Paixão Proibida - Capítulo 3: Entremeios

Um conto erótico de escritorpervertido
Categoria: Gay
Contém 1247 palavras
Data: 28/03/2023 13:34:44
Última revisão: 28/03/2023 13:48:20

Tive a sensação de que a segunda-feira foi estendida por uma espera ansiosa. O dia parecia não prosseguir. Deixei-me à espera por qualquer sinal vindo do André. Contemplei o tom absurdo das minhas decisões considerando a Bernadete no contexto das coisas. A culpa realmente aumentava quando ela não estava por perto, contudo, meu coração sabia que ela não era a pessoa correta para o moço que tomava minha mente.

Fiquei distraído, fui pouco produtivo no serviço. A minha memória preencheu-se pelo doce toque de André. O pouquinho que conheci daquela história me deixou inquieto. Uma brisa trouxe um pouco de alívio trazido pelo fraco cheiro da pele dele que ainda se fazia presente em minhas narinas.

Preferi almoçar sozinho. Passei em frente à uma floricultura na volta para o escritório. Queria comprar um buquê de flores, enviar para ele, escrever algo pervertido sobre o quanto me deliciei com o gosto do gozo e daquela boca. Em menos de duas semanas meu coração, o coração indomável de um puto, tinha sido tomado por ele.

A tarde foi o momento de imaginar quantos carinhos queria fazer naquele corpo. Meu desejo era sentir minha mão explorando desde os cantinhos da virilha, até os dedinhos do pé, até o cabelo cacheado de um anjinho loiro.

O telefone era cruel. Nada mais que umas mensagens de uns moços querendo fazer sexo ou mensagens de negócio. Procurei constantemente por algo vindo do André, nada aparecia, e nada me empolgava.

Voltei para casa preferindo ficar sozinho. Tarde da noite, quando estava para ir dormir, meu telefone apitou. Pensei que fosse um qualquer, algum moço aleatório me pedindo por uma sessão sexual. Não foi nenhuma dessas alternativas, dessa vez era o André!

— Oi, estou mandando mensagem para gente falar de oportunidade de negócios. Você disse que podia arranjar algo para mim. Espero poder trabalhar próximo de você em algo.

— Olá! Posso sim. Mande seu portfólio para eu dar uma olhada. Amanhã mando para os colegas e quem sabe marcamos uma reunião para essa semana.

Respondi imediatamente. Quem se apaixona acaba tornando-se meio idiota. Talvez ele realmente estivesse apenas me usando. Não me importei, qualquer oportunidade com ele era importante para mim.

— Muito obrigado. Fico extremamente feliz de poder estar próximo de você!

— Pode ficar pertinho de mim, tão pertinho quanto quiser! — A repetição de "estar próximo” aqueceu meu coração. Senti-me como um adolescente ficando vermelho com mensagens bobas.

— Peço desculpas por ontem. Deixei meu coração transbordar. É porque tenho ficado um pouco na deprê… — Ele adicionou uma imagem de alguém chorando à mensagem.

— Eu super te compreendo. Forcei a barra. Não se preocupe com nada. Não muda nada. Pode dizer se não quiser nada comigo. — Queria deixá-lo tranquilo quanto a tudo que pudesse acontecer.

— … É o contrário, mas não posso deixar a Dete. Eu ainda não consigo. Não sou como você…

— Eu sei como é pesado o que você carrega, mas me dá uma chance… Pelo menos uma possibilidade. Não pode mentir que não sentiu desejo por mim. — Meu coração bateu. A sensação do bumbum dele na minha mão retornou para minha cabeça.

— Não quero te machucar nesse processo. Sou muito complicado… — Pausou um pouco. Senti ele tendo dificuldades para digitar, mas logo mandou outra mensagem. — Senti muito desejo por você. Nenhum homem me tratou com tanto carinho… A não ser meu primeiro. Mas já faz tempo, e tudo deu tão errado.

— Não precisa se cobrar. Não tô procurando nada perfeito senão não estaria aqui querendo pegar o namorado da minha irmã. A culpa também é minha. — Foi meu turno de parar antes de mandar outra mensagem. — Eu me forcei porque também te desejo muito. Desde que bati o olho em você não consigo parar de pensar em ti… Tentei ser cuidadoso, mas sei que passei dos limites.

— Não, fui eu que fui fraco em não admitir. Amei cada segundo de estar com você, o jeito que respeitou meus limites e que impõe seus desejos.

— Me desculpa, mas esse é meu jeito… Quando desejo um homem tenho que pegar, tenho que deixar saber que eu desejo. Desejo tanto que não consigo parar de pensar na sensação de tocar na sua pele desde ontem.

— Eu… Eu fico incerto. Não tenho tanta experiência. Só brinco sozinho com meu corpo. Mas seu jeito… Seu pau… Sei que foi só uma vez e foi ontem à tarde… Mas sou eu que não consigo parar de fantasiar com ter todo aquele mastro entrando no meu cu. — Fiquei completamente ereto lendo aquela mensagem. Meu coração acelerou, comecei a digitar rápido.

— É? Pois eu quero venerar sua bunda, cuidar do seu buraco, massagear suas tetas de macho, lamber seu pauzinho, beijar sua barriga, passar a língua nas suas virilhas, deixar ela entrar no seu cu… Não brinquei quando disse que queria que você fosse meu viadinho… Eu quero explorar cada parte de você, fazer você sentir que sou seu macho. — Mandei uma extensa mensagem.

— Eu… Não sei se consigo. Quero tentar. Posso tentar?

— Claro que pode. Já disse, não vou fazer nada que você não quiser. — Senti meu pau soltar pré-gozo só com ele se oferecendo para tentar. — Se quiser te ajudo, te ajudo a conseguir…

— Posso confessar uma coisa?

— Deve!

— Sempre fantasiei com um homem que me protegesse. Alguém que me dê prazer, mas deixe eu dar de volta… Se eu for seu viadinho você vai deixar eu fazer carinho em você?

— Seu macho vai deixar sim. Meu corpo será seu se você se render. A única condição é que você seja o passivo. — Eu estava quase gozando sem me tocar.

— Não se preocupa. Eu já me forço a fazer tanta coisa… Meu… Minha natureza sempre foi de passivo. Eu adoro sexo anal, só me falta coragem para fazer com um homem ao invés de usar meus brinquedos. — Eu estava pulando de alegria com as admissões dele.

— Se você gosta de anal eu vou te levar pra uma aventura sem volta. Vou te ensinar como um macho realmente trata um cu.

— Quero aprender. Me ensina a te satisfazer também…

— Não fica ansioso… Vou te levar aos poucos e mostrar coisas que talvez goste ou não. Só promete me deixar saber tudo o que você gostar ou que não gostar, ok?

— Prometo.

Depois dessa mensagem nós acabamos esfriando um pouco. Quis deixar um mistério para não entregar tudo de uma vez ou para tentar não assustá-lo com a quantidade de fetiches que eu tenho.

Passamos a conversar sobre o passado dele. O primeiro namoro dele, ainda na adolescência, foi bem traumático. Os pais dele foram implacáveis com a não aceitação. Ele tentou com outros homens, mas não conseguiu com a grande maioria. O mundo gay também foi um lugar impiedoso com ele, especialmente porque era muito sentimental. Acabou procurando meninas por pressão da família. Ficou com a Bernadete justamente porque ela é dominadora no sentido de querer mandar na relação.

André me disse que se sentia sem rumo, navegando na vida e deixando os outros mandarem em tudo. Não tinha energia para mudar as coisas no momento.

Meu coração quis ajudá-lo. A minha maior ambição seria tê-lo como homem do meu lado. Todavia, não podia criar tantas expectativas. Rapazes como o André sempre quebram o coração de rapazes livres como eu. Quase sempre não conseguem deixar as amarras que os prendem para serem livres.

Apesar da incerteza de nosso futuro, não tinha como voltar atrás.

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Foto de perfil de escritorpervertidoescritorpervertidoContos: 31Seguidores: 28Seguindo: 5Mensagem Sou aficcionado em sexo anal. Escrevo contos sobre treino anal, fetiches e foco bastante no prazer do cu misturado com romance. Também gosto de trocar experiências! Aceito críticas e sugestões no meu email: pervertedwriterass@gmail.com

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