Durante aquela noite, Pièrre começou a sonhar. No início era uma lembrança de quando ele e Jean, aos 16 anos, participavam de um festival em Saint-Denis. Muitas pessoas estavam ali na praça central, comemorando o aniversário da cidade. “Pièrre, venha para mim! Venha para mim!” – Uma voz sussurrava e era como se viesse de todos os cantos naquela praça cheia de gente. Pièrre olhava em volta e não sabia quem chamava seu nome. No coreto, ali no meio da praça, um rapaz tocava lindamente sua flauta, sendo admirado por um grupo de pessoas à sua frente. Do meio da multidão, surge Jean Roche, sorridente. Ele estende a mão em meio às pessoas e puxa Pièrre, e os dois saem andando entre a multidão. A voz ainda ecoa, mas Pièrre a ignora, concluindo que é coisa de sua cabeça. Os dois garotos saem da multidão e seguem em direção à floresta do outro lado da ponte, por onde há um caminho estreito.
No meio do caminho, Pièrre vê algo brilhar no chão entre as folhas secas; era um relógio que refletia a luz do sol que penetrava entre as copas das árvores. Ele solta a mão de Jean para pegá-lo, mas Jean continua correndo. Após guardar o relógio no bolso, Pièrre corre atrás de Jean, mas não o vê. No meio do caminho, ele se perde, e enquanto anda entre as árvores, procurando a direção certa, ele tem uma sensação de que está sendo observado. De repente, começa a ouvir a mesma voz de antes “Pièrre, venha para mim!”, que agora está mais alta e com um tom mais autoritário. Ele grita em resposta “Quem é você? O que quer de mim?”, mas a voz apenas continuava a chamá-lo. Um medo terrível, um pavor, toma conta dele. Então, ouve: “Pièrre, cadê você?” Ele reconhece a voz de Jean, que vinha da direção oposta a que ele seguia, e então consegue chegar no casebre abandonado.
Porém, quando passa pela porta, ele entra em uma sala grande e escura, bem decorada, com móveis finos e chiques. Nas janelas, as lindas cortinas bordadas estão fechadas. Ao olhar para frente, se depara com Paul Cartier de pé, tomando uma taça de vinho e olhando fixamente para ele. Pièrre olha para um espelho e se vê na idade atual e fica confuso. Ele pensa em sair, mas Paul, se aproximando, o puxa para si e lhe dá um beijo ardente. “Finalmente, você é meu!” Pierre se entrega. As mãos de Paul deslizam pelo corpo dele como que mapeando cada curva, cada músculo, cada marca, e chega ao seu peito para sentir seus finos pelos. Ambos gemem, famintos, sedentos por sexo. Logo as roupas são jogadas ao chão e os membros eretos balançam tocando-se, e eles mexem os quadris sensualmente, fazem movimentos pélvicos um contra o outro.
Sem perder tempo, Paul cospe na cabeça do seu pau, e começa a forçar entrada no orifício apertado e quente de Pièrre, que está de joelhos sobre uma poltrona. Ele sente um misto de medo, dor e prazer; ele não queria fazer sexo com aquele homem, mas estava dominado por um tesão avassalador; quando o músculo duro lhe penetra, a dor fica em segundo plano e o prazer aumenta, fazendo-o parar de resistir. As estocadas iniciais de Paul são lentas e profundas para que seu cu se acostume com a estaca, o que acontece rapidamente. Enquanto o penetra, segurando-lhe com uma das mãos pela cintura, Paul alcança o pau de Pièrre, que está bastante duro, e lhe masturba com precisão, passando o polegar pela cabeça rosada lubrificando-a com o pré-gozo que sai fartamente dali. Eles mudam de posição – Pièrre vai para a poltrona maior, apoiando-se sobre as pernas dobradas e Paul por trás, na mesma posição lhe fode enquanto o abraça. Paul intensifica e acelera as estocadas enquanto masturba o pau do rapaz, fazendo Pièrre gemer alto e gozar fartamente. Paul continua metendo com força e então mudam novamente de posição. Ele se deita no tapete no chão e Pièrre, de frente para ele, senta em seu pau, e começa uma cavalgada intensa, subindo e descendo no mastro; minutos depois, Pièrre chega ao ápice novamente sem tocar na própria rola. Os jatos de porra alcançam o peito e o rosto do ruivo, que passa a mão e lambe o gozo. Finalmente Paul o coloca de bruços, ajuntando suas pernas para sentir suas nádegas e ergue seu próprio corpo. Ele mete com força, e o contado de sua pélvis com as nádegas redondas de Pièrre fazem barulho, que ecoa naquela sala. Paul começa a gemer alto e penetra o jovem profundamente, gozando dentro dele. Pièrre sente os jatos de porra lhe encherem o cu e seu corpo inteiro se arrepia de tesão. Nesse instante, Pièrre sente que vai desmaiar.
Paul se levanta, e agora ele parecia mais alto do que no início... ou será que é fruto da visão embaralhada de Pièrre? O ruivo lhe pega no colo, e sai andando com ele, ainda nus, até a porta. Ao cruzá-la, o ambiente muda novamente, e eles estão na floresta. Logo à frente está a casa abandonada. Paul entra pela porta e coloca Pièrre no chão e sai andando até a janela.
“Aonde você vai?”, Pièrre diz com voz fraca, ao que o homem lhe responde “Vem e vê. Aqueles que você ama estão em perigo.” Ele olha pela janela e vê Jean e Nathalie fugindo, cada um em um caminho diferente na mata; os caminhos são paralelos. Eles estão cansados de tanto correr. Nathalie, sem aguentar, cai no chão, e ao se levantar, uma sombra a envolve. Ela se levanta e continua a correr, agora junto com a sombra. Jean, no outro caminho, continua correndo, mas aos poucos ele tropeça e cai no chão. Pièrre se desespera com a visão e deseja sair da cabana para ajudar seu amante, mas Paul o segura e diz: “Você não poderá fazer nada, você não pode vencê-lo daqui”. “Vencer quem?” – perguntou, mas não houve resposta. Eles voltam a olhar pela janela, e agora Jean está escondido atrás das árvores. No caminho, um vulto vem em alta velocidade em sua direção. Nesse instante, Paul segura Pièrre pelo rosto e seca a lágrima que escorre em suas bochechas. “Se me permitir, podemos salvá-lo juntos”.
Pièrre acorda do sonho apavorado, puxando o ar para seus pulmões, fazendo grande barulho. Seu corpo está todo molhado de suor, e sua ceroula está molhada de gozo, fruto de uma polução noturna.
- Rapaz o que aconteceu? – Anthony pergunta assustado, se aproximando da cama dele.
- Temos... que ir... temos que voltar!! – respondeu ele ainda sem fôlego.
- Calma, amigo. Venha pra janela para respirar.
Anthony o levantou e o levou até a janela para tomar ar fresco. Não teve como não notar o suor, a ceroula molhada de esperma e o pau ainda ereto do amigo. Pièrre recuperou o fôlego e foi ficando mais calmo aos poucos. Quando estava melhor, contou o seu sonho para Anthony, omitindo a parte em que transa com Paul Cartier.
- Olha, eu achava que você estava apenas preocupado com o Jean, mas agora isso está ficando estranho. O que quer fazer?
- Não sei. Acho que deveria voltar, mas ao mesmo tempo acho que estou perto da verdade. Talvez você poderia voltar e trazer notícias para mim.
- Ah, não sei. Pode ser perigoso. Bom, podemos voltar para Paris juntos e passar alguns dias lá. Depois retornamos para cá e continuamos a investigar.
- Vamos pensar melhor. Talvez isso não passe de um pesadelo e não podemos correr o risco de tomarmos uma decisão baseada em um pesadelo. Concorda?
- Você pode estar certo. Afinal, já faz tempo que tenho isso e nada aconteceu.
- Quando amanhecer, podemos ir na estação conferir o horário do trem para Paris e então poderemos decidir.
- Combinado!
- Agora vá tomar um banho e lavar esse gozo da calça.
Os dois riram e Pièrre seguiu para o banheiro.
O relógio marcava 4:15 da manhã. Anthony voltou para sua cama. Como estava sentindo o friozinho da madrugada, vestiu uma camisa e se cobriu. Ficou pensando no sonho de Pièrre, mas pegou no sono antes que ele saísse do banheiro. Após o banho, Pièrre se deitou, mas não conseguia dormir. Pensava no sonho e no que significava tudo aquilo.
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Paris, minutos antes.
- Jean Roche, o que você faz aqui?
- Eu também fui pego por esse homem, esse vampiro.
- Então eu não estou delirando? O Marcel é um vampiro? Isso existe mesmo?
- Por incrível que pareça, é verdade.
- E o que ele faz com você aqui?
- Ele vem quase todo dia, me induz a ter relação com ele, e depois me morde, sugando muito sangue.
- Foi isso que ele fez comigo lá fora.
- E como o conheceu?
- Minha irmã Claire... Onde está a minha irmã? Meu Deus, o que ele fez com ela?
- Bom, aqui ele não a colocou.
- Precisamos sair daqui.
- Com certeza.
- Você não me contou como você o conheceu.
- A Claire me convenceu a sair com ela, e aí conhecemos o Marcel e ele nos convidou ao restaurante dele. Depois disso... bom, estou aqui e a Claire eu não sei... lembro vagamente de dois homens... Acho que eles a morderam também.
- Entendi. E o seu bebê?
- Que bebê?
- Lá na estação, aquele dia, você me disse que estava grávida.
- Não estou. Eu menti, pois queria você longe do meu marido depois que descobri o casinho de vocês.
- Sra. Montagne, me desculpe, mas não temos um casinho. Nós nos amamos desde que éramos garotos.
- Não me venha com conversa fiada! O que vocês têm é falta de vergonha na...
Nesse instante, Marcel entra pela porta segurando uma lanterna. Ele estava sem camisa, usando apenas uma calça e sapatos nos pés.
- Olá Sra. Montagne! Que bom que acordou!
- Marcel, o que você quer de mim?
- Calma! Vou explicar tudo.
Marcel colocou a lanterna em uma mesinha que estava perto da parede e se sentou na cama.
- Bom, como expliquei para o Sr. Roche, eu não quero nada com vocês. Quero o Sr. Pièrre Montagne. Como vocês são as pessoas mais próximas dele, então resolvi convidá-los a permanecer aqui para que ele venha. Hoje mesmo ele receberá a notícia de que tenho vocês comigo. Mas para vocês não ficarem entediados até ele vir, eu dou a vocês alguns minutos de prazer comigo.
- E o que quer com o meu marido? - Perguntou Nathalie.
- Outra hora eu conto. Vocês precisam descansar agora, sobretudo a Sra. Montagne.
Marcel levantou-se e saiu do quarto onde Nathalie e Jean estavam presos. Esse quarto era como um local secreto dentro do próprio quarto dele. Ele foi até a sala onde a orgia tinha começado horas antes. Uma moça estava ali amarrada no chão, amordaçada e com os olhos vendados. Ele pegou um frasco de vidro vazio e se aproximou dela. Percebendo a presença dele, a moça começou a se desesperar, tentando gritar. Ele pronunciou um encantamento em língua desconhecida, fazendo a moça entrar em transe. Em segundos, ela ficou esticada e seus olhos reviraram, mostrando apenas a parte branca. Em seguida, Marcel mordeu o pescoço dela e quando o sangue começou a escorrer, ele o aparou com o frasco até encher até a metade. Depois, sentou-se no chão com as pernas cruzadas, em posição de meditação, derramou o sangue ao seu redor e pronunciou as palavras do encantamento novamente.
Nesse momento, a moça ainda em transe, se contorcia. Marcel também entrou em transe e começou a flutuar a uma altura de um metro do chão. No mesmo instante, no lugar onde ele fez um círculo com o sangue, um fogo de chamas azuis se acendeu, e permaneceu assim durante o tempo em que ele ficou em transe.
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Saint-Denis
Ainda sem dormir, Pièrre virava de um lado para outro na cama, pensando em Jean, no amor que sentia por ele, e seus olhos se encheram de lágrimas. Quando voltasse para Paris, estava decidido a terminar seu casamento com Nathalie, e talvez se mudaria para o campo, longe da cidade, para morar com Jean. O medo que sentiu naquele pesadelo sobre a possibilidade e perder seu amor o fez pensar nessas possibilidades.
De repente, olhando para o teto, o rosto de um homem começou aparecer flutuando no ar acima dele. Pièrre ficou observando até que a imagem do homem ficou mais nítida: era Marcel em projeção astral. Quando abriu a boca para gritar, Marcel lhe disse:
- Sr. Montagne, não tenha medo. Vim te avisar que aquele a quem procura já te encontrou. Ele é perigoso e irá fazer com você o mesmo que fez com seu pai. Volte para Paris imediatamente, pois aqueles a quem ama correm perigo.
Terminando de dizer essas palavras, Marcel desapareceu. Ele se levantou para chamar Anthony, mas este estava boquiaberto, pois tinha visto tudo o que aconteceu.
- Pièrre, o que foi isso?!
- Eu... eu não... eu não sei.
- Então isso tudo é verdade? Ele estava falando do Paul Cartier?
- Parece que sim.
- O que o Paul fez com seu pai? Foi ele que o matou?
- Foi isso que entendi. Agora eu não sei o que faço. Não sei no que acreditar.
- Talvez seja mais prudente voltarmos para Paris. Isso está ficando muito estranho.
- Você tem razão. Mas façamos o seguinte: você vai até a estação e veja o horário do próximo trem para Paris. Enquanto isso, eu vou ver se encontro o Paul Cartier.
- Mas Pièrre, pelo que vimos, eles mexem com algum tipo de magia; é perigoso você ir sozinho.
- Tudo bem. Vamos juntos então.
Anthony ficou com muito medo do que viu, e não queria deixar seu amigo sozinho, da mesma forma que ele mesmo não queria ficar só. Então se arrumaram e foram até a estação, onde foram informados de que o próximo trem sairia às 20:00 h daquele dia.
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Ao retornar de sua viagem astral, Marcel estava bastante fraco. Todo o seu corpo estava mais pálido do que o normal, a pele extremamente seca e seus olhos estavam sangrando. Além disso, já estava amanhecendo, o que o torna vulnerável. Ele se aproximou da moça e lhe sugou o sangue até deixa-la sem vida. Depois, foi cambaleando até seu quarto e lá entrou em um caixão de madeira de acácia, envernizado e com decoração em ouro. À direita e à esquerda do seu caixão, ficavam os caixões dos outros dois vampiros, seus aliados, que já estavam repousando.
Marcel era um vampiro poderoso. Entretanto, ainda tinha limitações, às quais ele tentava desesperadamente superar. A viagem astral foi um meio que achou de poder vencer a barreia de tempo e espaço já que não tinha desenvolvido o poder de se teletransportar. Porém, como avisado por um feiticeiro, a viagem astral era extremamente perigosa para ele, e poderia resultar em sua destruição caso ficasse muito tempo fora do corpo.
As outras pessoas que participaram da orgia já tinham ido embora, todas saíram de lá após terem sido sugadas pelos vampiros. Marcel fazia com elas um acordo: elas ofereciam seu sangue a eles, que em troca, lhes concedia favores, como ascensão social, riquezas e proteção. Eram em sua maioria da alta sociedade, políticos e empresários.
O restaurante era o ponto de encontro entre os vampiros e aqueles que desejavam fazer parte do pacto. Porém, o propósito de Marcel estava além dessa relação de mutualismo: ele queria se fortalecer contra Paul Cartier. As orgias tinham uma dupla função. Para as pessoas, era um convite a várias formas de prazer; para os vampiros, uma fonte de poder. Sugar o sangue das pessoas próximo ou durante o orgasmo torna mais fácil para eles sugarem a energia vital delas. Assim, embora achassem que estavam se beneficiando na relação com os vampiros, aquelas pessoas estavam aos poucos se deteriorando. Em pouco tempo, ficariam como zumbis, depressivas, sem ânimo para viver, doentes, e envelhecendo de cinco a dez anos em apenas um.
Apenas recentemente, Marcel descobriu sobre o interesse de Paul Cartier em Pièrre Montagne, mas ainda não sabia o motivo. Até descobrir isso, sua missão no momento era impedir que Pièrre caísse nas mãos de Paul.
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Enquanto aguardavam o horário do trem, Anthony e Pièrre andaram pelas ruas de Saint-Denis a procura de Paul Cartier. Andaram quase o dia todo, mas nenhuma das informações que conseguiram foi proveitosa. No início da noite, foram ao bordel para conversar com Marie Bourbon.
Ao chegar lá, ela estava tomando champagne em uma mesa.
- Boa noite, Srta. Bourbon!
- Boa noite, senhores!
- Srta. Bourbon, precisamos urgentemente falar com você e temos pouco tempo.
- Mes chers, estou com um cliente que já está ansioso para irmos para o quarto. Ele foi até o bar buscar mais bebida.
- Por favor, estamos correndo contra o tempo.
- Sinto muito. Terão que me esperar.
- E se pagarmos como se fosse um programa? – Anthony sugeriu.
- Então, talvez eu possa falar com o meu cliente e pedir que aguarde um instante.
Marie saiu e foi até o bar, e convenceu o cliente a aguardá-la um instante. Ela voltou e chamou os dois e foram até uma mesa no canto.
- O que querem?
- Marie, nos diga a verdade. Quem é Paul Cartier e onde podemos encontra-lo?
Marie ficou um tanto desconfortável com a pergunta. Ela tinha medo de sofrer por isso.
- Eu já aguardava vocês aqui nesta noite.
Ela deu um suspiro profundo, olhou ao redor e continuou:
- Paul Cartier fez contato com você recentemente não foi?
- Não sei. Talvez.
- Em sonho?
- Sim, sonhei com ele ontem.
- Não foi exatamente um sonho. Ele conseguiu fazer contato com você.
- E o que ele quer de mim?
- Paul Cartier é um vampiro muito poderoso e ele tem controlado muita coisa nessa cidade. Não sei exatamente o que ele quer com você, só sei que você é muito importante para ele e ele quer te encontrar.
- Mas onde? Quando?
- Hoje mesmo. Ele vai entrar em contato novamente na hora certa. Porém, você deve ir sozinho.
- Não vou deixar meu amigo sozinho com esse homem. Como podemos confiar nele?
- Meu caro... qual é mesmo o seu nome?
- Anthony.
- Anthony, se ele quisesse fazer algum mal a vocês, ele já teria feito isso. Te garanto que ele quer seu amigo, Pièrre Montagne, muito vivo.
Os dois homens olharam um para o outro, apreensivos, sem dizer nada.
- Bom, isso é tudo o que ele me mandou dizer.
- Só mais uma pergunta. Você conhece Marcel Bordeaux?
- Não, nunca ouvi falar dele.
- Tudo bem. Obrigado pelo seu tempo.
Pièrre tirou algumas notas de dinheiro do bolso e as entregou a Marie, que saiu logo em seguida para atender o cliente.
- Pièrre, e aí? O que faremos?
- Ela disse que ele vai me encontrar. Não temos o que fazer a não ser aguardar.
- Mas e o trem? Vai sair daqui a menos de duas horas.
- Se for o caso, pegamos o trem de amanhã, mas eu preciso resolver isso.
- Mas e o Marcel? Ele disse que o Jean corre perigo e que Paul vai te matar.
Nesse instante, Pièrre lembrou-se de algo que Marie falou quando a interrogaram da primeira vez.
- Anthony! Agora entendi uma coisa. Lembra que Marie disse que viu um vulto próximo da igreja onde o padre foi morto?
- Sim, lembro.
- Ela disse que o vulto parecia ser de alguém...
- de cor.
- Isso mesmo! Esse alguém deve ser...
- Marcel Bordeaux! – ambos disseram juntos.
Fim do sexto capítulo.
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