O que é o Amor! (4a Temporada - CAPÍTULO 02) - Rancores do Passado

Um conto erótico de IDA (Autorizada por Nassau)
Categoria: Heterossexual
Contém 6707 palavras
Data: 16/12/2022 21:04:19
Última revisão: 20/12/2022 11:36:12

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-(Bruna) O que você me aconselha a fazer?

Djalma foi direto:

-(Djalma) Usar a sua vantagem. Ele pode ter a maioria dos membros, mas você tem o dinheiro. Compre apoio, suborne pessoas, seduza, diminua a influência dele …

Ela começava a entender o grande aliado que tinha. Djalma era um profundo conhecedor daquele mundo. Ela pediu:

-(Bruna) Quer ser o meu braço direito? Quer comandar meu pessoal caso seja haja realmente uma guerra?

Djalma respondeu apenas com um sorriso cúmplices. Bruna deu um último beijo nele e se levantou, se encaminhando novamente para o banheiro. Precisava voltar ao escritório e mostrar a Renato que ela não iria abrir mão do que achava ser seu. Ela deu sua primeira ordem a Djalma:

-(Bruna) Reestruture nossa equipe. Dispense qualquer um que você tenha dúvida sobre a lealdade e contrate outros. Escolha entre os melhores. Você tem carta branca para agir. Hoje mesmo eu farei uma transferência para você começar a nos fortalecer. Por enquanto, eu tenho uma amiga para visitar.

Continua …

Capítulo 2: Rancores do Passado

A verdade fora revelada e o Gray Eminence já tinha uma identidade: Renato. Com isso, as cartas estavam na mesa e os adversários conscientes de que o jogo começara. Cada movimento, cada gesto a partir de então tinha um objetivo ou um significado que seria depois acrescentado na contenda. O mais importante e que era do conhecimento dos jogadores é que eles se conheciam muito além do que se pode imaginar.

Foram anos e mais anos convivendo juntos. Dormiram e acordaram, transaram, fuderam, traíram ou foram traídos e o mais simples gesto de um podia ter um significado que só o outro sabia qual seria. Afinal, ninguém tem um convívio de tantos anos e permanece impune, pois o preço que se paga para isso é se desnudar de corpo e alma para o outro.

Isso poderia tornar o combate mais duro? Ou talvez mais interessante? Isso sempre vai depender da forma como o lutador vê o jogo. Se ele o faz por diversão, pode ser divertido, porém, ali, o significado ia muito além. Nem Renato, tampouco Bruna, entrariam nesse combate se dependesse apenas da vontade deles. Entretanto, a sombra de Antônio, o grande idealizador daquela organização criminosa pairava sobre os dois e nenhum deles tinha como perguntar a ele qual seria sua vontade e assim, se enfrentariam por aquilo que acreditavam e usariam as armas que estivessem ao alcance de suas mãos.

Havia uma coisa, porém, que ambos ainda não tinham se dado conta. Em meio àquela luta sempre haveria pessoas inocentes que, mesmo sem ter sequer conhecimento do que se passava, seriam atingidas de uma forma ou de outra e pagariam o preço por algo que não deviam.

E a principal pessoa, a que qualquer um dos dois contendores faria de tudo para proteger, se pudesse antever essa situação, era a doce e meiga Elisa. Dona do amor de Renato e de uma admiração cada vez mais crescente por parte de Bruna, naquele exato momento, a jovem advogada lutava por um desagradável sentimento que lhe corroía a alma. Para ela, a saída, quase de madrugada do Renato de casa dizendo que tinha um encontro com um cliente e depois a coincidência de ter se deparado com uma estranha reunião de Bruna, a deixara desconfiada.

Elisa estava em pé ao lado da porta que dava acesso à sua sala com as costas apoiada na parede e olhando com atenção para o movimento das pessoas que entravam e saíam dos elevadores quando viu um movimento na porta que dava acesso às escadas e se virou a tempo de ver Renato saindo da porta e ganhando o corredor.

A dor provocada pela desconfiança que a incomodava se intensificou ao ter a certeza. Renato mentira para ela e não estava com nenhum cliente. Na verdade, ele estava fechado na sala de Bruna, provavelmente na companhia dela e apenas os dois, com o segurança de Bruna que raramente tinha permissão de entrar naquele prédio sentado na sala para impedir que os dois fossem incomodados. Com uma pontada no coração, ela pensou: "Renato mentiu! Ele estava com Bruna! Será que eles estão me enganando?".

Edna, que observava a aflição de Elisa percebeu o semblante preocupado da mesma e aguardou para ver qual seria a reação de Renato, ficando muito decepcionada ao ver que ele agiu como se Elisa fosse transparente, andando rapidamente em direção à sua própria sala. Com um aceno de reprovação da cabeça, Edna se virou e entrou em sua sala, prometendo para ela mesma, ter uma conversa séria com Bruna e Renato.

Elisa a princípio ficou estática. Para ela, a reação de Renato era uma confissão de culpa. Porém, logo tomou uma decisão e andou atrás dele até chegar à sala onde entrou sem ser anunciada e foi dizendo quando percebeu que sua presença fora notada:

-(Elisa) Reunião com um cliente, não é? E então, foi rápida e produtiva a reunião?

Renato a encarou enquanto sua mente trabalhava febrilmente tentando escolher o que dizer. Ele sabia que sua próxima frase seria decisiva no seu relacionamento com Elisa que nunca tivera uma chance de se sentir enciumada. Entretanto, a expressão triste de sua noiva e o sentimento de culpa por ter mentido para ela tomou posse dele que resolveu não apresentar uma justificativa. Em vez disso, apenas perguntou:

-(Renato) Como foi que você descobriu onde eu estava?

Elisa fazia um esforço tremendo para não deixar que sua amargura lhe dominasse, pois sabia que, se acontecesse isso, a única coisa que conseguiria fazer era chorar. Quer dizer, talvez entre as lágrimas ela ainda encontrasse forças para atirar algum objeto em Renato, mas com certeza se desmancharia em pranto. Então, com a voz embargada, explicou:

-(Elisa) Eu fiquei desconfiada no momento em que você disse que teria uma reunião com um cliente, logo cedo. É muito raro você marcar reunião quase de madrugada, não importa o cliente. Na verdade, eu nunca vi isto acontecer. Quando cheguei, desci até a sala de Bruna e lá o leão de chácara dela não me deixou entrar na sala. Tudo isso para mim era suspeito. Mas, certeza mesmo, só tive quando você saiu pela porta de acesso às escadas com uma cara de culpado. É isso aí querido. Eu tive certeza de onde você estava porque você praticamente me revelou isso e, pior ainda, revelou de uma forma que deixa claro, estava fazendo algo errado. Se você se olhasse no espelho agora, veria que está com uma cara de quem foi pego com o pau na mão batendo punheta no banheiro feminino.

Era muito raro Elisa usar termos como aquele ou fazer uma acusação tão direta e isso, por si só, já era um aviso de que era melhor não forçar a barra. Então, deu a volta na mesa e tentou se aproximar de sua noiva que o impediu, dizendo apenas:

-(Elisa) No horário do almoço, encontre-me naquele restaurante italiano próximo daqui, estarei te esperando.

Mesmo antes de acabar de dizer essa frase, Elisa já havia dado as costas ao seu noivo e se retirou do escritório dele.

-(Renato) Está bem. Estarei lá.

Depois que Elisa deixou se escritório, Renato ficou sentado imóvel, com o olhar fixo na parede. Mas, naquele momento, ele tinha uma preocupação maior para tratar. Ele precisava urgente de alguém para comandar seus homens na batalha que se aproximava e tinha que ser alguém acostumado com situações daquele tipo. Sabia o quanto Djalma era eficiente e também que a pessoa que ele escolhesse seria o seu general daquela batalha, e que teria que vencê-lo. Passou uma grande parte da manhã procurando por um nome até que lhe ocorreu um que poderia servir. Pegou o telefone, discou um número e aguardou. Quando foi atendido, falou:

-(Renato) Gostaria de falar com o Policial Ademir.

Ouviu um resmungo e uma voz quase gritando: “Doutor Ademir. Telefone na linha dois”. Aguardou por um curto espaço de tempo e ouviu o clique de outro telefone sendo tirado do gancho e uma voz que há algum tempo não ouvia:

-(Ademir) Pois não?

-(Renato) Ademir? – Ouve um silêncio e ele se corrigiu ele logo se corrigiu: - “Doutor” Ademir?

-(Ademir) Sim, sou eu. Quem está falando? – A voz no outro lado da linha era ríspida e demonstrava a irritação normal nas pessoas que foram interrompidas durante alguma atividade importante.

-(Renato) “Doutor” Ademir, aqui quem fala é Renato.

A relação entre Renato e Ademir já vinha desde o episódio do sequestro de Bruna. Sendo um policial experiente, Ademir foi muito importante para que o desenlace daquele episódio tivesse um final feliz, afinal, Bruna foi salva e o tio de Renato acabou morto. Infelizmente, também ocorreu a morte de Aline, mas isso foi considerado como um efeito colateral pela maioria.

Depois daquele incidente, surgiu um laço de amizade entre os dois e, em muitas ocasiões, Renato recorreu ao Ademir quando precisou se livrar de algumas consequências indesejadas em virtude das atividades que lhe foram impostas pela organização de Antônio. Também, não foram raras as vezes em que Renato foi avisado sobre alguma vigilância que estava sendo feita pela polícia e, com esse aviso, livrar-se de um flagrante.

Renato era conhecedor da competência de Ademir e confiava que podia contar com a lealdade dele, mesmo porque, essa lealdade era regiamente paga por ele. Por esses motivos, estava convencido de que, se conseguisse convencer Ademir a trabalhar para ele, teria ao seu lado um aliado muito importante.

-(Ademir) Ah sim! Como vai Renato? Algum problema?

Aquela conversa de reconhecimento durou pouco. Renato não tinha tempo e Ademir era uma pessoa direta. Logo Renato informou que precisava de uma pessoa, dando detalhes superficiais. O interesse do policial foi às alturas quando foi informado da possibilidade de ganhos muito além do que um policial ganha na profissão e logo marcaram um encontro para aquele final de tarde.

Por iniciativa de Ademir, eles marcaram de se encontrar em uma via movimentada onde permaneceriam dentro do carro dele. Renato na hora se deu conta que aquele homem jamais falaria algo comprometedor dentro de outro veículo que não o dele, temendo ser gravado. Da mesma forma, era certeza de que a conversa que tivessem seria gravada, porém, não havia tempo para evitar esses detalhes e aceitou.

Enquanto Renato usava seu escritório para programar e coordenar suas ações futuras, Edna que presenciara todo o acontecido e já sabendo que Bruna e Renato haviam tido uma reunião privada, chamou sua sócia para uma conversa, fazendo questão de chamar também Elisa. Logo depois de Bruna lhe garantir que não estava tendo nenhum envolvimento com seu ex-marido e depois de explicar para a noiva de Renato que era uma reunião para tratar de assuntos referentes a herança, ouviram a garota reclamar:

-(Elisa) O problema nessas coisas é que você pode falar o que quiser e eu posso acreditar ou não. Então fica difícil. – As duas ficaram caladas fazendo com que Elisa, depois de uma breve pausa, continuasse: - Sei que não tenho nada a ver com os problemas envolvendo sua herança, Bruna, mas também não acho que esse assunto seja tão sigiloso assim que ele não possa ter me avisado antes do que se tratava.

-(Bruna) Calma, Elisa! Meu pai faleceu pouco tempo após o divórcio e em algumas situações ainda consta que eu e Renato somos casados. Estou tendo muitos problemas com a burocracia e nessas horas preciso que ele esteja presente. – Falou sob o olhar desconfiado de Elisa, continuou: - Se eu ainda quisesse o Renato, não daria a ele um divórcio amigável. Nosso tempo já passou, eu não tenho motivos para mentir.

Edna, aliviada com a postura de Bruna, a apoiou dizendo:

-(Edna) Bruna tem razão, Elisa! Procure conversar com o Renato. Tenho certeza de que ele terá uma explicação razoável.

Elisa se acalmou e buscou refúgio em sua sala. Edna e Bruna também foram cuidar de seus afazeres. O dia estava agitado e cheio de clientes a serem atendidos, processos a serem analisados, mas Elisa não estava a fim de esperar. Já era quase meio-dia quando ela pegou o celular e ligou para Renato impaciente. Logo foi atendida:

-(Renato) Oi, meu amor! Já estou a me livrando da papelada aqui. Quer ir almoçar agora?

-(Elisa) Estou descendo já. Te espero lá no restaurante.

Renato concordou com a noiva, mas quando desceu até a rua não se dirigiu diretamente ao restaurante. Antes disso, foi até um veículo parado na rua, do lado oposto ao do prédio onde funcionava seu escritório. Ao se aproximar, a porta traseira foi aberta e ele entrou encarando os dois homens e logo deu ordem para o que estava sentado atrás do volante para não colocar o carro em funcionamento, informando que não iria sair. Trocaram meia dúzia de palavras, com Renato informando aos seus seguranças que iria ao encontro de um conhecido naquela tarde e que queria os dois com ele. Depois de interrogar aos dois sob algumas informações que havia pedido se preparou para abandonar o veículo. Antes, porém, ordenou:

-(Renato) Vocês têm as suas ordens. Eu quero todas as células leais à Bruna destruídas nas próximas vinte e quatro horas. Não podemos permitir que ela continue o legado do pai.

Renato não falou diretamente para eles, mas pensou: “Meus homens infiltrados na mansão destruirão todas as provas que ele mantinha guardadas. O momento da nossa liberdade está próximo”.

Depois disso, saiu do carro e caminhou em direção ao restaurante. Renato não sabia o que pensar. O tratamento seco de Elisa telefone o deixou apreensivo. Entrou no restaurante tentando parecer calmo e avistou Elisa sentada de cabeça baixa em uma mesa na lateral esquerda da casa. Aproximou-se e ela o encarou. Ele sorriu, mas Elisa pareceu realmente triste com alguma coisa. Assim que ele se sentou e pegou em suas mãos, sorrindo para ela em uma tentativa de parecer calmo. A reação dela foi de aceitação o que o deixou mais tranquilo. Então, perguntou:

-(Renato) O que aconteceu? Você parecia triste ao telefone.

Elisa, sabendo que precisava parecer tranquila, respondeu:

-(Elisa) Nada! Alguns problemas no escritório. Erros em processos … O de sempre. – Em seguida, resolveu fazer uma sondagem. – E então? Resolveu o problema de herança?

Bingo. Além de Renato não estar ciente da conversa entre Elisa, Edna e Bruna, Bruna e Renato não se preocuparam em montarem uma história para justificar a reunião isolada que tiveram. Então ele disse sem esconder sua surpresa:

-(Renato) Herança? Herança de quem?

Elisa olhou para o noivo sem ocultar sua decepção. Afinal, ela deu uma oportunidade para seu noivo confirmar uma história e o que conseguiu mesmo foi confirmar que Bruna lhe mentira, assim como Renato também não estava sendo verdadeiro com ela, pois qualquer que seja o assunto que trataram quando estiveram juntos pela manhã, era evidente que ela não fazia parte daquilo e isso a deixou muito magoada.

Ainda tentando controlar a situação Renato disse:

(Renato) Deve ser simples, mas eu terei que encontrá-lo sempre, pois ele não poderá vir ao escritório.

Elisa se sentia totalmente arrasada. Nova mentira! E não tinha como entender que ambos estavam mentindo. Mesmo assim, ainda tentou mais uma vez e comentou:

-(Elisa) Estranho porque Bruna disse que vocês estavam juntos nessa manhã e, segundo ela, estavam tratando de assuntos referentes à herança dela.

Pela reação dele e a forma como a olhou, demonstrando não saber o que dizer, ela sentiu que não seria ele a lhe contar a verdade. Elisa se levantou e abandonou o restaurante deixando Renato sozinho. Ele foi atrás dela, a alcançado já quando estavam fora do recinto:

-(Renato) Elisa, espera! Eu posso explicar.

Ela apenas o encarou, esperando uma resposta honesta. Ele tentou:

-(Renato) Eu preciso que você confie em mim. Existe uma parte da minha vida que eu ainda estou resolvendo e eu não quero que você tenha contato com esse lado. Por favor! Confie em mim. Eu prometo que no momento adequado, você será a primeira a saber.

Por mais que ela quisesse acreditar, a mentira a tinha machucado profundamente. Como poderia se casar com uma pessoa que mentia para ela. Na sua cabeça, após os traumas do passado, era difícil confiar. Ela disse:

-(Elisa) Eu preciso pensar. Você não deveria ter mentido. Eu estou muito decepcionada com você. Por favor, não venha atrás de mim.

Renato entendia a decepção e a frustração de Elisa. Neste mesmo instante veio a lembrança do que tinha acontecido entre ele e Bruna quanto do envolvimento dela com Ester, mãe de Aline. Bruna havia mentido e isto o decepcionara. Juntando esta decepção com a pressão que era exercida pelo pai dela para executar atividades que ele considerava ilícitas, acabou extrapolando e acusando-a de traição, e sabia que não tinha provas dessa traição e agira injustamente. Inclusive, cometeu o erro de mencionar a traição dela com seu tio, algo que nunca tinha acontecido em todos os anos que estavam casados.

Mas entendeu que, tudo o que estava fazendo, era para o bem dela e das pessoas que amava. Deixou que Elisa se fosse, mas precisava agora correr contra o tempo. Não conseguiria ficar tanto tempo afastado da amada. Voltou ao escritório e encontrou Edna e Bruna conversando animadas na copa. O olhar de reprovação que a ex lhe lançava o deixou irritado:

-(Renato) O que foi?

Bruna já tinha problemas demais e não queria que aquela situação ruim entre os dois se instalasse também no escritório, mas não resistiu a provocá-lo:

-(Bruna) Tudo isso podia ser evitado. Você não precisava se transformar no que mais repudia.

Edna não estava entendendo nada. Mas Renato não se importou com a presença dela e devolveu a provocação:

-(Renato) E a culpa de tudo isso é de quem?

Bruna sentiu todo o rancor na fala dele.

Achando que era hora de interferir, Edna tentou mudar o assunto. Não entendia o que estava acontecendo. Bruna e Renato vinham se dando bem nas últimas semanas. Ela disse:

-(Edna) Cadê a Elisa? Ela não foi almoçar com você?

Renato não queria falar sobre o que havia acontecido entre os dois:

-(Renato) Não acho que ela volte hoje. Nós acabamos nos desentendendo. Até achei que ela estava aqui.

Edna foi direta:

-(Edna) Renato, o que você aprontou?

Bruna respondeu por ele:

-(Bruna) Ele mentiu! Disse à Elisa que saiu para encontrar um cliente, mas estava comigo resolvendo algumas situações da herança do meu pai.

Aquela desculpa não foi bem aceita por Edna. Ela encarava os dois:

-(Edna) Se eu souber que vocês estão aprontando para cima da Elisa, eu nem sei o que eu sou capaz de fazer.

Bruna e Renato se olharam preocupados. Edna era mais importante para eles do que qualquer desentendimento que pudessem criar em sua luta por poder. Renato preferiu encerrar a conversa e buscou refúgio em sua sala. Sobrou para Bruna ouvir o sermão da amiga e conselheira:

-(Edna) Você não me engana. Sei que ainda existe sentimento em você. Estamos nessa há quase dez anos. Por favor, reavaliem as atitudes de vocês, Elisa já sofreu demais e não merece ser enganada.

Bruna a abraçou e foi honesta, mas apenas em parte, pois continuou mantendo a mentira de estarem resolvendo problemas relativos à herança dela:

-(Bruna) Eu prometo a você que não aconteceu nada entre nós dois. Eu disse a verdade à Elisa. Estávamos resolvendo burocracias sobre a herança. Só isso!

Edna não tinha motivos para duvidar e decidiu encerrar aquela conversa.

O resto do dia foi corrido e passou rápido. Bruna foi para casa e resolveu descansar. Precisava criar estratégias e se preparar para as investidas de Renato. Ele também foi para casa, mas ficou muito abalado por não encontrar Elisa. Pelo menos, suas roupas ainda estavam no closet.

Depois de confirmar que Elisa não o abandonara, Renato foi ao encontro de Ademir e, apesar do risco envolvido, foi direto com ele, revelando a existência da organização e seu papel dentro dela e depois lhe ofereceu a oportunidade de comandar seus homens na luta que se aproximava. Ademir era conhecido como policial corrupto e já atuara muitas vezes em defesa dos interesses do pai de Bruna, portanto, a parte da existência da organização não foi, para ele, nenhuma surpresa.

Quanto ao Renato ser uma figura importante dentro da organização e agora estar lutando pelo controle da mesma não lhe dizia respeito. Então, sob algumas condições que ele apresentou e foram aceitas, concordou em deixar a polícia e passar definitivamente para o lado do crime.

Entre as exigências feitas por Ademir à Renato, uma lhe incomodava muito. Ele deixou claro que não aceitaria veto de nenhum tipo quando precisasse agir, independente de quem poderia ser atingido por sua ação. Renato sabia que isso colocava em risco até mesmo Bruna, porém, ele estava em uma posição difícil e não houve outro caminho senão o de aceitar.

Com o acordo fechado, Renato deu alguns telefonemas passando instruções e em seguida convocou os principais membros de seu grupo e os apresentou ao Ademir, informando a eles que seria ele o responsável pelas operações daquele momento em diante e que deveria ser obedecido. Depois dessas providências, arrasado emocionalmente pelo dia que tivera, pois não lhe agradava confrontar Bruna e muito menos magoar Elisa, ele voltou para seu apartamento e Elisa ainda não havia aparecido. Controlou o impulso de sair atrás dela e permaneceu em casa sozinho.

Durante a noite, sozinho, lhe vieram lembranças de seu passado.

...

Quando houve a traição de Bruna com seu tio o assunto ficou restrito apenas a eles dois. Tanto ele quanto Bruna não contaram nada para ninguém. Apenas a Aline, algum tempo depois, ficou a par do que havia acontecido na casa da praia. Por outro lado, quando ocorreu o sequestro, todos ficaram cientes e ele foi chamado para ir falar com os pais dela.

A lembrança era nítida. Ele acabara de estacionar o carro próximo à delegacia encarregada da investigação, pois desejava falar com o investigador e saber se havia novidades, quando um homem alto e musculoso se aproximou dele e, sem se identificar, apenas confirmou ser ele o Renato e depois ordenou que ele o acompanhasse. O homem foi tão incisivo que ele soube na hora que, caso não obedecesse, seria dominado e obrigado a ir mesmo assim, ou talvez acontecesse algo pior. Então o seguiu e foi enfiado em uma caminhonete cabine dupla prata, não demorando a perceber que seu destino era a casa de Bruna e isso o acalmou.

Na época, um fato não lhe chamou a atenção, mas agora o enchia de certezas de que o pai de Bruna, ao recebê-lo, não demonstrou a menor preocupação quanto ao destino de Bruna, parecendo até que sabia que, em momento algum, sua filha corria perigo de morte. Depois veio um pedido para que ele acompanhasse os trabalhos dos policiais e mantivesse a família informada sobre todos os aspectos da investigação e, acompanhava esse pedido a oferta de proteção total com Renato podendo dispor de quantos homens quisesse para sua própria segurança. Ele aceitou a companhia de dois guardas costas, mas recusou a arma que lhe foi oferecida. E agora lhe assaltava mais uma dúvida: “Por que, não receando pela vida da filha, aquele homem lhe oferecera segurança e depois uma arma”.

A resposta que lhe ocorria, tanto tempo depois, é que o pai de Bruna já havia decidido que seu tio seria executado no decorrer daquele episódio. Para o poderoso senhor Antônio, a afronta feita contra sua família não podia ficar sem uma resposta que mostrasse a todos que aquela era uma família que não deveria ser ameaçada. Mas, pensando melhor ainda, podia ser muito mais que isso. O seu tio vivia envolvido em atividades ilícitas e concluir que o mesmo havia, em algum momento, cruzado o caminho do pai de sua namorada e aquele episódio servira para um acerto de contas.

Ao chegar a essa conclusão, pois só agora ocorreu a Renato essa possibilidade, percebeu que aquele era um aspecto da questão que tinha que ser levado em conta em um reexame de toda aquela situação e ele decidiu que se aprofundaria nesse assunto.

Ainda na conversa com Antônio, Renato, que com a ajuda do avô, havia começado a trabalhar em um pequeno escritório de advocacia, lhe contou que, depois da morte do seu tio, ele começou a ter problemas na família que não lhe dava sossego com suas acusações e a insistência de seus pais era tanta em lhe importunar que isso estava afetando seu desempenho no emprego.

Para complicar, o dono do escritório que trabalhava havia tido contatos profissionais com seu tio. Sua mãe se aproveitou disso para se aproximar dele para fazer campanha contra o filho. Cansado de ficar dando explicações e detalhes de um assunto que queria esquecer, decidiu que o melhor mesmo seria sair da empresa e procurar por outro emprego. O dinheiro estava curto e ele não queria usar o que o avô lhe destinara.

Mais uma vez ele foi surpreendido por Antônio que, demonstrando ser conhecedor de seus problemas, se ofereceu para ajudá-lo. Foi nessa ocasião que ele percebeu que estava no radar de seu futuro sogro e que havia alguma coisa a mais nas atividades daquele senhor. Resolveu então se aprofundar naquele assunto e manifestou o interesse de trabalhar para ele que prontamente o acolheu, enviando-o para um escritório que cuidava de seus interesses jurídicos.

Não demorou para que Renato percebesse que suas novas funções eram a de pesquisar o mercado para encontrar empresas em dificuldades financeiras. Identificada uma empresa nessas condições, ela era analisada por um grupo de peritos para verificar se havia condições de levantar a empresa recolocando-a no mercado de negócios.

Muito inteligente, Renato descobriu uma forma de identificar essas empresas sem nenhum esforço. Meio que por acaso, ele percebeu que a maioria das empresas com dificuldades financeiras operavam com companhias de Factoring em vez de Bancos regulares, pagando um juro maior. Isso ocorria por terem problemas de protestos o que as impediam de ter acesso a créditos através dos bancos regulares. Essa ideia deu tão certo que o número de pessoas necessárias a trabalhar nessas pesquisas foi reduzido pela metade.

Entretanto, Antônio viu nessa situação um novo filão de ouro e resolveu explorar ele mesmo uma empresa de Factoring. Assim, identificaram uma que havia sido prejudicada pelo desaparecimento de um empresário lhe causando um prejuízo enorme e resolveu investir nela. O acordo foi fácil, principalmente porque ficou acertado que o antigo dono da Factoring continuaria aparecendo como seu único proprietário enquanto Renato, agora promovido à nova função, agiria nos bastidores, sendo o verdadeiro responsável pelos empréstimos a novos clientes.

Desses clientes, os que eram considerados promissores, logo eram assediados por pessoas enviadas por Antônio que, primeiro faziam uma oferta e, caso essa fosse recusada, passavam a recorrer a métodos nada ortodoxos para obrigar o proprietário a ceder.

A ideia funcionava tão bem que, mesmo depois de ter aberto o próprio escritório, Renato continuava a trabalhar para o sogro. Quando ele soube que muitas vezes as conquistas de novas empresas eram feitas através de ameaças, havendo alguns casos em que o proprietário simplesmente desaparecera e o negócio foi concretizado com os herdeiros do mesmo, Renato percebeu o que realmente acontecia e tentou se retirar dessas atividades, porém, já estava atolado até o pescoço e foi convencido que não seria uma boa ideia abandonar o barco. Inclusive com o uso das imagens do assassinato do tio no episódio de sequestro da Bruna.

Essa era a forma de Antônio agir. Considerado um cavalheiro na sociedade e uma pessoa que prestava apoio financeiro a várias entidades de caridade, nos bastidores era implacável e não dava nenhuma margem de manobra aos seus oponentes e, quando seus argumentos não eram suficientes para convencer àqueles que se negavam a atendê-lo, soltava seus cães de caça que, na calada da noite, tinham sua benção para ameaçar e até mesmo assassinar caso as ameaças não fossem suficientes.

Antônio era impressionante em seu modo de conduzir a vida. Ele jamais pronunciava uma ameaça e foram raras as vezes em que alguém o viu irritado. Sempre calmo, com fala mansa, ele ia convencendo as pessoas a darem a ele o que queria. Ele era tão seguro de seu poder que, na maioria das vezes, essas pessoas cediam a ele e ainda se sentiam felizes por isso.

Sua única fraqueza era o sexo. Quando ele se interessava por uma mulher, agia da mesma forma. Ele adorava quando via uma mulher a quem desejava se entregar com volúpia aos seus desejos safados e ainda sair dizendo que havia adorado. E elas não mentiam, pois normalmente voltavam querendo mais. Porém, quando havia resistência a isso, ele jogava pesado até conseguir seu objetivo. Um dos exemplos dessa sua atitude foi Clara. Para conseguir tirar a virgindade dela quando era novinha, não relutou em usar sua esposa Sylvia e até mesmo a mãe dela que, ameaçada de ficar na completa miséria, acabou por ajudar a convencer à filha de que se entregar àquele senhor era a coisa certa a fazer.

Houve também um episódio, esse presenciado por Renato que demorou a entender o motivo de ter sido obrigado a assistir àquele espetáculo.

Tudo aconteceu em um dia que Renato chegou na mansão e foi introduzido no escritório onde estava Antônio. Entretanto, ele não estava sozinho. Na sala se encontravam também um homem de idade um pouco inferior a de Antônio, uma mulher ainda mais nova que o homem, mas demonstrando estar na casa dos quarenta anos e uma garota que não devia ter vinte anos. Pela semelhança entre as duas mulheres, dava para concluir que eram mãe e filha.

Logo que Renato entrou, o homem se despediu do Antônio e, para surpresa de Renato, deu um rápido beijo na boca da mulher, afagou os cabelos loiros, cacheados e longo da garota e se retirou. Isso indicava que se tratava de uma família: pai, mãe e filha. Então era de se estranhar que o homem se retirasse e deixasse as duas ali. Entretanto, não demorou muito para ele entender, pois assim que o homem saiu, Antônio foi até a mulher, colocou a mão sobre o ombro dela enquanto se encostava nela por trás e perguntou:

-(Antônio) Você tem certeza de que quer fazer isso?

A mulher respondeu com um aceno de cabeça. Em seguida ele repetiu a mesma cena com a garota, mas dessa vez sem encostar nela e a garota foi mais incisiva, respondendo com uma voz clara e melodiosa:

-(Garota) Quero muito seu Antônio. Meu pai já me perguntou isso e foi difícil convencer a ele que eu aceitava sua sugestão.

Ato seguinte, ele puxou a mulher para si e começou a beijá-la enquanto a despia. O que veio a seguir foi uma verdadeira aula de sexo, com Antônio fodendo, primeiro a mulher e depois a garota. O que mais marcou Renato foi que a mulher agia mecanicamente, como se tivesse ali fazendo parte de um acordo, enquanto a garota se mostrava ansiosa para se entregar a Antônio e, mal ele penetrou sua xoxota recém depilada, ela já teve seu primeiro orgasmo aos gritos.

Foi uma verdadeira suruba. Antônio devia estar sobre o efeito de algum medicamento, pois seu pau nunca amolecia. Também era de se chamar a atenção a forma como aquelas duas mulheres obedeciam a todos os desejos dele que agia como se fosse o dono de ambas. O clímax daquela transa foi quando ele pediu que mãe e filha se beijassem e se tocassem e, o único momento em que ele não conseguiu impor sua vontade foi quando se preparou para foder o cuzinho da garota e foi impedido pela mulher. Se bem que, para isso, ela teve que sacrificar o seu próprio rabinho para satisfazer o desejo insano daquele homem.

Tirando o momento em que foi impedido de fazer sexo anal com a menina, no resto do tempo elas agiam como se estivessem ali porque queriam. A mulher não demonstrava muito entusiasmo, porém, atendia sem reclamar a todos os desejos daquele macho. Já, a filha, essa demonstrava que estava a aguardar àquele momento e se atirou àquela aventura com uma sede de sexo impressionante e, para sua felicidade, foi plenamente atendida em seus desejos.

Somente alguns meses depois foi que Renato descobriu que aquele homem havia falhado em uma missão e sua falha causara um grande prejuízo à organização. Marcado para morrer, ele tentou de tudo para salvar a própria vida e foi ele mesmo que ofereceu a esposa e a filha para o chefe da organização em troca.

Esse era Antônio. Ele conduzia as coisas de forma que, aquilo que ele desejava, lhe fosse oferecido sem que ele precisasse fazer nenhuma pressão. Aquele homem só tinha tomado conhecimento da tara do chefe da organização quando já estava na berlinda e Renato desconfiou de que essa informação não chegou a ele por acaso.

Nesse cenário de espionagem, chantagens e diferentes tipos de crimes, Renato ia se afundando naquele atoleiro. Cada vez mais ele era obrigado a fazer coisas que eram contra o seu comportamento e seu caráter. Renato se sentia pressionado a fazer o trabalho sujo da organização. Na maioria das vezes não de forma direta, mas sabia que o cumprimento das ordens por ele dadas aos operadores da organização, quando finalizadas, causavam muitos danos aos que se opunham. Foi quando começou a pensar em formas de se livrar das amarras que lhe foram impostas.

Contudo, isto estava acontecendo sem que ele tivesse controle. Não só sobre as atividades como em relação aos efeitos colaterais que estavam provocando estragos no seu casamento. Cada vez mais seu estado emocional estava causando brigas e desavenças com Bruna. Ela não tinha conhecimento das atividades de Renato, por imposição de Antônio. Ou seja, ele nem podia desabafar com ela sobre a pressão à que estava sendo submetido.

Enquanto isto, Bruna ia vivendo sua vida alheia a tudo. Alheia só não. Ela estava se sentindo frustrada com a vida que levava e foi essa frustração que fez com que ela se envolvesse com a mãe de Aline e mentisse para Renato.

Além disto, foi a mentira de Bruna, aliada a pressão pelo trabalho da organização que fez com que ele, por diversas vezes, acabasse por ser grosso e injusto com Bruna. E como consequência destes rompantes de falta de educação, acabaram fazendo com que acabassem por se separar e posteriormente se divorciar.

...

Na manhã do dia seguinte, Renato acordou e estranhou o fato de estar sozinho na cama. Então ele se levantou e saiu procurando por Elisa que não foi encontrada em nenhum cômodo da casa. Quando ele chegou à cozinha, se deparou com um bilhete dela informando que estava na casa de sua mãe e com um pedido para que ele não fosse procurar por ela. A forma como o bilhete estava escrito deixava bem claro a tristeza que dominava sua autora.

Com tanta coisa para resolver Renato não conseguiu permanecer deitado e se levantou indo fazer sua higiene matinal. Depois se vestiu e, como de costume, dirigiu-se a cozinha apenas para se lembrar de que estava sozinho em casa. Praguejando baixinho, saiu do apartamento planejando se alimentar em uma panificadora próxima ao escritório.

Quando finalmente entrou em sua sala e iniciou o exame de um processo, foi interrompido por Edna que vinha até ele buscando por informações de Elisa que não ainda não chegara, causando preocupação em todos. Ao saber que sua noiva não comparecera para o trabalho, Renato tentou se comunicar com ela, mas não obteve resposta, a exemplo do que já havia acontecido com Edna.

Bruna, ao ficar sabendo desse fato e já ter passado por aquilo, sabia exatamente o que fazer. Pegou as chaves do carro, sua bolsa e saiu sem ninguém perceber, no momento em que os todos estavam ocupados. Em menos de vinte minutos, chegou à antiga casa de Elisa, onde sua mãe ainda morava. Bateu na porta e a senhora simpática a recebeu com um sorriso:

-(Senhora) Ela está na cama, chegou ontem no começo da tarde e não saiu mais do quarto. Você sabe o caminho.

Bruna agradeceu, atravessou a sala, passou pelo corredor e entrou no quarto de Elisa direto, sem bater na porta. Elisa protestou:

-(Elisa) Me deixe em paz! Não sou eu que você quer, é o Renato. Fique com ele, aquele mentiroso.

Bruna não queria confronto, sabia que Elisa precisava de apoio. Sem pensar muito e tentando ser amiga, se deitou na cama com ela, de conchinha, tentando lhe dar um pouco de afeto e a abraçou carinhosamente. Elisa puxou o seu braço, segurando forte e se deixando consolar. Bruna não resistiu:

-(Bruna) Seu cheiro é mesmo incrível. - Bruna a abraçou mais forte.

Elisa, confusa, se virou para ela. A proximidade de seus rostos, fez com que uma onda de choque percorresse a coluna de Bruna. Elisa disse:

-(Elisa) Por que ele mentiu? Você o conhece melhor do que ninguém. Ele não confia em mim?

Bruna pensou por alguns instantes, mas não sabia o que dizer. Ela também se sentia responsável por manter a inocência de Elisa. Aquele mundo podre não merecia tocar uma alma tão pura. Bruna acariciou o seu rosto e respondeu:

-(Bruna) Sei que talvez seja difícil de entender, mas há momentos em que precisamos proteger as pessoas que amamos. Eu não posso falar pelo Renato, mas sei que ele não estava fazendo nada para te magoar.

Elisa ficou ainda mais confusa. Bruna não conseguia parar de olhar para a boca dela. Em uma atitude impensada e que pegou Elisa completamente desprevenida, ela a beijou. Um beijo simples, mas carregado de significado. Ao perceber o tamanho de sua mancada, Bruna, se sentindo culpada, tentou se justificar:

-(Bruna) Me desculpe! Não sei o que deu em mim, quando …

Bruna interrompeu sua frase com os olhos grudados no rosto de Elisa que a encarava de uma forma diferente. Com sua experiência, ela sabia muito bem o que aquilo queria dizer e ficou sem entender nada. Seu corpo reagiu instantaneamente àquele olhar e ela sentiu aquele gostoso frio na barriga que sempre se antecipava ao prazer e, sem conseguir medir as consequências de seu ato, se rendeu àquele sentimento poderoso que a invadia, e se aproximou de Elisa dando-lhe um beijo intenso e avassalador.

-(Elisa) O que ... vo ... vo ... cê ... tá ... es ... tá faaaa ... zen ... dooo?

Alguém já tinha contado a Bruna de como era o comportamento de Elisa todas as vezes que se aproximava de Renato na época em que os dois se conheceram e sabia também que, longe de Elisa, alguns dos funcionários até brincavam com isso e, quando queriam se declarar a alguém, por brincadeira ou até mesmo usando a brincadeira para tentar algo sério, começavam a gaguejar na presença do outro. Lógico que com o tempo essa brincadeira foi perdendo a graça, porém, naquele momento, serviu para dar a Bruna a certeza de que, se seu beijo estaria incomodando alguém, esse alguém com certeza não seria Elisa.

Por outro lado, Bruna achou tão meigo e ao mesmo tempo tão excitante aquele jeitinho de Elisa expressar sua timidez que resolveu prolongar o momento e provocou:

-(Bruna) Fala direito garota. Desse jeito eu não consigo entender nada.

O sorriso radiante de Bruna ao dizer isso completou o efeito sobre Elisa. Mas a garota sabia que ceder naquele momento seria a coisa mais errada a se fazer. Então fechou os olhos e respirou fundo. A luta dela para se controlar era tão forte que Bruna teve que cobrir a boca com a mão para não rir, desfazendo esse movimento quando finalmente Elisa abriu os olhos. Então se ouviu:

-(Elisa) Vocêestáloucasepensaqueeugostodisso. – Depois respirou profundamente e continuou: - Saidaquisuamauluca.

Aquilo foi demais para Bruna suportar e ela começou a rir. Como ela estava deitada de lado, com o rosto virado para Elisa que estava deitada de costas, também ficou de costas e emitiu uma sonora gargalhada. Bruna podia esperar por tudo, menos pela reação que Elisa teve. Sentiu pelo movimento do colchão que a loirinha se erguia do colchão e até se preparou para se defender de uma possível agressão, porém, não estava preparada para o que aconteceu.

Elisa se sentou na cama e, sem dar tempo de reação à Bruna, curvou-se sobre ela e colou sua boca à dela em um beijo prolongado e apaixonado.

Continua ...

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Comentários

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Cacete meu!!! Tinha em mente isso acontecendo mas

.... aconteceu .....não sei o que dizer. Renato poderia alir à Bruna pra se livrar das amarras do passado.

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Calma que ainda tem muita coisa para acontecer !!!

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Oh sina deste Renato !!! Rsrsrs

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Caraca,cada vez menos reconheço Elisa,uma hora frágil outra hora ataca como um rolo compressor e se entregar a Bruna cara vai ser presa fácil nesta armadilha,uma guerra se aproxima e as peças estão sendo mexida,para Renato o mais importante e tirar Djalma da jogada o mais rápido possível,vai ser um golpe dura p Bruna,e Renato deve o mais rápido protege Elisa,e pode contar com Edna para isto, isto e pior que a máfia

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Ida amiga que cena amei, pelo jeito essa saga tem muito a acontecer com certeza uma das melhores do CDC parabéns nota mil.

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Querido Almafer, grata por acompanhar !!!

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Conforme prometido, o terceiro capítulo da quarta temporada foi publicado. Agora, vão ficar decepcionados os leitores(as) que esperam ler o que aconteceu após o beijo entre a Bruna e a Elisa ... isto vai ficar para o próximo capítulo !!!!

Aproveitem e comentem !!! Muito grata por acompanharem !!!

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Caríssimos e caríssimas vocês não sabem como estou contente com o nível dos comentários que foram feitos neste episódio. Comentários estes que me mostraram como os leitores(as) estão engajados em entender as características e comportamentos dos personagens.

E já que é assim, me sinto no direito (como participante no projeto de republicação do conto) de expor a minha opinião.

Para mim, tanto a Bruna como o Renato acertaram e erraram e, neste caso, porque a Elisa também não poderia fazê-lo. Contudo, existe uma grande diferença entre eles.

A Bruna tem uma personalidade complexa, fruto de sua criação. Mimada, egocêntrica e com claros desvios de personalidade, no que diz respeito a sua sexualidade. Além da herança genética, suas experiências na adolescência moldaram este aspecto do seu caráter. Ela talvez ainda tenha muito o que explicar, para todos, sobre o seu comportamento até agora.

O Renato sempre foi um homem honesto e centrado, mesmo sendo fruto de uma família que tinha características nada ortodoxas (exceto pelo avô). Ele tinha tudo para ser o oposto do que era. Mesmo quando se envolveu com o pai da Bruna, achou que era "de bom grado" por seu relacionamento com a Bruna. Quando começou a trabalhar para Antônio, nada sabia da parte obscura da organização e quando se deu conta de onde estava metido, já estava atolado até o pescoço no fétido lodaçal. E, mesmo sendo chantageado a continuar (não só pelo crime contra o tio como pelas suas atitudes frente aos negócios) tentou se ver livre de tudo. Tentou e não conseguiu. Mas, sempre foi um rebelde. Espero que isto tenha ficado claro no capítulo. Culpar o Renato por não contar sobre a parte "escura" da sua vida para Elisa ou qualquer outro, na minha opinião é um excesso. Ser obrigado a fazer coisas que vão contra a sua índole não é uma coisa que a pessoa se sinta orgulhosa e ponto de divulgar. Ele poderia "jogar tudo para o alto" e se delatar ? Poderia. Mas, eu tenho certeza que com o poder de Antônio, ele seria o único a ser sacrificado. Eu tenho certeza de que ele sempre desejou destruir a organização e, neste caso, de dentro para fora.

Quanto à Elisa, a situação é um pouco mais complexa. Vindo de uma família humilde, enfrentou problemas com a morte dos irmãos e foi enganada por um professor sem escrúpulos. Teve que crescer e aprender da maneira mais difícil possível. E ainda está aprendendo pois é muito inteligente e perspicaz.

Como disse no início do comentário, todos cometeram erros e pagaram ou irão pagar por eles. Entretanto, não podemos esquecer que acertos ou erros são coisas relativas. Por este motivo assumem níveis diferentes de importância para cada pessoa. E isto é fruto das nossas experiências de vida. São elas que nos fazem ser mais críticos (ou mais duros) sobre este ou aquele erro.

Esta é a minha opinião (mesmo respeitando outras que vão em direções opostas). Mas, agradeço a todos que deram um pouco do seu tempo para expor a sua opinião.

PS: Hoje, assim que virar o dia por aqui, vou postar o terceiro capítulo.

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Vou novamente fazer o comentário independente, para que ele não ser usado como desculpa por ninguém.

Fica provado em diversos contos, que sempre tentam minimizar a atitude dos homens. Mulheres são julgadas sem dó. Renato tem seus motivos, mas nessa versão, entrar nesse mundo foi uma escolha, não uma obrigação. Ele fez uma escolha. Bruna é sim uma vilã, mas Renato é tão sórdido quanto ela.

Meu comentário anterior foi apenas provocação, já sabendo a resposta que teria. Opiniões vão muito além do certo e errado, refletem o pensamento de quem comenta, sendo moldada a sua forma de ver a vida.

Renato e Bruna são farinha do mesmo saco, negar essa realidade vai além do certo ou errado. A diferença entre os dois, é que Bruna sempre escolheu certo quando confrontada em prejudicar alguém quando "assume" a organização. Blinda as pessoas do escritório da influência corrosiva desse mundo. Renato pode dizer o mesmo?

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Amor... não sou de tentar interferir na estória do Autor.... Parabéns Demais!!! 12 Estrelas!!!

Mas para não ser muito maldosa.... eu particularmente não gosto muito de sofrer...rsrsrs....

Pode ser mais Rápida na publicação da continuidade?? Estou Sofrendo aqui... rsrs

THANK YOU!!!!

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Agora, aqui na minha terra, são 16:40 hrs.

Isso quer dizer que lá na Ida são 20:40.

O que também quer dizer que faltam exatamente 3 hrs mais 20 minutos para quarta feira.

A menos, é claro, que a coceirinha no dedinho da Ida a obrigue a postar antes.

Eita ansiedade...

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Dá-lhe Benzotril.

Ou, pelo menos, uma maracujina.

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Maravilhoso capítulo. 3 estrelas pra vc. Espero que a Elisa não siga o mesmo caminho dos dois, e que ela seja talvez a que traga redenção a eles, mas por mais que se tome cuidado ao entrar numa lamaçal, no mínimo a sola dos pés fica suja.

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Eu gostaria de dar uma opinião também, mas não em resposta a qualquer comentário, e sim, baseada em tudo que li. Talvez devessem parar de achar que essa história se trata apenas da traição da Bruna para com o Renato. O que ele fez nos últimos sete anos, talvez mostre que ele seja mais indigno da Elisa, e de qualquer pessoa do que a história sugeriu até aqui. Renato saiu de um homem traído para um bandido de alta periculosidade. Testa de ferro de homem pior do que ele. Se querem consequências para um beijo, qual seria a consequência para um homem perigoso que engana a noiva, mata, suborna, persegue, usa de chantagem... O fato de querer destruir a organização é por liberdade, não por moral ou caráter. Ele é pior do que todos. Bruna é santa perto dele. Elisa poderia ser presa por cumplicidade nas ações de Renato. Essa não é uma traição muito superior e mais cruel a qualquer uma vista até agora?

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Penso que o Renato nunca deveria ter começado a relação dele com a Elisa, pois é iniciar uma relação logo a partida com mentiras. Conhecendo ele a vida dela ( leu o ficheiro ) deveria ter se afastado dela pois são pessoas moralmente incompatíveis, ele sendo como colocou, e bem, um criminoso e ela alguém que devido aos crimes que envolveram a família alguém que não com certeza não quer se envolver com criminosos. Quando ela descobrir, seja por ele contar ou de outra forma, a relação deles possivelmente termina pois nem com o fato de ter sido chantageado ameniza o fato de ser criminoso ( é a minha maneira de imaginar o que vai acontecer). Isso será a consequência, pode até ser pior porque se ela conta a Edna, além de perder a noiva possivelmente perde os amigos ( Edna e Álvaro ) além da sociedade dos 3 no escritório que criou ( um dos motivos de estar nessa organização). Mesmo sendo outras, não creio que ele passe sem consequências.

A Bruna ser santa perto dele, aí discordo, a partir do momento que ele compreende o que está a acontecer ele quer sair e é chantageado para continuar, a Bruna sabe o que se passa e atira-se de cabeça querendo fazer parte ativa e liderar a organização. São motivos bem diferentes para estar na organização criminosa, mas aparentemente ele é o pior de todos apesar de querer destruir a organização para se libertar a ele e a outros que estão lá forçados e ela a santa que quer continuar a mesma da forma como está.

Transformar o Renato no vilão é simples, mas mesmo sendo criminoso pelo menos nunca traiu nem a Bruna nem a Elisa na relação pessoal de deles 😁.

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Eu entendo que quando o Renato começou o relacionamento com a Elisa o sogro dele já não tinha 6 meses de vida, estava já nas ultimas e Renato deve ter visto não só como a chance de acabar com a organização criminosa como poder recomeçar uma vida normal sem toda a sujeira que ele foi obrigado a participar pela chantagem do sogro devido ao assassinato do tio que não só transou com a sua namorada e depois a sequestrou como disse que tinha a estuprado no cativeiro também estava ameaçando quando sair da cadeia voltar a persegui-la, acho que ele se precipitou quando começou esse relacionamento e deveria ter resolvido primeiro a dissolução da organização e ter sua vida de volta. Renato só entrou nessa organização por causa da chantagem, ele mesmo nunca traiu a Bruna ou a Elisa e nem mesmo queria participar disso tudo. Isso foi deixado bem claro pela autora.

Bruna a santa, além de trair de maneira sórdida o Renato quando eles eram namorados com o tio dele, ainda o traiu no casamento, quando foi descoberta pelo marido foi para Europa numa tour de sexo, voltou achando que estalaria os dedos e o teria de volta. Quando seu pai lhe contou sobre a organização no primeiro momento não queria participar, mas depois resolveu cair de cabeça simplesmente por querer o poder, não foi outro motivo, ainda foi atras da noiva do seu ex-marido e a beijou. Bela santa.

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Apenas para dizer que estou acompanhando e estou achando ótimo. Concordo com o Marcelo, esse final com a Elisa beijando a Bruna... O cara só toma toco. Acho difícil o Renato e a Bruna abrirem esse lado negro da vida dos dois para as pessoas que amam... e muita sujeira... de pessoas normais, passam a ser assassinos e ouras coisas. Complicado... Mas confio no seu senso crítico Ida. Bora esperar.

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Alexandre33, não sei se a meu "bom senso" irá fazer você feliz, triste, surpreso ou frustrado. Rsrsrs. Mas que muita coisa ainda vai acontecer .... ah, isto vai !!!!

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Oi IDA tudo bem? espero que esteja, eu só consegui ler hoje esse novo capitulo. as mudanças ficaram muito boas, a história esta fluindo legal despertando uma grande curiosidade em mim e com certeza em todos os leitores, parabéns esta muito bom.

grande abraço

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Neto, meu amigo, que bom vê-lo por aqui. Muito grata por me prestigiar. Espero surpreendê-lo!!! Um grande abraço

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As mudanças foram para melhor ida, parabéns pra você e pro outro escritor, achei que o Renato iria abrir o jogo pra Eliza. Não fique chateada mas só não aprovei o final com a Eliza beijando a Bruna, gostava tanto da inocência e da fidelidade dela e do Renato.

Pena que essa fidelidade foi quebrada dos dois.

Está incrível querida, parabéns.

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MarceloMotta, fique calmo. Ainda tem muita coisa para acontecer !!!

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Desta vez uma ⭐

Ok, Ok, mais uma ⭐...

Tá bem, tá bem... mais uma ⭐.

🙄 Ops... 3 estrelas!!!

🤣🤣🤣

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Uhuhu !!! Adoro 🌟🌟🌟🌟

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Já tinha abandonado esse conto e cá estou aqui novamente kkkkk

Vou acompanhar esse que pra mim foi um dos melhores contos mais controversos do site, comecei amando e depois odiando, agora vou esperar essa conclusão sem opinar até o final, só peço uma única coisa, PELO AMOR DE DEUS QUE NÃO COLOQUEM TREZENTOS CAPÍTULOS, alguns autores talentosos estão publicando verdadeiras novelas mexicanas kkkkkkkk, a história só vai acabar em 2039.

Reencontrei mês passado um amigo de longa data bastante influente no mundo literário e esqueci de pedir pra ele da uma olhadinha nesse site, aqui tem muitos escritores talentosos, vou pedir pra ele olhar esse site.

Vou perguntar também a esse amigo quantos livros sua editora publicou do grande escritor desse site, o rei da literatura kkkkkkkkkk

Esse site é muito bom, só que já deu pra mim, agora só abandono depois da conclusão dessa história, da conclusão da história do Mark(que história, vi que já vai no capítulo 31 e pelo jeito tem ainda uns 200 capítulos kkk), e de vez em quando olhar se o Lael publicou algo.

Madrugada sem conseguir dormir e ansioso pra decisão.

Longue vie à la France.

Liberté, Egalité, Fraternité.

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Esse é o Espartano sendo o Espartano.

Não é costureiro, mas nunca perde a chance de dar uma alfinetada. Kkkk

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Ironia e sarcasmo são minha marca registrada kkkkkk, só que sou de boa, aguento brincadeiras na mesma proporção que brinco, vamos continuar com a ironia, me indicaram alguns autores novos que estão fazendo sucesso, vou citar alguns, Jarid Arraes, Vanessa Barbara, Sérgio Vaz, Raphael Montes entre outros, alguns eu já conhecia, adoro o Raphael Va

Ano que vem mais precisamente em Fevereiro vou ter novamente o privilégio de encontrar com a grande escritora Evaristo Conceição e nesse encontro vou perguntar se ela já ganhou algum prêmio no Jardim de infância kkkkkkkk

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Espartano, que bom que voltou. Fique tranquilo, está temporada não terá muitos capítulos e irá encerrar a obra.

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Vou acompanhar sim sua continuação, você e o Nassau merecem ser prestigiados, como leitora do site e sempre comentando nos contos sua postura é digna de aplausos, sempre educada, lúcida, justa, é a voz da razão, agora vamos ver como se sai como escritora rsrs, sucesso.

Vou tentar explicar meu ponto de vista quando falo de estórias com muitos capítulos, é público e notório que o site cresceu muito em qualidade, dito isto observo que está havendo uma mudança brusca nas estórias, ao invés de contos estão sendo publicados cada vez mais romances, nada contra, até porque os autores (a) tem capacidade e competência para isso, só que foge um pouco do conceito do site. Na minha humilde opinião um conto com até 15 capítulos é mais interessante e mantém o público ligado, os contos (romance) com 20,30,40 ou mais capítulos no decorrer da estória vai perdendo leitores pelo caminho, vai caindo os números de comentários, de visualização, não que se tornou ruim, muito pelo contrário, continuam sendo ótimo, só que é longo demais e cansa, agora vejam bem, não é uma crítica é só uma opinião, até porque esse autores (a) merecem aplausos pelo excelente trabalho que entregam totalmente de graça.

Gosto do estilo do Lael, ele começa uma estória com um número de capítulos, geralmente a primeira temporada fica entre quinze capítulos e encerra a temporada, a continuação da estória ele comercializa por um valor simbólico e justo, creio que o caminho é esse.

Aqui tem vários autores(a) que se focar na carreira de escritores não tenho dúvidas que lograriam sucesso. Obs: Não contém ironia, é a pura verdade.

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Acho que vamos deixar todos de “queixo caído”. Vai sobrar RENYVIA, ELISALMA e a Bruna fica sozinha !!! Pronto dei spoiler !!! Rsrsrs

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Pessoalmente gostei mais da forma como o Renato foi introduzido na organização do pai da Bruna na versão original. Dava a impressão que ele foi forçado como consequência de ter matado o tio, nesta passa mais a impressão que foi por interesse financeiro e ambição. A versão original demonstrava que ele não queria fazer parte da mesma e por ser chantageado foi forçado a ceder aos caprichos do sogro, em que ele inclusive lhe contava o que se passava com a Bruna só para o magoar, dessa forma a versão original dava uma versão mais plausível. Não que o texto atual esteja mal ou que esteja mal justificado, mas ao ler da a impressão que ele entrou e só quando tentou sair é que foi forçado a continuar. Claro que Ida escolhe a melhor forma de contar a história que nesta fase é dela.

Pode ser motivo de debate, mas a Elisa apesar de triste e fragilizada vai e trai o Renato porque pensa que ele a traiu. Para alguns pode não ser traição mas tenho duvidas que ela vai contar ao noivo que beijou a ex-mulher dele. Basicamente faz o mesmo que a Bruna, tirando a parte do sexo. Será interessante a ver a reação das duas quando estiverem com o Renato.

Muito bom capitulo e 3 ⭐

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JaxPalm, entendo o seu comentário, mas gostaria de dar uma explicação para a mudança. Eu adoro explicar. Achamos que seria melhor assim pois, nesta versão o Renato é induzido a entrar na organização como uma ajuda profissional do pai da Bruna e só depois, quando descobre a real face desta e tenta sair, ele é chantageado. Na versão original seria temerário manter o noivo da filha em uma organização criminosa por chantagem no primeiro instante. Ele poderia ser contra e dar problema. Da forma como ficou o Renato só percebe o que está fazendo depois de já ter feito. E quando se rebela é chantageado a ficar, não só pelo assassinato sóbrio mas também pelas coisas escusas que já fez. Está foi a nossa opinião.

Quanto a Elisa, veja bem: ela ainda é uma garota (pela idade), foi enganada por um professor, agora está noiva de um homem que mentiu para ela. Nunca teve nenhuma experiência com mulher e está sendo amparada por uma linda mulher. A confusão em sua cabeça fez com que ela desse um beijo nesta mulher. Se ela vai contar para o Renato m, eu não sei. Melhor aguardar o desenrolar dos acontecimentos.

De qualquer forma lembre-se: a Bruna está evoluindo. O Renato está evoluindo. Porque a Elisa não pode evoluir ?

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Compreendo a explicação da modificação, no original contudo dava mais a imagem de vilão implacável do pai da Bruna 😁 que não se importava de forçar até o futuro marido da filha a fazer as suas vontades.

Claro que a Elisa pode evoluir, mas não seria correto "criticar" as ações da Bruna quando num relacionamento com o Renato e não fazer o mesmo com a Elisa. Ele sem duvida que mentiu para ela, mas ela é que está a extrapolar o que pensa que aconteceu em relação ao que de fato aconteceu. Conforme escrevi mesmo fragilizada, triste e conforme a Ida escreveu confusa, beijar outra pessoa não deixa de ser trair a pessoa com quem têm uma relação (neste caso que têm uma relação monógama).

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Max, se você se incomodou com um beijo … me aguarde !!!! Todos vão “pirar na batatinha” !!!!

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Concordo com o que você falou, embora não tenha lido o conto original essa parte foi uma das que me incomodaram, até então, a justificativa que estava sendo apresentada até agora foi que Renato entrou por causa da chantagem do pai da Bruna pelo incidente do assassinato no sequestro, o que deu uma outro contexto nesse capitulo.

Também achei ruim que mais uma vez a história tenta dar uma impressão de pobre Bruna, não tinha outra alternativa se não trair o Renato, primeiro com o argumento de genética da mãe dela e agora nesse capítulo com as reflexões do Renato sobre os problemas que o seu sogro criou na vida dele, como se a Bruna não estivesse do inicio até agora agido de forma egoísta e desprezível.

Agora, essa traição da Elisa simplesmente me causou nojo, por mais que queiram dar qualquer desculpa ou pormenorizar dizendo que foi só um beijo, o fato é que ainda é uma demonstração de afeto intimo e casais principalmente monogâmicos não podem dar a terceiros, por tudo que Renato passou com a Bruna seria totalmente irreal ele continuar com o relacionamento com a Elisa depois disso. Volto a falar, podem dar a desculpa que quiserem para o que a Elisa fez, mas nada justifica e ela não passa de uma grande decepção.

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Uris01, fico triste com o seu comentário. Aparentemente você não conseguiu entender a evolução que está acontecendo com os personagens. Se você ficou incomodado com o beijo entre a Elisa e a Bruna, imagino que irá ficar muito mais com o que virá pela frente.

Contudo, de forma alguma, o que aconteceu com o Renato é justificativa para as atitudes da Bruna. Nunca tentamos (ou imaginamos dar a impressão) que a Bruna não tinha alternativa a não ser trair o Renato. Ou, até mesmo, ser egoísta e desprezível.

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Não penso que o que ele não gostou seja do beijo em si, mas do fato de alguém que está para se casar, trair. Se o Renato beijasse a Bruna ou outra pessoa, você acha que ele não seria criticado, os leitores possivelmente também não gostariam dessa atitude dele. Pelo menos quando escrevi o meu comentário era mais nesse sentido do que no ato em si.

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JaxPalm, eu entendo perfeitamente o sentimento de vocês. Contudo, com a minha experiência de vida passei a ver o mundo muito além de "preto" e "branco". Nada há ver com 50 tons de cinza, mas existem muitas outras cores disponíveis. Ter novas experiências, errar e aprender (pois erros são os melhores professores) são os eventos que nos fazer evoluir como ser humano. Renato e Elisa estão noivos, mas mesmo que já estivessem casados, o que aconteceu entre ela e Bruna pode até ser considerado como traição. E a Elisa vai ter que assumir as consequências de seus atos. Assim como a Bruna.

Uma das lições que meu avô me ensinou foi que não é proibido errar. Mas, assumir as consequências de seus erros é uma obrigação.

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É difícil para alguns entenderem que há muito mais desejos e prazeres entre o céu e a terra, do que é capaz de explorar suas inocentes fantasias.

Ops... Parece que já li algo parecido em algum lugar.

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Humanos são diferentes de outras espécies de animais justamente por ter capacidade de analisar o certo e o errado, seus desejos e prazeres não são justificativas para enganar ou prejudicar os outros, menos ainda os eximem de suas responsabilidades.

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Eu até que gostaria de explorar esse seu pensamento se tivesse mais tempo.

Você acabou de afirmar que os humanos, por serem capazes de analisar o certo e o errado blá blá blá.

Ou seja. Você acabou de colocar os humanos todos em um mesmo patamar. De Hitler a Gandhi, todos analisam as situações, julgam e agem em cima do certo.

Que belo e utópico mundo você vive, cara? Conta pra gente.

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Não estou entendendo seu comentário, por acaso Hitler e Gandhi não são humanos?

E no entanto escolheram estilos de vida completamente opostos? A questão é justamente esse, escolhas, e arcar com suas consequências.

Onde isso é utópico?

Ou algum deles é um alienígena?

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Id@, não é por que as pessoas erram que devemos aplaudir esses erros, fora que está faltando um senso de proporcionalidade, para além de em algumas profissões a pessoa não pode contar tudo para seu conjugue sob pena de estar cometendo falta ou até mesmo crime, nesse caso especifico ainda é para a proteção da Elisa e não para prejudica-la, não da para entender como traição.

O que a Elisa fez com a Bruna é completamente diferente.

Mas uma coisa é certa, elas deveriam mesmo pagar pelos seus erros e a psicopata da Bruna ainda não pagou de fato por nenhum deles, ela demostra um desapego emocional e só demostra algo quando sente que alguém a sacaneou, o que ela faz com os outras ela está cagando e andando.

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Id@, pelo visto ficarei sim, como bem o JaxPalm frisou traição é injustificável ainda mais quem está prestes a se casar.

Se fosse o Renato eu ficaria tão decepcionado quanto pois ele demostra querer reconstruir sua vida com a Elisa e trair ela seria muita canalhice dele para com ela se igualando a sua ex, ainda mais depois de tudo que ele passou com a Bruna.

Por sua vez Elisa a qualquer sinal de problema está sempre fugindo e se entregar aos beijos de Bruna assim?! Me desculpe, isso é tudo menos amor.

Mesmo eu achando o relacionamento do Renato com a Elisa um pouco ruim e disfuncional, pois o Renato se omitiu e não a defendeu nas vezes em que a Bruna atacou a Elise, um erro grave em um relacionamento piorado pelo fato dele ser um advogado de sucesso que vive de criar e distorcer teses para defender seus clientes e por sua vez a Elisa ter uma mania horrível de sumir cada vez que acontece algo que a desagrade, eu ainda estava torcendo pelo casal.

Volto a dizer, depois de ser traído da forma e quantidade que foi, não seria mais viável para o Renato continuar com essa relação com a Elisa. E se a traição fosse com sinais invertidos eu faria o mesmo comentário.

Bruna não preciso nem comentar, ela é um lixo de pessoa mesmo, tão repugnante que além de trair o marido de forma baixa ainda vai beijar a noiva dele quando ele tenta reconstruir sua vida. O que dizer de uma pessoa assim?!

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Poxa acabou tão legal a 3 temporada,a harmonia entre Renato e a Bruna,o convívio com a Elisa. Derepente na 4 temporada,já aparece essa organização corrupta atrapalhando tudo,a amizade do Renato e Bruna,o noivado da Elisa,me desculpem mas não esta tão legal quanto antes,espero que o desenrolar dos contos melhore pois esta um pouquinho chatoesse negócio de máfia não é legal não.

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Ida,por favor me desculpa,o conto é você quem esta escrevendo e eu fiz um comentário deselegante,eu deveria ter guardado minha opinião só em meus pensamentos.

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Não se preocupe meu caro. Seu comentário não foi deselegante. E espero ter respondido.

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Caro Comedor, me desculpe mas não entendi Viseu comentário. A organização criminosa do pai da Bruna existe desde antes desta nascer. Não foi uma coisa que apareceu agora. Está lá desde a primeira temporada. O mote da quarta temporada e a disputa entre a Bruna que quer assumir o lugar do pai e do Renato que quer destruir a organização.

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Obrigado por esclarecer,Renato parecia ter construído uma amizade com a Bruna depois que ela voltou da Europa e agora com a morte do pai da Bruna,tudo mudou,parece que ele tem mais ódio dela de quando descobriu a traição,fiquei confuso e triste.

A amizade de todos no escritório parecia tão sincera,Renato,Bruna e Elisa.

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Comedor, se você ficou confuso, imagine a cabeço do Renato (sabendo que vai ter que entrar em guerra com a Bruna), a cabeça da Bruna (com o poder da organização nas mãos) e da Elisa entre ódio (o que já é difícil para uma pessoa sensível e amorosa) da ex-esposa do seu amor e a dificuldade de entender o que se passa com o Renato. Mas, posso te dizer, se está confuso … vai complicar mais. Aguarde !!!

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Já me pegou de vez, Ida! Já sou fã.

Estreladíssimo.

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Fico muito contente em tê-lo como meu fã e creia a recíproca é verdadeira!!!

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Agora as mudanças foram mais do que sutis, mas ficou excelente, Ida! Continuo acompanhando. Ótimo trabalho.

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Max, fico contente que você tenha gostado. Quando puder leia meu comentário para o JaxPalm.

Espero que os leitores percebam como estava a vida do Renato nos primeiros seis anos do casamento (motivo de suas atitudes na segunda temporada).

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No fundo, bem lá no cerne da questão, o conto segue a preferência de quem o escreve. Nessas alterações, vejo muito dos diálogos que tivemos na época. Lá, precisávamos acomodar a visão de três pessoas diferentes: você, com seu "parquinho sempre pegando fogo", Neto com sua visão detalhista de tudo o que acontece e eu, um romântico liberal, tentando proteger a inocência da Elisa e minimizar as safadezas da Bruna. 😂😂😂😂

Sua nova visão está muito bem encaixada no texto e merece todos os aplausos.

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Max, muito grata pela sua ajuda e pela do Neto. Vocês foram muito importantes para mim.

PS: só para te avisar … você estava errado na sua cisma.

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Listas em que este conto está presente

O QUE É O AMOR!
Em ordem de capítulos.