Aquela foi uma noite difícil de dormir. A ansiedade estava me consumindo, então bati algumas punhetas para relaxar, pensando na possibilidade de aquela ser mesmo a Bia.
No outro dia acordei cedo, pouco antes das 5h e, sem nenhuma surpresa, com uma ereção. Havia sonhado a noite toda com ela. Precisava descarregar um pouco daquela energia, então tomei uma ducha fria e fui malhar para liberar endorfina.
O bom de academias de hotel é que quase nunca estão cheias, especialmente a essa hora, ou seja: nada de revezar máquinas.
Como de costume comecei com um cardiozinho para aquecer, puxei ferro até minhas veias saltarem por todo o meu corpo e, para finalizar, mais meia horinha mais de cardio. Algumas pessoas começaram a chegar, era minha hora de partir, quando eu não acreditei no que via! Pela porta da frente ela entrava sorridente. O tempo parou, nossos olhos se cruzaram e nessa hora não restaram dúvidas. Era ela. Era a Bia e ela sabia quem eu era. Sua alma quase saiu do corpo, eu quase me enrolei na esteira e beijei o chão. Estávamos embasbacados. Ninguém precisava falar nada, nossos olhos já tinham dito tudo.
Aqueles estranhos e incríveis segundos sem fim e sem reação foram finalmente quebrados por uma de suas amigas, que chegou falando alto sobre algo que não entendi e a puxou de volta para aquela realidade. Foi a minha deixa. Sai apressado em direção ao quarto e senti seu olhos me acompanhar. Agora que sabia que não estava louco, tinha que bolar uma forma de ficar a sós com elas. A gente tinha tanto o que falar... tanto tesão guardado, mas agora nada mais nos impedia. Nem a distância, nem a idade... talvez o fato de eu ser casado. Será que ela também tinha alguém? Porra, será que ela viu minha aliança? Se eu tirar agora, ficaria a marca e ela poderia me achar um macho escroto... Porra, o jeito que ela me olhou, ela também me queria, tenho certeza disso. Temos tantas coisas em aberto para resolver e para ABRIR um para o outro.
Meu primeiro dia de trabalho como chefe foi puxado. Precisei me esforçar para manter o foco e não estragar tudo após ser recém-promovido. É nessas horas que a experiência conta. Mesmo com a cabeça lá longe, consegui mostrar profissionalismo e fazer bonito no meu primeiro dia. Agora era começar a colocar as ideias no papel, mas não sem antes colocar pra fora todas aquelas ideias libidinosas que se passavam pelas minhas cabeças.
Já havia bolado um plano para encontrá-la novamente. Bem, eu havia a visto duas vezes, em dois locais diferentes do hotel. As áreas comuns eram a nossa melhor oportunidade. Aquela noite eu jantaria no restaurante do hotel e só sairia dali com ela – ou sozinho, quando fechassem o bar.
A ansiedade era tanta que eu nem conseguia pensar em comer. Bem, pelo menos nada que estivesse no cardápio. E, pelo jeito, nem no restaurante. Já passava das 23h, quando cogitei desistir da ideia e subir ao quarto. No outro dia eu tinha trabalho de campo e já tinha derrubado pelo menos meia garrafa de gin enquanto esperava.
Por sorte eu era paciente e Bia teve o mesmo raciocínio que eu.
Uns 15 minutos depois senti um toque suave e uma voz feminina trêmula falar em tom duvidoso “Rodrigo?”.
Meu coração parou por alguns segundos. Estava acontecendo. Tomei o restante do líquido que estava na taça como quem bebe uma dose de coragem e falei fingindo confiança com um sorriso no rosto:
- Eu sabia que era você. E fui logo levantando para cumprimentá-la. Na hora fiquei sem saber como fazer isso. Abraço? Aperto de mão? Um beijinho no rosto ou dois? Percebendo a minha confusão, ela puxou meu corpo e se envolveu em mim num abraço daqueles de quem se conhece há anos. “Quem diria, hein, depois de tanto tempo?”, falou ao mesmo tempo que puxava uma cadeira para sentar ao meu lado.
“- E aí, cara, o que você está fazendo aqui? Virou arquiteto mesmo? Já percebi que tá casado, tem filhos?”
Eu ainda estava meio atordoado, não sei se pelo álcool ou por ter subestimado a força daquele encontro, mas fato é que não escapou o fato dela ter notado tão rápido que eu era casado. Mesmo de aliança no dedo, o modelo era sútil e pouco chamativo. Isso sem falar que estávamos conversando a, sei lá, 2 minutos? Mas, não há julgo. Também havia olhado para seus dedos sem qualquer sinal de compromisso.
- Por aí! Estou aqui há trabalho. Arquiteto, acertou! Vim visitar a propriedade de um casal de clientes que estão morando aqui. Sim, casado e pai... de pet (aqui fiz uma pequena pausa para observar sua reação, mas não consegui pegar nada). E você? Está aqui à passeio com as amigas?
- Quem dera! Estou no último ano de medicina e vim para um congresso. Viemos, na verdade. Estou com algumas amigas de classe. Continuo morando em São Paulo, mas agora na capital. Sai de Campinas pra lá para estudar e atualmente moro com meu namorado... namorido.
A última parte foi um banho de água fria, confesso, mas, eu também estava casado e nem por isso estava menos decidido a colocar em prática toda a nossa teoria de anos atrás. Ficamos conversando sobre os rumos de nossas vidas e amenidades por uns 40 minutos quando ela me disse que precisava subir, pois acordaria cedo no outro dia. Pedi a conta para também seguir viagem.
Digitei 18º andar no elevador e ela, 13º. Não sei se por estarmos sós, mas senti um clima levemente tenso no elevador. Quando ela falou num rompante, já ali pelo 9º andar: “Você pode me acompanhar até a porta do meu quarto? Eu detesto andar só em corredor de hotel à noite. Parece o cenário clichê perfeito de filme de terror”. Ri contidamente enquanto vibrava por dentro: “Claro, apesar de achar esse enredo todo mais com cara de comédia romântica”, falei ironicamente e ela deu um risinho pra dentro, sem revelar qualquer intenção.
Coincidentemente ou não, os sensores ou luzes estavam queimados, pelo menos até o quarto dela e a pouca luz que entrava era pelas janelas dos corredores.
- Você não estava brincando quando falou de filme de terror, falei espremendo os olhos para enxergar.
- Pior que não estava assim antes. Minha intuição feminina nos salvou... Ah, aqui, quarto 1306. Obrigada, Rô.
- Imagina! Espero só não encontrar um vampiro, zumbi ou assassino até chegar no meu quarto.
“- Precisa de uma lanterna ou, sei lá, um crucifixo?”, falou tentando abafar o riso. “- É por isso que prefiro comédias românticas”, falei jogando uma isca. De repente o clima ficou rarefeito entre nós, eu podia ouvir a nossa respiração ofegante e com cheiro de sexo. “Olha, Rô, você foi uma pessoa importante na minha vida...” ela começou a falar enquanto colocava a mão amigavelmente sobre o meu peito, como que para me reconfortar, mas meu peitoral definido parece ter surtido efeito contrário nela, que tirou a mão rapidamente, como quem toma um choque, e depois voltou, me alisando leve e ainda amigavelmente “...tenho um carinho grande por você, o que vivemos foi especial, mas seguimos nossas vidas e estamos bem!”.
“- Sim, você está certa, Bia, me desculpe, me deixei levar pela magia do momento...”, disse dando-lhe um abraço sincero. “- Qual a chance de nos encontrarmos, pelo acaso, mais de 10 anos depois em um hotel longe de nossas casas e vidas”, disse pertinho de sua orelha, roçando a barba de leve em seu rosto. Sentir ela amolecer, era a minha chance, comecei a forçar um pouco mais meu corpo sobre o dela, mexendo o quadril muito sutilmente, só para provocar. Já sentia meu pau meia bomba. “- Não sente que a gente viveu momentos especiais pela metade por conta da distância? Eu realmente daria tudo para poder ter te conhecido de carne e osso na época, mas também tinha nossa diferença de idade, eu agi corretamente...” falei com verdade. “Sim... eu sei e sou grata a isso. Saiba que de certa forma você foi meu primeiro namorado, meu primeiro homem...”
“Você foi meu primeiro amor”, arrematei. Ela me olhou fundo nos olhos e nos beijamos. Nossas línguas se entrelaçavam furiosamente, como duas cobras se digladiando. Suas unhas ávidas por mim há tanto tempo esfolavam minhas costas.
Dentro de um jeans, meu pau já estava quase implodindo sem espaço para crescer. De tão duro parecia que eu tinha um caroço entre as pernas. Ela se esfregava violentamente, como um animal que demarca território, mas quando levei os dedos para abrir a calça, ela me brecou rapidamente. “- Não!”, tirando minha mão dali. Respeitei, aquilo já era bem mais do que eu poderia imaginar por ora.
Apesar de não ter deixado eu botar o pau pra fora, Bia não conseguia disfarçar a vontade de me ter dentro dela. Ela me metia, pressionando com vontade sua pélvis contra a minha, rebolando freneticamente. Peguei sua mão direita e levei até meu pênis, ainda que sobre a calça “- Já que é pra judiar de mim, também vou te maltratar...”, falei rindo, a fazendo me massagear o membro enquanto metia a língua em seu ouvidinho.
Desci minha mão em sua vulva e, mesmo também estando de calça, senti sua buceta encharcada. Para minha surpresa, percebi ela abrir um pouco as pernas e relaxar. Era o convite para adentrar ali, quando ouvimos o barulho de fechadura de uma porta. Bia se recompôs em um salto, eu me virei para a parede, tentando esconder o volume. Alguns segundos se passaram e nada aconteceu “- acho que foi só alguém trancando a porta”, falei segurando o seu cabelo por trás, para voltarmos para onde estávamos, mas ela já havia esfriado. “Rô, vamos parar por aqui. Você é casado, eu também, você tem sua vida e eu a minha. Foi bom te conhecer pessoalmente, mas é só isso. Boa noite.” e simplesmente se virou já pegando o cartão magnético no bolso e sumindo no quarto.
Fiquei mais uns minutinhos ali saboreando o doce perfume dela que se misturava com o cheiro azedo de sexo que ainda estavam no ar. “Hora de cuidar de você”, falei olhando para meu pau inchado enquanto me dirigia ao elevador.
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