Amigos, desculpem a demora. Fim de semana a casa enche, ou então saímos pra algum lugar, algum passeio, ou pra casa de algum amigo. Só que domingo chegou visita aqui em casa - duas bibas da Capital que estão de férias, e o namorado de uma delas - e resolveram dar uma de mochileiras viajando por aí. Saíram daqui de casa na quarta-feira pra outra cidade. Tive que deixar essas bibas viçosas e desesperadas em casa com Janjão pra eu ir trabalhar😪☹. A pandemia está aí, eu sei, mas não digo "não venha". Assim que começou a polêmica do novo surto todas elas se comportaram em suas casas, mas agora não estão mais aí pra nada.
Para os curiosos sobre como Janjão transformou o momento que me assumiu em uma comédia sem graça🤦♂️
Não sei porque todo mundo fica perguntando a mesma coisa: "como é que eu aguento Janjão em cima de mim". E não foi diferente entre as bibas naquela noite. Uma biba sem graça:
- Viado, como tu aguenta esse tronco de homem em cima desse corpo parecendo uma tripa?
Janjão fez o favor de responder:
- Oxi! A primeira vez que "panhei", dei uma "botada" no moleque que si mijou todo.
Eu abri uma boca gigante de tão perplexo que fiquei e dei uns tapas nas costas de Janjão. Ele rindo, o povo começou rir, tinha gente que até se levantou dando risada, e Janjão continuou:
- Eu ali "de boa", tô sentindo um negócio quente no colchão, quando reparo bem... Allan todo largado na cama, todo mole, e o mijo escorrendo.
E o povo se acabando de rir. Continuou ele:
- Aí dei uns tapinhas no rosto de Allan... e Allan mole. Pensei... 'pronto, matei o menino na pica'.
Gargalhada comendo na mesa, eu sem graça brigando e batendo Janjão, ele se saindo dos meus tapas, e ele continuando:
- Quando penso que Allan já estava de boa, passa uns 3 dias, Allan pára na emergência com o cu todo desbagaçado, tomou um bocado de injeção pra sarar o cu, ficou internado uma semana. (Ele começou aumentar a história, e a turma de idiota dando risada às minhas custas😩). E não ficou só por aí, Janjão falou tanta coisa que me deu vontade de matar ele naquele momento. E disse que ele teve que jogar o colchão no lixo porque a mijada foi tanta que perdeu o colchão, e quando ele levou pro lixo o colchão foi pingando pela casa, pela rua... (mentira porque fui eu quem joguei o colchão fora e não saiu pingando mijo... aaaaf. Mas as partes que ele mentiu ele desmentiu depois. Ah gente, o povo naquela noite faltou tirar meu couro😪). Eu sofro quando Janjão tira pra me perturbar.
Agora continuando...
Da família de Janjão:
Janjão decidiu me assumir também para seus pais e seus irmãos. O resto da família, como seus primos, tios e sobrinhos ele não se importara, até mesmo porque tudo seria espalhado de qualquer forma. Ele não achou necessário juntar todo mundo, apenas família de primeiro grau.
Fiquei num dilema terrível, pois Janjão queira me levar. Eu havia perdido um pouco da minha timidez, mas não a esse nível. Eu não queria ir de jeito nenhum. Quando ele me assumiu para nossos amigos com quem tenho mais intimidade e abertura eu só faltei chorar de vergonha, imagine a família de Janjão que eu tinha de pouco a quase nenhum contato.
Eu acabei indo com Janjão em um domingo. Tanto a Edson com seu antigo ficante aqui da rua - o que mataram - estavam lá, quanto outro sobrinho gay de Janjão, com seu namorado. Isso me deu um pouco de segurança. Os irmãos de Janjão homens estavam todos, e só 3 irmãs. Quando estávamos todos na cozinha, Janjão resumiu sem fazer rodeios:
- Galera, faz algum tempo que conheci alguém, ele é muito legal comigo e agora somos um casal. É Allan.
Eu odiei Janjão ser assim tão curto e objetivo. Ele falou de um jeito que mesmo eu estando preparado, meu chão virou um abismo, me falharam as pernas, o coração subiu pra boca.
O irmão caçula de Janjão bateu as mãos duas vezes na mesa, fez uma cara de nada surpreso e deu risada:
- Eu sabia. Bem que eu te falei Jão e você negou. Eu já tava desconfiado.
Virou aquela conversaria e eu fiquei todo perdido.
O pai de Janjão:
- Esses homens de bunda grande tudo gosta de viado. (Eu não sei de onde ele tirou isso, mas o povo deu risada).
Um dos irmãos de Janjão:
- Opa, opa! Aqui os homens da família tudo tem bunda grande.
O pai:
- Tudo uns rebanho de viado.
O riso correu na mesa. Eu estava sem entender se haviam aceitado ou se virou palhaçada.
A irmã mais velha de Janjão foi a única que ficou calada, séria, se levantou e saiu. Aquilo me frustrou (mas só naquele momento).
Um dos irmãos mais velhos falou rindo:
- A-ia-ia-ia-iai... Tá comendo viado, daqui a pouco vai dar a bunda também.
Eles transformaram aquilo numa comédia, eu estava sem entender se era só piada, se estavam sendo preconceituosos, meus olhos se encheram de lágrimas pra chorar, eu segurei.
O irmão caçula de Janjão:
- Vem cá, Janjão, e esse bezerro desnutrido aguenta um touro desse tamanho nas costas? (Esse povo do campo trata todo mundo praticamente com nome de bichos).
Aaaaf, eu perdi a graça, perdi a cor. Eu não sei porque todo mundo pergunta isso, se aguento Janjão nas costas. Toooodo mundo deu risada. Eu quase chooooooro de vergonha. Eu abri o riso sem um pingo de graça, a lágrima querendo escorrer pelos olhos (esse irmão de Janjão é um "pe-no-saco" pior que o Máscara. Mas pense num rapaz gente boa, agradável, você precisar dele ele tá ali pra te ajudar, e não tem esse negócio de marcar dificuldade. Ele é o que mais vem aqui em casa, e o bichinho é mulherengo que só).
E a conversa rendeu. Eu só mencionei aí as principais falas, mas as brincadeiras e as risadas tomaram conta; percebi que era apenas o jeito deles levarem a vida e encarar as situações, e foi o jeito deles demonstrarem que estavam aceitando, me/nos perturbando muito a ponto de pelo menos eu quase entrar em desespero e sair correndo, Janjão já é acostumado.
Me perguntaram como eu ia fazer pra dar filhos a Janjão, se eu ia fazer cirurgia e colocar útero, quem era que comia a bunda de quem, entre outras perturbações. Eu fiquei alegremente horrorizado. Eles brincam pesado, se você não tiver um pouco de firmeza você surta.
A irmã mais velha que nunca aceitou. Se ela passar por mim, me dá "bom dia", mas evita ficar no mesmo lugar que eu.
Da turma ali, a única pessoa que foi formal comigo foi só a mãe deles que pegou minha mão:
- Só trata meu filho bem, e ele também deve te tratar bem. Se alguém falar alguma coisa, não deem ouvidos, o que importa é vocês dois estarem felizes. - Eu fiquei emocionado com essas poucas palavras de aceitação de uma pessoa já idosa. Já o pai de Janjão não me emocionou, apenas me envergonhou kkkkk.
Também quando saímos de volta pro terreiro pra nos juntar ao resto do povo, todo mundo já sabia. E tudo foi tranquilo.
Aquele foi um dos dias mais felizes e triste da minha vida. Fui abençoado por entrar pra essa família de doidos e palhaços sem neuras na aceitação, mas num dado momento lembrei da minha família, e ali meu mundo caiu; sonhei acordado minha família ser um pouco como eles, e na mente bateu a frustração da realidade sobre aqueles que deveriam desejar minha felicidade, me protegerem da sociedade intolerante, e me dizerem que não é errada minha forma de amar.
Fiquei mais triste ainda quando estávamos na moto vindo pra casa. Janjão pegou no meu joelho esquerdo e acariciou:
- Gostou?
Eu:
- Com certeza sim, amor.
Ele:
- Pena que não posso conhecer sua família, não é? E nem por fotos, já que você não tem nenhuma deles.
Gente, eu já estava pesaroso com os pensamentos acima, e Janjão ainda falou isso. Eu desabei na hora. Felizmente o capacete impediu as outras pessoas nas outras motos verem, já que voltamos juntos pra cidade.
Só vieram desconfiar que eu estava chorando porque o irmão mais velho de Janjão chamou todo mundo pra um barzinho na João Durval (lá imendaram o dia com a noite), e viram meu rosto com cara de choro e meu nariz fungando. Eu disse que bateu um bichinho no meu olho (o visor do capacete estava aberto), só Janjão que percebeu que era mentira... o resto acreditou. Mas ele foi sutil e só me questionou sobre o choro quando chegamos em casa. Eu lhe falei sobre a frustração de não poder apresentar ele a minha família, e pedi perdão por isso. Ele pegou no meu rosto alcançando minhas orelhas:
- Não. Não me peça desculpas porque não é culpa sua. Não cria na sua cabeça uma culpa que não existe. Eu acredito sobre sua família porque sei que grande parte das famílias não aceitam filhos, irmãos, sobrinhos gays. - E me deu um beijo na cabeça.
Da ex racha de Janjão:
Eu confesso, gente, que morro de ciúmes dela, apesar das atitudes de Janjão, que se preocupa em me provar que entre eles rola mais nada. Mas eu fico cismado. Quando Janjão ia lá levar dinheiro da pensão ou algum presente para os filhos, eu ficava numa angústia só. É o único lugar que Janjão vai que ligo pra ele o tempo todo. Ele não se irrita com isso🙏, ele só dá risada. Eu tento não ficar no pé porque ninguém gosta de ciúmes desse jeito, mas é mais forte que eu. Então pedi que Janjão mandasse ela abrir uma conta, e passei enviar pelo aplicativo nem necessidade de Janjão ir lá. Diminuíram as idas dele, mas, para minha tortura, não parou de ir, pois nem sempre os filhos vêm aqui, Janjão também vai lá vê-los ou levar alguma coisa.
Apesar do ciúme eu tenho um pouco de dó da racha, não por eu ser bonzinho, angelical ou coisa parecida, sim porque, repito, quando vejo seu filho especial imagino que seja difícil criar um filho assim sozinha. Ela não arruma ninguém, um namorado, um marido. Me poupe! Ela fica com a carga sozinha e reclama dessa mesma carga. Tem dia que essa mulher chega aqui transtornada e desaba no choro. A depressão e a amargura estão estampadas no semblante dela, infelizmente. A mulher com 27 anos parece que tem 40; parece que se entregou à derrota. Às vezes ela vinha aqui em casa e puxava briga com Janjão e, para os filhos não ouvirem, chamava ele lá pra esquina. Oxi! Eu cortei de Janjão fazer isso, ir lá pra esquina para discutirem, e ele me obedeceu. Como não amar um homem desse, gente?
Ela me trata com cortesia, mas não com simpatia. Quando me vê com Janjão em algum lugar, na fazenda dos pais dele, em algum aniversário de amigos deles em comum, ela tenta mas não consegue esconder a cara de aversão. Ela tenta também me olhar quando troca algumas poucas palavras comigo, mas não consegue. Eu sinto que ela não me engole direito, e só deve me tratar assim porque eu agrado e trato bem os filhos dela. Quando vêm aqui lhes faço um bolo, algum tipo de salgado ou doces, ela aproveita o embalo e se farta também. Faço inclusive pra Janjão levar quando ele vai visitar os filhos. E quando Janjão não tem dinheiro, eu cubro ou completo o valor da pensão dos meninos (emprestado), vez ou outra dou alguma coisa pra eles.
Ah gente, assim, não sou anjo por fazer essas coisas. Claro que faço de coração, mas meu intuito real é agradar Janjão e deixá-lo ele feliz. Não é à toa que esse homem é um doce comigo.
Dos filhos de Janjão:
Eles não sabem sobre nós, ainda não têm idade e o outro é deficiente. Eles me adoram, mas tenho medo do especial, trato ele com muito cuidado.
Dos vizinhos:
A gente nunca abriu a boca pra assumir a relação pra eles, mas com certeza sabem. Os rapazes que estavam aqui quando Janjão me assumiu garantiram que não espalhariam, mas com a circulação de bibas que foi aumentando aqui em casa, novas amizades, foi aumentando a presença de homens e rapazes da vizinhança (aqueles que gostam de pegar bibas pra obter alguma vantagem - não faço isso, mas não critico as yag's que fazem). Então o povo deve saber. Mas não nos destratam, muitos passam me dão um "oi", um "bom dia". Os homens e rapazes me tratam melhor, com mais simpatia porque quase todos são amigos de Janjão, por ele ser muito sociável e comunicativo. É Janjão ficar em casa, maioria das vezes a porta enche pra beberem, falarem assuntos chatos, ouvir reggae, assistir porcaria de jogo que odeio - como se não tivessem TV em casa. Como a sala não é tão grande e as vezes enche de homem, Janjão bota a TV no quintal, aí pronto... foi-se minha paz. Então, unicamente por causa de Janjão, eles me tratam bem, porque antes de Janjão vim morar comigo, mal me davam "bom dia".
Aqui na minha rua não tem bibas (pelo menos se tiver vivem nas sombras), na rua onde Janjão morava que tem duas, mas não temos amizade. Rachas aqui é só "oi", não quero amizade pra não virem pra minha casa.
Do meu trabalho:
Muitos colegas sabem sobre nós porque já levei Janjão a confraternizações. Meu próprio supervisor fez questão de apresentar o casal homoafetivo da empresa (não somos os únicos, lá há outros casais assumidos, tanto no meu setor quanto em outros setores).
Por falar em meu supervisor, ele vem em minha casa de vez em quando, temos um laço legal e bem equilibrado de amizade fora da empresa, mas não é porque criamos esse vínculo que misturo as coisas... ao contrário, é mais um motivo pra eu dar o meu melhor pela empresa sob sua supervisão. Pena que em janeiro ele deixa de ser meu superior, mas a amizade continua.
Traição.
Apesar dele ter feito o que fez, acredito que hoje em dia não me traia. Ele evita amizade, e ficar de conversinha com mulheres (pelo menos pra eu ver); e não fica em turma de gays se eu não estiver junto, a não ser quando vêm bibas passar dias aqui em casa e eu preciso trabalhar, e meu turno é à noite (hoje estou de folga porque um colega me deve um dia). Esse é o segundo motivo de eu querer ir para o diurno, assim não deixo Janjão sozinho com turma à noite, e eu trabalhando de dia igual Janjão, terei mais tempo pra ele. Ganharei menos porque perderei o adicional noturno, mas a companhia do meu parrudo é melhor que esse adicional. Ah, e só dormem aqui as bibas que confio e que não seja uma biba sozinha (tô fora!), apesar de eu saber que mesmo pessoas que nos amam ou que amamos, têm capacidade sim de serem sacanas com a gente, pelo simples fato de serem seres humanos.
Quanto ciúmes de Janjão por mim, ele nunca disse nada, mas eu evito amizade com homens, e evito visita de homens sem ele estar em casa, a não ser quando vem algum instalar algo, fazer algum reparo em internet por exemplo, etc. Gosto de evitar qualquer coisa ou ato que possa gerar algum problema ou desconfiança.
Sobre senhas no celular já comentei com vocês... não existe no nosso, e nossos contatos são geralmente amigos em comum. Ele que tem pessoas da família que não tenho contato, de amigos do trabalho e de pessoas que arrumam serviços pra ele que não estão entre meus contatos.
E nós saímos mais juntos... a passeios, bares, viagens, casa de amigos, de seus pais, irmãos, etc. Não vou em todos os lugares com ele, mas na maioria ele me leva (ele mesmo me chama e eu sinto que ele quer de verdade e gosta da minha companhia).
E eu, graças a meus instintos, não tenho tendências a trair. Até mesmo porque se eu fosse de trair eu já teria feito isso, afinal já estamos beirando os 4 anos de relacionamento.
Os gays "efeminados" que estão lendo isso sabem que nós ouvimos piadas na rua, propostas, etc. E aqui em Feira os caras são assim - apesar da maioria pedir dinheiro. E motivos eu teria pra trai-lo. Janjão tem falhas sexuais? Tem sim. Não faz coisas que tenho vontade de fazer? Com certeza. Algumas ele não sabe que tenho vontade, como por exemplo eu nunca senti uma boca, uma língua no meu rabo (ele chupa minha bunda, minhas costas, enche de mordidas, mas meu cu não - por falta de limpeza não é porque eu mantenho ele sempre limpo, faço chuca quando vou dar, após a chuca ainda me abaixo e lavo com bastante sabonete, após o banho passo óleo deixo bem cheiroso. Saber chupar rabo ele sabe porque com mulher ele deve ter feito - chupar vagina e ânus juntos). Também sou louco pra transar usando calcinha, com o fio apenas puxado para o lado da bunda.
E têm os fetiches que ele sabe e não faz de jeito nenhum, como me dar tabefe na cara enquanto está me comendo ou eu dando boquete nele de joelhos. Ele fala que jamais bateria na minha cara ou jamais me machucaria (depois que eu gozo e o tesão acaba eu acho fofo, mas na hora eu fico morrendo de vontade, até imploro). Também tenho vontade de transar com ele em algum lugar por aí, um motel, uma estrada deserta, numa praia vazia, sei lá. O máximo que fazemos sexo fora de casa é algumas poucas vezes aqui na pia de lavar roupas que fica no quintal, que aliás é delicioso mas, como fico de costas em cima dela, com as pernas pra cima, minhas costas fica toda marcada, ardendo, e já teve uma vez que feriu, porque a pia é de cimento (não cimento liso, sim cimento crespo). Eu evito sexo com ele no quintal porque uma vez quase fomos flagrados pelo filho da dona da casa dos fundos. Tenho certeza que ele percebeu, mas foi bastante educado e discreto, tanto que nunca rolou fofoca na rua sobre isso.
E, amigos, mesmo que eu fosse de trair, meu bonecão inflado não merece uma sacanagem dessas. Ele pode não ser o bacanão, o perfeito, o "faz tudo" na cama, mas o sexo que esse homem me oferece, a pegada que esse homem me dá, me proporciona um prazer tão ardente que me sinto como um vulcão em explosão intensa. Claro que ele me acaba todo até hoje, mas o prazer é sempre ao extremo. Janjão me deixa louco a ponto de perder noção de tudo quando ele me pega (me "panha", como ela fala🤣🤣🤣). Aliás, acho um mistério esse negócio de nós passivos sentirmos tanto prazer no ânus com uma tora toda socada dentro do rabo - kkkkk, porque muito bonitinho não é. Eu não gosto de olhar pra espelhos quando estou trepando porque sinto a maior vergonha (pode ser psicológico), mas Janjão adora; e uma vez ele pegou o espelho grande, colocou no chão, me fez ficar de 4 pro espelho, ele ficou em pé me comendo de um jeito que dava pra ver a rola entrando, e me mandou olhar. Todo vergonhoso olhei e vi aquele anel bem esticado em volta de um rolo grosso🤣🤣🤣. Não achei lindo não, gente; mas o negócio proporciona um tesão deliciosamente arrepiante. E também fiquei abismado comigo mesmo por meu ânus aguentar aquela tora socando ele, parecendo que estava me dividindo ao meio.
Outra coisa... minha ejaculação. Janjão me perturba muito. Se ele tiver me comendo no "frango-assado", de pernas pra cima, "papai-e-mamãe", ou até mesmo se eu estiver sentado no colo dele ou cavalgando de frente pra ele, se meu gozo vier ele arranca a rola do meu cu, pula da cama pra meu esperma não pegar nele e me larga lá sozinho explodindo no gozo; se eu tiver de joelhos, ou dando pra ele em pé de costas pra ele, ou de 4 recebendo ele atrás de mim, quando gozo ele se acaba na risada e fica falando: "Eita porra... Segura, segura... pega guarda-chuva..." (entre outros). Eu não perco o tesão, mas ele não faz cara de tesão quando estou gozando, ele caça palhaçada.
Gente, e essa é minha história com Janjão. Pertinho de fazer 4 anos com ele, não sei se Janjão chegou ao ponto de me amar, mas eu daria minha vida por ele e isso me é o suficiente. Pelo menos suas atitudes e tratamento para comigo demonstram pelo menos um grande afeto, carinho, gratidão; e eu sei que faço muito bem a ele. Prova disso é que a gente não briga, ele não tem motivos para me reclamar, ficar estressado, com raiva, enquanto com a ex-mulher dele, quando moravam nos fundos da minha casa, de cá eu ouvia briga, bate-boca todo santo dia. Ele me disse que é porque ela era preguiçosa, não fazia nada em casa, não arrumava casa, ele chegava do trabalho não tinha nada pra comer, voltava pro trabalho com fome, as vezes comia biscoitos meio-dia no almoço, etc. E que ela na cama parecia uma morta-viva, parecia que não sentia mais prazer em fazer sexo com ele, e muitas vezes o recusava. Apesar de eu sim, criticar ela sobre arrumação e por não fazer comida, compreendo um pouquinho o lado dela, porque, repito, cuidar de um filho especial deve ser difícil (apesar que tem mulher doida que dá conta de tudo, inclusive do marido na cama). Óbvio que eu não defendi ela com Janjão, fiquei calado só ouvindo. Eu gosto de falar só aquilo que eu sei que ele gosta de ouvir. E outra coisa... pra aguentar Janjão em cima todo dia é complicado - kkkkkk. Eu mesmo só consigo dar bunda de 3 em 3 dias, raramente de 2 em 2, e já aconteceu algumas poucas vezes de eu passar 4, 5 dias sem poder dar. Ele larga meu ânus parecendo uma melancia espatifada. E quando Janjão invoca de foder no "papai-e-mamãe", ou debruçado nas costas da gente do começo ao fim do sexo, eu meio-magro, Janjão todo grande, no final estou todo quebrado, exausto, bem cansado, porque o bichinho é bem pesado. Mas eu não fico igual uma múmia, eu entrego uma puta assanhada pra ele saber que meu tesão por ele é explosivo. E faço tudo o que ele gosta ou o que ele manda.
E assim amigos... pra vocês não acharem que eu desenho meu relacionamento como um conto de fadas, essas são as imperfeições do meu relacionamento que para maioria das pessoas são falhas difíceis de suportar, mas que para mim são as imperfeições mais que perfeitas, e quero Janjão do jeito que ele é... chato, abusado, perturbado (capricorniano🤦♂️)... aquele que gosta - mas não exige - que bote seu almoço, sua janta, lhe faça um bolo, um lanche, uma sobremesa... aquele que chega em casa joga a camisa suada no encosto do sofá, bagunça minha pia arrumada, meu guarda-roupas, minha vida... deixa toalha no banheiro ou coloca em cima da cama, joga roupa suja, cueca em todo lugar, menos no cesto de roupa suja... aquele que ronca igual um porco, que as vezes não me deixa dormir quando joga braço, perna pesada em cima de mim no meio da madrugada. Então me diz, qual de vocês não surtaria? Com certeza aí tem gente igual a mim, mas muitos reclamam. E eu amo esse homem desse jeitinho estressante que ele tem, que perturba meu juízo; amo até seus defeitos e mais ainda suas qualidades; todo santo dia agradeço ao universo, ao dormir e ao acordar, por colocar em meus caminhos esse homem que movo céus e terra pra fazê-lo feliz porque ele merece por me tratar com excelência, sempre compreensivo, e quando me irrito as vezes, ele não me destrata.Tipo, ele diz que vai ali no bar tomar uma e jogar uma partida de sinuca, as vezes tem muita mulher lá ou as vezes não quero que ele beba porque ele aposta muita dose de cachaça crua (acho pesado), então não quero que ele vá, ele me dá um beijo na cabeça ou na boca, me fala alguma coisa fofo, e vai, e eu fico aqui revoltadamente dócil e desarmado contra ele. Inclusive amo também suas características físicas que para a sociedade está um pouco fora dos padrões, amo de paixão até seu cabelo parecendo que deu luzes grisalho (adoro😍), e mesmo tendo idade pra ser meu pai (41).
Janjão é a luz que brilhou na minha vida quando eu me senti no escuro, sem perspectiva, sem rumo, amedrontado pelas incertezas que seria minha vida. Ele me fez viver de verdade e me faz todos os dias. Me faz me sentir querido e bem-vindo em sua vida, não me deixar cair, é minha força, minha proteção e minha alegria de viver. Eu nunca imaginei que aquele homem chato conversador, que me chamou nos fundos da casa pra me pedir 2 biscoitos recheados, hoje seria meu namorado e estaria morando comigo. O universo foi muito generoso comigo.
Gente, meu real interesse real aqui não é mostrar que tenho um namorado legal, que sou feliz com ele, nem falar sobre minhas sortes ou dos anjos que apareceram em minha vida, como também não era falar de sexo (contei porque sei que têm aqui uns safadinhos que adoram😈); meu interesse maior é abordar sobre homofobia e sofrimento, e dizer para os gays que ainda estão passando por sofrimentos, que nem tudo na vida é para sempre; o sofrimento pode sim acabar um dia. Por experiência própria eu sei que quando estamos atravessando o caminho da dor, a gente acha que aquilo não terá um fim... eu pensava a mesma coisa quando eu sofria maus-tratos na casa de meus pais, mas um dia acabou, um dia minha vida melhorou, um dia deu certo, e percebi que a vida pode sim mudar de uma hora pra outra, nos trazer surpresas, e o sofrimento pode sim diminuir. Sei que ficam as marcas na alma, sei que depressão não tem cura, os intolerantes destroem nossa mente e deixam sequelas, mas não é o fim. Claro que ainda tenho um ou outro dia de tristeza, mas não há intensidade mais nela, e hoje tenho depressão não mais por ser gay ou pelos maus-tratos dentro de casa, sim porque existe resíduos de uma depressão antiga, mas que não me aflige mais a ponto de não querer mais viver. Depressão não tem cura, mas quando você corre atrás do seu melhor "e consegue", ela perde força. Então seja resiliente.
Gente, enquanto eu digito isso e vocês leem, inúmeros gays - só pelo fato de não gostarem do sexo oposto - estão por aí sofrendo nas mãos de homofóbicos: humilhações, preconceito, violência, privação de alimento, entre tantas coisas ruins, e 99% começa dentro de casa, isso é muito triste. Vamos torcer por um mundo melhor e sem intolerâncias. Pode ser difícil, mas não é impossível.
Meu muito obrigado a todos vocês, amigos, aos que leem mesmo sem comentar nada, e a vocês que me acompanham e deixam sua estrela e seu comentário😇❤❤