Mulheres Devassas - Parte 23 - Rouba Monte

Um conto erótico de Fabiana, Kelly e Grazi
Categoria: Heterossexual
Contém 4907 palavras
Data: 09/01/2023 14:42:11

Depois de chorar muito, eu decidi que era chegada a hora pra resolver todos os problemas. Essa semana seria a semana mais produtiva da minha vida, e eu iria zerar todas as minhas pendências para ter um novo começo com o Gabriel. Fui à faculdade resolver alguns problemas e inclusive tranquei a matrícula. Não havia a mínima condição de continuar lá. Todos me encaravam e falavam mal de mim. Alguns poucos vieram falar comigo, pois realmente se preocuparam.

Peguei meu notebook e olhei todos os vídeos que eu tinha feito com a câmera espiã do relógio e organizei tudo em pastas, fiz edições e cópias de segurança. Comecei a pegar os contatos com vários ex-colegas de trabalho do Gabriel e comecei a chantageá-los. O Coringa também já havia transferido pra minha conta o dinheiro combinado, inclusive o dinheiro das fichas que eram as tais gorjetas pela minha performance.

Os que eram maridos, ficaram com o cu na mão e rapidamente me pagaram. Alguns demoraram mais e outros nem pagaram. Falei que mais cedo ou mais tarde iriam ter uma surpresa. Dei por encerrado esse assunto e fui resolver outros.

Nessa semana também, eu fui tentar me desculpar com a Kelly e também precisava desabafar com alguém, mas ela estava pior do que eu. Ela chorando me contou que o Daniel tinha morrido num acidente, e que não tinha corpo pra enterrar, podendo fazer no máximo um enterro simbólico, mas ela nem estava pensando em fazer isso.

Ela me explicou que o Abel estava voltando, para juntos decidirem o que fazer. Eu fiquei muito triste, pois eu gostava do Daniel. Ele era meio metódico e tímido, mas de repente ficava brincalhão e contando piadas ou histórias. Kelly dizia que ele era meio bipolar porque tinha muitas variações de humor.

Fabi - Sinto muito Kelly, sinto muito mesmo.

Kelly - Vai sentir falta da pica dele, né?

Fabi - Kelly, eu queria lhe pedir desculpas por isso do fundo do meu coração.

Kelly - É que eu não esperava isso dele e nem de você. Foi uma dupla traição que vocês fizeram, mas agora ele está morto e eu até seria capaz de perdoá-lo só para tê-lo novamente em meus braços.

Fabi - Eu sei disso. Você o traiu várias vezes, mas amava-o. Eu não entendia isso e achava hipocrisia da sua parte, só que agora eu te entendo.

Kelly - Ele viajava muito. Era muito difícil pra mim ficar sem sexo, mas eu deveria ter entrado em algum acordo com ele. Deixar claro os meus sentimentos e mostrar que sexo é sexo e o amor é amor. Entende?

Fabi - Entendo. Essa semana mesmo eu tinha prometido pra mim que não iria mais fazer programas e acabei fazendo. O Gabriel ficou uma semana fora sem me dar notícias e eu fiquei na seca querendo transar muito. Acabei fazendo um bom dinheiro porque falei pra alguns clientes que seria a minha despedida dessa vida de garota de programa de luxo.

Kelly - Vai mesmo parar?

Fabi - Vou sim. Inclusive já contei ao Gabriel uma boa parte do que estava acontecendo e ele pediu um tempo e por isso ficou essa semana fora. Tranquei a faculdade e acho que vou embora.

Kelly - Pra onde?

Fabi - Não sei ainda, mas se ele quiser se separar, eu irei embora, e se a gente ficar junto também irei propor isso a ele. Ir embora daqui e recomeçar.

Kelly - Vai nos abandonar?

Fabi - Uma das condições impostas por ele, é que eu pare de andar com vocês.

Kelly - Que absurdo, Fabi! Separa logo desse cara. Não estamos mais no século passado.

Fabi - Eu o amo, e fiz muita besteiras. Acho que devo isso a ele.

Kelly - Que pena! Sentirei saudades…

Fabi - Com o devido tempo, e as coisas se ajeitando entre nós dois, quem sabe a gente faça uma versão 2.0 das damas do baralho?

Nós rimos disso, e eu me despedi dela, voltando à minha casa. Mandei mensagem pra Grazi e pra Paty também me despedindo delas, dizendo que elas foram muito importantes pra mim, e que foram grandes amigas, mas agora era o momento de parar com tudo e consertar a minha vida.

O resto da semana passou, e enfim Gabriel voltou pra casa. O clima era muito estranho e ele estava muito quieto. Eu não queria começar a conversa, pois poderia ser a nossa última. Sabe quando a gente gosta tanto de uma pessoa, que não sabe mais viver sem ela? Eu me sentia assim. Gabriel era bem mais velho do que eu, mas a nossa sintonia era grande. Ele nunca me proibiu nada, e eu sempre tive liberdade pra fazer o que eu quis e apesar dele ter um pinto pequeno, ele conseguia me satisfazer de outras formas. Estava sempre preocupado em me dar prazer, e me fazer sentir bem. Isso sem falar das outras qualidades que ele tinha. Só agora eu pude ver que foi muita tolice da minha parte colocar tudo isso em risco por um prazer rápido e com muita conversa talvez tivéssemos resolvido isso de outra forma.

Gabriel - Fabi, eu pensei muito e eu estou disposto a manter o nosso relacionamento.

Fabi - Meu amor, que bom ouvir isso. Eu prometo que não irei fazer mais bobagens e …

Gabriel - Eu tenho algumas condições, e elas são inegociáveis.

Fabi - Tudo que você quiser. Eu te amo.

Gabriel - A primeira coisa é que a gente tem que recomeçar a nossa história longe daqui. Não quero ter ligação com as pessoas que tumultuavam a nossa vida.

Perfeito! Ir embora daqui para um lugar onde ninguém conhece a gente era uma decisão bem acertada.

Fabi - Meu amor, eu estava pensando nisso também. Tanto que eu tranquei a faculdade e também já me despedi das garotas. Mesmo que você não me quisesse mais, eu iria embora daqui pra um lugar mais tranquilo e no interior.

Gabriel - Meu outro pedido eu já havia feito antes, que era cortar laços com Graziele, Kelly e Patrícia. Estou muito satisfeito que você já tenha feito isso. A outra coisa que eu quero, você não vai gostar muito, mas eu preciso ter confiança em você de novo pra isso poder dar certo.

Fabi - E como faremos isso?

Gabriel - Durante um tempo, que eu ainda não sei dizer, você vai ficar sem celular, ou então eu terei livre acesso a ele. Seu celular vai ficar comigo, e sempre que você precisar usar, terá que usar na minha frente comigo vendo tudo.

Fabi - Poxa, Gabriel! Isso é pesado, mas eu te entendo. Não sei se isso vai dar certo durante muito tempo, mas estou disposta a tentar.

Gabriel - O mesmo vale para o seu notebook e qualquer outra forma de comunicação com outras pessoas. Sinto muito, mas no momento eu não tenho confiança em você.

Fabi - Tudo bem. Eu acho que mereço isso. Mais alguma coisa?

Gabriel - Todo o dinheiro que você ganhou com esses programas, você terá que me dar. Para mim significa que você está realmente se desfazendo dessa vida de puta de luxo.

Fabi - Eu aceito tudo meu amor. Só não posso ficar sem você.

Gabriel - Então faça as tuas malas, que a gente vai fazer uma viagem. Eu comprei uma casa em um lugar que você vai adorar.

Fui até ele e comecei a beijá-lo e novamente eu senti que estava tudo bem. Minha vida estava voltando aos trilhos, apesar de achar o Gabriel ainda muito distante e infeliz, mas eu me coloquei no lugar dele, e realmente deve ser muito difícil pra ele ter que me perdoar e começar do zero.

Eu estava no lucro, porque ele não sabia nem metade das coisas que eu tinha feito e com o tempo ele voltaria a ser o Gabriel de antes e dessa vez eu não cometeria mais os erros que cometi. Eu não cometeria erro nenhum. Chega dessa vida maluca.

Fizemos as malas e fomos embora para o interior do Rio de Janeiro pra um lugar chamado Werneck. Foram mais de 2 horas de viagem de carro. Não sei se é uma cidade, ou se pertence a Paraíba do Sul, que foi a cidade onde passamos antes de chegar em Werneck. Depois que chegamos nessa cidadezinha, ainda pegamos uma estrada de terra e lá se foi mais 15 minutos, até chegarmos numa casa que parecia uma fazenda. Gabriel me explicou que ali seria o nosso novo lar, e que teríamos uma vida fora da agitação da cidade grande, pelo menos durante algum tempo até nossa situação se resolver.

Fabi - Gabriel, aqui é longe de tudo, né?

Gabriel - Eu diria que estamos onde Judas gangrenou o pé, porque as botas ele perdeu muito antes de chegar aqui.

Fabi - Será que vou me adaptar aqui?

Gabriel - Amanhã irei te mostrar o terreno, mas a casa é bem confortável, tem piscina e mandei construir uma mini academia. Tem uma cachoeira também no terreno, e uma coisinha especial que eu mandei construir pra gente, mas é surpresa. Depois eu te mostro.

Fabi - Gabriel, muito obrigado por ter me dado mais uma chance. Prometo que não irei te decepcionar.

Gabriel - Eu sei, Fabi! A cada dia que passa, tenho mais certeza disso.

Fomos tomar banho e desfazer as malas para começar a arrumar as nossas coisas. Senti que esse lugar me daria um pouco de paz e eu teria a tranquilidade de que eu tanto precisava.

Eu já havia avisado pra Grazi e pra Fabi sobre a morte do Daniel, mas ainda faltava falar com a Patrícia. Eu estava com tanta raiva dela que ainda nem tinha ligado pra saber como ela estava. As notícias que eu tinha, eram através da Grazi, que me contava como ela estava.

Peguei o celular, e liguei pra ela.

Kelly - Paty, sou eu. Como você está?

Paty - Horrível! Você nem pode imaginar o que acontec…

Kelly - Eu tenho falado com a Grazi. Ela me contou tudo, que você contou a ela.

Paty - Então, mas é que eu não contei tudo pra ela. Tem coisa pior.

Kelly - O que fizeram contigo?

Paty - Tatuaram meu corpo com coisas sexuais.

Kelly - Eita!

Paty - Além disso, eu devo ter pego alguma doença. Não sei ainda qual, porque tenho que fazer muitos exames, mas eu não estou bem.

Kelly - Eu também não estou bem. Daniel morreu.

Comecei a chorar e Paty também chorou comigo. Fui explicando a ela tudo o que o tal Fred me contou, e ela disse que no momento, não tinha condições de ficar comigo, porque estava com dores e passando mal. Eu ainda estava com raiva dela, mas agora não era o momento pra isso. Mais cedo ou mais tarde, nós teríamos essa conversa novamente para esclarecer tudo, mas agora eu só queria descansar e esperar o meu filho chegar.

Fiquei pensando no Daniel, e na primeira vez que o vi e o mais curioso é que eu não tinha certeza de quando foi a primeira vez. Tentei puxar pela memória, mas não consegui. No início, achei que Daniel fosse um repórter, ou algo assim, porque por várias vezes ele estava rondando o hospital e a emergência.

Um dia, que eu considero a primeira vez, foi quando ele chegou no hospital logo após um tiroteio. Ele estava um pouco apreensivo, mas quando me olhou, sorriu e eu sorri de volta. Fui continuar o meu trabalho e minutos depois ele reapareceu com dois copos de suco de laranja, e me entregou um.

Kelly - Desculpa, mas eu não aceito bebidas de estranhos.

Daniel - Meu nome é Daniel, e eu reparei que num outro dia você estava tomando um suco de laranja.

Kelly - Você reparou, é?

Daniel - Como não reparar numa mulher linda igual a você?

Kelly - Meu nome é…

Daniel - Kelly

Kelly - Isso! Como você sabe?

Daniel - Seu crachá.

Kelly - Ah, sim. Você é muito observador.

Daniel - Só quando estou muito interessado em alguém.

Kelly - Não parece que você está muito interessado…

Daniel - Eu estou. Pode ter certeza.

Kelly - Por que não veio falar comigo antes? Pensa que eu já não te vi por aqui algumas vezes?

Daniel - Em todas as vezes que eu estive aqui, pensei em falar contigo, mas não me pareceu uma boa idéia fazer isso no seu local de trabalho, e além disso, só hoje que você retribuiu com um sorriso o meu olhar.

Kelly - Acho que vou aceitar o suco…

Começamos a conversar sobre vários assuntos e como eu estava meio na seca, acabei saindo com ele, e viemos para esta casa que hoje é a minha casa. Eu ainda tinha sentimentos pelo Sr. Ulisses, mas assumir um relacionamento com ele parecia ser algo utópico. Além da diferença de idade e classe social, ainda era o pai da minha melhor amiga. Onde eu estava com a cabeça?

Daniel começou a me beijar de um jeito, que me deixou toda arrepiada. Não sei se era a seca que eu estava, se era o jeito dele ou se era muito sentimento reprimido junto com a tristeza que eu estava pela perda da minha mãe. Eu só sei que a conexão foi muito forte e a química bateu.

Ele tirou toda a minha roupa e caiu de boca na minha bucetinha. O contato dos seus lábios nos meus lábios foi intenso. Daniel sabia beijar e acho que ele tinha fetiche por chupar bucetas. Aquilo me conquistou na hora, porque foi a primeira vez que alguém me chupou por mais de uma hora sem parar. Ele parava uns segundos para respirar e beijava a parte interna das minhas coxas, e em seguida voltava para minha buceta. Perdi a conta de quantos orgasmos eu tive, porque alguns eram tão intensos e seguidos que eu parei de contar e só aproveitei ao máximo aquela experiência. Sua boca beijava toda a área da minha bucetinha. Beijava os grandes lábios, lambia e chupava meu clitóris, e quando eu gozava e soltava meu melzinho, ele sorvia tudo e continuava de forma menos intensa, pra que eu aproveitasse o meu prazer.

Na sequência, após outro orgasmo, eu ainda estava gemendo com grande prazer, quando ele continuou a me chupar. Achei que ele daria tempo, mas dessa vez ele me chupou mais intensamente fazendo com que eu tivesse um dos orgasmos mais intensos da minha vida.

Tentei tirar a cabeça dele da minha virilha, mas o safado era muito forte e eu não consegui. Era a primeira vez que eu estava arregando, e fiquei desesperada pois o meu corpo começou a tremer e achei que teria um infarto. Comecei a apertar a cabeça dele com as minhas coxas para travá-lo, mas como antes, não adiantou. Ele era muito forte e parece que ele se sentiu desafiado e enfiou um dedo em mim, e o desespero aumentou ainda mais…

Kelly - Daniel, para um pooouucoo pooor fav…or…eu…eu…não… aguento maaaaais…

Depois desse último gozo que eu tive, quase perdendo as minhas últimas forças, ele foi clemente e tirou a cara da minha virilha. Eu olhei pra ele, e seu sorriso era quase diabólico. Senti um calafrio e um certo medo e meu coração ainda batia descompassado. Ele foi subindo em mim, e deu um beijo nos meus mamilos, e depois no meu pescoço. Beijou a minha boca e disse que nunca se sentiu tão atraído assim por alguém. Foi ao meu ouvido e disse bem baixinho:

Daniel - A diversão vai começar agora…

E eu senti ele ajeitando o seu pau pra colocar em mim. Novamente tentei impedi-lo, mas ele já estava por cima de mim e ficava me beijando de uma forma muito intensa. Eu estava sem forças, pois foram muitos orgasmos e em pouco tempo. Esse cara parecia ser um verdadeiro profissional na arte do sexo e quando ele me penetrou eu senti o calor do seu pau entrando em contato com a minha buceta. Eu ainda não tinha visto, mas senti que era de boa grossura. Rapidamente me lembrei que ele não usava camisinha e um dos motivos de eu estar assim com tanto tesão, era que eu estava próximo ao meu período fértil. Usei meu joelho e consegui empurrá-lo um pouco pra cima, fazendo seu pau sair de dentro de mim, após algumas estocadas.

Kelly - Camisinha…camisinha…

Daniel - Desculpa. Já volto.

Graças a Deus ele parou e saiu de cima de mim, me dando o tempo necessário pra me sentar e respirar. Só que nem deu muito tempo e ele já voltou devidamente vestido para a ocasião.

Voltou a ficar por cima de mim, me beijando e falando várias coisas, até que me penetrou novamente. Daniel era muito vigoroso, e suas estocadas eram fortes e profundas. Seu pau não era tão grande, mas isso de certa forma era bom, porque a penetração era total, e com a força que ele fazia, não me machucava muito. Sentia aquela dorzinha gostosa que me fazia gemer de prazer. Eu já não tinha muitas forças, e achei que não fosse mais gozar, mas acho que a curvatura do seu pau era um pouco diferente de outros homens que transei, e estava me atingindo num local que talvez fosse o tal do ponto G.

Minha respiração foi ficando descompassada novamente e mais um orgasmo se aproximava. Ele acelerou seus movimentos e também chegou junto comigo ao orgasmo. Foi maravilhoso, porém duas coisas me chamaram a atenção e me deixaram muito preocupada.

A primeira aconteceu na hora que ele gozou em mim. Ele disse algo, que me deixou em alerta e me fez pensar muito.

Daniel - Eu te amo!!!

Não pode ser! Dizer isso num primeiro encontro, durante a primeira transa? Que maluquice! Eu fiquei chocada, e isso me tirou do eixo, pois eu estava gozando gostoso e isso foi muito estranho, só que o mais estranho, foi que eu senti um calor dentro de mim e demorou um a dois minutos para eu entender que ele havia gozado dentro de mim, e que a camisinha não segurou a sua porra.

Kelly - Daniel, acho que a camisinha estourou.

Daniel - Sério?

Kelly - Sai! Sai!

Ele saiu de cima, e realmente, a camisinha estava rasgada, e eu vi aquele líquido esbranquiçado. Fui tomar banho, e pedi uma toalha a ele.

O fato é que 7 meses depois, nosso filho Abel estava nascendo. Durante esse tempo, Daniel me deu muito apoio e eu acabei me mudando pra sua casa. Agradeci muito ao Sr. Ulisses pela ajuda que me deu e ele ficou durante alguns meses pensando se eu estava inventando essa história de ir morar com o Daniel, pra evitá-lo. Sem falar que ele também ficou pensando que o filho que eu estava esperando fosse dele.

Graças a Deus, não era. Eu me sentiria pior ainda, se soubesse agora que o Sr. Ulisses era pai e avô do Abel. Eu não tinha culpa disso ter acontecido, mas me sentia culpada de ter transado com meu próprio pai. Agora eu entendi porque minha mãe a todo custo tentou impedir que ficássemos próximos e que me obrigou até a jurar. Tudo se encaixava, menos como Paty sabia disso. O Sr. Ulisses provavelmente não deve saber, pois seria muito doentio saber disso e se deitar com a própria filha.

Novamente, o celular faz barulho me despertando de meus pensamentos. Era um número desconhecido, e resolvi aceitar a ligação.

Coringa - Está na hora de acertarmos a nossa história.

Kelly - Eu não irei. Não tenho condições de ir. Meu marido morreu, e você acabou com a vida da Paty.

Coringa - Sinto muito pelo seu marido, mas se daqui a dois dias você não aparecer no endereço que eu irei te enviar, a sua querida nora irá sofrer no seu lugar e depois dela, o seu filho será o próximo.

Kelly - O que você fez com a Luara?

Coringa - Vou te mandar um vídeo. Até daqui dois dias…

No whatsapp chegou um arquivo de vídeo. Coloquei pra ver, e nele aparecia Luara amarrada a uma cadeira, com os olhos vendados, com a voz do Coringa falando que se eu não fosse ao local, ela nunca mais veria a luz do dia.

Liguei para o meu filho pra saber se ele sabia da Luara. Ele me disse que ela estava a uns 3 dias sem responder mensagens dele, mas ele achou que ela estaria enrolada tratando das coisas do intercâmbio.

Era chegada a hora do meu acerto de contas.

Grazi - Sara! Regina! Preciso falar com vocês.

Sara - O que foi, mãe? É sobre você e o papai?

Grazi - Onde está sua irmã?

Sara - Deve estar no quarto, ouvindo música com fone no ouvido.

Grazi - Eu vou lá ver.

Fui andando até o quarto, e vi que realmente ela estava com o fone no ouvido, mas ela estava conversando com alguém, e eu vi ela digitando que também estava com saudades, e que não via a hora de poderem se reencontrar. Achei aquilo meio estranho e quando eu tentava ler mais coisas, ela percebeu meu vulto pelo reflexo do computador e desligou.

Regina - Oi, mãe. Você sabe o significado da palavra privacidade?

Grazi - Sei que enquanto você for menor de idade e morar na minha casa, sua privacidade é relativa. Com quem estava falando? Com algum namorado?

Regina - Não, mãe! Uma amiga.

Grazi - Amiga…sei…

Regina - O que você quer mãe?

Grazi - Vamos lá na sala. Tenho uma coisa muito importante pra contar.

Sara já estava sentadinha futucando o celular, quando cheguei com a Regina e pedi a ela que se sentasse.

Grazi - Filhas, o que vou contar é muito triste, mas é a vida. De uma hora pra outra tudo pode acontecer e as coisas ruins às vezes acontecem a quem não merece.

Sara - Fala logo, mãe! Para de enrolação!

Grazi - Tia Kelly me ligou, e avisou que o Tio Daniel sofreu um acidente e morreu.

Regina - Meu Deus! Não pode ser!

Sara - Coitada da Tia Kelly! E o Abel? Como será que ele está?

Grazi - Ele ainda não sabe, mas assim que ele chegar de viagem, ela vai contar.

Regina - Ainda não consigo acreditar nisso.

Grazi - Eu sei filha. Eu também estou aqui processando essa má notícia.

Sara - Que merda! Eu gostava tanto dele…

Grazi - Eu também, filha. Eu também.

Nos abraçamos e choramos durante alguns minutos, tentando nos consolar. Daniel apesar de passar muito tempo viajando, quando estava com a gente, era muito família. Fazia todas as vontades das minhas filhas e do Abel também. Eu e Armando inclusive não concordávamos com algumas coisas, mas a gente entendia que ele tentava compensar de alguma forma a sua ausência.

No dia seguinte, Armando apareceu aqui em casa, e disse que passou na casa da Kelly para ver se ela precisava de alguma coisa, mas já estava tudo bem encaminhado. Ela disse que iria fazer uma despedida simbólica, assim que o Abel chegasse, e que depois iria viajar sozinha por alguns dias. Achei isso estranho, mas cada um encara o luto de uma forma diferente.

Grazi - Ainda não acredito que o Daniel morreu dessa forma. Ele era um excelente nadador. Pelo menos morreu fazendo algo que gosta.

Armando - Mas é assim mesmo. Muitos acidentes acontecem quando estamos fazendo algo que somos bons e aí a gente relaxa e fica imprudente.

Grazi - Ele era tão responsável com segurança. Ele vivia enchendo o saco com isso.

Armando - Vai ver, ele decidiu ir um pouco mais fundo, ou alguma correnteza pegou ele.

Grazi - Armando, tem duas coisas que eu queria falar contigo. Regina está de namorico com alguém.

Armando - O que tem?

Grazi - Ela me disse que era com uma amiga e …

Armando - Grazi, se a Regina preferir se relacionar com pessoas do mesmo sexo, nao vejo problema. Não estamos mais na idade média.

Grazi - Antes de você me cortar de novo, eu ia falar que parece ser uma pessoa mais velha, e eu não sei se realmente era uma amiga. Ultimamente ela está um pouco distante de mim. Fica muito tempo no quarto, no celular e no computador.

Armando - Você acha então que ela pode estar falando com algum pedofilo? É isso?

Grazi - Eu vi um trecho da conversa, e além dela falar que está com saudades, a outra pessoa disse que queria que ela conhecesse o filho dela.

Armando - Acha que deveríamos falar com ela?

Grazi - Tenho medo dela estar se iludindo e ela ainda vai fazer 16.

Armando - O que você sugere?

Grazi - Você poderia levar ela pra passar uns dias contigo. Ela sente muito a sua falta. As duas sentem a sua falta.

Armando - E você? Não sente a minha falta?

Grazi - Lógico que eu sinto.

Armando - Grazi, não é um bom momento pra elas irem no apartamento.

Grazi - Por que?

Armando - Por que? É … porque … porque tá muito bagunçado. Mal fico em casa e não tenho tempo pra arrumar. Não sei se terei tempo pra elas?

Grazi - Nem no fim de semana?

Armando - No fim de semana? Bem, eu vou ver se consigo. Eu vou dar uma arrumada no lugar e eu fico com elas.

Grazi - Obrigada, amor. Eu poderia ir também um dia lá pra conhecer e foder bem gostoso. Estou com saudades.

Armando - Eu também.

Grazi - Eu poderia ir lá depois de amanhã. O que você acha?

Armando - Hum, depois de amanhã? Acho que não vai dar. Estou muito enrolado. Sem a Luara, está muito complicado fazer tudo.

Grazi - Por que você não recontrata a Sabrina?

Armando - Pensei nisso, mas fiquei um pouco chateado pelo jeito que ela saiu.

Grazi - Deixa que eu falo com ela. Nós sempre nos demos bem e falando em Luara, você tem notícia dela?

Armando - Não. Por que? Ela deve estar no intercâmbio.

Grazi - A Kelly que me perguntou. Parece que ela sumiu. Nem o Abel está conseguindo falar com ela.

Armando - Ela deve estar resolvendo vários problemas. Imagina ir para um outro país, e ter que se estabelecer.

Grazi - Deve ser isso. Esqueço que ela não tem família e tem que fazer tudo sozinha.

Armando - Mudando de assunto, encontrei com o Ricardo lá embaixo. Ele estava conversando com policiais e estava muito puto.

Grazi - O que aconteceu?

Armando - Parece que invadiram o apartamento dele. Disse que roubaram um monte de coisa dele.

Grazi - Meu Deus!

Armando - Por isso que sempre falei que deveria colocar mais câmeras no condomínio, mas todo mundo acha que só na portaria é o suficiente…

Grazi - O que mais ele disse?

Armando - Que roubaram computador, notebook, e algum dinheiro e relógios importados que ele tinha.

Isso só pode ser coisa do Coringa. Não achei que faria algo desse tipo.

Armando - Outra coisa que ele disse, é que esse ano ele quer fazer parte da comissão que organiza a festa anual do condomínio.

Grazi - Era só o que me faltava! Ele é muito chato! Vai querer inventar um monte de palhaçada.

Armando - Bem, eu vou indo. Vim só pegar alguns documentos. Juízo, hein!

Grazi - Vou descer contigo e aproveitar pra ir no mercadinho do condomínio.

Pegamos o elevador, mas eu desci no térreo, deixando o Armando ir até o subsolo pra pegar o carro. Na portaria, Ricardo conversava com dois policiais e eu fiz questão de passar perto pra ouvir a conversa.

Ricardo - Então é isso. Acho muito estranho que só meu apartamento tenha sido roubado e é por isso que eu desconfio que os ladrões tiveram ajuda de algum outro morador.

Policial - Isso é uma acusação séria, mas pode deixar que iremos investigar.

Ricardo - Obrigado, policial.

Os policiais vão embora e Ricardo me segue até o mercadinho do condomínio.

Ricardo - Grazi, eu não sei como você fez isso, mas você me paga.

Grazi - O que eu fiz?

Ricardo - Você invadiu a minha casa de alguma forma e roubou todo o meu material de filmagem, pendrives, HDs e até as minhas contas de e-mail foram hackeadas e o que eu tinha armazenado na nuvem sumiu, mas deixe estar porque o que é seu está guardado. Você pode ter invadido a minha casa, mas eu vou invadir você hahahahaha e vai ser no dia da confraternização do condomínio.

Grazi - Vai sonhando…

Ricardo - Bem, estou indo na polícia fazer um B.O. e eu espero que encontrem digitais suas lá. Vou adorar ver a sua prisão na frente de todos.

Grazi - Não tenho nada a ver com isso. Você fodeu tanta mulher por aí, que finalmente alguma delas conseguiu te foder.

Ricardo - Pode ser, porque realmente eu tinha um acervo de filmagens bem grande, mas a minha sorte é que eu tenho um pendrive especial que não parece ser pendrive. E adivinha o que tem nele? Hahahahaha… Ah, Grazi… vamos resolver nosso assunto agora num motel, e eu fico quieto na minha.

Grazi - Você está blefando! Perdeu tudo.

Ricardo - Você tem muito mais a perder do que eu. Vou te dar duas opções. Ou você me dá hoje e ninguém vai ficar sabendo, ou você me dá no dia da confraternização, mas todo mundo vai saber.

Grazi - Você é um escroto! E vai pagar pelo que fez a Nina!

Armando - Nina é passado. Eu hoje estou mais interessado em você e nas suas filhas.

Grazi - Seu filho da puta!!!

Dei um tapa na sua cara, que não passou despercebido pelo funcionário do mercadinho.

Ricardo - Não me bate assim, que eu me apaixono hahahahaha

Grazi - Ricardo, eu não quero o nome das minhas filhas saindo dessa boca imunda!

Ricardo - Será que ainda são virgens? Se puxaram a mãe, não devem ser, mas isso não importa. Toda mulher que saiu comigo perdeu a virgindade de novo.

Deixei ele falando sozinho e até desisti de fazer a compra no mercadinho e voltei pra casa.

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Comentários

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Esse Ricardo merecia ser castrado…filha de uma rameira. .....bom deixa pra lá! O importante e que ainda tem muita solta que terá que vir a tona e resolver da melhor maneira possível! ⭐⭐⭐💯

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O que será que o Gabriel ta armando? Que ele ta armando algo é certeza, agora o que eu não sei... a Coringa já tinha contado pra ele sobre a Fabi bem antes e ele já tinha resolvido o problema do trabalho também...dai agora ele leva a Fabi pro meio do mato e pega todo o dinheiro dela, telefone e notebook....

A cada capitulo, mais certeza eu tenho que o Daniel não morreu.

Agora em relação ao Ricardo tenho duas coisas pra falar

1) Espero que não seja que a Regina esteja conversando

2) Bem provavel que a Coringa tenha levado tudo das outras mulheres e deixado só o video da Grazi de propósito

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Não sei oq pensar, a Fabi tá saindo dessa fácil demais, espero q o fato do Gabriel ter levado ela pro meio do nada seja um plano dele! Jo Armando tá estranho tbm, oq será q tem de vdd no AP dele?🤔 E eu ainda não engulo essa do Daniel ter morrido, acho q ele fingiu a própria morte pra pegar a Coringa de surpresa! Falando em coringa, fingir se sequestrar pra enganar a Kelly foi foda kkkkk E agr ainda tem a Sara, será q ela tá falando cm o Ricardo na vdd? Muitas dúvidas! Mais ainda tô puto pela Paty e a Grazy tarem se dando bem e os cornos tão aceitando as mentiras dessas putas.

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Eu pensei a mesma coisa, acho essas atitudes dos maridos muito estranhas, não duvido nada que seja um plano deles em conjunto para desmascara-las ou até mesmo armar uma vingança, pode ser também que cada um esteja fazendo sozinho e seja consciência, o fato ao que parece é que eles estão armando algo.

Fico preocupado com a Sara, realmente não gosto muito quando as histórias envolvem menores, já deixei de ler uma por causa disso.

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Uris01 fica tranquilo. Eu tenho limites, ainda hahahaha e se rolar alguma coisa, não será tão pesado assim como vocês imaginam. Abraços.

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Valeu MisterAnderson, fico mais tranquilo e ansioso por mais um capítulo. Abraços.

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AnjoNegro, muito interessante seu comentário, mas só corrigindo, em vez de Sara é a Regina. Eu entendo, é muito personagem e são muitos nomes. Abraços.

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A principio não irei recorrer a esta ferramenta. Acho que todos tem direito a fazer comentários, lógico que isso tem um limite. Da mesma forma que eu tracei um limite para este conto na parte relacionada à violência, principalmente contra a mulher. Faço revisão de cada capítulo umas 10 vezes sempre procurando melhorar e pensando se estou ultrapassando algum limite.

Quando eu sentir que algum comentário for mais ofensivo contra alguém, ou contra mim, é lógico que eu irei deletar, mas acho que não vai haver isso.

Um dos motivos que eu estou sempre comemtando os comentários de vocês é que além de eu gostar dessa troca, eu gosto de esclarecer e manter uma boa relação de convivência com quem está usando o seu tempo lendo algo que eu escrevi. Abraços amigo e obrigado pelo comentário

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Todo dia a gente escuta casos assim. O que mais tem é história de traição. I ser humano tem a capacidade de se enjoar com muita facilidade e buscar por melhorias. Muita gente quando trai não pensa na outra parte, achando que essa parte vai ter o mesmo pensamento de que sexo e amor da pra separar e outras justificativas. Por isso que quando vejo 2 pessoas casarem muito cedo ou não ter um tempo de namoro e noivado pra conhecer o outro(a) eu logo penso que a probabilidade de dar problema é grande. E aí tem os problemas de cada um. Se um cara é violento em qualquer situação, provavelmente será num caso de traição. Hoje mesmo teve mais um caso de femimicidio, e é foda isso.

Nos meus contos tento evitar essa parte mais gráfica justamente pra não estimular isso e porque tem mulheres que leem também os contos. Muita coisa fica nas entrelinhas, e deixo o leitor imaginar e preencher as lacunas, mas como eu disse num comentário em outro capítulo, essa é uma historia de vingança, e alguma violência vai ter, mas ela não será gratuita. Abraços.

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Muita das vezes, as pessoas de mau caráter se dão bem. Nem todos são punidos de imediato. Obrigado pelo comentário.

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As ações dos maridos estão muito estranhas, estão dando margens para teorias cada vez mais plausíveis...

Que conversa ridícula entre Fabi e Kelly, beira a loucura a falta de qualquer sentimento de lucidez e respeito por seus respectivos maridos e só demostra o egoísmo e egocentrismo delas. o pior é que as mulheres estão cada vez mais agindo assim com o apoio de muitos homens, pode-se ver esse comportamento mesmo na maioria dos contos dessa casa.

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Uris01 concordo muito com seu comentário, e estenderia dizendo que não só as mulheres, mas todo mundo anda agindo de forma meio egocêntrica. Meu conto apesar de ser ficcional, está recheado de acontecimentos verídicos vividos por mim, minha família ou amigos. E muitos dos dialogos colocados são muito parecidos com os que eu ouvi em alguns relatos. É de se assustar mesmo com o comportamento de algumas pessoas. Abraços.

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É meu amigo, você está certo, não são só as mulheres, talvez a percepção de ser somente elas seja mais por termos cada vez mais pessoas apoiando esse tipo de comportamento para elas incluindo de leitores desse tipo de site, mas é verdade que cada vez mais as pessoas de maneira geral estão agindo assim. Abraços

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Olha quem apareceu aqui! Senhor Anderson! Show!

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