Em um primeiro momento, achei que Leila estava apenas blefando e tratei de cortar o que eu achei que era papo furado.
-Deixa de palhaçada! Você jamais faria isso, até porque, eu posso me ferrar com a Justiça, mas e depois? Além de perdermos muito do que conquistamos, quem irá cuidar dos negócios? Vai falir tudo, você perderá sua boa vida de compras e viagens, e nossos filhos sofrerão também.
-Entenda uma coisa, não vou me separar de você e se para isso não ocorrer, tiver que te ferrar, pode estar certo que vou. Te daria o divórcio numa boa, se você tivesse chegado em mim e dito que não estava mais feliz, mas arrumar um caso com outra enquanto a trouxa aqui era fiel, mesmo recebendo cantadas de homens maravilhosos, isso não pode ficar assim.
-Mas você já não me chifrou e com dois caras? Pronto! Vamos cada um para um lado, depois que a poeira abaixar, podemos agir civilizadamente por causa das crianças, discutimos sobre uma guarda compartilhada e bola para frente.
-Nem pensar! Esqueci de citar que além de vê-los entrando no motel, também o vi uma tarde na loja da Vila Mariana com ela, o jeito que se olhavam de maneira cúmplice, sem conseguir disfarçar, aquilo acabou comigo e decidi me vingar. Quando tive a transa péssima com o cara da academia, achei que talvez fosse porque eu não estava legal, mas quando fiquei com o Mauro, ahhhh, aí sim, vi que além de me vingar de sua traição, ainda pude gozar maravilhosamente e viciei na coisa, minha cabeça ficou a mil, até pensei mesmo em te largar e ficar saindo com vários, experimentando, porque como estamos juntos desde a adolescência, não tive outras experiências, mas depois pensei, mesmo gozando gostoso com outros, vou sentir falta do filho da puta do meu marido, eu amo e o odeio, então comecei a imaginar que aquelas coisas que fantasiávamos na cama sobre, eu com outro, você assistindo e tal, puta vida, comecei a gostar disso, porque você manda bem na cama e poder ter outros e depois você, te chamando de corno e muitas outras coisas, me deixou louca de tesão, vinha tentando insinuar isso quando transávamos, eu quero ser uma esposa liberada, quero você e em troca além de eu não contar nada sobre teus podres e os do deputado, ainda pode sair com as putinhas por aí, desde que use proteção, porque vai ter que continuar transando comigo também.
Eu estava cada vez mais pasmo com as revelações de Leila, que alternava dor pela descoberta da minha infidelidade com prazer para um novo mundo que se abria para ela e queria agora me inserir nesse roteiro maluco.
-Pode esquecer essa ideia. Eu errei feio, mas sua forma de responder a um erro foi com outro e agora, ao invés de resolvermos isso, você quer partir para um relacionamento liberal ou algo ainda mais doido, não vamos continuar juntos, isso é fato!
-Amanhã, a gente conversa, vou tomar um banho e dormir, mas já te adianto, não aceitarei o divórcio e se quiser me testar, saiba que tenho um dossiê gigantesco com todas as provas das tuas falcatruas com o deputado Celso.
Leila subiu com a maior naturalidade do mundo, tomou seu banho para se limpar do sexo que tinha feito com o amante e depois foi dormir. Já eu entornei bem mais de meia garrafa, se ela cumprisse com suas ameaças, eu estaria realmente fodido, mas aceitar que ela seguisse me chifrando ou partir para uma vida liberal era algo sem sentido. Acabei apagando só perto do dia amanhecer. Quando acordei, ela já estava de pé na sala, mal abri os olhos e ela já me jogou uma pasta com vários documentos que comprovavam meu esquema com o deputado.
-Confere aí se isso dá ou não dá uma baita dor de cabeça para você e teu sócio. Ah! Mas não adianta rasgar, o dossiê original está bem guardado, esse é só uma cópia.
Conferi e vi que Leila tinha feito um trabalho digno de detetive.
-Há quanto tempo você tem isso? Já tinha tudo planejado para me foder?
-Não senhor. Tudo isso eu levantei depois que descobri que estava sendo traída, como nunca tivemos segredos antes disso, tenho a combinação do teu cofre aqui de casa e também a chave dos arquivos no teu escritório, aí foi só juntar o material todo. Só lembrando que como nunca trabalhei nas lojas nem assinei nada, se eu te denunciar, não serei implicada em nada, digo que só descobri há pouco tempo e não quis compactuar com coisa errada.
Vi que Leila estava realmente disposta a me ferrar, lembrei-me de um amigo brincalhão que dizia “Mulher quando quer se vingar até o diabo senta para aprender”. Entretanto, pensei que após uns dias sem conversar com ela, a mesma perceberia que não havia mais sentindo continuarmos juntos. Foi o que fiz, passei a ignorá-la sistematicamente, exceto na frente das crianças, mesmo assim, minha filha começou a notar.
Vendo que minha tática não estava dando certo, tentei uma, duas, dez, vinte vezes falar com Leila para simplesmente nos separarmos, mas ela não queria. Foram semanas assim que acabaram virando meses. A safada não parou de sair com Mauro, duas vezes por semana e tentava a todo custo transar comigo também, inclusive depois das tardes de sexo que passava com ele. Não vou mentir e dizer que passei esse tempo na seca, continuei transando com Cristina, era uma das poucas alegrias que me restavam
Eu estava completamente nas mãos da minha esposa. Aos poucos, fomos virando um casal de aparências, nos dávamos bem na frente dos filhos, familiares e amigos. Mas Leila queria mais, queria que eu voltasse a transar com ela e mais, que a visse transando com outro, no caso Mauro, que a essa altura já sabia que eu era corno manso e não fazia nada, mas eu não podia contar a Lara, pois Leila disse que isso daria um baita escândalo na família delas e que se eu fizesse, iria à Justiça com a porra dos documentos.
Tinham se passado quatro meses, às vezes, eu tinha crises de choro por não poder contar a ninguém o que estava passando. Perdi as contas de quantas vezes tentei convencer Leila a nos separarmos e pôr fim àquela tortura. Sentia um ódio muito grande dela, mas ao mesmo tempo, estava achando-a cada vez mais linda. Sempre bem arrumada, usando lingeries sensuais pela casa o tempo todo, dormíamos em quartos separados, mas várias vezes, ela foi ao meu querendo sexo e eu tinha que falar alto para que ela ficasse com medo de acordar nossos filhos. Confesso que vontade de jogá-la na cama fodê-la com vontade apenas para saciar o tesão que estava sentindo por minha esposa não me faltou, mas estava decidido a não ceder.
Em uma viagem à praia em que fui mais pelas crianças, Leila colocou um biquíni branco que não chegava a ser fio dental, mas deixava boa parte do seu bumbum de fora, apesar de já termos dois filhos, seu corpo e principalmente seu traseiro davam de mil em quase todas de 20 e poucos, fruto de uma boa genética e de exercícios constantes. Mesmo com tudo o que estávamos vivendo, foi impossível não ficar excitado, e em alguns momentos ela notou, tanto que chegou a comentar quando só estávamos os dois:
-Para de ficar só olhando e se torturando, deixa as crianças dormirem e me pega com força, se vinga por eu estar te traindo, me fode gostoso, estou louca de saudades do jeito que você me chupa e doida para dar até minha bunda.
Leila era do tipo que curtia anal e gozava quase toda vez. Apesar de tentado com sua proposta, respondi de maneira seca.
-Essa parte você acerta com o Mauro.
-Mauro? Xi, tá por fora, já terminei com ele faz dois meses, conheci outro, um empresário, meio coroa de uns 40 e poucos, estamos saindo uma vez por semana, gato e bom de cama também. Só não te contei porque você não me deixa nem começar a falar, mas se quiser te dou todos os detalhes.
Fiquei surpreso com a revelação:
-Você está transando com meio mundo então?
-Opa! Meio mundo não! Transei uma vez com o carinha da academia, fiquei um tempo curtindo o Mauro e agora estou com esse, mas se um dia eu quiser viver só de sexo casual, qual o problema?
-Para mim, problema nenhum, exatamente por isso deveríamos nos separar, você poderia transar com vários caras e com a guarda dividida, teria algumas noites livres para enfiar o pé na jaca.
-Ai, nem começa com esse papo, se um dia a gente for se separar, será porque eu quero, agora vamos mudar de assunto que as crianças estão vindo, mas pensa no que te falei e se a noite quiser, pode me pegar com toda essa raiva que está de mim, vou amar voltar a gozar no teu pau.
À noite, Leila quase conseguiu o que queria. Inventei uma desculpa para as crianças e disse que dormiria na sala, pois o colchão do quarto estava me dando dor nas costas. Assim, que elas dormiram, minha esposa surgiu na sala só com uma calcinha de renda preta e exibindo seus seios. Passou a mão em meu peito e tentou me beijar, mas me levantei, ela não se deu por vencida e mesmo eu falando baixo para que fosse se deitar, começou a roçar aquele lindo bumbum em mim, eu estava só com uma cueca box e no mesmo instante meu pau endureceu feito pedra e acabei ficando assim enquanto ela roçava subindo e descendo lentamente, meio empinada como uma dessas dançarinas, porém, apesar do tesão, a segurei pelo braço e disse:
-Guarde isso para o seu novo amante, o tal coroa.
Leila ficou visivelmente frustrada e depois a ouvi chorar. No dia seguinte, a cara de bode dela era nítida. O que se passa na nossa cabeça é algo muito difícil de explicar, após tantos anos com ela, ainda a achava linda e gostosa, mas acabei me envolvendo com outra exatamente pela rotina, pela falta de novidade, há quem diga na filosofia que você deseja muito algo quando não é teu, mas quando passa a ser, lentamente o interesse vai caindo. Agora, sabendo que ela estava gozando e fazendo outros homens gozarem, era uma sensação diferente, de raiva, ódio, mas estranhamente em alguns momentos de um tesão indescritível, uma vontade de fodê-la por horas, mas eu seguia firme, pois além da infidelidade, a chantagem foi demais para a minha cabeça
Algumas semanas depois, soube que haveria um churrasco na casa de minha sogra para comemorar o aniversário dela, pensei em não ir, mas como a saúde da mesma não estava legal, ficaria estranho eu não ir, afinal de contas, aos olhos de todos, ainda éramos um lindo casal. O churrasco foi durante o dia e logo quando cheguei, vi que Mauro estava lá. Quando ainda estava transando com ele, Leila contou que eu sabia de tudo e tinha visto a transa deles no meio do aniversário de Lara. No momento em que ficamos frente a frente, ele me cumprimentou com um sorriso debochado, sua alegria só não era maior porque tinha sido dispensado tempos antes, mesmo assim, durante a festa, várias vezes, o canalha me olhou com cara de riso. Aquilo foi fazendo meu sangue ferver.
Após mais ou menos uma hora e meia que eu tinha chegado, Mauro arrumou um jeito de encostar em mim e num momento em que ninguém nos ouvia disse olhando para a bunda de Leila que usava um shorts branco e uma blusinha florida:
-Já comi algumas bundas maravilhosas, mas como a da tua mulher, nenhuma. Você ficou de pau duro quando viu ela dando para mim?
Fechei a mão para dar uma porrada na boca dele, mas não queria acabar com a festa da minha sogra, ainda mais sabendo que ela não estava muito bem de saúde. Olhei para os lados e falei:
-Olha aqui, filho da puta, essa eu vou deixar passar por causa da dona Maristela, mas não chega mais perto de mim para falar merda e não pense que nossos caminhos ainda não irão se cruzar.
Fui saindo de perto dele que com tom de quem acha que está lidando com um frouxo, disse:
-Ui! O corno tá bravo! Não consegue segurar o fogo da mulher e vem querer bancar o machão justamente com o comedor dela.
Parei, mas não me virei porque se eu o olhasse, iríamos trocar porradas ali mesmo. Respirei fundo e decidi ir para o meu carro, foda-se a festa, não iria estragá-la, mas não dava para ficar mais ali. Sentei-me no banco do passageiro com a porta aberta e liguei o rádio. Após um tempo, Leila notou minha ausência e veio dizer que todos já tinham notado que eu não estava lá. Contei o que o ex-amante dela tinha me dito, ela também se irritou, mas no fundo ela era a grande culpada:
-Ele está com raiva porque não quero mais nada, implorou tanto para sairmos novamente que tive que bloqueá-lo.
-Poupe-me dos detalhes do teu casinho. Só volto lá na hora que forem cantar os parabéns e depois vou embora. Inventa que estou resolvendo um problema sério numa das lojas.
Leila voltou para dentro. Entretanto, após uns 20 minutos, Mauro apareceu no portão e ao me ver em meu carro, não teve dúvidas veio em minha direção.
-Pô, sócio! Não precisa ficar emburrado por causa de uma brincadeira, eu sei que você é manso, conta para mim, quando a Leila voltava do motel após ter dado para mim, você caía de boca nela para ver se ainda tinha um restinho da minha porra?
Perdi completamente a cabeça, levantei-me num átimo de segundo do banco e já soltei um murro no queixo de Mauro que mal deve ter percebido o que lhe acertou. Em seguida, dei-lhe mais três ou quatro socos na cara que o fizeram cair para trás, batendo antes as costas numa árvore. Ainda dei a chance do canalha se levantar e ao menos tentar se defender. Ele veio para cima de mim, tentando me agarrar, como se fosse um moleque que não sabe brigar e se agarra com outro querendo dar uma gravata, apenas me esquivei e lhe dei outro murro, dessa vez na boca do estômago. Mauro sentiu o golpe e aproveitei para lhe dar mais socos, imprensando-o contra um muro. Finalmente, uma parente de Leila viu e começou a gritar chamando a atenção dos que estavam na festa. Nesse momento, parei de socá-lo e o covarde me deu um tremendo chute na coxa direita e depois atravessou a rua correndo, fui atrás e só aí vi que havia sangue escorrendo do nariz e boca dele.
Talvez pela vergonha de continuar correndo sabendo que a família veria a cena, Mauro parou esticando as mãos:
-Parou, André, vamos parar com isso! O pessoal tá vindo, tem crianças...
Eu nem lhe dei ouvidos e me atraquei com ele novamente, caímos na calçada e lhe dei sei lá mais quantos socos com toda força que tinha, somados ao ódio de tudo que estava me ocorrendo. Por sorte, chegaram várias pessoas da festa gritando e tentando me tirar de cima dele, quando estavam me erguendo ainda consegui desferir um chute forte no rosto de Mauro que precisou ser erguido, pois estava praticamente desmaiado.
Quando finalmente nos apartaram, começaram a perguntar por que estávamos brigando. Mauro nem conseguia falar, seu rosto estava completamente ensanguentado e a roupa também aliás até a minha camisa ficou com sangue do canalha. Irritado eu disse uma meia-verdade:
-Esse filho da puta veio falar coisas pesadas da Leila para mim, queriam que eu fizesse o quê? O cara vir falar que acha minha esposa um tesão?
A versão acabou sendo engolida por todos que apesar de lamentarem a violência ficaram do meu lado. Na volta para casa, minha filha, que já era adolescente e entendia um pouco melhor, disse:
-Eu já tinha visto o Mauro olhando com cara de safado para a minha mãe, foi bom que ele apanhou muito.
Olhei para a cara de Leila como que dizendo: “Até nossa filha está começando a sacar suas putarias”. Nesse momento vi, que minha esposa estava com os olhos brilhando para mim, era um misto de tesão incontrolável e admiração. Ela disfarçou e disse:
-Natalie, quando chegarmos, você e o Lucas vão ficar um pouco no apartamento da tua amiguinha, a Karina, porque seu pai e eu precisamos ter uma conversa séria sobre essa briga.
Natalie concordou. Quando chegamos, arranquei minha camisa e a joguei no lixo, pois estava cheia de sangue. Estava com muita dor nas mãos pelos murros que dei e na coxa por causa do chute, mas me sentindo orgulhoso por ter destruído Mauro, soube depois, que ele perdeu dois dentes da parte de baixo e tomou pontos no lábio inferior. Entrei no chuveiro para me levar e em menos de dois minutos, Leila abriu o box, completamente nua e me disse:
-Nem que seja a última vez, me fode, por favor:
Olhei seus seios e sua linda boceta de pelos negros bem aparados