BAILE DE MÁSCARAS.
O ESTOPIM DO CONFLITO.
RECAPITULAÇÃO.
No volume anterior um grupo composto por seis amigos viajavam a noite por uma estrada escura. Até que o grupo sofrera um grande acidente que lhe custou três dos quatro pneus do veiculo onde viajavam, furados. Os seis então descobriram um estranho e sombrio bosque próximo do local onde enguiçaram e decidiram se aventurar pelo bosque em busca de ajuda. No local eles encontraram estranhas criaturas e um antigo castelo localizado ao redor de um grande lago. E lá descobriram que os curiosos sons que ouviam eram de um grande baile de máscaras. Mas nem tudo saiu como os eles imaginaram, sendo taxados como invasores e vermes imundos, os seis estavam nesse momento diante de uma possível aniquilação.
CAPÍTULO 1: SALVOS DA ANIQUILAÇÃO.
Ricardo baixou o braço e voltou-se encabulado para perto dos amigos. Os demais amigos pressentiam algo estranho no ar e seus corações se inquietaram bastante. Daniel suava frio, o pobre homem mal conseguia respirar, suas mãos tremiam e seus olhos chegavam a chorar por dentro de tanto pavor. O homem então abriu os braços se preparando para exterminá-los e disse:
- Morram! Vermes imundos!
- Chega! - Gritou um homem se colocando entre o que usava negro e o grupo dos seis amigos.
O primeiro homem, bem decepcionado, baixou os braços e questionou a atitude do segundo:
- Mais uma vez você os defende, irmão? Até quando você continuará a proteger esses malditos seres humanos? Você não ver que a plena extinção é a única coisa que esses malditos merecem?
- Ora. O quê é isso, meu irmão? Você, como sempre, nutre esse ódio pelos humanos. Mas esquece que nem todos compartilham de suas crenças. - respondeu o segundo homem.
- Faz mal ao coração. Tsc. Que tolice! - O primeiro homem fez esse último comentário e retirou-se do local.
Já o segundo, trajando uma vestimenta branca e usando máscara com um símbolo de raio estampado, virou-se para os 3 casais e perguntou:
- Vocês estão todos bem?
- Bem? Nós acabamos de ser completamente ofendidos pelo seu irmão, meu bom senhor - alegou indignado o jovem Ricardo.
- Verdade. De fato, meu irmão possui uma personalidade bastante peculiar. Principalmente quando se trata de humanos. Peço que, por gentileza, perdoem a atitude desrespeitosa de meu irmão. Acho que isso tudo é fruto de seu grande mal humor. Mas isso não é de família, só para constar - cochichou o homem segurando a mão que outrora Ricardo estendera ao primeiro com um largo sorriso estampado no rosto.
- Ah, desse jeito não temos nem como não perdoa-lo? - Brincou Ricardo.
- Fico feliz de ouvir isso. Mas peço que fiquem aqui, está bem?! Não falem nada com ninguém, excetos vocês mesmos e não saiam, de maneira alguma, desse lugar! - Ordenou o simpático homem se despedindo do grupo.
CAPÍTULO 2: OS CINCO TRONOS.
O grupo observou atentamente o desconhecido homem sumir envolto em um grande trovão e reaparecer, logo em seguida, em um canto isolado, ao fundo do salão principal onde estavam dispostos três grandes tronos e outros dois um pouquinho menores. Em quatro desses tronos descansavam dois homens e duas mulheres. No trono da extremidade direita sentava um senhor com trajes azuis e uma máscara trazendo consigo um símbolo de ondas, ao seu lado, uma mulher usando um vestido amarelo e uma máscara simbolizando um pavão, na extremidade esquerda, estava sentado aquele agressivo homem de negro com a máscara representando um garfo, acompanhado por uma figura feminina de vestes castanho-claro com uma máscara de romã lhe cobrindo o rosto e eis que bem ao centro o homem de branco e máscara de raio se acomodou junto aos demais.
Os demais integrantes daquele baile de máscaras se voltaram todos diante do quinteto disposto sobre os tronos, ignorando totalmente as presenças dos seis penetras. Ao grupo de amigos coube somente ficar imóvel e em silêncio com grande expectativa do que poderia acontecer com eles. Ellen reparou o estado atual de Daniel e perguntou o que se passava. O que estaria por perturbá-lo. E ele respondeu:
- Não tenho certeza, bebê. Mas acredito que estamos diante dos Deuses gregos - afirmou Daniel apreensivo.
- Hã? Dos Deuses gregos, Daniel? - Indagou Bianca.
- Ah, fala sério, mano. Que mané negócio de Deuses gregos, Daniel?! - Ricardo relutou acreditar no amigo.
- Se eu fosse vocês dois, eu ficaria bem caladinho e quieto, como Zeus ordenou. Pois Hades, imperador do Inferno não é de brincadeira e sempre cumpre o que promete! Ah, e se estiverem curiosos, as pessoas sentadas sobre aqueles cinco tronos são, respectivamente, da esquerda para a direita: Hades e sua esposa Perséfone, Zeus e a companheira Hera e, por fim, Poseidon - explicou Daniel.
- Caros amigos. Como vocês puderam perceber nossa confraternização anual sofreu um pequeno imprevisto este ano. E agora nos resta decidir o que fazer a seguir - informou o homem de branco denominado por Daniel como Zeus.
- Decidir? Não há nada a ser decidido, irmão. A questão é muito simples. Aqueles reles mortais invadiram nossa festa, tiveram a audácia de tentar me tocar com suas mãos imundas e agora precisam ser eliminados - exclamou homem de negro. - É o que toda essa espécie de parasitas imundos, merece. Essas abominações que matam umas às outras, travam guerras em nossos nomes, como se tivéssemos alguma coisa a ver com sua selvageria; matam; roubam; mentem; trapaceiam; destroem o meio-ambiente; e, ao final de tudo, ao invés de assumirem a responsabilidade de seus atos grotescos, culpam a nós por, supostamente, tê-los abandonados em um vasto mundo sem qualquer orientação, sem qualquer ajuda. E isso é só a ponta do gigantesco “Iceberg”! - ressaltou.
Nesse instante, Zeus baixou e balançou a cabeça reprovando a atitude de Hades e a algazarra se generalizou. Uns apoiavam o argumento do Deus do Inferno, outros o recusavam, mas os terceiros não eram nem a favor nem contra a situação apontada pelo irmão de Zeus.
- Pai, se o senhor me permitir, eu gostaria de dizer algo a respeito dessa questão - uma mulher vestindo rosa com uma máscara estampada com uma lança e um escudo pediu a palavra.
- Muito bem, Atena. Manifeste-se, minha filha.
- Eu estive caminhando entre os homens por um longo tempo – explicou ela. - Estudando seu modo de ser. E sim, é verdade que eles podem ser corruptos, mentirosos, procuram qualquer motivo para declarar guerra a outros, matam seus semelhantes... Mas são bastante leais a seus companheiros; são trabalhadores; não baixam a cabeça diante das dificuldades que surgirem; são alegres. E por mais que as coisas estejam feias, eles apoiam um ao outro e a união de suas forças move montanhas.
Zeus acatou a posição apresentada por Atena, enraivecendo ainda mais o irmão Hades.
- Meu pai, por favor - chamou sua atenção uma outra mulher vestindo vermelho e sua máscara trazia um detalhe em forma de coração - Daniel logo comentou com os companheiros que aquela seria Afrodite, a Deus do Amor, figura que interessava bastante Ricardo e Bianca, eles que adoravam tudo relacionado a desventuras amorosas, era ela a única Deusa que conheciam.
- Sim. Pode falar, Afrodite.
- Concordo com minha irmã Atena – afirmou a Deus do amor. - Eu também andei entre os humanos recentemente e posso garantir que, em parte, são defeituosos e prejudicais ao bem-estar do planeta Terra e os demais seres vivos que nele habitam. Todavia eles são o ponto de equilíbrio entre o Bem e o Mal no Universo. Eles amam; eles nos veneram em ocasiões específicas; alguns são gratos pelas bençãos que recebem de nós, outros, por suas vezes, nem tanto, mas de uma coisa eu tenho absoluta certeza não há nada que os humanos não sejam capazes de realizar para proteger aqueles que amam, mesmo diante do menor sinal de perigo.
- Ah, mas é claro. Eles são ruins e ao mesmo tempo bons. Que ridículo! - Indignou-se Hades.
Um enorme silêncio conjunto tomou conta do lugar. Os Deuses, mascarados, permaneciam imóveis apenas esperando uma decisão de Zeus, rei dos Deuses e senhor do trovão. O grupo de amigos seguia envolto em uma incessante tensão.
CAPÍTULO 3: ATRASADOS.
- O que é isso, meus filhos e netos? Por quê esse clima frio e sombrio? Está parecendo até o reino governado por Hades. Não deveria estar rolando um grande baile nesse castelo? - Uma voz se espalhou por todo o interior do grande salão principal do castelo.
Era um senhor de idade avançada com barba e cabelos compridos, corpo um pouco curvado. Movia-se com certa lentidão, acompanhados por três senhoras, aparentemente, um pouco mais jovens que ele.
- Zeus. Poseidon. Hades. O que vocês andaram aprontando agora? Qual o motivo dessa discussão? -Perguntou o senhor ao se aproximar dos cinco tronos onde os três maiores deuses do Monte Olimpo e suas esposas se faziam presentes.
- Hera. Jovem Perséfone. Como vão? - finalizou.
Hera respondeu um tanto ofendida pela maneira cordial do ancião se dirigir a Perséfone:
- Sogro/pai, se quiser pode me chamar de bela Hera – ao que o ancião respondeu com um simples sorriso sarcástico. - Pensei que não viria mais. Está bem atrasado, não?! Vejo também que trouxe companhias dessa vez.
- Mas é claro, querida nora. Ou você pensa que escapar do Tártaro é tarefa fácil? Se fosse nós, os Titãs não ficariamos presos naquele local horrendo por Eras. É algo que me dou ao enorme trabalho somente uma vez por ano. Quanto a minhas companheiras, bom, uma é minha esposa Reia, as demais são duas de minhas irmãs que ultimamente precisavam bastante respirar um pouco de ar puro, sabe?!
Os três grandes Deuses fizeram uma breve reverência ao ancião, cumprimentando-o:
- Pai.
- Olá. Como têm passado? - indagou o ancião. - O que eu quero mesmo saber agora é porque esse baile está tão decadente.
- Bom, pai... - Zeus tentou explicar sendo interrompido por Hades.
- Acontece pai que este ano nosso baile foi invadido por reles humanos! -
- Não diga. Verdade Hades? - comentou o ancião com cara de espanto e incrédula.
- Sim, meu pai. Pode confiar em minhas palavras e ainda um deles ainda teve a audácia de tentar encostar sua mão imunda em meu corpo.
- Sério mesmo? E eles eram tão imundos parasitas como os demais?
- Hahaha - a multidão a esse momento não se conteve e caiu na gargalhada inclusive o sexteto que continuava no mesmo local em que o Zeus ordenou que ficassem. Como não obteve qualquer resposta da parte de Hades, o senhor brincalhão voltou a zombar:
- Pela sua expressão facial, Hades, creio que esses humanos eram, de fato, tão sanguessugas dos recursos da Mãe Natureza quanto sua mente pode imaginar. Você já os exterminou? Bom. Isso é uma pena. Adoraria tê-los conhecido. - Nesse último comentário o ancião se mostrou um tanto mais irônico que antes e novamente todos riram bastante.
CAPÍTULO 4: VELHO NÃO. JOVEM A MAIS TEMPO.
- Não seja por isso, pai – falou Hades apontando para o grupo de amigos - ali estão eles.
O ancião então se virou para trás e comentou ao avistar os seis: humanos
- É mesmo. Nem percebi suas presenças ali.
- Sua visão já não é a mesma não é, pai?! É um dos problemas que aparecem quando se é velho. - comentou Hades.
- Velho? A quem está chamando de velho, Hades? Eu não sou velho, garoto. Sou jovem a mais tempo, somente isso. - respondeu o ancião erguendo o dedo indicador direito para o ar.
- Ora. Ora. Ora. O que temos aqui? - Cronos questionou analisando o grupo - esse é um distinto e bem interessante grupo, não?!
- Sim, pai, deveras – respondeu Zeus.
E dirigindo-se ao grupo, o ancião, falou:
- Prazer em conhecê-los, meu nome é Cronos, o Deus do Tempo e um dos doze Titãs. Bom. Deixem-me adivinhar, por gentileza, vocês são Daniel e Ellen, um belo casal de amigos que sempre anda para cima e para baixo perto um do outro, com um grande respeito mútuo e sem um pingo de coragem para assumir seus reais sentimentos... - comentou o ancião deixando o casal totalmente desconcertado – Mas que desperdício de um grande e belo amor, não?!... Já vocês são Bianca e Ricardo. Aqui se encontra um casal de, como é que vocês se denominam? - Indagou ele. – Ficantes! – Gritaram os demais amigos. - Ah é, ficantes. O curioso é que quase não se nota diferença alguma entre vocês dois. Ah e, só para constar. Seu amigo Daniel tem toda razão, jovem Ricardo. Hades, como vocês bem puderam ver, não é uma pessoa, quero dizer, Deus, com quem se possa brincar. Diferente de alguns outros, ele possui um grande ódio e nojo particular pela sua espécie. Se Zeus não intervisse vocês já não existiriam. E vocês dois, suponho eu, seriam os primeiros a serem eliminados, pois o seu tipo mimado, egoista e irresponsável, é o que Hades mais odeia dentre os humanos. Ei, o mundo é muito mais do que apenas vocês dois, garotos. Compreendem isto!
Ricardo e Bianca ficaram arrasados ao ouvir aquelas palavras de Cronos. Era como se suas vidas inteiras não fizessem mais sentido. Naquele instante eles perceberam que nem sempre haverá serviçais e mais serviçais para fazer tudo por eles e que chegaria o momento no qual eles mesmos teriam que se desenrolar.
- Por fim: Alex e Lily. - Cronos finalizou. Grandes amigos, quase como irmãos. Mas aí que está: quase não é o mesmo que serem irmãos. Assim como os dois primeiros, vocês também possuem um forte amor um pelo outro bem lacrado no mais profundo de seus corações. Fora isso acho muito lindo a forma como você sempre a protege daquele seu patrão abusador, Alex. E Lily, sua integridade moral de nunca ceder as investidas daquele homem, mesmo com a promessa de um salário 3 vezes maior é simplesmente admirável. Meus parabéns aos quatro!
Cronos olhou de um lado a outro, coçou a cabeça branca e então perguntou:
- Então, essa é toda a questão? Vocês entraram nesse castelo e, Hades sendo Hades, decidiu ser conveniente eliminá-los da face terrestre e agora os Deuses estão reunidos para decidir o caso, correto?!
- Sim – responderam os seis amigos.
- Foi o que pensei. - falou Cronos se virando para os Deuses que assistiam a cena. - Bom, em primeiro lugar, que tal esquecermos a tradição este ano?
- Como assim, pai? - Indagou Zeus.
- Bem... Estou falando dessas incômodas máscaras. Até parece que cada Deus aqui presente é estranho aos outros.
O ancião levou uma mão ao próprio rosto e removeu a máscara cor de ébano que usava expondo sua verdadeira face. A ampulheta que outrora girava estampada naquela máscara jazia agora inerte sobre o tapete vermelho estendido ao solo do grande salão principal.
- Eu nunca gostei dessas máscaras mesmo, Zeus. Olha só. Agora eu posso, enfim, respirar um pouco de ar puro. Muito diferente do ar sepulcral do Tártaro. - comentou o Deus do Tempo inspirando profundamente o ar do local.
CAPÍTULO 5: A VOTAÇÃO.
Os Deuses se reuniram juntamente aos atrasados e os cinco dispostos em seus respectivos tronos.
- Antes de mais nada, há uma questão que deve ser levada em conta antes de qualquer tomada de decisão - falou Cronos e voltando-se para o grupo, perguntou - afinal de contas pessoal, o que de fato vocês vieram fazer aqui, justamente, neste castelo?
Ricardo, Bianca, Alex e Ellen trocavam cotoveladas uns contra os outros. Nenhum deles gostaria de assumir essa responsabilidade para si mesmo. Até que apontaram seus olhares na direção de Daniel depositando, no amigo, suas últimas esperanças de se salvar de um destino cruel. Daniel respirou fundo e após olhar exclusivamente para Ellen, falou:
- Tudo bem.
- Por favor, aproxime-se, Daniel. - Convidou Cronos enquanto Daniel se levantava do chão.
- Bem, nosso carro enguiçou numa estrada próximo daqui senhor Cronos. Passados alguns minutos ouvimos sons parecidos com músicas vindos de longe até que encontramos um bosque e decidimos encontrar a origem dos sons em busca de quem pudesse nos socorrer.
- Então vocês não invadiram esse castelo?
- Bom, tecnicamente, nós o invadimos, senhor Cronos.
- Tecnicamente? - perguntou uma das senhoras que acompanhavam Cronos e, como ele, removendo a máscara com um símbolo de balança estampado de seu rosto e trajando um vestido de cor cinza.
- Sim, minha senhora – respondeu Daniel. Mas seus amigos não se mostravam muito satisfeitos com sua atitude. - O caso é que, seguindo os sons que ouviamos percorrendo o bosque encontramos este castelo e decidimos adentrá-lo para pedir ajuda.
- Então vocês entraram no castelo com um único propósito de receber auxílio para o seu problema?
- Exatamente, senhora Têmis.
- Interessante. Você poderia ter omitido todos esses detalhes. Poderia simplesmente negar que entraram no castelo, sem apresentar qualquer outra informação. Mas sua honestidade o impediu de fazê-lo. Você demonstrou ser diferente da maioria dos humanos. Pelo menos, o tipo de humanos que desconhecem seus atos quando lhes é conveniente. É humilde perante nós, os Deuses. Contudo, mesmo com toda essa sua honestidade, você é incapaz de assumir seus reais sentimentos por sua amiga Ellen. Não que você os negue ou não tenha conhecimento de sua existência, mas sim por temer ser rejeitado ou que isso acabe por estragar sua relação com a moça. É triste. E também curioso. Vocês humanos sempre se superam. Quando penso que comecei a compreendê-los, vocês me surpreendem. Muito bem!
Têmis levou um dedo a boca como quem ameaçasse roer as unhas e, por alguns segundos, manteve-se pensativa.
- Daniel, só para saber, há algum outro detalhe que você julgue necessário me contar?
- Bem, no caminho para cá encontramos muito animais vivendo no bosque. Além de belas ninfas do tipo Alseides. As ninfas se assustaram quando tentamos nos comunicar com elas.
- E o que vocês fizeram a seguir?
- Uns ficaram bastante indignados com o caso enquanto os demais compreenderam a situação. Éramos figuras totalmente estranhas ao seu universo e isso acabou gerando um grande pavor entre elas.
- E isso é tudo?
- Sim.
- Verdade?
- Sim. Após o ocorrido com as ninfas nós seguimos nosso caminho até encontrarmos este castelo e o final da história a senhora já sabe.
- Posso ver plenamente. Muito bem, Daniel. Isso é tudo. Pode se juntar a seus amigos. Obrigada por sua cooperação.
- Disponha, minha senhora – respondeu o rapaz voltando ao lugar onde seus cinco amigos estavam.
A votação então ficou empatada seguindo o esquema abaixo ilustrado:
• 50% dos Deuses votaram a favor da eliminação de Daniel e seus amigos;
• 25% dos Deuses votaram contra a eliminação de Daniel e seus amigos;
• 25% dos Deuses se reservaram o direito de não opinar a respeito deixando claro que não eram nem a favor e nem contra os humanos, e estes, tinham tanto direito de viver como qualquer outra criatura existente no Universo.
CAPÍTULO 6: A SEDUÇÃO DE BIANCA.
Com a votação empatada, restou a Zeus a palavra final que decidiria o destino dos seis viajantes. Os nervos de todos os envolvidos estavam à flor da pele. E Bianca resolveu que não aceitaria a morte assim de forma tão submissa. A garota se levantou do chão e, caminhando na direção dos cinco tronos, pediu diretamente a Zeus um minuto de seu tempo.
- Pois não, jovem Bianca? Pode falar.
- Sabe, senhor Zeus? - Falou a moça - eu estava ali na minha, de boas, junto dos meus amigos esperando pela sua decisão e, bom, eu meio que me recuso a entregar os pontos assim tão fácil
Zeus olhou a garota atentamente de cima a baixo e logo em seguida, perguntou:
- Como assim, jovem Bianca?
- Bem... - Respondeu Bianca. - Talvez aja algo que eu possa fazer para impedir o terrível destino que nos aguarda.
- Terrível destino que os aguarda? Mas eu ainda nem tomei minha decisão, querida.
- Assim, senhor Zeus. Há alguma coisa que eu possa fazer para remediar a nossa situação? - Indagou Bianca dando uma piscadinha de olho na direção de Zeus.
- Eu não sei o que você poderia fazer, jovem Bianca – respondeu Zeus. - Sinto muito. Mas não consigo enxergar esse cenário.
- Bem, quem sabe nós encontramos uma forma? - Perguntou Bianca mordendo os lábios.
Zeus se endireitou sobre o trono, inclinando-se um pouquinho para frente e bastante interessado, comentou:
- Prossiga!
Bianca então prendeu o cabelo em um rabo de cavalo.
- Prossiga, minha jovem! - Ordenou Zeus dando uma singela lambida em seus lábios.
- Bem, será que eu posso?... - Indagou Bianca apontando para os pés do grande Deus.
- Ora, por que não? Por favor. Aproxime-se querida.
- O senhor é quem manda – respondeu Bianca se ajoelhando perante os pés de Zeus.
A essa altura, tanto os demais deuses quanto os amigos de Bianca assistiam aquela cena atordoados, tentando compreender o que se passava ali. Ajoelhada aos pés de Zeus, Bianca esfregava as mãos sobre as pernas do Deus. Zeus, por sua vez, suspirava e observava Bianca como quem aguarda ansiosamente seu próximo passo e descobrir suas reais intenções. Bianca movimentava as mãos livremente pelas pernas de Zeus, subindo cada vez mais até alcançar o local onde elas se encontram. Zeus passou a suspirar com mais vigor ao sentir as mãos de Bianca tocando sua genitália. Hera, esposa de Zeus, virou o rosto enraivecida. O descontentamento da rainha dos deuses era tamanho que ela não se dispunha nem a olhar aquilo, isso prevendo o que sucederia ali.
- Prossiga, minha jovem! - Zeus tornou a comandar. - Sobre o que você desejar me falar?
- Pois não. O senhor manda.
Bianca, sem mais delongas, pôs uma das mãos para dentro do traje branco usado por Zeus e com a outra foi removendo parte dela, abrindo caminho para a total exposição de seu pênis já ereto. O público permaneceu imóvel e silencioso. Os amigos da garota perguntavam a si mesmos o que ela estaria fazendo. Ricardo estava especialmente indignado com tudo aquilo. É verdade que eles não passavam de meros ficantes, mas ele ser obrigado a ver a jovem Bianca naquela situação, preparando-se para agradar oralmente o deus do Trovão era algo totalmente inesperado. E isso inquietava seu coração. Alex e Lily estavam chocados com a atitude de Bianca, Daniel, por outro lado, se mostrava nada surpreso com aquilo. Era como se ele já esperasse por algo semelhante vindo da amiga. E Ellen virou o rosto para o peitoral de Daniel ao que foi recebida com um afago nos cabelos.
Bianca segurou o pênis de Zeus com uma das mãos.
- Hum, está sequinho – comentou a moça salivando na mesma mão e voltando a agarrar o órgão do deus - agora está bem melhor.
- Isso. - Falou Zeus. - Assim mesmo. É assim que o papai gosta.
- Assim? - Indagou Bianca balançando a genitália de Zeus para frente e para trás.
- É. Bem assim mesmo que eu gosto.
- Que bom - comentou Bianca utilizando o pênis de Zeus para surrar o próprio rosto.
- Bom?
- Fico feliz que estou fazendo direitinho.
- Muito mais que bom, minha querida! - Afirmou a divindade de olhos arregalados e bastante surpreso com a performance ousada de Bianca.
- O senhor gosta quando bato seu pênis no meu rosto? - Indagou Bianca repetindo o ato.
- Gosto muito! - Exclamou Zeus.
- Bom. Nesse caso, acho que o senhor gostará ainda mais disso.
Bianca iniciou um movimento de vai e vem masturbando o pênis ereto de Zeus que repousava em sua mão bem diante de seu rosto. A Zeus coube apenas gemer de prazer. A doce e jovem mão de Bianca deslizava pela extensão de seu cacete, subindo e descendo sem qualquer atrito. A moça já não tinha qualquer pudor, masturbava o pênis de Zeus com técnica e velocidade. Ora com o clássico movimento de cima e abaixo, ora girando a mão como uma chave de fenda torce um parafuso (a diferença é que, nesse caso, Bianca apenas girava a mão no cacete de Zeus sem aplicar nenhum tipo de força ao ato), ora encostava as unhas das mãos na glande. Bianca seguia com a ponheta de forma talentosa e ritmadamente ao passo que seu companheiro “romântico” gemia e suspirava de tesão. Hera a essa altura cerrava os punhos de ódio, mas se recusava a olhar para o “casal”. E, de repente, Bianca resolveu aumentar ainda mais a temperatura do momento levando a própria boca de encontro a glande de Zeus. E nesse mesmo instante Bianca parou por um breve momento, abriu a boca ameaçando colocá-lo para dentro de si e tudo que fez foi dar uma voltinha com a língua ao redor da “cabecinha”.
- Uau! - Gritou Zeus. - Que delícia, menina. Assim minha princesinha, continue assim.
Zeus pôs as mãos sobre os cabelos de Bianca pressionando sua cabeça para baixo e forçando a jovem a lhe abocanhar o cacete. E, assim, Bianca se engasga e libera para fora da boca uma certa quantidade de saliva.
- Hum. Calma gatinho - comentou Bianca limpando a saliva da boca e recompondo-se.
Zeus a olhou com sangue nos olhos. Provavelmente furioso por ela estacionar seu trabalho o deixando na vontade e disse:
- Calma? Você me excita, sua ninfeta e ainda me pede calma? Anda chupa logo essa caceta bem gostoso, vai.
- Ok, seu danadinho. Se você quer, então vem cá para eu chupar gostoso essa rola, vem – disse Bianca pondo outra vez a rola de Zeus dentro da boca – vem cá que eu vou engolir esse pauzão.
Bianca sugava e mamava como se a rola do senhor do trovão fosse a última do mundo. Zeus se contorcia sobre seu trono envolto a gemidos e sussurros de prazer mais parecidos com “ai delícia; isso, é assim mesmo; vai até o fundo, tesão; continua; não pára, cachorrinha”. À medida que Zeus proferia tais palavras/expressões, Bianca se animava e intensificava ainda mais a velocidade com que chupava o cacete do rei dos deuses. Sua boca era terrivelmente castigada naquele intenso sexo oral tanto por Zeus que puxava sua cabeça para baixo quanto pela própria Bianca que o mamava com voracidade liberando a cada engolida novos “glup, glup”.
De repente, estendeu-se pelo grande salão principal do castelo sonoros e repetitivos gritos de “Ah” e o som de “Érr”. Eram, esses sons, as representações sonoras do orgasmo de Zeus diretamente a boca de Bianca e desta já não suportando todo o conteudo interno da sua boca e, literalmente, vomitando a mistura entre sua saliva e o esperma de Zeus.
CAPÍTULO 7: A VINGANÇA DE HERA.
- E então, fofinha? - Perguntou Hera olhando ameaçadoramente para Bianca que limpava os restos de saliva e porra de sua mão e boca. - Você já terminou de se recompor?
- Só um segundo, babe – respondeu Bianca um tanto iludida.
Zeus ainda pensou em intervir nos planos da esposa, mas Hera se adiantou e segurou o pescoço de Bianca com a mão direita, dizendo:
- Espero que você tenha se divertido bastante com o boquete que fez em meu homem, garota. Pois foi o último da sua vida humana.
- Espera aí! Como é? O quê? - Indagou Bianca atordoada sem compreender nenhuma simples palavra dita por Hera.
- Eu compreendo que suas intenções eram puras e seu desejo era salvar a si mesma e seus amigos. Mas isso não justifica você se atirar sexualmente para cima de Zeus.
- H-h-ã... - Bianca gaguejava, mas sua boca nenhuma palavra pronunciava.
- Você aprontou, sua fedelha e agora, está na hora do seu castigo. A partir desse momento você lembrará da sua audácia em seduzir o esposo de outra e a consequência que este ato traz.
Hera largou o pescoço de Bianca e apontou os braços para a jovem. De repente o corpo da garota começou a sofrer uma transmutação. A garota se largou ao chão e gritava de dor enquanto seus membros superiores e inferiores eram transformados em patas animalescas portando grandes cascos em suas extremidades; seu corpo esbelto de uma boa patricinha se alargava e aumentava de tamanho mais e mais; suas orelhas triplicaram de tamanho; no rosto de Bianca nasceu um grande focinho com uma larga boca e um par de chifres na parte superior; a virilha de Bianca se uma grande bolsa com longas tetas e, para finalizar, uma cauda que se seguia do que, antes era seu ânus.
- Pronto. Agora, sim. - Comentou Hera. - Ah, antes que me esqueça, um pequeno presente para que você nunca esqueça o que fez.
Hera então criou um cordão de ouro carregando um pequeno sino de mesma cor e colocou-o em volta do pescoço de Bianca.
- Você está divina, “BABE”!
Essas foram as últimas palavras pronunciadas por Hera em relação a Bianca.
(CONTINUA)...