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Bruna, com o coração aos pulos, arrumou os papéis, saiu do cofre tomando o cuidado de verificar se não deixava vestígios da existência dele e subiu para o seu quarto, onde a primeira coisa que fez foi uma chamada telefônica, dizendo de forma incisiva ao ser atendida:
-(Bruna) Renato. Precisamos conversar com urgência. Estou indo para o escritório agora. Vá para lá e me aguarde.
Sem dar chance de qualquer contestação, interrompeu a chamada e se dirigiu ao banheiro entrando sob a ducha.
Continuando ...
Capítulo 1: Mr. Gray Eminence
Renato, já acordado naquela manhã, recebeu a ligação com um sorriso sinistro no rosto. Ele pensou: "Será? Até que enfim". Pegou o telefone, andou até a sala para não acordar Elisa que ainda dormia, buscou nos contatos e iniciou uma chamada. Logo sendo atendido por Djalma:
-(Renato) Não deixem que ela saia da mansão. Chego em pouco tempo. Ela descobriu?
A voz do outro lado respondeu:
-(Djalma) Sim! Ela está há dias trancada naquela adega, dentro do cofre. Ela realmente é filha do pai dela.
Renato desligou. Foi até o banheiro, fez sua higiene matinal e tomou uma ducha. Enquanto se banhava, pensava em como seria o confronto com Bruna. Assim que decidiu sua estratégia, fechou o registro, encerrando o banho. Secou-se calmamente e voltou para o quarto. Acordou Elisa com um abraço carinhoso e um beijo na bochecha:
-(Renato) Bom dia, amor! Eu preciso me encontrar com um cliente importante. Não sei a que horas volto. Espero não demorar. Vou direto para o escritório quando terminar.
Elisa, ainda sonolenta, o abraçou mais apertado e disse manhosa:
-(Elisa) Tá bom! Almoçamos juntos?
Renato deu um beijo carinhoso na amada e antes de sair, disse:
-(Renato) Farei o possível, mas realmente não sei o quanto irei demorar.
Renato saiu, deixando Elisa preguiçosa na cama. Em poucos minutos já estava no carro, a caminho da mansão onde Bruna vivia com a mãe, as dezenas de funcionários e os vários seguranças.
Enquanto Renato atravessava a cidade, Bruna terminava o seu banho. Vestiu-se às pressas: uma saia até comportada, uma blusa tipo bata e um sapato de salto médio. Usou uma maquiagem básica, se olhou no espelho e achou que a roupa estava adequada. O salto empinava sua bunda e deixava sua postura imponente. A saia não era tão curta a ponto de parecer vulgar e nem tão comprida para ser formal. Saiu do quarto e desceu as escadas apressada. Djalma a aguardava no pavimento inferior:
-(Djalma) Sinto muito, mas a senhora não pode sair agora.
Bruna achou graça:
-(Bruna) Bom dia para você também, Djalma! Depois a gente conversa. Tenho um compromisso importante.
Djalma a segurou firme pelo braço. Não para machucá-la, só para mostrar que falava sério:
-(Djalma) Me desculpe, só estou cumprindo ordens.
Bruna puxou o braço com força, mas Djalma manteve a pegada. Ela disse:
-(Bruna) Ordens? E de quem seriam essas ordens? – Bruna desviou os olhos da mão que tocava seu braço e encarou o guarda costas fulminando-o com o olhar e depois falou sem conter a irritação de sua voz: – Além disso, você não tem licença para me tocar, me solte agora ou vai se arrepender amargamente. – Em seguida viu o homem cumprir sua ordem e percebeu que ele demonstrava mais insegurança do que hesitação.
Finalmente livre, ela saiu da mansão em direção ao seu carro que já estava com o motor ligado conforme tinha ordenado. Entrou e arrancou, ganhando a rua. Não havia rodado duzentos metros quando percebeu, pelo retrovisor, que o carro que sabia ser usado por Djalma colava em sua traseira e sorriu agradecida, muito embora tenha repreendido seu protetor para si mesma, falando baixo: “Cumprindo ordens! Depois você vai me explicar quem anda dando ordens para você, senhor Djalma!”.
Bruna estava tão irritada que saiu do carro apressada e seu segurança pessoal só a alcançou quando ela estava chegando à porta de entrada do prédio onde funciona seu escritório e o ameaçou enquanto ele abria a porta para ela:
-(Bruna) Depois quero saber que história é essa de você estar recebendo ordens de outra pessoa.
Djalma compreendeu no mesmo instante que estava em uma situação vulnerável. Sem que ele desejasse, os acontecimentos o colocaram entre duas pessoas que logo estariam se degladiando e sabia que teria que escolher um lado, porém, resolveu deixar essa decisão para mais tarde e tentou contemporizar se explicando:
-(Djalma) Por favor! A senhora vai entender em breve. Seu pai deixou instruções claras.
Bruna notou que, através do tratamento formal de Djalma, podia ser notado um grande nervosismo e isso a intrigou. Afinal, aquele homem já a tinha possuído de forma selvagem, sacana e muito, muito deliciosa e agora estava ali, tratando-a até com certa frieza, embora demonstrasse também estar implorando para ser ouvido. Ela registrou essa informação e a deslocou para outro compartimento do seu cérebro, sabendo que teria que explorar esse fato mais tarde.
O celular de Djalma recebeu uma chamada, ele o levou ao ouvido e ficou escutando sem demonstrar nenhuma emoção em seu rosto. Depois de ouvir, ele suspirou aliviado, confirmou ter entendido a mensagem e desligou o aparelho.
Ele não queria que Bruna soubesse que ele havia feito uma chamada telefônica para Renato que, depois de ser informado sobre o comportamento de Bruna de não permanecer em casa e desligar em meio a um palavrão, agora havia chamado de volta e ordenando para que Djalma a mantivesse no escritório, para onde já sabia que ela tinha se dirigido, a qualquer custo.
Sabendo que sua patroa não lhe causaria mais problema, ele estava aliviado e a acompanhou pelo elevador até o andar de seu escritório, mas não entrou no escritório junto com ela, pois nunca fazia isso, permanecendo na sala de espera.
Renato não demorou mais do que vinte minutos para chegar e foi entrando no escritório, não sem antes lançar um olhar de censura para Djalma que, sem conseguir sustentar o olhar que lhe era dirigido, baixou a cabeça para a revista que havia pegado antes e fingia grande interesse com a reportagem da página em que estava aberta.
Apesar do constrangimento por não ter conseguido cumprir a ordem de Renato, Djalma pensava sobre sua situação e já sabia de que lado ficaria. Em seu íntimo, ele se dizia: “Eu confio muito nesse Renato, só espero que essa situação não nos torne inimigos. Detestaria agir contra ele, mas faria isso sem pensar se for para proteger a Bruna”.
Renato, enquanto caminhava o curto espaço que o separava da porta que dava acesso ao escritório de Bruna, também pensava a respeito: “Não sei se a Bruna sabe que, quando abriu as pernas para esse empregado, fez dele seu mais fiel seguidor. Espero que a gente resolva tudo sem precisar ir para as vias de fatos, pois vou lamentar ter que me desfazer desse cara. Ele é muito bom”. Sem olhar para trás e também sem bater na porta, entrou no escritório na sala onde sabia que estaria tratando do seu futuro. Do seu e de toda a organização de seu falecido sogro.
Enquanto isso, em seu apartamento não muito distante dali, Elisa se levantava sabendo estar atrasada para vários de seus compromissos agendados para aquele dia. Tomou um banho rápido, vestiu o seu terninho de um tom cinza grafite, agora já com as medidas perfeitas e que lhe davam uma elegância ímpar. Não era mais aquela menina que usava roupas maiores ou menores, devido à falta de dinheiro. Hoje já era uma sócia e responsável direta do seu setor. Transformara-se em uma mulher confiante e nada mais abalava o seu moral, quer dizer, nada até aquele momento.
Tomou apenas um iogurte e partiu para o trabalho. Chegou rápido no escritório e antes de ir para a sua sala, passou para falar com Bruna. Estranhou ao ver que a secretária dela não se encontrava e Djalma, com os olhos na revista pousada em seu colo, porém, atento a tudo o que acontecia naquele andar, a impediu de entrar na sala, dizendo:
-(Djalma) Desculpe senhora, mas a doutora Bruna está em uma reunião e não pode ser incomodada.
Aquilo para Elisa era muito estranho. Primeiro porque, se havia alguém que devesse estar ali para impedir sua entrada era a secretária e, segundo, por qual motivo estaria ali o guarda costas de Bruna, que ela conhecia e sabia ser muito rara ter autorização para entrar no prédio, pois Bruna o mantinha afastado dela quando estava trabalhando, estava ali agindo daquela forma. Então perguntou:
-(Elisa) Onde está a moça que trabalha aqui?
A vontade de Elisa era pedir para que o Djalma explicasse também em que momento, exatamente, ele se transformou em secretário de Bruna e fora autorizado a decidir quem entrava ou não no escritório de Bruna. Sabia que tudo aquilo era muito estranho e isso contribuiu para aguçar a sua curiosidade sobre quem estaria fechado na sala com Bruna.
Se fosse a secretária dela a lhe barrar a entrada, concluiria que se tratava de algum cliente, agradeceria e daria meia volta. Porém, tudo ali fugia do que era usual, mas ela sabia que forçar a barra não seria a melhor forma de lidar com aquela situação e, agradecendo ao Djalma, abandonou a sala e voltou para a entrada da escada para subir para o andar seguinte, que era onde ficava sua sala.
Elisa pensou: "Estranho! Renato está atendendo fora do escritório e Bruna não quer atender ninguém. O que será que está acontecendo?". Mas Elisa confiava no noivo e também na amizade recente com Bruna. Depois de tudo o que Renato havia passado, com certeza, tudo era apenas uma coincidência.
O que Elisa não sabia é que, meia hora antes, quando Renato adentrou na sala, Bruna partiu para cima dele e começou a dar socos em seu peito e, demonstrando toda sua raiva, foi logo dizendo:
-(Bruna) Como você pôde fazer isso? Durante todo esse tempo você sabia de tudo. Eu não acredito como pude ser tão burra?
Renato a abraçou forte, não de forma sensual, somente para tentar acalmá-la e se proteger dos socos em seu peito que já começavam a doer. Bruna se debatia:
-(Bruna) Você, com essa carinha de sonso e esse jeito de homem perfeito, não passa de um pau mandado. Um verdadeiro “testa de ferro” que não hesita em cometer crimes repugnantes.
Renato se revoltou, trançou as mãos no cabelo de Bruna com força, puxando sua cabeça e deixando o rosto dela a centímetros do seu. Essa pegada forte fez Bruna sentir sua xoxota contrair de tesão. Ela pensou: "Onde esse Renato estava escondido?". Submissa àquela pegada, ela achou que fosse ser beijada. Mas Renato a afastou com força e foi incisivo em suas respostas:
-(Renato) E quem você acha que me transformou nisso? Quem foi a culpada de eu me tornar esse ser vil? Quem foi a filha da puta que destruiu a minha vida e ainda me transformou nesse criminoso?
Bruna sentiu o impacto das palavras dele. Ele não parou:
-(Renato) Por sua causa eu vi a minha vida mudar. Tive que viver nas sombras. Você acha que o seu pai me fez algum favor? Depois que você me traiu e me fez me tornar um assassino, seu pai terminou o processo, me chantageando para que eu assumisse um lugar na organização criminosa dele.
Bruna escutava aquilo boquiaberta, começando a entender todo o mal que causara a Renato. Ele começava a olhar para ela com ódio. Segurou em seu pescoço com apenas uma mão e a trouxe de volta, deixando novamente o rosto dela muito próximo ao seu. Para Bruna, aquilo era uma tortura, era o tipo de pegada que ela sempre quis que Renato tivesse, mas ele tinha outros planos:
-(Renato) Sem opções, eu tive que ceder aos desejos do sádico que era o seu pai. Você me traiu, me fez matar para lhe proteger e depois fugiu sem me dar nenhuma satisfação. Seu pai manobrou direitinho para tirar proveito da situação. Aquele homem insensível não vacilou em usar uma situação em que a vida da própria filha estava em risco. Depois você não vacilou em se misturar com aquela vigarista da Ester e fechou sua performance de biscate ninfomaníaca transando com seu próprio segurança. – Dizendo isto, Renato deixava seus lábios quase colarem aos dela.
Bruna sentia o hálito fresco dele arrepiar seu corpo inteiro, quando achava que ele iria devorá-la ali mesmo, ele novamente a empurrava. Ela tentou se defender:
-(Bruna) Se você sabia de tudo isso, por que não me procurou? Poderíamos resolver.
Renato grudou seu corpo ao dela, aquele jogo de ódio e sedução estava deixando Bruna excitada e transtornada ao mesmo tempo. Ele disse:
-(Renato) Te procurar? Você me humilhou de todas as formas imagináveis. Lembra-se daquela reunião na mansão de seus pais? Como você acha que eu saí de lá? Seu pai me fez participar daquela sessão de horrores e você não se mostrava nem um pouco arrependida. Você não liga para ninguém, usa as pessoas e depois as descarta. Você é pior do que seu pai.
Renato descolou seu corpo do dela, viu que mexia com seus sentimentos. O corpo dela respondia aos seus toques e insinuações. Bruna não sabia o que dizer. O remorso começava a apertar seu peito. Por mais que ele não acreditasse, ela o amou de todo o coração. Ela tentou dizer:
-(Bruna) Me desculpe! Eu sei o quanto o magoei, eu não sou mais assim. Você pode não acreditar, todo aquele tempo na Europa me transformou …
Renato, a interrompendo, mostrou que sabia muito mais do que ela imaginava:
-(Renato) Ah, a Europa!!! Seu tempo na Europa foi mesmo incrível. Transando por dinheiro. Argentinos, né? Envolvida com aquela Clara e o seu mau caráter que faz com que ela só pense em lucrar e que foi a putinha de luxo do seu pai e depois foi paga para ir transar com você. Como se isso não bastasse, ainda teve aquela comédia que você representou com o seu amigo da adolescência.
Bruna se sentiu muito mal ao ouvir aquilo vindo de Renato. A situação com os argentinos tinha afetado muito o seu psicológico. Ela voltou a atacar Renato, que a conteve em um giro rápido, fazendo com que ela ficasse de costas para ele. Renato a prensou contra a parede, com seus corpos grudados de tal forma que sentiu a maciez da bunda dela de encontro com seu pau, sua boca próxima ao lóbulo da orelha e depois dizendo em seu ouvido:
-(Renato) É assim que você gosta? Ser tratada como puta? - Renato lhe deu um tapa forte na bunda.
-(Bruna) Ahhhhh … - Bruna gemeu alto.
Ela tentou empinar o traseiro, buscando contato com o pau de Renato, mas ele a soltou. Ela se revoltou:
-(Bruna) Por que você está fazendo isso comigo? Fica me seduzindo e me atiçando e depois não continua?
Renato, ciente do efeito que causara, foi impiedoso:
-(Renato) Para você ver o que perdeu. Você não me merece.
Bruna, revoltada, jogou pesado:
-(Bruna) Por isso que você foi atrás de uma santinha? Acha que esse mundo que a gente escolheu não vai colocar suas garras em Elisa?
Mal acabou de dizer isso e Bruna se deu conta de que havia exagerado. Renato a olhava com uma expressão de fúria, voltou a segurá-la, dessa vez pelo pescoço e levantou a mão em uma clara demonstração do que pretendia fazer. Bruna não sentiu nenhum temor, em vez disso, ainda o provocou dizendo:
-(Bruna) Bate!!! Bate que eu gosto! Não vai ser a primeira vez, não é verdade, Gray Eminence?
Lembrando que Djalma estava na sala ao lado, Renato a soltou, empurrou com força, fazendo com que ela se sentasse de forma brusca na poltrona. Depois disse:
-(Renato) Saiba que eu não vou deixar essa organização nas suas mãos. Assim como eu, muita gente foi afetada pelas falcatruas da sua família. Com o seu pai morto, a cadeira está vaga.
Bruna tinha tomado gosto pelo poder, ela não ia abrir mão sem lutar:
-(Bruna) Meu pai me escolheu. É o meu direito.
Renato, rindo, debochou:
-(Renato) Olha só a princesinha! Está achando que isso aqui é um feudo, um reino? Que o seu direito de nascença está garantido? Vamos ver quem os membros irão apoiar: a princesa traidora, que não liga em destruir as pessoas e que acha que sabe alguma coisa ou o homem que sempre esteve ao lado deles. Tente a sorte. A maioria deles só está aqui porque foram forçados pelo seu pai, igual a mim.
Bruna começava a entender quem era de verdade o seu pai. Mesmo que tenha sido treinada por ele nos últimos meses de sua vida, muita coisa ela ainda não sabia. Ela tentou negociar:
-(Bruna) Podemos ficar juntos nisso. Você e eu. Volte para mim, Elisa não pertence ao nosso mundo. Não podemos destruir a inocência dela também.
Renato deu uma sonora risada. Olhou para Bruna com expressão divertida e foi direto:
-(Renato) Eu não posso proibir o seu convívio com ela na empresa. Mas se você se atrever a associá-la a esse mundo podre que a sua família criou e me obrigou a entrar eu juro que vou fazer você se arrepender do dia que me conheceu. Elisa é pura, honesta, ela é o que você deveria ter sido. Mas eu aprendi a lição, você me ensinou tudo o que eu não devo fazer.
Bruna via que Renato realmente amava Elisa com todo o seu coração. O mesmo amor que ele teve por ela no passado, um amor que o fez protegê-la de todas as maneiras. Até matando. Sentir aquilo, realmente a destruía. Por sua culpa, tinha perdido e transformado um homem bom naquele poço de revolta que estava a sua frente. Suas atitudes o mudaram para sempre. Não via mais em seus olhos aquele brilho da juventude do começo da faculdade. Isso era culpa dela. A única coisa que havia sobrado era o poder que o pai lhe deixou de herança. E disso ela não abriria mão. Não sem lutar.
De toda aquela conversa, o que mais lhe deixava com raiva foi a sedução e depois a rejeição de Renato. Bruna achou que aquilo não era necessário. Não se mexe com o orgulho de alguém tendo alguma coisa a perder. Bruna não tinha mais nada a se apegar, mas Renato sim. Teve uma ideia. Se ele queria lhe roubar a herança, ela iria atingi-lo no seu ponto mais fraco.
Renato olhou o relógio e depois voltou a encarar Bruna:
-(Renato) Que comecem os jogos. Aguardo o seu movimento.
Renato saiu, a deixando sozinha com seus pensamentos e maquinações. Na sala ao lado se deparou com Djalma que lhe falou:
-(Djalma) Tem certeza de que vocês vão por esse caminho? Não tem chance de um acordo?
Renato, munido da autoridade que a sua posição na organização lhe conferia, disse:
-(Renato) Nós dois sabemos muito bem de que lado você está. Fique tranquilo! Eu não sou o seu antigo patrão. Eu jamais destruiria a vida de uma pessoa por prazer. Mas, se você está tão preocupado, a convença a desistir.
Djalma sabia que uma guerra se aproximava. As coisas em breve mudariam bastante. Ele preferiu não responder. Preocupado com Bruna, foi ao seu encontro. Renato tinha outro compromisso, ele precisava dar o primeiro passo. Era hora de se preparar, blindar as pessoas que ele amava e as proteger do que o futuro reservava.
Porém, Renato sabia que Djalma, embora nunca mais tivesse transado com Bruna, tornara-se seu adorador. Ele era capaz de beijar o chão que ela pisava. Então concluiu que seria preciso escolher outra pessoa para ser seu braço direito, pois a lealdade de Djalma estaria sempre com Bruna.
Enquanto Renato subia para o andar superior em direção ao ser escritório. Djalma aguardou que Bruna fosse para a recepção e, ao vê-lo, ela perguntou:
-(Bruna) Onde está a minha secretária?
-(Djalma) Pedi para que ela ficasse em outro lugar. Deve estar na copa.
Bruna olhou para ele com os olhos fulminando. O idiota tinha dado um jeito de chamar a atenção para a sua sala. Quer dizer, pelo menos a secretária já sabia que alguma coisa tinha acontecido por lá. Por desencargo de consciência, ainda perguntou:
-(Bruna) Chegou mais alguém procurando por mim?
Djalma primeiro disse que ninguém, mas depois se corrigiu e falou sobre a entrada de Elisa e, por ordem de Bruna, repetiu o curto diálogo que tiveram. Então Bruna não se conteve e o ofendeu:
-(Bruna) Seu idiota! Tudo o que eu não precisava era chamar a atenção para o meu escritório e o que acontecia lá dentro. Quem foi que te disse para ter a liberdade de afastar minha secretária e ficar cercando você mesmo as pessoas que chegaram aqui. – Depois, procurando se acalmar um pouco, ordenou: - Sai daqui. Vai lá para fora, que é o lugar onde você fica sempre. Meu Deus do céu, onde você está com a cabeça pensando que pode agir assim?
-(Djalma) Eu só queria te proteger ...
-(Bruna) Não é esse o tipo de proteção que você é pago para me dar. Sai da minha frente.
Djalma apenas virou as costas e saiu apressado em direção aos elevadores.
Bruna sabia que precisava consolidar a lealdade de seus seguranças e sabia que Djalma era muito importante no cenário que se criara. Ele nunca deixou de desejá-la e ela pretendia jogar com isso a seu favor. Além do mais, as provocações de Renato a deixaram fervendo por dentro e ela precisava muito aliviar o desejo que a consumia. Ter sido levada ao limite por Renato, a deixou em brasa. Ela o chamou de volta, se aproximou dele, segurou o rosto dele com as duas mãos e disse:
-(Bruna) Desculpe por minha irritação. Ainda mais com você que sei ser a única pessoa confiável que me restou. – E sem aviso prévio, Bruna aproximou seu rosto do dele e o beijou.
Djalma desejava aquele beijo. Mesmo sabendo que os sentimentos dela eram motivados pelo momento, não precisava mais se preocupar com ninguém. Bruna era dona de seu destino após a morte do pai. Ele levou a mão até a bunda dela e apertou forte, a puxando para cima. Bruna enroscou as pernas nele sem parar de beijá-lo. Por mais que não houvesse sentimentos para ela, conhecia o macho viril que ele era. Precisava aliviar um pouco daquele tesão acumulado nos últimos tempos.
Suas bocas se desgrudaram e ela sugeriu:
-(Bruna) Vamos sair daqui. Eu preciso muito disso.
Djalma, eufórico, viu Bruna voltar a sua sala, pegar sua bolsa e voltar com um sorriso enigmático no rosto. Sem se tocarem, desceram pelo elevador sem sequer trocar um olhar e se dirigiram para o carro dela, cuja chave já fora entregue a ele que tomou o assento do motorista. Em seguida, ele passou a barba por fazer em seu pescoço, a arrepiando inteira e, em seguida, perguntou:
-(Djalma) Para onde, meu amor?
Bruna não gostou do tratamento, porém, aquilo poderia ser ajeitado mais tarde, no momento, só queria dar vazão ao tesão que lhe queimava as entranhas. Então disse, deixando a decisão por conta dele:
-(Djalma) Onde você quiser me levar. Só não demore.
Djalma, obediente e ansioso, dirigiu o mais rápido que o trânsito permitiu para um motel que ficava não muito longe dali e, ainda na garagem, antes mesmo de baixar o toldo que protegia a visão dos carros estacionados, puxou Bruna para si e a beijou com volúpia. Depois saiu do carro e, antes mesmo de dar a volta para abrir a porta do outro lado, ela já havia saído do carro e subia as escadas em direção a suíte, onde parou próxima a cama e aguardou Djalma vir até ela.
Os dois voltaram a se beijar. Um beijo intenso, cheio de um tesão acumulado nos dois. Bruna voltava a se transformar naquela ninfomaníaca que não sabia se controlar. Djalma conhecia esse fogo dela e sabia como conduzi-la e lhe dar o máximo de prazer. Ele colocou as mãos em seus ombros, fazendo com que ela se agachasse. Era esse o tipo de dominação que Bruna adorava e, sabendo disso, Djalma a empurrava para baixo com uma mão e com a outra, abria o zíper da calça. Os olhos de Bruna já começaram a brilhar com o jeito dominador dele.
Djalma tirou o pau que já latejava preso na cueca e o colocou para fora, esfregando a cabeça brilhante e úmida na cara de Bruna. Ela mordia os lábios de excitação e se deixava conduzir. Ele começou a bater com o pau na bochecha dela:
-(Djalma) É disso que você gosta, né? Ser tratada como puta?
Um calafrio de excitação percorreu toda a coluna de Bruna, aquelas palavras eram as mesmas de Renato. Sentiu sua buceta encharcar. Segurou firme naquele cacete cheio de veias inchadas e não perdeu tempo, logo enfiou a cabeça roxa, brilhante, na boca.
Por mais que fosse Djalma que estivesse ali, sua mente materializava Renato. Sentir a mudança nele a deixou completamente tarada pelo ex-marido novamente. Sugava aquele membro grosso de olhos fechados. Passava a língua por toda a extensão do cacete, lambia o saco e acariciava as bolas, dava sugadas estaladas na cabeça e por fim, voltava a enfiar na boca.
Djalma segurou sua cabeça e forçou a pau até sua garganta, só soltando quando ela começava a ficar sem ar. Fez esse movimento por três ou quatro vezes, até que Bruna o repreendeu:
-(Bruna) Calma, desse jeito eu me engasgo.
Ele nem deu tempo para ela pensar:
-(Djalma) Vem cá, minha putinha! Estou com uma saudade enorme de foder essa buceta.
Djalma a virou de costas e fez se apoiar na mesa. Levantou sua saia e puxou de uma vez sua calcinha para baixo. Segurou firme em sua nuca, forçando sua cabeça contra o tampo da mesa. Ela o provocou:
-(Bruna) Vai me foder com força? Enfia essa piroca gostosa de uma vez, não vê que eu estou precisando.
Djalma deu um tapa estalado em sua bunda e começou a pincelar o pau de baixo para cima, trazendo o mel de sua buceta melada para lubrificar aquele lindo cuzinho rosado. Bruna voltou a provocar:
-(Bruna) Nenhuma preliminar?
Neste momento ele se deu conta de que estava sendo um animal. Mesmo sabendo que ela gostava de ser tratada como uma puta, ele adorava sentir o sabor de seu sexo. Ajoelhou-se e deu uma linguada profunda naquela bucetinha linda. Bruna sentiu o impacto do tempo sem sexo:
-(Bruna) Filho da puta … delícia … ahhhhh … me chupa, safado …
Djalma a virou e a colocou sentada na mesa. Empurrou seu corpo, fazendo com que ela se deitasse e novamente voltou a chupá-la. Os movimentos de sua língua eram precisos e arrancavam suspiros desesperados de Bruna:
-(Bruna) Ah, caralho! Ahhhhh … isso … que tesão … ahhhhh …
Ele chupava com uma vontade e um desejo enormes, passando a língua delicadamente pelo grelo e dando leves mordidinhas nos grandes lábios. Ela gemia e ofegava, entregue as carícias daquela boca experiente. O tempo que passou se aliviando com os vibradores, estava sendo descarregado todo ali. Por mais que gozasse com seus brinquedos, nada supera o contato humano:
-(Bruna) Agora, assim … Ahhhhh … vou gozar … não para … Ahhhhhhhhhhhh …
Os sucos vaginais escorriam e lambuzavam o rosto de Djalma, mas ele não queria dar tempo a ela. Enquanto a puxava para um beijo, dividindo aquele mel delicioso com ela, já se colocou entre suas pernas e foi apontando a rola na entrada de sua xoxota. Bruna se posicionou mais beira da cama onde fora jogada pelo seu amante, melhorando o ângulo da penetração. A lubrificação intensa pós-gozo, fez com que o pau deslizasse fácil para dentro dela. Ele começou a estocar com virilidade e rapidez, fazendo o corpo de Bruna estremecer com as estocadas:
-(Bruna) Filho da puta gostoso … ahhhhh ...
Ele tentava penetrar o mais fundo que conseguia. Ela sempre o provocava:
-(Bruna) Mete forte ... Issoooooooo ... Hummm ...
Djalma praticamente arrancou a blusa dela, liberando os lindos seios e abocanhando com força, mordiscando de leve os biquinhos entumecidos. Ela gemia cada vez mais alto:
-(Bruna) Soca, seu puto ... Ahhhhh ... Vou gozar de novo ... Hummm ...
As mãos fortes do segurança a pegaram pelo pescoço, do mesmo jeito que Renato havia feito e quando ele sentiu os espasmos no corpo dela, começou a apertar. Bruna novamente fechou os olhos e gozou como uma louca, imaginando que era Renato, entendendo que ele ainda era o grande amor da sua vida:
-(Bruna) Fode, meu amor! Tô gozando ... Hummm ... Ahhhhhhhhhhhh ...
Ao ouvir as palavras "meu amor'', Djalma foi tomado por um tesão incontrolável. Era apaixonado pela patroa e faria qualquer coisa por ela. Não conseguiu mais segurar:
-(Djalma) Minha putinha gostosa ... Ahhhhh ... Você também é o meu amor …
Mesmo ainda entorpecida pelo orgasmo, Bruna se deu conta do que tinha feito com Djalma. Estava cansada de magoar as pessoas, mas agora não podia voltar atrás e nem se explicar. Ele era seu único aliado fiel contra as futuras investidas de Renato. Com jeito e com calma, aos poucos, iria mostrando a ele que acabou se excedendo.
Após os dois se recuperarem, levou Djalma para tomar banho com ela. Ele ainda a fodeu gostoso debaixo d'água e ela gozou uma terceira vez na cama, com Djalma fodendo seu cu.
Por mais que não fosse o correto a se fazer, precisava ser bem comida e confiava em Djalma. Estava profundamente abalada por suas descobertas e pela forma como Renato havia se revelado. Até agora não acreditava que ele era tão importante na organização de seu pai, o todo poderoso Gray Eminence. Enquanto era acariciada por Djalma, perguntou:
-(Bruna) Ele é mesmo tão forte na organização? Ele tem o apoio necessário para me destituir e ir contra a vontade do meu pai.
Djalma se recostou na cabeceira da cama e pensou por alguns instantes. Por fim, ele disse:
-(Djalma) Seu pai criou esse jogo macabro para testar o Renato. Não podemos menosprezar a influência do seu ex-marido. Mesmo com o seu pai vivo, ele sempre foi um rebelde. Sempre tentou articular uma forma de se ver livre das garras dele.
Bruna queria mais informação:
-(Bruna) Vocês sabiam o que eu fazia o tempo todo?
Ele não tinha por que mentir:
-(Djalma) Isso tudo eram ordens do seu pai. Eu tentei mudar algumas coisas com a morte dele, mas eu fui voto vencido. Eu sou apenas o seu protetor, sempre fui. Seu pai separava muito bem as coisas.
Bruna tinha um último pedido:
-(Bruna) O que você me aconselha a fazer?
Djalma foi direto:
-(Djalma) Usar a sua vantagem. Ele pode ter a maioria dos membros, mas você tem o dinheiro. Compre apoio, suborne pessoas, seduza, diminua a influência dele …
Ela começava a entender o grande aliado que tinha. Djalma era um profundo conhecedor daquele mundo. Ela pediu:
-(Bruna) Quer ser o meu braço direito? Quer comandar meu pessoal caso seja haja realmente uma guerra?
Djalma respondeu apenas com um sorriso cúmplice. Bruna deu um último beijo nele e se levantou, se encaminhando novamente para o banheiro. Precisava voltar ao escritório e mostrar a Renato que ela não iria abrir mão do que achava ser seu. Ela deu sua primeira ordem a Djalma:
-(Bruna) Reestruture nossa equipe. Dispense qualquer um que você tenha dúvida sobre a lealdade e contrate outros. Escolha entre os melhores. Você tem carta branca para agir. Hoje mesmo eu farei uma transferência para você começar a nos fortalecer. Por enquanto, eu tenho uma amiga para visitar.
Continua …