Eu estava brigada com a Jaqueline, mas ali, é caso duradouro. – É paixão que não tem fim! E as coisas se engajando com a Débora. – Tesão de mulher! Se a Jaque é formidável na dominação (adoro!), a Débi é um mar de sensualidade (delícia!). Marquei um chá com as duas. E durante, a Jaqueline cruzando as pernas pra me provocar. A Débora dizia que queria escrever um livro, um que dissesse sobre o comportamento humano, não necessariamente sexual. A sua recém descoberta do mundo místico, e as coisas do astral, estavam mexendo com a cabeça dela. E, ao passo que ela está assim, a outra minha amiga definha na dúvida.
A dúvida de Jaqueline é “se ela é mesmo lésbica”, pois só consegue se relacionar comigo, de mulher. E por ali, já passaram vários caras, alguns ela conseguiu botar na rédea curta. Contudo, não tem estabilidade e, ela volta pra mim. Volta mais brava do que nunca, salivando de raiva por eu existir e estimular a sua libido.
− O que acha Jaqueline, de a Débora escrever sobre nós? – perguntei de relance.
− Não há nada entre nós. Só estou aqui porque você me convidou.
Débora já fez aquela cara, me olhando com malícia e desdém. Continuei:
− O livro é sobre as relações de comensalismo da sociedade. Eu sou a professora de linguagens, e você, a minha ex-aluna mais problemática.
− Por que mais problemática? Só porque eu tomava uns pileques de vez em quanto e faltava nas aulas?
− Não creio que foi isso que me incomodou. Estou mais pelo fato de seus fiascos de relacionamento.
Débora gravava com o celular e, em nenhum momento, queria perder o semblante de Jaqueline.
− Fui prejudicada pela Pandemia. Eu não sabia se o cara estava fugindo da contaminação ou de mim.
Me dirigi a Débora, de supetão:
− Débora, você fugiu de mim ou da contaminação?
Pausou a gravação. Ficou olhando pra mim, de um modo inquietantemente suspeito. Jaqueline levantou-se e sentou ao mau lado no sofá, enquanto a um ângulo de 45 graus, Débora continuava me olhando, parecendo não acreditar na própria realidade do momento. E Jaque fez isso para, além de tomar o meu ponto de referência em relação à outra, era para sentir o meu calor, que lhe faz falta.
Débora colocou o celular no console e começou a estalar os dedos de nervosismo. Ao contrário, Jaqueline já estava mais solta. Colocou a mão nas minhas costas e deu uma leve riscadinha com as unhas, já que eu estava de “frente única”. Débora não aguentou e levantou-se para ir ao toalete. Virei para Jaqueline e, ela me mandou um tapa na cara. Virei mais rápido ainda e, atirei-me sobre ela, beijando-lhe e lhe desmanchando o penteado. Débora, que não tinha ido ao banheiro, mas ficou observando, pegou a bolsa para sair. Aproximei-me dela para tentar explicar, mas pegando no seu braço, tomei mais uma bofetada.
Sou a Vera Lúcia, com 44 anos, sou bem mais velha do que as duas e, consequentemente, mais experiente nas artes do lesbianismo. A mulher tem que ser provocada, com a eficiência e paciência que os homens não têm. Eu adquiri das taras do meu marido, que levava outras mulheres para casa, quando fui casada com ele pela primeira vez. Aqui o clima estava armado e, se o ciúme foi provocado, é porque há espaço para a perversão.
Beijei a mão de Débora, como sinal de submissão e, após um vacilo da mesma, lhe ataquei num beijão de língua. A outra, a Jaqueline, caiu numa gargalhada sádica.
− Qual é a graça, Jaqueline? – perguntei.
Ela levantou-se e veio para perto de mim. E disse:
− Agora, só falta você dizer que a ama.
− Se você não estivesse aqui, eu já teria dito.
De a 20 centímetros que estava, ela fechou a cara e me meteu uma cuspida. A sua saliva caiu na minha face esquerda, que passei a mão para limpar e me virei para Débora:
− Débora, eu te amo!
Ela fez cara de faceira, entre achar engraçado e profano ao mesmo tempo.
− Agora, vou mesmo fazer xixi. – disse a Débora.
− Faz no banheiro, que eu faço aqui mesmo! – disse a Jaqueline.
Vi quando a Debora parou, e em seguida, Jaqueline me puxou pelos meus cabelos loiros, encaixando a minha cabeça debaixo de sua saia. Estava sem calcinha e senti o contato do seu clitóris na minha língua. Já em seguida, veio o jato forte de urina quente. Essa garota manda bem na mijada. E quando tomo uma mijada de mulher, direto do meato uretral, na distância zero, que quer dizer colado, eu fico alucinada. – Uma madame lésbica completamente subjugada.
Senti as mãos de Débora me puxar pelos ombros, ali no chão da minha sala. Ela também já tinha tirado a calcinha e agachou-se. Demorou para conseguir, mas conseguiu. A urina veio insípida como sempre. Parece que a nova madame faz uma boa dieta com restrição a condimentos. Após esta primeira “quebra de gelo”, elas desistiram de procurar me entender e passaram à fase seguinte:
Deitaram nas poltronas, as duas que eu tenho na sala. Comecei a lamber os pés da Débi, mas a Jaque me puxou pelos cabelos e me pôs para chupar-lhe a perereca. Perguntou à Débora:
− É verdade, que você está escrevendo o livro? Ai, ui! – gemia enquanto perguntava.
− Sim, é verdade.
− E quem vai revisar o texto para você?
Débora apontou para mim. Jaqueline balançou a cabeça, num gesto de reprovação. Ergueu a minha cabeça e deu mais um tapa na minha cara, me passando para Débora, que na poltrona ao lado, virou-se e encaixou a minha cabeça na sua bunda. Jaqueline aproveitou a situação e levantando-se, pegou na minha cabeça e esfregou no meio das nádegas da outra. Num movimento de sobe-desce, eu ia esfregando língua e nariz no rego da Débora, levando-a ao delírio. Feito isso, Jaqueline me empurrou para o chão.
− É hora do squirt! – disse.
Sentou-se sobre o meu rosto e apertou o clitóris contra a minha boca. Começou a gemer e a vociferar:
− Aaaai! Vai, toma!
E veio a esguichada, a chamada ejaculação feminina. Levantou-se e falou:
− Débora, é a sua vez!
− Não sei se consigo! – disse a beldade.
Veio e pousou na posição que assistiu da outra. E enquanto tentava se concentrar, chegou a minha empregada Lucimar, morena alta e magra. Ao ver aquela cena, já sabendo do que se tratava, ficou parada, com medo de perguntar. Jaqueline, a mais atrevida, perguntou:
− O que foi, garota? Quer alguma coisa?
− Só... só queria perguntar o que a Madame Lúcia quer para o jantar.
− Pode fazer apenas, uma sopinha de batatas com camarão. – respondeu por mim, a sádica atentadinha.
A empregada foi para a cozinha e, Débora não parava de rir. Foi relaxando as pernas sobre a minha cabeça. Não conseguiu o squirt, mas deu mais uma urinadinha na minha boca e levantou-se. Eu dei uma gargarejada e engoli. – Delícia de urina! Um gostinho apenas levemente salgado.
Foram embora e me deixaram ali, no chão da minha sala, curtindo. Próximo fim de semana, sei que elas vão voltar.