pois eles acabam chamando para novos ensaios.
Eu rachando de tão tarado exclamei:
— Ah, sabia, e tu já fez? Safada?
Stefani estava sorrindo com cara meio envergonhada:
— Essas coisas não se pergunta pra noiva. Melhor não saber né?
Caramba, ouvindo aquilo eu tive uma sensação estranha e pensei: “Porra, estou descobrindo que já fui corno!”
Eu falei:
— Porra, Stef, conta aí, tu fica com os fotógrafos? Me encheu de chifre e nem fica vermelha?
Stefani é foda, safada, primeiro pegou no meu pau e perguntou:
— Está com tesão? Gosta de saber?
Eu tentava sair da resposta, mas ao mesmo tempo fiquei meio cabreiro, então tentei parecer invocado:
— Stefani, que papo é esse? Fala sério!
A danada nem se apertou:
— Estou falando sério. Alguma vez eu disse que não saí com outros caras? Tu me conheceu virgem por acaso?
— Claro que não…
— E tu me perguntou alguma coisa? Perguntou se eu só ficava contigo?
— Caralho, Stef, que merda, tu me fez de corno esse tempo todo? E eu noivo?
Stefani apertava o meu pau, eu queria invocar, mas ela segurava firme e disse no meu ouvido:
— Tu é meu noivo, porque é o mais gostoso de todos, e para quem eu dedico o meu amor. Nunca me perguntou nada, e nem pediu nada. Por isso eu gosto de ti e sou tua noiva.
— Porra, Stef, não fode! E dá para os fotógrafos na maior?
— Amor, quando tu me conheceu, eu já dava para os que eu tinha vontade. E dei para ti com prazer. Eu dou sempre que sinto tesão, e dou de paixão…
Fiquei travado. O que ela me contava me pegava de surpresa. Mas meu pau não amolecia. A safada me disse:
— Depois que eu comecei a sair contigo, fui parando de ficar com outros. Tu é o mais gostoso. E me satisfaz.
Eu estava tão admirado, que não sabia como reagir. Acabei falando:
— Que merda, sou noivo de uma gostosa que me enche de chifre, e ainda acha normal.
Stefani não se sentiu ameaçada:
— Amor, tu sempre gostou, me comeu feliz da vida, e sentiu o quanto eu gosto de ti. Se tu não soubesse que eu já estive com outros, não mudava nada. Não acha?
Meio cabreiro eu respondi:
— Caralho, não perguntei, mas não imaginei que tu me fazia de corno. Escondida.
Stefani me mantinha próximo, não me deixava sair do abraço. Ela disse:
— Amor, nunca fiz nada escondido. Fazia quando não estava com você. Acontece que eu não sou de chegar para ficar com meu noivo e ficar dizendo que estive fodendo. Isso é assunto pessoal meu. Quando estava contigo era contigo que eu estava. Os outros não interessavam.
Eu olhava admirado, por ela estar tão tranquila. Stefani não parecia abalada, arrependida, nada. Aquilo me intrigou muito. Jamais pensei estar numa situação daquelas. Queria mais detalhes. Nunca imaginei que iria descobrir daquela forma, então não sabia o que fazer. Fiquei com vergonha dos fotógrafos que comiam a minha noiva, deviam me chamar de corno e o caralho. Foi isso que eu falei:
— Os fotógrafos que te comem devem me chamar de corno e dar risada. Comendo a gostosa da noivinha do corno manso.
Stefani parou tudo, e se afastou:
— Desculpe amor, mas esse papo não existe. Que porra é essa? Alguma vez fizemos algum trato de que tu é meu dono, exclusivo? Só tu que come? Que besteira. Machismo do bom. Eu hein?
Eu estava totalmente zureta, não sabia que loucura era aquela, uma conversa de louco. Começava a ficar invocado, achando que tinha sido sacaneado todo o tempo. Eu aproveitei que a Stefani me soltou do abraço e se afastou e dei uma respirada. Estava vendo a nossa relação se desmanchar ali por uma revelação que surgiu ao acaso. Tentava pensar, manter a calma. Em alguns momentos me vinha uma revolta e o instinto violento quase aparecia. Mas eu não sou violento com quem eu gosto, e gostava muito dela. Então, não sabia como agir. Resolvi puxar do começo:
— Stef, vamos recomeçar. Tu está me dizendo que sempre transou com outros caras, mesmo depois que começamos a namorar e ficamos noivos? Não houve fidelidade? É isso? Mesmo sem eu perguntar, tu fazia e achava que podia fazer sem nem me dar satisfação?
Ela parou me olhando admirada. Parecia ter visto outro sujeito. Exclamou:
— Nunca te pedi nada, nunca te perguntei onde foi, com quem foi, o que fez. Tu também não. Nunca me perguntou nada. Eu achava que tinha achado o meu parceiro ideal. Alguém que pensa como eu, que não se importa com o que os outros pensam e não importa o que fazemos da nossa vida pessoal. Eu gosto de ti, tu gosta de mim, isso me basta. Quero te ter comigo, sempre. Não esperava essa tua reação.
Eu também estava completamente chapado. Não estava acreditando nem entendendo. Mas um pouco da raiva se dissipou quando ouvi aquelas palavras. Argumentei:
— Stef, eu juro, não quero ser machista, nem possessivo, mas eu tenho ciúme, eu nunca perguntei nada porque confiava, e jamais imaginei que tu tinha essa vida devassa, eu pensava que tu era só minha!
Stefani reagiu mal e foi dura:
— Que papo é esse? Não é possessivo, mas pensa que sou só tua? Ninguém é de ninguém. Pera aí. Onde tu está? No século passado? Sou dona do meu corpo e faço com ele o que tiver vontade. Se é esse o teu modo de ver uma relação não é comigo.
Naquele momento eu estava desarvorado. Uma conversa que começou divertida, animada, tinha desandado totalmente. Eu não queria uma ruptura, não queria discutir e nem ofender a minha noiva. A excitação havia acabado. Procurei falar calmo. Então, eu pedi:
— Por favor, vamos baixar a bola? Não quero brigar nem ofender. Eu que deveria estar ofendido, pois descobri que tu fez sexo com outros homens enquanto mantém uma relação estável comigo, quer ser minha mulher, minha companheira, e tenho que saber onde isso vai dar.
Stefani sem demora me perguntou:
— Tu já teve outras mulheres não teve? Eu tive outros homens, fizemos sexo com eles, alguns gostamos mais, outros menos. Qual a diferença para ti, fazer sexo com outra mulher e comigo?
— Contigo é mais gostoso porque eu gosto de ti e sinto que gosta de mim.
— Quer dizer que com as outras gostava menos, ou não gostava?
— Sei lá Stef, gostava, mas depois de te conhecer eu sei que foi a melhor que eu tive.
— E eu também, depois que te conheci, foi o melhor que eu tive. E adoro estar contigo e fazer sexo do melhor. Mas se eu não experimentar outros não sei se sempre será o melhor.
Travei. Achei que ela estava de sacanagem, para me tirar do sério. Fui sincero:
— Porra, acho que está de sacanagem. Isso que tu diz, deve ser para me tirar do sério. Me testar. Não é possível.
Stefani parou me olhando com sinceridade:
— Amor, pera aí. Tem sacanagem não. Estou sendo muito sincera e verdadeira contigo. Contei tudo o que me perguntou. Fui a mais sincera. Tu nunca tinha me perguntado sobre isso. Foi a primeira vez. Tu já me conheceu como eu sou. Não sabia? Acha que eu fazer sexo com outra pessoa, muda alguma coisa em meu jeito de ser? Esse teu conceito de exclusividade não funciona comigo. Se tu disse que trepou com a tua vizinha gostosa, ou a tua aluna na academia, eu vou apenas perguntar se foi bom, se tu gostou. Passou, tu tá comigo, é porque tu prefere ficar comigo.
Stefani parou como se buscasse outro argumento. Retomou segundos depois:
— Não sou dona das tuas vontades. Vai que tu tarou na gostosinha da academia e ela resolveu dar pro tesudo do Geraldo do pau gostoso. Bom pra ti, bom pra ela. Acabou. Quando tu tá comigo é que me importa. Eu não vou chegar aqui e perguntar: “Amor, pegou a gostosinha hoje?”, mas se você me contar que pegou eu vou perguntar se foi bom e torcer para você dizer que foi ótimo. Eu vou ter que ser muito melhor. Entende?
Eu fiquei ali olhando para ela sem acreditar. Nunca havíamos conversado sobre aquilo e ela acabava de me dizer como via a vida. Eu fiquei mais de um minuto parado, pensando, sem saber para onde ir ou o que dizer. A Stefani voltou a me abraçar e me deu um beijo dizendo:
— Amor, eu gosto de tu meu safado. Mas a tua noiva não se sente propriedade tua não. Se essa é a tua condição, para a gente continuar, eu vou me sentir muito triste, perder a nossa relação, mas eu estou fora. Se eu tiver que me restringir a só fazer sexo contigo, eu não quero. Eu amo a liberdade. É o mesmo que decidir fazer dieta, parar de comer um monte de coisas gostosa, só porque eu gosto mais de um tipo de comida. Qual é? Adoro chocolate, mas também gosto de pudim de nata às vezes. Não sou vagaba, mas sou dona do meu corpo e das minhas vontades. Se eu sentir tesão num carinha que eu encontrar, e bater um desejo forte, eu vou querer ficar com ele. Não vou esconder isso, mas não vou deixar ninguém decidir o que eu devo fazer. Isso decido eu. Essa é a regra.
Na hora eu me senti meio afrontado. Eram condições que eu não podia aceitar logo de cara. Perdi todo o embalo e me levantei. Pior que eu estava na minha própria casa, e não queria por a minha noiva para fora. Decidi que ia dar uma volta:
— Olha, nunca falamos sobre isso, e se essas são as tuas condições, eu tenho que pensar. Não sei se é o que eu quero para mim.
Stefani não parecia acreditar. Vi no seu olhar o espanto. Peguei a chave do carro e disse:
— Vou dar uma volta, pensar, esfriar a cabeça.
Ela tinha duas lágrimas escorrendo nas faces. Não disse nada.
Eu saí do apartamento e fui pegar o carro. Saí do estacionamento e dei umas voltas com tudo aquilo girando na minha cabeça. Eu não queria terminar a minha relação com a Stefani, mas também não queria ser dominado de tal forma que ela fizesse como bem desejasse. Fiquei arrasado. Na minha cabeça não saía a imagem dela nua na frente do fotógrafo, e ela fodendo com ele bem gostoso. Eu nem sabia como ele era, mas criava na imaginação.
Acho que rodei mais de uma hora, mas não conseguia me concentrar direito. Eu tinha conhecido um lado da minha noiva que eu jamais pensei existir. E não sabia se era capaz de assumir uma mulher tão independente e decidida como ela me pareceu ser. Cansado voltei para casa, era perto da meia-noite e a Stefani não estava mais. Não deixou nem bilhete. Simplesmente, pegou sua bolsa e partiu.
Fiquei muito chateado, mas estava decidido a não dar o braço a torcer. Não liguei para ela.
Eu nem sabia com quem poderia conversar sobre aquilo sem expor a minha relação com a noiva. Foi então, que me recordei de um autor de contos eróticos que eu gostava muito de ler num site, e que dizia que havia ajudado muitos casais. Ele costumava publicar as histórias desses casais com nomes trocados e lugares alterados para não expor os verdadeiros personagens. Estava sem sono e entrei no site, procurei um dos seus contos mais recentes, e achei o e-mail dele. Mandei uma mensagem simples e logo veio uma resposta. Ele estava acordado.
Primeiro agi com cautela, contei que estava tendo um pouco de dificuldade para entender umas posições assumidas da minha noiva, e ele foi trocando ideia. Sem fazer julgamentos. Mas fez comentários muito pertinentes. Quando eu vi já tinha contado boa parte da história para ele, já era duas horas da madrugada. Fiquei encantado com aquilo que ele me oferecia, pois fazia perguntas e depois comentava sobre as minhas respostas. Não sei se ele tinha alguma formação em psicologia, ou algo parecido, mas demonstrava grande conhecimento de questões relativas ao relacionamento dos casais, e seus principais problemas. Ele contou que teve vários relacionamentos e aprendeu um pouco em cada um deles.
Bom, durante dois dias eu não procurei a Stefani, e nem ela me procurou. Eu evitei também ir à academia nos horários que ela costumava ir. Mas troquei muitas mensagens de e-mail com o Leon Medrado e ele foi me mostrando uma série de questões ligadas ao nosso preconceito machista de nossa formação, e de como era o pensamento liberal. Eu fiquei muito assustado com uma coisa que ele escreveu: “Vocês podem não mais se falar, e cada um seguir a sua vida. Nada impede que cada um de vocês encontre pessoas legais, com as quais combinem, se entendam, e se deem bem. O resultado é que cada um será feliz a seu modo. Ninguém é insubstituível, e você poderá descobrir que existem diferentes pessoas que poderão ser ótimas companheiras para você. Eu tive várias, todas ótimas parceiras, umas diferentes das outras, e tudo certo. Nada impediu que fôssemos muito felizes enquanto durou. Mas aprendi que nada dura para sempre. Só a morte.”
Ele ainda escreveu: “A vida é uma mudança permanente, é um processo, e durante esse processo, todos nós mudamos. Tem gente que consegue se adaptar e se prende ao par que tem, renuncia a muitas coisas para manter a parceria, e tudo bem. Mas tem gente que não consegue se adaptar a isso, e parte para outra. Tudo bem, também. O importante é não querer obrigar ninguém a ficar com você só porque tiveram uma relação. As relações podem acabar, sem brigas, sem sacanagens, sem mesquinharia e sem traições. Respeitar o desejo do outro, as vontades, é uma forma de gostar”.
Eu fiquei com aquilo na cabeça. Será que merecia acabar daquele jeito? Sem nem tentar? Argumentei com ele e a resposta foi outra paulada:
— Eu acho que a Stefani foi honesta com você, e se posicionou. O que acontece é que você ainda está seguindo códigos de conduta, padrões de valores que são de uma sociedade mais puritana, mais conservadora, mais aprisionante. E ela é mais liberal. A relação de vocês só será boa se ambos estiverem dispostos a ceder um pouco, ela respeitar certas coisas que você vai decidir e você respeitar certas liberdades que ela vai desejar. Os casais liberais não estão juntos porque criam um muro de restrições entre eles e o mundo de fora. Eles combinam regras e formas de interagir com o mundo de fora, preservando a sua própria parceria, com cumplicidade. Sem isso, não adianta tentar. E é a sua cabeça neste caso que vai ter que mudar, se adaptar, pois a dela, liberada, dificilmente regride à forma antiga e conservadora.”
Eu pensei muito naquilo, e quanto mais eu pensava, mais me convencia de que precisava superar aquele impasse. Eu sentia muita saudade da Stefani, e conforme os dias iam passando, mais angustiado eu ficava. Achando que ela estava tocando a vida dela sem sequer ligar para mim.
Na quarta tarde desde que a Stefani saiu lá de casa, trocando ideias com o Leon, recebi dele a seguinte narrativa:
“Acredito que a Stefani está sentindo muito a sua falta também, afinal, ela gosta muito de você. Mas com o tempo, ela, como é liberal, vai pensar que você já era, e pode partir para encontrar outros parceiros. Uma mulher liberal e que gosta de sexo como você contou, vai transar com outros, e certamente, haverá algum felizardo que vai ter a sorte de dar a ela o que ela gosta, e ser liberal a ponto de aceitar as condições que ela deseja. O resultado é que o bonde de vocês vai passar em estações diferentes e um dia talvez, lá na frente, vocês dois descubram que perderam tempo, e investiram errado. Por que não pagar para ver? Vocês nada tem a perder. Procure a Stefani e abra o jogo.”
Fiquei muito encucado com aquilo e estava disposto a ir atrás dela. Mas a sorte estava a meu favor. No final do dia a Stefani me ligou, e perguntou se eu podia recebê-la. Claro que eu confirmei e em uma hora ela estava na minha casa. Recebi bem simpático, dei um forte abraço e ela procurou um beijo. Foi muito bom beijar aquela delícia nos meus braços. Ela disse:
— Acho que eu fui meio inflexível e impaciente contigo. Pensei bastante, e quero conversar.
— Eu também pensei muito e ia mesmo te procura para saber o que se passava.
— Ge, meu querido, eu gosto muito de ti, de tudo, fisicamente, teu caráter, tua coragem e disposição, tua franqueza. Eu quero te ter como o meu parceiro, e estou disposta a entender melhor o que tu deseja para nossa vida. Está disposto e conversar e me aceitar?
Bem, eu estava mais do que disposto e tivemos uma longa e demorada conversa, e onde, depois de muito papo, decidimos que tudo que a gente tivesse vontade, medo, desconfiança, insegurança, desejo, sonho, fantasia deveria ser falado e combinado. Acertamos que iríamos reatar, e tentar seguir com aquela transparência entre nós, sempre dialogando e respeitando o outro, com confiança. Foi uma noite longa e emocionante que terminou com um dos sexos mais deliciosos que tivemos até então.
Teve um momento que eu já estava descontraído, feliz de poder estar em paz com ela, minha paixão, e disse:
— Tu só tem que me prometer que não vai dar para ninguém, sem me avisar. Pode ser?
Stefani riu e disse:
— OK, eu prometo. Mas e se eu tiver vontade de ficar com alguém e tu ficar inseguro?
— Se tu me contar que quer, já ajuda, pelo menos não sou enganado, terei a chance de saber que sou corno antes.
Stefani era uma cabeça muito boa, deu risada e falou:
— Tudo bem, eu chego e aviso. Amor, estou com vontade de dar para aquele cara, tá bom? Tem algo a dizer? É isso?
Eu achei graça do jeito dela falar, e pedi:
— Certo, pode ser assim, e eu quero direitos iguais. Tudo bem?
Stefani sacana me cortou:
— Nada disso. Vou dividir meu gostoso não! O corninho aqui é só tu!
Ela falou rindo e me beijando e saquei que ela estava zoando, mas como em toda brincadeira tem um pouco de verdade, eu disse:
— Corninho é o caralho! Nada disso, chifre trocado não dói.
Stefani falou:
— Não vai ter chifre amor. Chifre é traição. Corninho é o parceiro que consente, que é cúmplice. E nós estamos combinando para não ter traição, nada escondido, e sempre bem cúmplices. Quando eu tiver a vontade quero a tua cumplicidade, e tu terá a minha, se quiser dar uma voltinha com a gostosinha da academia eu topo ser sua corninha.
— Porra, Stef, se eu for ficar com cada gostosinha da academia, eu não vou ter tempo para você.
Ela deu risada e falou:
— Vai lá bestão, engano teu, lá tem três sarados gostosos para cada mocréia de boceta, espremendo a celulite numa legging. Acho que tu vai perder essa.
Ela viu que eu estava de pau duro já, e foi logo enfiando a mão na minha bermuda e dizendo:
— O gostosão aqui vai ter que dar conta da titular primeiro. Bem entendido? Meu corninho vai ter que me satisfazer antes de tudo.
— Para com esse papo de corninho. Que eu fico achando que está me tirando. Safada.
— To tirando nada não, amor, é uma forma carinhosa de te chamar, dizer que será meu parceiro e cúmplice.
Meu pau deu dois solavancos e ela segurando falou:
— Viu, no fundo tu até gosta, vai ficar cheio de tesão nas safadezas que a gente vai aprontar.
Eu estava louco de tesão e falei:
— Sua putinha safada, vem me dizer que quer dar para outro e eu te cubro de caralhada, faço essa boceta gulosa ficar ardendo de tanta rolada.
— Hummm, já gostei, vamos testar isso agora? Tem um cara bonitão na academia, acho que é um médico, novinho, gostoso que só, fiquei com vontade de fazer uns agachamentos na frente dele.
Na hora que ela falou eu já imaginei aquela bunda dela deliciosa subindo e descendo com uma legging justa, a tanguinha fio dental enfiada no rabo, na frente do cara, na academia, e meu pau tiniu de tão duro. Ela me masturbando sorriu:
— Opa, está funcionando. Já senti que o possante vai dar trabalho. Gostou da ideia amor? Meu corno vai me dar uma caralhada do jeito que eu mereço?
Claro que foi pica e boceta até sair fumaça. Ela estava cheia de tesão e eu mais ainda.
Pronto, dali em diante, a nossa relação foi ficando cada dia melhor. E as nossas provocações sempre nos deixavam cheios de tesão. Os meses foram passando.
Eu nunca mais me senti ameaçado ou enciumado, porque também sei que, aquilo que a Stefani viu e gosta em mim, muitas outras também gostam, admiram e cobiçam. Então, ela mesma sabe que comigo a fila anda, por isso não larga o pedaço de mau caminho.
Mas, vamos finalmente para as nossas férias. Sabia que antes do início da viagem eu e a Stefani já planejávamos realizar algumas fantasias. Uma delas seria transar na praia. Ela me revelou que tinha esse desejo, não só para poder transar ao ar livre num cenário paradisíaco, como também pela possibilidade do exibicionismo. Nós já havíamos arriscado fazer sexo no carro dentro do estacionamento de um shopping center, já tínhamos feito sexo à noite, atrás de um banheiro químico de um grande show, com muitas pessoas próximas. O risco de alguém nos observar, ver seu lindo corpo nu e sua performance, dava muito tesão nela e eu também ficava tarado.
Chegamos no litoral, numa quinta-feira, e nos hospedamos numa pousada que eu já tinha reservado com antecedência. Não era nada luxuoso, mas era confortável. Já no primeiro dia, quando fomos à praia, a Stefani chamou a atenção, usando um biquíni amarelo canário, pequenino, com tirinhas de amarrar nas laterais e a parte de cima que valorizava seus peitinhos médios perfeitos de bicos salientes. Como ela é branquinha, e toma bastante sol além de fazer bronzeamento artificial por causa das fotos, sua pele tem uma cor de bronze que dá inveja em muita gente. Ela tem umas tattoos delicadas que ficam visíveis, uma de uma rosa pequenina, na virilha, fica aparente fora da tanguinha do biquíni, pertinho da xoxota e isso atrai os olhares. Na lombar um centímetro acima da linha do biquíni ela tem uma outra tattoo com um motivo tribal, mas feito com ramos de rosas. É outra coisa que ajuda a chamar a atenção. Eu também tenho uma tattoo tribal que pega o ombro direito e o braço até na altura do cotovelo. E outra, menor de escorpião, no ventre, bem colada na linha da sunga.
Não demorou muito tempo para a gente fazer amizade com a turma da barraquinha da praia que vende caipirinha, cerveja e petiscos. Lá ficamos sabendo sobre uma praia mais distante e mais deserta.
Quando eu ia pegar bebidas com a Stefani, os machos que ficavam ali em torno da barraquinha bebendo e azarando as gatas na praia se faziam de desentendidos. Olhavam disfarçando. Mas às vezes eu deixava a Stefani ir buscar cerveja ou porções de petiscos sozinha só para ver o alvoroço dos machos babando e algumas das mulheres meio que invocadas. A Stefani adorava aquilo e parece que até andava mais sensual. Até eu ficava de pau duro vendo a cena. Os homens ajeitando as rolas disfarçadamente nas sungas e calções.
Então, no dia seguinte, resolvemos conferir a tal praia que só era acessível por uma trilha entre pedras e dunas de areia, e vegetação litorânea. Realmente era como nos haviam informado. Poucas pessoas passavam pelo local, a maioria só pescadores locais.
Continua…
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