Leia tinha sido esporrada pela terceira vez naquela escura passagem de terra batida, em meio a casas pobres, encostada num barraco todo apagado que parecia abandonado.
Tinha sido a terceira foda, mas a melhor de todas, essa com o desconhecido que ela tinha abordado num boteco imundo ali perto. Parecia que tinha tirado a sorte grande quando, só com um sutiã de rendinha e um micro short tão enfiado em seu rego que parecia um biquíni, ela tinha se debruçado sobre o balcão do bar, encolhendo os ombros e mostrando os peitinhos, pra perguntar:
- Moço! Tu come viado?
Agora ela sabia que a rola do sujeito era a maior das três que tinham leitado seu tubo do amor de travesti e, ainda mais importante, tinha descoberto que o macho sabia comer um cu direitinho. Tão direitinho que tinha feito a putinha gozar duas vezes, da última vez juntinho com a esporrada do comedor!
Feliz da vida, Leia queria se virar e fazer o que gostava de fazer depois de um gozo de seu homem, Gil, quando ele parava de fuder, depois de leitar sua viada. Ela queria se acocorar, limpar com a boca o caralho responsável por sua felicidade e entre lambidas, mamadas e esfregadas de rosto na jeba, agradecer a seu comedor pelo orgasmo maravilhoso que ela tinha tido.
Com essa intenção, Leia botou a mão pra trás pra tentar segurar a pica que a empalava e sair dela devagar, mas não conseguiu achar espaço entre os corpos pra chegar no talo da trozoba e descobriu que ainda estava colada no macho pelo cu.
- Ái... moço... ainda tô presa... comé que sai?
O macho gostava quando as mulheres com quem ele fazia anal pela primeira vez tinham essa surpresa, e curtiu ter um viadinho na mesma situação. Leia ouviu o homem dar um risinho e responder:
- Tu viu meu pau. É que nem de cachorro. A gente tá engatado. Só sai quando eu broxar.
- Áxi, credo!... que coisa doida...
- Tá reclamando, viado?
Leia na verdade estava amando a situação, e deu uma reboladinha minúscula pra provocar o macho. Se dependesse dela, continuaria engatada na rola do homem-cachorro até um terceiro gozo.
- Euzinha?... aiiinnnhhh... tô é... a-man-do... gozar duas vezes... huuummm... assim... e ainda ficar com “ele”... todinho dentro... é um sonho... aiiinnnhhh
- E tu gozou de novo agora, foi?
- De pedra que sim... bota a mão pra tu vê
- Vô pegar no teu pau, não!
- Meu luluzinho, não... precisa não... passa a mão aqui, ó... na minha coxa... viu?
Leia pegou carinhosamente a mão esquerda do macho, tirou do próprio peitinho e levou até onde seu piruzinho tinha melado com porrinha rala o lado de dentro de sua grossa coxona esquerda. O desconhecido sentiu a gala da viadinha e teve um certo nojo mas Leia, experiente, rapidamente trouxe a mão do macho até a própria boca e se pôs a lamber qualquer resíduo do esperma dela mesma.
Instintivamente o comedor começou de novo a acariciar os peitinhos de Leia, enquanto a travesti continuava a gemer e a rebolar minusculamente na rola invasora. E pouco depois Leia sentiu o homem beijar carinhosamente suas costas, no lugar onde ele havia mordido a boneca, na hora do gozo. Se ela conseguisse fazer com que ele a beijasse na boca...
Ainda cheia de ressentimento contra Gil, achando que seu homem a havia trocado pelo viadinho mais novo Sandrinho, Leia imaginava se não podia virar amante daquele desconhecido com piroca de cachorro. E ele era carinhoso. O cara, ainda acariciando os peitinhos de Leia, puxou assunto pra ver se conversando faria seu pau murchar:
- E essas tetinhas aqui... qual é a delas?
- Aiiinnnhhh... como assim?
- Comé que tu botou peitinho? Foi silicone?
- Não!... Aiiinnnhhhh... são naturais mesmo.... huuummm... aperta só... tu tá sentindo... num tem bolsa não...
- É mesmo... antão é remédio?
Leia gostava da mística que tinha inventado pra mãe e escondeu a verdade do desconhecido, ainda gemendo e rebolando miudinho na rolona toda atochada em seu rabo.
- Aiiinnnhhh... é remédio não... huuummm... foi Deus que me fez assim, mesmo...
- Sei...
- Sério! Até nosso padre... aiiinnnhhh... isso é bom... até nosso padre falou pra minha mãe que... uuuhhh... esse meu corpo... é a vontade de Deus...
- Mas tu ser puta, assim, é contigo...
- Ééé... eu gosto... muito...
- De ser puta?
- De rola... de pau... gosto muito de... aiiinnnhhh
- Pára, viado...
- Tô parada...
- Tu tá me atiçando...
- E o que, que...
- Shiii! Vem gente. Fica quieto!
Vinha um homem pela passagem e o comedor de Leia só viu o vulto pelo canto do olho quando já tava bem perto. Mas era só um trabalhador da madrugada, e tudo o que o caminhante via era um cara com bunda peluda de fora, enrabando de pé uma garota encostada num barraco. Mesmo assim o passante falou uma brincadeira e o enrabador de Leia rebateu:
- Tão no bem bom aí, hein?
- Espoca fora, que num é nada contigo, não!
- Égua, Maninho! Num se pode nem cumprimentar!
O homem seguiu seu caminho e o macho engatado em Leia falou pra ela não se mexer mais, que é pra eles pararem e se soltarem. E como a boneca tinha falado do padre Estéfano e o macho queria brochar, ele puxou assunto dali, agora sem mais fazer carinho na travesti.
- Quer dizer que o padre te entende... Moderninho ele, hein?
- Padre Estéfano convenceu minha mãe a me aceitar. Ele foi muito bom pra gente.
- E teu pai?
- Tenho pai não, moço. Morreu quando eu era pequena.
- Ah, tá. E tu vai à missa?
- Todo domingo. Com minha mãezinha.
- E como que tu vai? Quer dizer...
- Vou vestida de menina... huuummm... Agora o tempo todo. Até na escola.
- Ah, tá. Tu estuda... – comentou o homem meio incrédulo.
- É... aiiinnnhhh...
A rola do homem já tava borrachuda e agora a conversa tinha efeito contrário. O comedor sentiu que se ele continuasse falando com aquele tesão de travesti, ia acabar ficando de pica dura de novo. Era a hora de se soltar daquele cu de veludo gostoso.
Com cuidado e lentamente, o macho foi puxando o cacete de dentro de Leia e ainda teve que fazer força pra parte gorda da pica passar no anel do ânus. Leia também fez força pra fora e reagiu com um “Úh” seco, quando a jeba finalmente a liberou. E então finalmente ela fez o que queria ter feito desde logo após o gozo dos dois.
Mesmo tendo ficado tanto tempo com as pernas esticadas levando rola, Leia se virou rapidamente, batendo cabelo de novo, olhou seu comedor no rosto por uma fração de segundos e se acocorou pra fazer a limpeza oral daquela rola barriguda que a tinha feito gozar duas vezes, agradecendo por tudo. Só a falta de luz daquele cantinho escuro impediu o desconhecido de apreciar plenamente toda a beleza da cena.
A travesti arregaçava o prepúcio, lambia com língua nervosa todo o colar da glande, mamava, lambia o pau todo, mamava de novo, lambia o caminho da costura, no saco pentelhudo, esfregava seu rostinho na jeba babada, e o tempo todo agradecia a seu fudedor entre um e outro uso da boca:
- Obrigada... (schlep... schlep... schlep)... obrigada... (chup... chupolha... (schlep... schlep...) muito obrigada mesmo... (chup...)
O pau do macho não estava completamente murcho e já voltava a dar sinais de vida. Nunca alguém tinha tratado sua rola com tanto carinho e reverência, nem nunca tinham agradecido seu jeito de fuder. E ele, que nunca tinha comido viado, tava impressionado pelo boiolinha ter gozado duas vezes e na segunda vez juntinho com o gozo dele. A melhor foda da vida do caboclo! O desconhecido se tocou que, se continuasse ali, ia acabar querendo fuder aquele boiolinha de novo, e de tanto gostar arriscava se viciar no viado. Era melhor parar por ali.
- Tá... tá... espia... tá tarde... melhor tu ir. Amanhã eu trabalho.
Leia olhou pro seu comedor anônimo com uma carinha de decepção, ainda segurando a trozoba. Soltou um suspiro de lamentação e tentou se levantar ao mesmo tempo em que dava um nó na cabeleira com as duas mãos na altura da nuca. Nisso a gostosinha perdeu o equilíbrio e o macho a ajudou, segurando com força o braço da bichinha.
- O-obrigada... ia caindo...
Leia estava mole da aventura, mas curtiu o rio de porra misturada de três machos, com maior volume deste último, que tinha saído do cuzinho alargado com ela de cócoras e agora escorria gostosamente por nádegas e coxas. Sabendo que o macho teria nojo daquilo ela agradeceu silenciosamente por estarem no escuro e se abaixou para acertar seu micro short na outra perna e começar a difícil missão de subir a pequena peça de jeans, que só cabia nela à força.
Enquanto Leia dava os tradicionais pulinhos pro pedacinho de jeans voltar pro rego e voltar a prender seu pauzinho murcho pra trás, o macho esperava impaciente. Queria ir embora mas achava sacanagem deixar a putinha ali, e gostou de ficar olhando aquele corpo tesudo no esforço de se vestir.
- Cadê meu sutiã? Tu viu?
A peça amarela tava mais perto do desconhecido e ele se abaixou pra pegar e a entregou à travesti. Leia agradeceu, vestiu e tentou fechar mas descobriu que não dava.
- Tá rasgado... ái... e agora?
Apressado, o homem falou que ele dava um jeito e na parte detrás, onde o fecho tava arrebentado, ele primeiro tentou dar um nó mas não tinha sobra pra isso e Leia reclamou com um “Aiê!” afetado e magoado do apertão da tentativa.
O macho então sentiu as rendas com os dedos e cravou os ganchos do fecho nos buraquinhos das rendas mesmo. Com o sutiã apertado, mas no lugar, Leia agradeceu ao desconhecido e ia tentar dar nome e telefone, mas o homem deu um tchau, pelo menos um pouquinho carinhoso, e foi embora.
Acabara-se tudo, o efeito da bebedeira, o prazer das três fodas, e a fantasia romântica da jovem travesti com o desconhecido que ela primeiro abordara e que lhe comera por último.
Leia, lúcida e lamentosa, levaria uns 15 minutos de caminhada até em casa, se voltasse pelo mesmo caminho, mas tinha um carro de polícia parado perto da passagem Brasília, sobre o rio. A tesuda decidiu evitar “ozômi” e deu uma volta maior, por uma passagem só de pedestres. Quando entrou em casa e se viu no espelho, Leia se tocou do risco que tinha corrido, andando quase nua e de madrugada pelos bairros pobres da Belém de novembro de 1995.
A viada tomou um longo banho, se masturbou de quatro no chão do box até gozar sob o chuveiro, lembrando das esporradas da noitada, e quase dormiu ali mesmo. Se punhetou de novo, em sua cama de casal, imaginando que seu último comedor a possuía de frango assado e a beijava na boca na hora do gozo.
Mas depois a cama lhe pareceu enorme, vazia e fria. Faltava Gil. Ao seu lado e dentro dela. E pensando em Gil, Leia chorou um pouquinho e depois dormiu.
A trans acordou assustada, com a barulhenta porta de aço que separava a sala de sua casa da calçada da rua, sendo esmurrada furiosamente. Seu primeiro pensamento foi que era Gil. Gil corria para seus braços!
Nos poucos segundos em que levou para acordar e correr pra abrir a porta, Leia pensou que estava tudo resolvido entre eles!
Gil voltava pra ela sem querer mais saber de comer Sandrinho, aquela bichinha traidora. E Leia nunca mais ia querer saber da rola de nenhum outro macho. Iluminada por essa ideia, a travesti colou seu corpinho nu na porta, deixando só o rostinho ao lado do vão que se abriria, moveu lentamente a maçaneta, puxou a porta e viu... Gilda!
- Gilda?
- Tu me planta quase uma hora na sorveteria, em pleno feriado, e me recebe assim? É isso mesmo, amiga? Me deixa entrar!
- Tá... não... é que...
A linda e gostosa indiazinha, de 17 anos recém completados, empurrou Leia de leve, entrou e olhou ao redor vendo garrafas de cerveja vazias e uma bandeja com restos gordurosos de cebola e linguiça. Antes de olhar pra Leia, que já tinha fechado a porta, falou baixinho e meio alarmada:
- Tu tá com homem aí? ... meu Deus, tua doida! Tu me abriu a porta da rua nuazinha em pelo!
Leia realmente nem tinha se dado conta de que estava pelada, mas agora acordava e já tinha condição de reagir:
- Também, né? Tu parecia que ia colocar a casa abaixo! Mal abri o olho e corri pra abrir antes que tu esborocoasse tudo.
- Tu dormia? Criatura! São quase 11h da manhã e tu marcou comigo às 10h! Que que tu fez com esse teu rabão lindo pra tá assim até agora? E com essa cara?
Leia corou, mas riu maliciosamente indicando a Gilda que realmente tinha tido muito sexo. As duas sentaram pra conversar no sofá e a travesti contou tudo pra amiga. Narrou o ménage com Sandrinho e Gil e a fuga dos dois, narrou com tristeza sua sessão de bebedeira solitária morrendo de ciúmes de Gil e narrou em detalhes a foda aleatória com os três desconhecidos. E a reação que ela esperava, em Gilda, e nela mesma, não a desapontou.
- Té doida, é? Usou camisinha, pelo menos?
- Claro que usei!
Leia mentiu descaradamente sobra a camisinha, mas conhecia Gilda e sua contradição de condenar seu jeito puta de ser e ao mesmo tempo se acender com suas histórias. Sabia que Gilda se excitava absurdamente com suas aventuras. A travesti já tinha aprendido que a amiga só recriminava seu comportamento da boca pra fora, sobretudo por causa do que “ozotro” iriam pensar. Era só a preocupação com a reputação e a imagem, perante os pais, Gil, os outros parentes e a sociedade, o que impedia Gilda de dividir machos com Leia, em aventuras aleatórias.
E Leia sabia ainda que, agora que Gilda tinha inaugurado a buceta para um namorado de verdade, o principal alvo dessa preocupação de Gilda era o namorado, o marinheiro e riquinho Marcelo, que a travesti não conhecia mas que intuía ser um grande babaca.
Leia via no rosto de Gilda o quanto a amiga havia ficado excitado com a história da foda com os três desconhecidos, mas lhe deu uma vontade lésbica de conferir como estaria a bucetona da indiazinha, agora que não tinha mais cabaço. Será que tava tão encharcada como ficava antes? Ela, Leia, nuazinha em pelo em frente à amiga, já tinha seu piruzinho de viada todo durinho com a narração da transa com o homem da rola gorda. Gilda ainda continuou no roteiro de recriminar a cunhada:
- Té muito é doida! Gil te larga e tu sai por aí pra dar pro primeiro que te come. E se o caboclo te mata?
- Ái, Gilda... acho que eu queria mesmo é morrer... sem Gil...
- Queria é nada! Olha aqui teu grelinho duro e brilhoso só de tu alembrar do macho com quem ficou engatada que nem cachorra!
Gilda meteu a mão grande no piruzinho de Leia com vontade tanto de animar a amiga como de novamente experimentar aquela relação lésbica de que ela sentia falta, desde a mudança de Samira para São Paulo.
Gilda continuava apaixonada por Marcelo e gozava maravilhosamente com o marinheiro metendo pica em sua bucetona sempre encharcada de tesão. Mas, assim como Marcelo não gozava em sua boca, nem comia seu cuzinho, o namorado também não linguava direito a buceta de Gilda e ela sentia falta disso tudo. Ela tinha ensinado Marcelo direitinho a dedilhar seu grelo. Mas, inseguro com a língua, o macho não queria saber de cair de boca na xana da indiazinha e Gilda lembrava muito bem que, depois de Samira, a língua mais gostosa que ela conhecia era a da cunhada travesti, Leia.
Leia gemeu e lentamente foi se aproximando da cunhada gostosona. Sempre achara Gilda linda e invejava o quanto a amiga atraía os olhares dos machos. Mas agora que Gilda descobrira a pica de Marcelo, a indiazinha parecia ter se tornado de vez uma mulher adulta, linda e cheia de borogodó.
Curtindo estar nua, e de piruzinho duro já punhetado pela mão forte e determinada de Gilda, Leia colou seus lábios sensuais nos lábios finos e desenhados da irmã de Gil, e logo as duas se beijavam ardentemente, com a travesti aventurando suas mãozinhas entre as coxonas da gostosona para acariciar os grandes lábios da buceta molhada.
Não demorou muito e Gilda desgrudou de Leia para ficar de pé e tirar pela cabeça o vestido estampado que usava e em seguida arriar a calcinha, ficando só de sutiã. A indiazinha, porém, ao olhar a amiga travesti de cima, resolveu que para o que queria o sofá era pequeno demais, e com a desenvoltura de quem era de casa, e com seu pulso forte de mulher determinada, pegou o vestido e a calcinha com uma mão, e a mão de Leia com a outra, e seguiram para o quarto e cama de casal da viada.
Menos de 20 minutos depois, em um sensual e delicado 69, Leia sentia com a língua nos grandes lábios de Gilda que a indiazinha gozava. E essa percepção foi a gota d’água que fez a travesti derramar na boca de Gilda sua porrinha rala. As duas amigas gemeram juntas de bocas abafadas, e continuaram assim até as últimas contrações. Depois, lentamente Gilda foi saindo de cima de Leia para tomar fôlego deitada de barriga pra cima, e logo as duas sentaram encostadas na parede que ladeava a cama, uma ao lado da outra, com Leia totalmente nua e Gilda só de sutiã.
Então, num tom de confissão, a irmã de Gil deixou escapar como que num suspiro:
- Eu precisava disso...
- Da minha linguinha na perseguida?... tu alembrou de Samira, foi?
Leia percebeu que a amiga hesitou em responder e guaguejou. Ficou claro que não era da falta de sexo oral em sua buceta que Gilda lamentava. A partir daí, com abraços e carinhos, a indiazinha desabafou com a amiga todas as angústias que tinha com Marcelo.
Gilda começou o relato queixoso pelas travas do namorado no sexo. Ela podia entender que Marcelo não quisesse nada com seu cuzinho, apesar de ter aprendido com Gil a amar o sexo anal, e até a gozar na sodomia. Mas os prazeres da penetração vaginal em que se iniciara com Marcelo eram muito maiores e ela não sentia falta. Do que realmente Gilda morria de saudades era de chupar uma rola até o macho se acabar em sua boca gulosa, como ela fazia com o irmão. Por isso o boquete em Leia tinha gerado o comentário.
Mas o pior do relato ainda estava por vir. Gilda dividiu com Leia que seu namoro com Marcelo tinha chegado ao fim. Faltavam poucas semanas para o baile de fim de ano da escola de oficiais do rapaz e ela acreditava piamente que ele traria de Salvador os pais ricos e a namorada que ela também supunha rica e que tinha quase certeza que existia, enquanto ela, Gilda, seria descartada.
Leia consolou a amiga o melhor que pode. Para distrair Gilda, as duas almoçaram juntas e saíram para comprar filme para a máquina Polaroid. Só depois Gilda foi pra casa, aliviada de ao menos ter dividido seus dramas com alguém e rindo para si mesma ao lembrar da proposta de Leia para lhe levantar o astral, que era elas duas e Gil transarem juntos de novo, comemorando a vez em que tinham feito isso e dado certo, há um ano.
Gilda achou graça de Leia ter guardado a data da ménage deliciosa que os três tiveram, 7 de dezembro, e se excitou com a ideia. Antes, na cabeça da indiazinha, o pau do mano tinha perdido a graça. Mas, agora que ela tentava aceitar o fim do namoro com Marcelo, a ideia de voltar a transar com Gil e Leia lhe seduzia e dava um alívio. E foi excitada que Gilda riu de si mesma, indo pra casa. Tinha concordado com a proposta de Leia, mas tinha pedido pra ménage ser na mesma noite do baile de formatura de Marcelo. Era uma fuga, ela sabia, mas uma fuga com muito tesão.
Já Leia, via no retorno da transa a três, com os irmãos Gil e Gilda, a chance de recuperar seu homem. E por isso, apesar de ter comprado o filme da Polaroid e pegado a máquina com Gilda, não a quis usar com Mario, o primo e antiga paixão do viadinho traidor Sandrinho, que a visitaria naquela tarde. Leia se alegrou com a perspectiva de resgatar Gil, e se preparou com cuidado para receber Mario, como havia combinado. Descartada a vingança das fotos de transa, Leia tinha um outro plano, no qual Mario seria útil.
A viada se produziu começando pela chuca, que doeu um pouco porque Gilda sem querer havia arranhado o cuzinho da amiga fazendo um fio terra na hora do 69. Ardeu, mas a travesti esterilizou o arranhão, se lubrificou normalmente e depois hidratou o corpo todo.
Na maquiagem, Leia optou por baton e sombras em tons de bronze, gargantilha de pano branco com contas da mesma cor, que ela mesma tinha feito, pulseiras e brincos de acrílico branco, unhas vermelhas e uma sandália aberta, branca e de meio salto. Vestiu uma de suas tanguinhas brancas, prendendo seu grelinho pra trás e colocou um baby doll vermelho de alcinhas que combinava bem com sua pele bronzeada e explorava as marquinhas de biquini no decote ousado, que mostrava as pontas de cima desses triângulos mais clarinhos. E se Leia se curvasse pra frente, mostrava também as grandes auréolas roxas e inchadas de seus seios, com os mamilos saltados e duros.
Casa limpa e viada toda produzida, Leia esperou Mario pensando nele com carinho. Gostava do rapaz e não queria mais o usar pra ferir Sandrinho e Gil. Nem mesmo lembrava de querer ter Daniel junto. Queria só transar com Mario, ser amiga dele e saber se seria um aliado na luta para não perder Gil para Sandrinho.
Assim, quando Mario chegou, Leia abriu-lhe a porta ocultando o corpo dos que passavam na calçada e logo depois de puxar Mario pela mão e fechar o portão, ela colocou suas duas mãozinhas no ombro do rapaz e perguntou sorrindo encantadoramente:
- Então... que que posso fazer por tu hoj...
A travesti não terminou. Também sorrindo sob a barba e bigode ralos e óculos de míope, de tronco nu com camiseta dobrada sobre o ombro, Mario pegou na nuca de Leia com uma mão e na cintura da bonequinha com a outra, e a puxou para um beijo de línguas que começou terno e foi esquentando até Leia começar a gemer na boca do adolescente.
Leia não esperava por aquele beijo. Pelo relato do boquete às escondidas que Sandrinho havia aplicado em Mario no churrasco de família, a travesti achava que o rapaz só queria saber de “comer”. Surpresa, a boneca se deixou envolver por aquele beijo e logo se pendurava no pescoço do macho e se esfregava na pica dura dele, ainda dentro da bermuda de nylon. Aquilo tava bom e ficou melhor ainda quando a boca de Mario desgrudou da sua e foi descendo pelo lado do pescoço da fêmea e depois até o peitinho, que Mario liberou descendo uma das alças fininhas do baby doll.
Não tinha jeito. Leia podia transar até dizer chega e mesmo assim, se depois um macho mamasse em suas tetinhas, ela iria querer mais. A travesti fechou os olhos e ficou acariciando os cabelos de seu convidado e curtindo a boca de Mario em sua teta por um tempo, mas de repente retomou a iniciativa. Puxou delicadamente a cabeça do machinho pra cima e voltou a beijar deliciosamente na boca, para depois se afastar e falar cheia de malícia:
- Tu é convidado aqui. Visita! Deixa que a anfitriã é que tem que fazer tudo...
Leia falou e foi beijando a pele morena do rapaz, da boca para baixo, gostando do salgadinho do suor, e completou a frase:
- ... tudo o que precisar pra agradar à visita...