Vou direto ao assunto como Janjão me assumiu. Primeiro veio a desconfiança (eu acho), depois veio a cartada final.
Para preservar a imagem de Janjão, eu sempre tomei cuidados para que todas as visitas não desconfiassem. Por exemplo, eu colocava o travesseiro de Janjão e um cobertor na cama do outro quarto; eu não o chamava de amor para as visitas ouvirem; evitava tratar ele com tanto carinho; eu não servia suas refeições, entre outros.
Acontece que numa tardezinha de sexta-feira Janjão chegou do trabalho e me chamou pra irmos a algum lugar comer um lanche, beber alguma coisa. Eu estava de folga.
Tomamos banho e fomos.
Lá no quiosque ele tomou quase 10 litrinhos de Skol - porque Janjão quando bebe esquece que tem rins e fígado - e eu tomei duas roscas (esse "rosca" não é pronunciado como "rosca de rosquinha de comer", pronuncia-se como "rósca de caipi...rosca" - é bebida alcoólica). E como vocês já sabem, quando eu bebo minha cachaça vai para o cu, me dá logo fogo e eu entro no cio de corpo e alma.
Voltamos pra casa ainda ia dar 7 da noite. Não deixei ele demorar porque ele havia trabalhado, além disso eu estava doido pra levar pica🙈. Eu já não tinha mais tanta timidez com Janjão... eu já procurava ele quando eu queria trepar (eu ainda tenho um pouco, vez ou outra eu fico com receio de pedir-lhe sexo, mas é raro).
Quando chegamos fiz a chuca porque não havia feito naquele dia, tomei meu bom banho, e ataquei Janjão aqui na sala mesmo. Ele sentado no sofá menor mexendo do celular, cheguei por trás comecei apertar seus ombros com uma leve massagem, desci alisando seu peitoral, apertei deliciosamente o bico do seu peito.
Janjão não deixou nem o clima ficar um pouco mais quente. Ele levou a mão pra trás, alcançou meu cabelo e me arrastou pra frente dele:
- Sei que tu tá no assanho. (Aprendi esse termo com ele. Acho que por ele ser da roça e ter lidado muito com animais, ele usa muito os termos "tá no cio" e "assanho - assanhada - assanhado". Eu já conhecia as palavras mas nunca ouvi ninguém usar isso como adjetivo - kkkkk).
Ele murchou um pouco a barriga e foi pra abrir o zíper (ele tem barriga saliente/avantajada, mas não grande e nem é aquela barriga mole. Vocês sabem como é a barriga de homens parrudos).
Eu tirei a mão dele e falei:
- Não. Eu abro.
Janjão debruçou os braços nos braços do sofá e me deixou trabalhar.
Me ajoelhei na frente desse grandão, meti a boca no botão da bermuda, chupava o pé da sua barriga enquanto tentava desabotoar - mas não consegui porque o botão era daquele de plástico, ele é mais ruim de sair. Desabotoei com as mãos, desci o zíper. A rola de Janjão já estava dura dentro da cueca. Comecei chupar a cabeça por cima da cueca e melei bastante a cueca com saliva; voltei chupar e lamber o pé da sua barriga, subi lambendo sua barriga, alcancei seu peitoral inflado, agarrei seus mamilos. Arranquei um gemido profundo de Janjão. Ele deu uma segurada forte com apenas uma mão no meu pescoço magro, levantou meu rosto, olhou na minha cara (seus lábios estavam melados de saliva - Janjão quando tá com tesão ele saliva demais, e maiora das vezes escorre pela boca). E ele me arrancou um beijo melado de doer meus lábios. E devolveu minha boca para seu peitoral. Abusei bastante dos seus mamilos, desci para sua cueca. Baixei um pouco a cueca deixando o pau ainda coberto, expus só sua virilha com seu pentelho baixinho. Explorei muito sua virilha com a língua; puxei seu ovão pela lateral baixa da cueca, lubrifiquei minha boca com minha saliva e dei uma única chupada.
- Fsssss (Chiou Janjão enquanto se tremeu, fechou as pernas, agarrou no meu cabelo e tirou minha boca do seu ovo; tirou as costas do encosto do sofá, olhou na minha cara):
- Se brincar com meu ovo eu gozo. - falou.
Eu:
- Agora não. Quero que goze dentro de mim.
Ele apertou minha garganta novamente, puxou um beijo sugando minha boca:
- Então dá esse cuzinho logo.
Eu:
- Ôu amor, eu nem dei uma mamada ainda!
Janjão:
- Outra hora você faz isso. Me dá logo o cu.
Puxei Janjão pra deitar no tapete e arranquei sua bermuda; quando puxei sua cueca, um fio da baba da rola de Janjão veio junto (a rola de Janjão é bem babona). Aaaf gente, que delícia! Eu amo essa baba, faço artes com ela, e Janjão adora. Eu não ia dar aquele boquete que eu estava desejando, com medo de Janjão gozar, e eu estava muito afim de dilatar meu anel. Dei uma lambida com vontade no orifício do seu pênis e peguei sua baba.
Meu parrudo gemeu forte: "fssss aaaai" (ele gosta quando tomo seu mel). Janjão apertou na base do pênis e levou até a cabeça... a porção da baba foi pra cair, meti logo a boca na cabeça, agarrei, e engoli tudo (Aaaf que fico louco!). Janjão agarrou louco dinovo no meu pescoço e me puxou, fui engatinhando me deslizando por cima dele, ele olhou na minha cara, gemeu deliciosamente com uma cara cheinha de tesão, sua boca toda melada de saliva.
Eu estava pra enlouquecer de tesão, e lhe implorei:
- Me bate, vai, por favor.
Janjão olhando nos meus olhos deu um tapão na minha bunda. Ardeu. Eu dei aquele "aaiii" bem manhoso. Falei:
- Na minha cara, amor. (Ele só apertou minhas bochechas com uma só mão, e falou):
- Come minha pica.
Eu já tinha pego o hidratante e posto do lado. Levantei meu corpo, Janjão deitado, eu de joelhos com Janjão entre minhas coxas; preparei meu rabo deixando bastante lubrificado, passei bastante hidratante na rola dele, coloquei a cabeça da rola no meu anel e, como sempre, com um pouco de trabalho, rebolando de leve, e sentido meu canal estalar a cada centímetro que ia entrando, coloquei o pênis de Janjão lá dentro.
Com fortes arrepios pelo corpo de tanto tesão (sempre me arrepio quando dou a bunda), quando senti meu anel relaxado, comecei cavalgar deliciosamente no meu parrudo, com ele segurando minha bunda e dando tapas (menos na cara🥺🥺).
Eu cavalgando com um assanho e um fogo no cu do caralho com aquela tora grossa alargando deliciosamente meu buraco, meu anel chega estava ardendo, quando ouvimos uma gritaria de uma bicharada na porta. Aqui não tem muro, só grades nas portas (frente e fundo) e nas janelas.
Meu fogo acabou na hora, arranquei a rola de Janjão de dentro do meu cu e fiquei sem saber se corria pro quarto, banheiro ou cozinha, ou se louco atendia a porta, e fiquei igual uma barata tonta enquanto Janjão, tranquilo e centrado, abriu de leve a porta da cozinha pra não fazer zoada, pegou a toalha estendida perto da porta. Ele não reage com nervosismo em situações. Enquanto eu entrei em desespero sem saber o que fazer, Janjão foi pro banho.
Meu espírito voltou pro corpo e consegui reagir. As bibas chamando na porta, rapidamente peguei a cueca de Janjão, passei no meu cu pra limpar a meleira de hidratante e da baba, vesti minha cueca, camisa e bermuda, enrolei o tapete com a cueca, a bermuda de Janjão e o hidratante e enfiei tudo em baixo da minha cama, fui abrir a porta nervoso e entrou uma renca de viado tudo alcoolizada:
- Bicha, que demora foi essa de abrir a porta? - Gritou uma delas.
Eu respondi:
- Eu tava lá no quintal ouvindo música no celular, com fones de ouvido. E com o barulho do som desse carro de som não deu pra eu ouvir. (Realmente o som do paredão do carro no bar estava bem alto porque fim de semana aqui é muita zoada - isso me ajudou... eu acho).
- Cadê o gostoso do Janjão? A moto tá aqui fora. Tá lá no bar, é? - perguntou uma biba foguenta.
Respondi:
- Ele tá no banho.
Umas delas riu e falou "brincando":
- Hum! Isso tá estranho. A bicha deixa a gente esperando na porta 5 horas de relógio, e Janjão no banho. A senhora tá comendo meu homem, é bicha? (Janjão nunca pegou nenhuma delas).
Eu gelei na hora. Fiquei morrendo de vergonha porque foi uma brincadeira sobre uma verdade. Eu tentei brincar mas eu não consegui esconder o nervoso. Abri um sorriso muito sem graça. Eu só soube falar assim:
- Não brinca assim sobre Janjão não, viado. Eu respeito muito ele.
Janjão saiu do banheiro bradando (na zoeira):
- Quero saber que porra de baixaria é essa dentro da minha casa. Cheguei pra botar ordem nessa jossa.
Eu me impressiono como Janjão mantém o controle.
A bicha chega se derreteu:
- Aaaaai que homem grossooooo! Chega me arrepiei toda... olha pra isso. (Me bateu ciúmes).
As brincadeiras, as risaradas e o papo foram mudando de rumo, mas eu fiquei achando que elas não engoliram minha mentirinha, mas elas nunca me confirmaram se acreditaram ou não.
Quando foram embora naquela noite, fui tomar banho, quando tirei a cueca ela tava grudada no meu cu. Ainda durante o pessoal aqui em casa eu senti um líquido escorrer e melar meu cu, a polpa da bunda escorregava uma na outra mas não demorou a secar, certamente o resto da baba da rola de Janjão escorreu e secou. E completei a foda com Janjão porque meu tesão interrompido voltou triplicado. Só que doeu nessa continuidade porque paramos e recomeçamos tempos depois. Dia seguinte acordei todo dolorido.
...
A cartada veio uns 5 ou 6 meses depois.
Um dia - também numa sexta-feira - Janjão não foi trabalhar pela tarde pra ir ao shopping comprar um presente de aniversário para um amigo dele que ia comemorar e o convidou. A farra seria no sábado de tarde.
Passando pela vitrine de uma loja de calçados Janjão botou o olho em um tênis:
- Caralho! Que tênis massa! (Eu olhei e achei horroroso... uma mistura de laranja-abrasivo com verde-claro - ele gosta de tênis com cores gritantes; o solado todo vazado).
Ele mesmo concluiu:
- Porra! Mas olha o preço... (Fiquei horrorizado). - Ele me puxou e continuamos a caminhada pelo shopping (odeio shoppings).
Só que em casa eu não consegui esquecer aquele tênis e o quanto meu Janjão ficaria feliz com ele. Eu vi que ele amou. Pensei: "Por que não fazer meu marido feliz?"
Dia seguinte acordei 9 e pouca porque trabalhei na noite anterior, e resolvi fazer surpresa pra ele. Adiantei o feijão tropeiro e a salada porque as bibas vinham pra cá (Eu evito sair sem Janjão, inventei desculpas pra não sair, então as bibas marcaram a farra aqui em casa). E quando elas chegassem com as carnes o tropeiro estaria pronto - no nosso grupo, as amigas que trabalham dividem os gastos, e as que não trabalham e não têm condições de dividir os valores, comem e bebem do mesmo jeito).
Já era umas 10 e meia da manhã quando as bibas mandaram mensagem dizendo que estavam vindo. Adiantei correndo pra sair de casa antes de chegarem, senão seria difícil eu sair.
Saí e Janjão estava na porta com rapazes aqui da vizinhança mexendo na moto consertando nunca sei o quê. Avisei que ia sair.
Fui na loja e por sorte tinha o N° 46. Pedi pra embrulhar em presente. Detalhe: a vendedora mega simpática:
- Ele vai adorar. (Ela me deu essa indireta bem direta, mas com meiguice), tanto que ao invés de vergonha ou repúdio, eu fiquei feliz. Ri, agredi a ela, e confirmei:
- Vai sim. Ele viu esse tênis ontem. Não resisti e vim comprar. - Conversamos um bocadinho, ela muito espontânea e não parecia preconceituosa. Foi a primeira pessoa estranha, depois do meu supervisor, que falei abertamente sobre namorando, óbvio que não falei quem era, e só falei porque ela não conhecia a gente.
Fui chegando em casa Janjão estava com uns homens no bar bebendo (ele não fica em casa com as bibas quando eu não estou, pra eu não pensar besteiras)
Ele me gritou, eu parei.
- E esse presente aí? - Perguntou ele (ele não reconheceu a sacola da loja - o nome da loja ele não sabia ler).
Eu:
- Oxi! Toma parte da sua vida. - Fui andando.
Ele deu risada:
- Isso é pra mim. - Me acompanhou andando pra casa e gritou para os caras:
- Daqui a pouco eu volto.
Em casa as bibas estavam no quintal, algumas com seus ficantes ou namorados que trouxeram junto, e também dois rapazes aqui da rua que estavam pegando duas delas (uma delas a sobrinha de Janjão, a Edson), todos assando carne e papeando. Não deu tempo eu jogar o presente no quarto pra ninguém ver porque tava uma na cozinha pegando cerveja, mesmo assim coloquei o presente na minha cama, Janjão ficou no quarto, fui falar com o povo. A pergunta da curiosa da cozinha:
- E aquele presente, biba?
Respondi a mesma coisa que falei pra Janjão:
- Oxi bicha curiosa, não é da sua conta.
Tinha uma jarra de batida cremosa na mesa porque tem outras bibas que não gostam ou não tomam cerveja, coloquei no copo pra ir bebendo enquanto tomava banho. Me virei e Janjão apareceu na porta da cozinha com um sorriso muuuuuuito gratificante e me chamou. Me levou até o quarto, fechou a porta, segurou meu rosto pelas minhas orelhas e me deu um beijaço na boca. Vibrando de alegria, falou baixinho:
- Porra, porra, porra...! Valeu, valeu, valeu, carinha! - dando beijos no meu rosto.
(Cara de pau, ele não esperou eu entregar o presente pra eu poder fazer aquele charminho, aquela cena romântica... ele meteu mão e abriu).
Eu falei baixinho:
- Pára, pára! Cheio de gente em casa.
Ele me deu outro abraço e eu sai pra ir tomar meu banho.
Gente, senti uma felicidade tamanha por dentro com a felicidade de Janjão que não consigo explicar a sensação. E me sinto sempre assim quando faço algo que deixo ele feliz. Eu amo fazer ele feliz.
Depois do banho me juntei com a galera no quintal, Janjão não escondia a alegria, ele não ficou muito conosco, ele ia pro bar ficava com a rapaziada, vinha e ficava com a gente.
Lá pro meio da tarde, nós tudo no quintal, aparece Janjão junto da gente, ficou em pé entre eu e seu sobrinho, pegou o copo de cerveja do sobrinho e virou na boca.
...
(Todo arrumado pra sair, bermuda sarja preta, camisa verde estampada na frente, de manga curta... e o tênis no pé (qualquer coisa que compra ele usa logo). Odiei o tênis na loja, mas no pé dele, confesso, ficou ótimo; como ele tem pernas volumosas, panturrilhas e canelas grossas, o tênis ficou ótimo - mas eu não usaria, não gosto de tênis e roupas com cores fortes - nele combina, essas coisas são a cara dele porque ele é aquele tirado a "playboy". Já eu, acho que meu espírito é mais velho que o dele. Janjão sempre foi um pobre que se veste bem. Adora bermudas, regatas, tênis. Eu não curto muito que ele use esse sarja, porque o volume da rola dele fica muito acentuado... aquele pacote na frente. O jeans faz mala, mas ele disfarça mais. E por mim ele usaria roupas folgadonas, até um saco se possível, eu não gosto que ele use roupa que se ajuste ao corpo, ele é um parrudo que chama atenção por causa do seu porte; como falei antes, ele não é o homem sinônimo de beleza de rosto, apesar de ser sim bonito, mas não tem os "padrões" que a sociedade exige - magro ou corpo de academia, gato tipo galã -, apesar dos seus olhos verdes. Mas, "para mim", ele é o homem mais gato, mais belo e mais gostoso do mundo).
...
Logo as bibas safadas:
Uma:
- Huuuummm... vai pra onde assim, gente?
Outra:
- Olha como tá o boy, todo trabalhado no garotão...
Ele:
- Vou ali pegar uma nega.
Eu quase infarto e quase não deixo Janjão sair. Ele sabe que odeio que fale isso mesmo na brincadeira. Janjão foi até a porta da cozinha, puxou fechando ela, e me chamou. Fui até ele, aproveitei a pouca distância entre nós e o pessoal na mesa, e falei baixinho:
- Se tu repetir aquilo eu toco fogo nesse tênis com você dentro dele.
Janjão enfiou uma mão me abraçando pela cintura, pegou meu queixo com a outra e deu uma chupão na minha boca.
Aaaaaaff que vergonha! Fiquei sentindo uma vergonha gigantesca misturada com alegria. Fiquei ali parado estagnado enquanto ouvia vozes: "Hãããmm!", "O que!?", "Gente que babado"... e depois o grito: "êêêêhhhh..."
Janjão baixou a cabeça dando risada, abriu a porta da cozinha, entrou e saiu pela porta da rua (ele fechou a porta da cozinha porque da rua da pra ver os fundos da casa).
A bicha preta barraqueira, aquela dona do salão, se levantou e veio rápido gritando enquanto Janjão saía:
- Eeeepaaaa bonito. Vai pra onde depois dessa revelação?
Janjão montou na moto, olhou pra gente rindo, ligou a moto e foi embora. Fez a besteira dele e me largou lá sozinho pra sofrer a retaliação.
Virou o comentário do momento. Foi um pergunta-pergunta da peste... "quanto tempo tínhamos juntos", "como começou", "quem sabia", etc, etc; até sobre nosso sexo as bichas curiosas e assanhadas perguntaram (óbvio que não fui louca de responder isso, pelo menos até Janjão palhaço voltar do aniversário e me fazer virar motivo de chacota e risos😪🥺).
Outra biba puxou um brinde para o "novo casal revelado", a cereja acabou dinovo porque elas bebem igual condenadas, as que bebem juntaram-se para comprar mais cerveja e pediram pra um dos rapazes ali presente, comprar. Detalhe: ele mora na mesma rua que eu, ele estava pegando uma biba de Salvador que veio pra Feira, e o amigo dele pegava a Edson sobrinha de Janjão (esse rapaz infelizmente não está mais entre nós - se meteu em problemas). Edson ficou arrasado porque ele se apaixonou pelo rapaz, apesar dele não querer namoro sério com a biba.
Aproveitando que o rapaz se levantou pra ir comprar acerveja, chamei ele e o encontrei na cozinha:
- *Fulano, por favor, não conta pra ninguém da vizinhança sobre mim e Janjão, não quero que Janjão sofra fofoca ou discriminação por estar namorando um homossexual. Eu vou falar com *Fulano também.
Ele:
- Oxi, meu parceiro, isso só fica aqui entre nós. Mesmo que você não pedisse eu nunca ia falar porque isso é um assunto que cabe só a vocês dois falar a quem vocês quiser. Eu venho aqui sempre, "panho" amiga sua, vocês sempre foram tranquilos, "boca-de-siri", por que vou fazer isso com vocês?
Continuou ele:
- E vou falar com *Fulano agora.
Ele chamou o rapaz que Edson ficava e conversou com ele junto comigo aqui na cozinha. O rapaz levantou a mão pra segurar na minha cruzando os polegares:
- Cara, isso fica só entre nós. Você é nossa moral. E se isso vazar daqui tenha certeza que não foi nenhum de nós. E mesmo que vaze, se alguém disser alguma coisa que ofenda, é só dar ideia pra gente que nós resolvemos essa parada. Ninguém mexe com vocês, garanto.
(Não falaram com esse tom... eles usam - o outro usava - tom de rapaz de favela, muita gíria, e muito erro de português - mas nenhum preconceito quanto a isso, não me importo com o erro de português de ninguém).
A conversa nesse momento já não estava mais do meu agrado porque eu não gosto de tom de ameaça, mesmo que seja pra me proteger e mesmo sendo "fazendo média" comigo.
Naquele dia eu não contive minha felicidade. Foi uma das poucas vezes que, de tão feliz, bebi até cerveja que eu não gosto, e fiquei muito bêbado. Eu fiquei com uma vontade enooooorme de ligar pra Janjão, mas não liguei pra ele não se sentir perseguido, mas ele me ligou, e chamada de vídeo. Atendi, ele levantou a lata de Skol, mostrou o povo todo em volta, eu falei com ele mas ele fez sinal que não tava ouvindo por causa do barulho.
Mas as bibas não deixaram. Enviaram áudio pra Janjão pra vim pra cá. Como era sábado, eu acreditei que ele não vinhesse porque quando fazem festa dias de sábado geralmente é pra virar a noite. Mas umas 7 e pouca chega Janjão (para minha felicidade), que puxou uma cadeira, se sentou atrás de mim e me abraçou. Mas eu não sou igual as outras bibas, eu zelo pelo nome do homem que está comigo, digo isso porque no quintal da quarta ou quinta casa após a nossa, estava outro grupo de gente bebendo (as casas à esquerda da nossa são divididas com cerca de arame farpado, como falei antes; só não dá pra ver as portas das cozinhas porque a área coberta nos fundos todas têm parede impedindo a visão). Então falei com ele e ele colocou a cadeira entre mim e a Edson.
Aaaah, detalhe: a Edson me surpreendeu.
- Tio, não gostei. Eu praticamente fui o cupido da relação de vocês, e o senhor nem me contou. Vim descobrir assim. Não foi justo. (Os sobrinhos, mesmo bebendo juntos, ferrando, saindo, curtindo, traram ele como "tio" e "senhor").
Eu fiquei logo curioso:
- Você foi cupido? Como assim? - perguntei a Edson.
Ela respondeu:
- Quando vocês brigaram, que Tio foi embora pra casa de vovô, eu perguntei o que aconteceu e ele me contou sobre você ter pago a dívida dele e que ele se sentiu humilhado. Eu só perguntei pra ele se ele ainda não tinha sacado que a senhora tava apaixonada por ele.
(Isso explica porque a primeira vez que Janjão me beijou, ele tava seguro que eu não ia agir com rejeição. Afinal, não é porque somos gays que não vamos rejeitar homens... as pessoas têm uma visão errada sobre nós, achando que a gente pegue tudo que use calças e tenha 3 pernas).
Eu:
- Viado, e quem te disse que eu estava apaixonado por ele?
Edson:
- Oxi, gata! Eu percebi logo, mas sabe que sou um poço profundo de discrição. (Não mesmo. Ela não vale nada. kkkkk).
Essas bibas fizeram outro brinde com Janjão presente, o assunto voltou tudo dinovo, e minha alegria virou raiva (uma gostosa raiva) porque Janjão palhaço me arrasou naquele dia, o povo ria de se acabar com as palhaçadas de Janjão sobre mim, e ficamos ali na curtição.
E aquele dia rolou sexo sim, até mesmo porque misturei cerveja com coquetel de frutas, meu juízo se transformou em fogo e foi todo pro ânus, deixando meu anel em brasa. Foi a primeira vez que transei com Janjão com visitas que ficaram pra dormir. Claro que com visita - até hoje - não faço aquele escândalo igual quando estou sozinho com Janjão, mas os tapas e os gemidos não precisam ser contidos com receio de ninguém ouvir.
Gente, desculpa! Esse final digitei completo mas ficou gigante. Resolvi dividir em duas partes pra não torturar o leitor. No próximo entro de cabeça na família de Janjão.
Obrigado e ótima noite a todos nós!❤