Débora apareceu na minha frente. Surgiu do nada, estava ali, no Shopping Center. Eu com as coisas a fazer, dúvidas do Detran a esclarecer, não pude deixar passar esta oportunidade.
Débora, que eu já peguei, xoxota que eu já chupei, pelos meus cálculos estava com 34. Naquele fundúncio, pastas a examinar e a mochila a lhe recalcar, ela olhou pra mim. E para mim continuou, com seu olhar de pantera. Será que a Débora se casou? Ou dessa esguia e fogosa mina, ninguém se encarrega?
− Olá Débora, sou eu, a Vera Lúcia. Não se lembra?
− Que posso dizer, ... nunca te vi mais magra, abençoada!
Abraçamo-nos e eu tentei um selinho, mas ela virou o rosto. E arcando-se, me empurrou para o banco. Cai e a puxei, e por um segundo, ela ficou no meu colo. Mas depois do embolo, ficou me retrucando:
− Que isso, sua doida! O que está pensando? Sou hétera agora, e você está descartada!
− Que pena, Madame! Mas acho que está se achando. Também transo com homens, e nem por isso, vou te esnobar.
Entrei na floricultura e comprei um ramalhete. Entreguei para Débora, dizendo “Eu te amo!” com um tom de requinte. Ela, por mais encabulada, ficou empolgada, e passou ao passo seguinte. Passei numa loja, botei um blazer e uma saia executiva. Chapéu côco de “madame lésbica”, e à Débora que me acompanhava com sua beleza, comprei um penacho de princesa. No lugar da auréola para cabeça, os raminhos de condessa.
Conquistei-a com a luxúria e a falta de avareza. Macho que se preze, fica com a prenda que lhe satisfaz. Mas, não como o de há 5 anos atrás. Na ocasião, ela me dizia, que o cara a deixava, nos feriados prolongados, e às farras ele saía. Nas madrugadas de solidão e sofrimento, é que eu aproveitei para aproveitá-la, e lhe demostrar meu sentimento. Com eficiência e muita cautela, fui demonstrar a ela, a paixão pelo sexo presente, ou seja, à pessoa que está à sua frente.
Novamente em um motel, com essa beldade de mulher, eu estava ali, e me diga quem não quer! A luz fluorescente, ora azul, ora amarela, refletindo-se na lingerie de Débora. Na noite em que foi projetada essa escultura, com certeza seus pais estavam em ventura, concentrados na paz de Hera.
Débora perguntou se eu queria um chocolate, quando respondi:
− Só se você mastigar para mim!
Ela pegou um da embalagem escarlate, mastigou e passou à minha boca, por fim. Eu recebi e adorei, a técnica que se chama “alimentar o passarinho”. Já que eu me entreguei a ela, e ela entendeu assim: “Deixa essa puta para mim!”, pegou o comando da situação e, para eu tirar as roupas, não deu autorização. Fiquei completamente vestida, mas ela se virou para eu lhe desatar o sutiã. Depois, de pressinha, retirou a calcinha e deitou-se no divã. Eu fui percorrer com a língua, aquelas formas curvilíneas. De bruços ela estava, quando eu lambi as suas nádegas. Nádegas bem firmes, bumbum arredondado, para eu fazer caprichado, um beijo grego de amiga. Ela se pôs à minha disposição, para eu com muita atenção, explorar a região como formiga.
Gemendo na minha boca, ficou como louca e não aguentou mais. Virou-se de frente, me puxou pelos cabelos, e com o direito de toda mulher bonita, afundou a minha cara na sua periquita. Periquita rosa e perfumada, que trás desejos a qualquer chupador de bucetas. Para mim, que sou loira, não digo que é burrice, chupar uma xereca como fetiche. Tem que ser masoquista, para grandes conquistas. Débora incorpora, o papel de dona não me nega, e a minha boca, ela esfrega em sua checa.
Invertem-se os papéis e, eu que deito na poltrona. Ela vem pra cima, como minha dona que domina. E domina bem! Goza na minha boca, e faz xixi também. Urina de mulher é coisa limpinha, que fascina! Inodora, insípida e incolor, principalmente se apaixonada, por ela você for.
Tenho paixão pela Débora, Larissa e Jaqueline. Mas, é desta última que não consigo me desvencilhar. Tem coisas que só ela consegue fazer, e um exemplo eu vou dizer. Esse lance com a Débora, para ela eu vou contar. E com certeza, a minha cara ela não vai poupar. Essa atitude é muito suspeita, pois depois de ouvir uma treta, só se bate em quem se ama. Principalmente se a Fulana, puta descarada em questão, não reclama.
Se a Jaqueline é furacão, a Débora é calmaria. Se esta se entrega, aquela é tão fria. Se entregar nos sentimentos, dizer que no momento, está gostando. Se esquecer do que dizem outrem, se acabar em alcachofra, e no fim, não se importando.
− Seu marido é bom de cama? – perguntou no final, a Débora.
− Se é, mas não dispenso mulher! – respondi para minha flor de hera.
E isso foi mais uma pegada da Madame puta. Estou aí, numas enroscadas, mas não abro mão de uma disputa.