Depois e sozinho no meu quarto: Veio a revolta e ressaca moral. Puta que pariu! Fui comido pelo meu melhor amigo. Filho da puta e filho da puta! Ele me pagaria. Chorei. Raiva, humilhação e abismado comigo mesmo. É no escuro de um quarto que um homem chora. Depois passou e dormi. No dia seguinte passei o dia inteiro no quarto. Não queria ver ninguém e pra piorar e sem querer ouvi uma música no youtube; “Heart To Heart” de um canadense chamado Mac DeMarco. Dei um chute com o celular, pois ao lembrar de Miguel a raiva subia no peito e batia com os punhos no ar. A vontade era de trucidá-lo. Passei uma semana de recesso em casa, mas ao final desta mesma semana voltei aos ao voos da companhia de jatos. A primeira providência foi pedir ao chefe e dono da empresa que removesse Paulo da função de meu co-piloto e assim foi feito. E um dia e inevitavelmente nós encontramos.
- Miguel!
Virei-me para vê-lo descer do escritório com aquela cara de indignação. E eu sabia por que e me dava um prazer de vingança e satisfação.
- Que sacanagem foi esta que fizeste comigo. Pediste para o chefe me trocar de ser teu co-piloto?
- Não era isso que tu querias? Ser o principal piloto? – zombei da cara de paspalho que fazia diante de mim.
- Por quê? Pra se vingar? Minha carreira sofre retrocesso. Fazer viagens pequena aqui dentro do estado. Nós sempre trabalhamos juntos. Por que isto? Só por causa daquilo?
A raiva cresceu e me perguntava se ele achava normal ter me “fudido” a bunda e depois ter me enroscado tipo putinha? Me subjugando como a pior das rameiras.
- Dê graças a Deus de não ter dito ao chefe que tu és gay. Não confio mais em ti. Tu me traíste. Tenho nojo só de lembrar desta noite. Preciso de gente que eu confie quando eu estiver no ar e em ti: Não confio mais.
- Miguel! Tu tens que me dá uma oportunidade. Nós não podemos ficar assim.
- Nós? Mas qual nós? Pra mim tu morreste. Tu me enganaste. Tu me cuspiste na cara. Tu eras meu melhor amigo e então me deixas em paz.
Virei as costas e fui embora e os dias se passaram. Não o queria ver mais. Mais a praga do ex amigo sempre se fazia presente em quase todos os lugares e sempre me defrontava nos ambientes quase que comum quando éramos amigos e sempre aquele ar meio pedindo atenção e eu odiava. Até nos meus momentos mais íntimo de um homem solteiro em seu quarto quando as vezes se acorda desperto no escuro com o pau explodindo de tesão e me masturbava, o diabrete invadia os meus sonhos eróticos. Era um inferno. Por mais que eu não quisesse, ele estava participando com aquela boca gulosa, a barbar roçando a pele do meu escroto e eu involuntariamente e sozinho levantava a minha pélvis. A minha pica ficava lá, roluda, grossa e tesuda que lembrava vagamente a grossura de um pepino. O tesão da punheta me deixava com a cabeça do pau lubrificada e palavras desconexas saiam roucas da minha garganta. Eu imaginava o desespero de Paulo em querer engolir toda a minha pica até lagrimar e ter ânsias de vômitos. E me comprazia ao imaginar que aquela era a minha vingança em não aguentar o meu cacete todo em sua boca. E gozo maior era quando eu comia a sua bundinha clara e peluda com violência e por ter me comido. O meu corpo todo e nesta hora, funcionava como orquestra enlouquecida aos altos e baixos do gozo e eu gritava rouco ao sentir a gala expelindo para fora e sentindo o prazer tão característico que quase todo homem sabem o que seja ao gozar, onde os nossos corpos se convulsionam todo como se sentisse uma descarga elétrica e tudo em um frenesi que não raro e as vezes, colocamos uma das mão em minha boca para não gritar de tanto prazer.
Depois. Vinha o arrependimento, a ressaca moral e raiva de mim ao sentir essas coisas. Maldito Paulo! O porquê que tu haveras de ter feito comigo isto? de teres me comido?
E assim ficamos como gato e rato. Eu preso a humilhação de ser taxado de gay caso eu o deletasse e ele na mesma condição de gay enrustido. Nós tínhamos um na mão do outro. E as poucas tentativas da parte dele em querer fazer reconciliação eram rechaçadas por mim.
Quem sabia deste segredo entre nós dois? Meu irmão mais velho, a irmã dele, minha cunhada e outro irmão dele e sócio deste mesmo irmão.
Comecei a beber nas minhas folgas. Ir a todos os bares e baladas festiva da cidade e ter todas as meninas que eu poderia ter. Um dia de folga, fui parar em um dos bares da moda da cidade e que cuja vista as pessoas podiam apreciar o infinito do mar a nossa frente. Era tarde. Já havia bebido alguns drinks a mais que não tardou fazer efeito na mente. Foi como um vento repentino que adentrou um grupo de “gayzinhos”. Olhei com uma raiva, pois perturbavam minha silenciosa revolta comigo mesmo e para variar naquele grupo que falavam alto, suas risadas e suas alegrias me incomodavam e entre eles, meu inimigo: Paulo. Que merda! Não tinham outro lugar para irem? Resolvi ignorar.
O grupo ficou lá, mas sentia olhar de Paulo sobre mim. Até que quando o garçom passou novamente, chamei-o:
- Podes me trazer mais uma dose?
- Senhor. Aceitas que lhe traga uma cerveja? – me respondeu atrevidamente o rapaz – Já bebeu em demasia.
Que audácia! Um garçom a querer controlar o que podia beber ou não. Tirei uma nota de minha carteira:
- E agora? Podes me trazer gentilmente o que pedi? Uma dose de whisky?
- Senhor! Eu insisto que já bebeu demais. Se quiser, lhe trago uma cerveja.
Que atrevido. Um simples empregadinho de uma bar metido a ser de luxo me questionava minha postura.
Da outra mesa onde estava as “florezinhas” amigos de Paulo, todos olhavam com curiosidades.
- Entendi. – Debochei – Este bar aqui é de bailarinas como diz um conhecido português, se não entendeu eu lhe digo. Um bar de baitolas.
- O senhor está sendo inconveniente e desrespeitoso.
Olhei com ódio para a mesa de Paulo com aqueles amigo que assistiam quase de pé o triste espetáculo.
- O que foi viadinhos? – gritei com eles – ficam todas agitadas quando veem um homem gritar mais fortes?
Não percebi que imperceptivelmente dois seguranças locais se aproximava para porem-me para fora.
- Eu sei onde é a saída – respondi e saí
Só pressenti Paulo vir correndo atrás de mim.
- Miguel! Oh, Miguel! – inquiriu-me ele – Mas afinal o que se passa contigo?
- Eu já disse para tu não vires trás de mim. Pois te sujeitas a pegar uma surra. Me deixas em paz porra! – falei já alterado – Sai de perto de mim com essas bocas.
- Estas bêbados! – respondeu Paulo.
- Não é da tua conta. Vai para perto dos teus amigos maricas, borboletinhas...Vai!
Paulo me olhava com um ar grave, com o cenho da testa como se duvidasse.
- Sabes que eu vejo é inveja, ciúme e revolta de tua parte. Algo me diz que eu não sou tão indiferente pra ti.
-Vai te fuder – ri debochadamente – Vai esperando.
E me veio com o xeque mate; por que eu não havia o parado? Não estava morto e nem tampouco sem sentidos na cama.
- Vai tomar no teu cu!
E foi a última vez que o vi e nunca mais tive notícias dele durante aqueles dias. Novas notícias só teriam dele quando cheguei um dia no aeroporto. Encontrei com Jacques, o dono da empresa de jatos aéreos em que eu trabalhava. Estava agitado no meio da pista de voos. Dava ordens e mais ordens...
- Que foi Jacques?
- Um dos nossos avião desapareceu dos radares a cerca de quinze minutos.
Ninguém gosta em nossa profissão de saber que algum avião e de alguns colegas nossa tenha assim; sumido, pois para nós isso era o mesmo que dizer que poderíamos ser ou ter acontecido consigo.
- E de que jato nós estamos a falar?
- O avião do Paulo que ele ia comandar. Sumiu.
Devo dizer que assim dito de supetão me atingiu como uma bomba. Tremi e quase perdi a voz. Empreguei todo os meu conhecimento que um piloto de avião tem que ter em uma horas destas. Mas isso significava para mim. O fim de Paulo e aquilo me doeu o coração, a alma e o desespero tomaram conta de mim. E de repente temi a ideia de ter que conviver que ele estava morto. Torres de controle, os serviços marítimos e todos os esforços foram tomados e aquele nó na garganta foi apertando. Não sei como cheguei em casa. Todos já sabiam o que ocorrera e Jacques (como todo o empresário filho da puta) sonegou ao máximo o vazamento da informação.
Então aquela cisma que eu já desconfiava se fez certeza: eu amava Paulo e a possibilidade de não vê-lo nunca mais, me aterrorizava o coração. As buscas de resgaste pelos destroços e os possíveis corpos, já haviam encerrado. Todos os parentes já haviam sido notificados e retomariam no dia seguinte. Voltei para minha casa, meu quarto e aquele desgraçado “nó na garganta” teimavam pulsar junto com uma angústia e certeza. Paulo estava morto com outros tripulante e passageiros no fundo do mar e remorsos se fez presente em mim. Nos últimos meses eu tratei de maltratá-lo, persegui e humilhei-o e tudo para que? Para me justificar do sentimento que nutria antes mesmo daquilo acontecer. Eu amava-o de corpo e alma. Amava de alma porque era a única pessoa que onde quer que estivéssemos: eu estava bem. De corpo porque desde que acontecera a cama, meu corpo ansiava por coisas diferentes tipo violino onde as cordas vibram a cada acordes diferente. Gostei do modo que sugara meus mamilos, o beijo forte e ao mesmo tempo vasculhador onde puxava todo o ar do meu corpo e sem falar na chupada no meu pau e eu a fazer o mesmo nele e entre ansiedades e medos, o cheiro dele me excitava. De repente me via com desejo em ter aquele pênis em minhas mãos, aquele membro duro e diferente do meu; era grosso de pele bem clara e cabeça bem vermelha. Me masturbei dando pequenos gritos de prazer e dormi.
No dia seguinte na altura do meio-dia fui despertado por Zéfa, a empregada da casa.
- Seu Miguel! – disse-me ela em voz baixa – É do seu emprego.
Acordei-me com certo resmungo e zonzo quando ela me disse aquilo. Peguei o telefone com avides e desespero. Era Jaques – o dono da empresa que falava.
Tinham achado os destroços e algumas pessoas variando no mar pelo um barco de buscas. Mas não confirmavam a presença de Paulo. Corri para o aeroporto. A acompanhado de uns dos irmãos mais velho de Paulo – a irmã – aquela que eu havia me indisposto havia viajado – e então fui com ele,não aguentava dirigir. E em uma pista de pouso particular esperávamos ansiosos.
- Por que demoram? Tanta espera assim faz até mal para o coração.
Finalmente o jato pousara. Era o comecinho da noite onde uma friagem se instalava, até hoje não sei distinguir se era do tempo ou de dentro de mim que se tremia.
Acho que o irmão mais velho de Paulo fez algum comentário que não lembro mais. Lembro que quando o jato parou de taxiar eu não me cabia tamanha ansiedade. Desceram algumas pessoas e finalmente ele; Paulo. Então meu coração disparou e corri para abraçá-lo. Eu tinha o meu amor de volta. Homem, mulher, não importava, era o pedaço perdido da minha alma que recuperava e nunca tinha percebido. Abracei-o bem apertado...
- Assustasse-me – murmurei – Pensei que tinha te perdido para sempre
- Eu pensava que não te importavas – respondeu sério.
E foi o momento que fomos interrompidos por outras pessoas e não pude falar o que estava preso dentro de mim. Dentro de uma sala especial para onde a tripulação e os passageiros que por sorte sobreviveram, Jacques, o dono da empresa, despachava ordens para que não fossemos perturbados pela imprensa que se postava do lado de fora. Por fim, chegamos ao apartamento de Paulo e sempre acompanhado do irmão mais velho que fazia perguntas pontuais de como acontecera o acidente. Ao entrar na sua casa, sentou-se no sofá...
- Nunca pensei que fosse tão bom voltar pra casa – suspirou
- É! – exclamara o irmão mais velho – Parece que um caminhão passou por cima de ti.
E com um carinho que sempre imaginei ser impossível sair daquele homem que aparentava ser meio frio.
- Bem meu irmão! Não me aprontas mais uma dessas. Já não tenho mais coração para aguentar uma dessas.
Abraçou-o e com um beijo na testa despediu-se, alegando que a esposa e outros esperavam por notícias
- Tu não vens, Miguel? – inquiriu-me ele para acompanhá-lo qual eu respondi que precisaria trocar algumas ideias a respeito do acidente. Ele foi-se. Nada me tiraria dali. Estava decidido a dizer tudo aquilo que meu peito, coração, alma ou que lá fosse sentisse.
Lembro que ficara o tempo que entráramos ali, encostado em uma espécie de coluna no meio da sala e ao passar por mim.
- Estás tão calado – disse Paulo para mim. E foi quando eu o agarrei por um dos seus braços e o trouxe para mim. Beijei-o no impulso, meio que violento, sôfrego e desesperado. Meio espantando no início, mas rendeu-se aquele beijo de língua que só dois homens poderiam trocar. Eu queria absorver todo ele para dentro de mim. Eu amava e muito e me rendia sem escrúpulos, neuras ou frescura a paixão que já existia em mim.
- Tens certeza? – perguntara ele depois duvidoso ante ao beijo trocado.
- Sim. Tenho certeza. Foi amor Paulo! Foi paixão! Pode acreditar. E nunca mais quero te perder e deixado de falar várias coisas: Eu te amo Paulo.
E foi como ouvisse uma velha canção de Roberta Campos chamado “Depois de te encontrar” e lentamente fomos tirando as camisas que saiam dos torsos para ir sendo jogadas ao chão, os zíper das calças sendo abertas por um e outro ao mesmo tempo. Não havia mais pressa e sim a vontade de ver o corpo nu de um e outro e o que eu via, agradava-me, a barriga seca de Paulo onde os gomos davam para mim uma visão de luxuria, e desejei-o. E isso em todo mundo era igual e ainda é. A nudez me cativava. E as batidas no coração se tornavam forte e fomos para a cama, aquela bendita na cama onde tudo começara. Sem as roupas, nos enrolávamos como dois homens loucos.
Na cama, nossos paus se batiam entre si e eu, sem cerimônia pegava-o agora consciente do que eu fazia, era estranho, mas era bom tocar e ser tocado. Paulo por sua vez, da aparente passividade se tornava ativo no que fazia, guiava-me as mãos para a sua bunda e eu apertava-as a tal ponto de ele soltar um gemido baixo.
- Desculpe.
- Continua – dizia ele e eu obedecia e como dois animais no cio, passamos das amabilidades para o corporal agressivo. Virando-o de bruços, percorri minha boca pelas suas costa e bunda e pequenas mordidas eu fazia em sua pele. Acho que queria mostrar a ele quem mandava, mas numa relação sexual entre homens, quase não existem o dominado e nem o dominador. Via pela primeira vez aquela bundinha que levava uma espécie de pelos que parecia mais uma penugem e ao abrir aquelas bandas do traseiro de Paulo, coloquei a ponta da língua igual gato que experimenta a comida para depois avançar para comer se o assim o agradar. Dei voltas com a ponta da língua no buraquinho do cu que piscava e tipo um felino faminto: Chupei, lambi e Paulo correspondia empinando aquele cu e para minha satisfação, abria cada vez mais com uma das mão e me oferecia como uma fruta boa prestes a ser saboreada
- Vai Miguel! É toda sua...
Meti a boca. Suguei aquele até sentir que gemia cada mais enlouquecido em um rebolado que pedia pica...
- Mete a pica...Miguel! Me come porra! – a voz soava baixa e creio que delirava. – Me faz ser teu.
Ordem dada e obedecida.
E foi o que eu fiz. Lentamente a ponta do pênis arrebentava as preguinhas. Alguma coisa ele falava como para ir devagar, mas não dei ouvidos, queria possuir. Não tinha cuspe, gel ou um creme que valesse para facilitar penetração, a baba do meu pau comprido e meio fino valia como uma boa lubrificação. Paulo fazia um chiado baixo.
- Vais devagarzinho.
Fui, fui até entrar tudo. Era apertadinho, mas ao mesmo tempo macio. Virava a cabeça dele para beijá-lo e foi então que tudo começou. E meu cacete começou a entrar logo no vai e vem. Paulo me chamou a atenção que eu tinha que parar até ele acostumar e para depois começarmos no vai e vem. Assim foi, colamos bem corpo entre nós. Nossas peles transpiravam de tanto suor. O prazer que eu e ele sentíamos, permitiam que ousássemos mais no toque dos dedos. O amigo, me pedia para fazer a posição de “frango assado”: queria ver meu rosto enquanto eu o fodia; então com carinho e sacanagem, amiudei nos solavancos no cu do meu amor que delirava de prazer, isso eu sabia por seu pau durasso que eu sentia entre nossas pélvis enquanto eu metia ele se masturbava e nossas bocas se beijavam com fúria. Éramos dois tigres que numa luta sexual, abaixávamos as garras para usar as línguas em um e outro no prazer daquela foda que eu arremetia no cu de Paulo. Era bom comer, fuder, sarrar o Paulo e de sentir que de repente ele estremecia violentamente sacudia sua cabeça.
- Vou gozar... – e sem colocar ou sem se masturbar, ele gozava gostoso debaixo de mim.
Sem jorrar meu gozo dentro dele, tirei meu pau de dentro que fremia de tão duro e gozei na boca dele que engoliu com ânsia enquanto o safado enfiava o dedo indicador no meu cuzinho.
Depois de exaustos e satisfeitos, selamos ali, a nossa primeira vez de fato e de direito.
- Agora tu és meu. – disse para ele beijando a testa.
Outras vezes vieram. Outras vezes ele inverteu o papel que me comia, tivemos problemas como intolerância, perdemos empregos, mas demos a famosa volta por cima. Casamo-nos em um final de tarde em uma pista de aviação com a presença de poucos e bons amigos.
SEGUNDA E ULTIMA PARTE.
ADAPTAÇÃO LIVRE.