UM ACIDENTE MUDOU TUDO. (parte 1)
Uma frase da Lisandra não me saiu mais da memória:
— A gente nunca se conhece totalmente, somos estranhos de nós mesmos, e num momento extremado de grandes tensões fazemos coisas que não se imaginava possível.
O Geovane, marido dela, também havia dito:
— A explosão de emoções que tivemos depois de passar por algo tão assustador como aquele acidente foi incontrolável. E mudou muita coisa.
Geovane:
Esta narrativa vai explicar como mudamos bastante nossa forma de ver o mundo. E principalmente terá detalhes sexuais muito intensos.
Lisandra:
Eu nunca imaginei que faria coisas libertinas e devassas que fiz, e o prazer que tive nesse episódio que vou contar.
Essas narrativas deles, somadas a várias outras mensagens, eu ouvi muitas vezes para fazer esta história. Mas vou contar como começou.
Em maio do ano passado, eu recebi um e-mail de um casal. Eles diziam:
“Uma conhecida nossa que nos deu a indicação. Fomos ler seus contos e adoramos. Gostaríamos de trocar ideias sobre um conto. É importante para nós”.
Certamente eu respondi que estava disponível e pedi que eles dissessem o que desejavam. Responderam:
“Queremos contar um episódio que nos aconteceu e que provocou uma mudança enorme em nossa vida. Transformar em história. Como podemos fazer?”
Na hora nem perguntei quem era a conhecida que indicou. Estava agulhado, cheio de compromissos. Respondi a mensagem pedindo que escrevessem ou gravassem um áudio, contando o que houve. E depois enviassem por e-mail. Queria saber do que se tratava. Depois trocaríamos mais mensagens para estudar o caso e ajustar como fazer.
Concordaram e mandaram três áudios de vários minutos de duração. Fiz o download no notebook e ouvi cada um. Neles contaram por alto o ocorrido e disseram que queiram transformar aquele episódio em relato ou conto. Mas não queriam ser identificados e nem seriam eles a publicar.
Expliquei a maneira que eu trabalho, as condições que eu necessito para poder criar a história. A troca de e-mail comigo é uma garantia de que eles concordaram com todas as condições e relataram tudo. Para me assegurar de que autorizaram.
Então, fiquei muito interessado. Comecei a transcrever a história e montar a narrativa. Claro que levou um bom tempo. Mais de três meses para escrever. Depois de pronta, eu enviei por e-mail para que eles aprovassem, o que foi feito.
Pedi para que eles esperassem ainda mais, deixassem passar um tempo antes de eu publicar, pois aquela foi uma época muito triste e dramática para muita gente que perdeu parentes e amigos. Foi um período terrível. Também concordaram com isso. Finalmente, depois de passado um ano, resolvi publicar. Ficou assim:
Geovane:
Esta narrativa vai explicar como mudamos bastante nossa forma de ver o mundo. E principalmente terá detalhes sexuais muito intensos.
Lisandra:
Eu nunca imaginei que faria coisas libertinas e devassas que fiz, e o prazer que tive nesse episódio que vou contar,.
Geovane e Lisandra:
Uns quinze dias antes do carnaval, conseguimos duas semanas de folga no trabalho. Deixamos nossa filhinha com a avó, e resolvemos ir para uma pousada de uma amiga na região da Serra dos Órgãos, entre Petrópolis e Teresópolis, no Estado do Rio de Janeiro. E como queríamos ter mais liberdade de movimento sem muitos custos, resolvemos ir com a moto. A nossa era uma Royal Enfield Meteor 350cc. Adoramos viajar de moto, e com nossa filha pequenina já não dava mais, então decidimos que nas férias seria ainda mais prático, parar em qualquer lugar, não sofrer com engarrafamentos, e seria mais econômico. A vontade era de desfrutar aquelas férias com muita liberdade.
Na segunda feira, dia 14, fomos deixar nossa filha na avó e na terça, arrumamos nossas poucas coisas e saímos no meio da tarde em direção à Petrópolis. Saímos achando que seria fácil chegar em poucas horas, mas devido à pancadas de chuva pelo caminho, várias vezes tivemos de parar em postos de combustível e debaixo de viadutos.
Esperamos que as pancadas de chuva parassem. Assim, já estava escurecendo quando chegamos perto da subida da serra. Nessa parte a chuva apertou e não vimos mais onde nos abrigar, então seguimos subindo, em marcha reduzida, mesmo com chuva. As condições de visibilidade já eram péssimas. Mas prosseguimos. Achávamos que aquilo ia passar. Nessa hora já estávamos molhados mesmo. Mas o que nos esperava naquele final de dia e noite seria um acontecimento inesperado, um acidente que mudou tudo.
Geovane:
A Lisandra, como sempre, que adora usar pouca roupa, tinha colocado um short curtinho de Jeans desbotado, tênis branco, e uma blusa amarela de abotoar na frente, tipo camisa social. Ela não tem o costume de usar sutiã pois tem seios médios e firmes.
Levávamos jaquetas e calças jeans num saco plástico dentro da mochila caso fizesse frio. As nossas poucas roupas para usar nas férias estavam todas na mochila que a Lisandra levava nas costas. Acostumados a viajar de moto, ficamos habituados a levar sempre pouca coisa. E naquele dia não era diferente.
Objetos de uso pessoal e celulares estavam guardados num lado do alforje de couro que tínhamos prendido à moto. No outro lado do alforje, iam acondicionadas algumas ferramentas necessárias para alguma necessidade da moto na viagem.
Lisandra:
Quando eu vi o Geovane de calça Jeans, tênis, camiseta branca de manga comprida, luvas e um colete de couro, sabia que ele estava apenas se protegendo pois era ele o primeiro a receber o vento na estrada. Mas estava um dia muito quente e as roupas frescas ajudavam. Eu fico sempre protegida na garupa e agarrada nele.
Geovane:
A Lisandra é bonita, baixinha, pele clara, cabelos castanhos curtinhos, olhos azuis, e um corpo muito perfeito e proporcional. Ela se acha meio gordinha, mas não é, tem tudo no lugar e uma barriguinha muito sensual bem definida (vou lhe mandar fotos anexadas). Ela sabe que é atraente, gosta de ser admirada, abusa de shortinhos curtos que realçam a sua bunda empinada e perfeita, e deixa suas lindas pernas em evidência. Por ter peitos pequenos, bonitos e firmes, ela não costuma usar sutiã, como já falei. Mas como tem mamilos que ficam com bicos durinhos, sempre chamam a atenção marcando as blusas. Eu gosto de ver e não me incomodo que outros vejam. Nesse aspecto nunca fui ciumento nem inseguro. O que é bonito deve ser admirado. Naquele dia a Lisandra se agarrava às minhas costas protegendo seu corpo. Mas, ali na subida da serra, molhada, já sentia que deveria ter colocado o abrigo de chuva.
Lisandra:
O Geovane não é muito alto, tem 1,76m, mas, em comparação comigo que sou pequena, tenho 1,64m, ele é alto. Tem um corpo muito bonito e bem definido, e uma beleza facial natural e máscula. Com barba baixa fica ainda mais gato. Ele adora esportes e sempre fez academia. Eu sou apaixonada nele e namoramos desde a minha adolescência. Ele tem 33 anos e eu tenho 22. Aprendemos tudo juntos com a nossa convivência. Estamos casados faz cinco anos. Nossa filha tem três para quatro anos. Sempre nos demos muito bem, com muita sinceridade e companheirismo. E nosso diálogo é sempre franco e muito sincero. Por ele ser mais velho, tem mais conhecimento, mas sempre respeita muito o que eu sinto e o que eu falo.
Geovane:
Para que possam entender melhor esta nossa história, e não parecer uma loucura sem nenhum sentido, temos que contar um pouco do nosso processo de vida. Quando eu conheci a Lisandra, ela era novinha. E eu vinte e quatro. Ela já se mostrava bem safadinha. Eu era um cara que saí de casa muito cedo para ganhar a vida, mudei de São Paulo para o Rio de Janeiro, e dos quatorze aos vinte e quatro tinha ralado bastante, cresci sem família, me virei sozinho na vida, e por isso era mais experiente, já tinha conhecido muitas mulheres, algumas prostitutas que foram muito carinhosas e honestas comigo, me ensinando coisas que geralmente as mulheres não ensinam aos rapazes.
Assim, eu aprendera tudo na prática e não na teoria. Por isso, quando eu resolvi escolher a Lisandra para minha companheira, estava bastante seguro do que eu queria. Uma parceira para me acompanhar em tudo. E sem frescuras e nem pudores moralistas.
Nunca fui uma pessoa conservadora, pelo contrário, sempre fui um aventureiro liberal, que não tive medo de experimentar muitas coisas. E o que mais me atraiu na Lisandra além de ser uma pessoa de astral elevado, alegre e divertida, bem-disposta e bom caráter, era linda, corajosa, arrojada e gostava de sexo, embora ainda não fosse muito experiente.
Lisandra:
De fato, eu não era muito experiente quando conheci, o Ge, mas sempre fui muito curiosa desde cedo. E já gostava. Ainda muito nova, eu adorava ficar espiando o meu irmão e o meu primo se masturbarem na garagem da nossa casa. Minha mãe saía com o carro para trabalhar, e na garagem tinha um antigo sofá que fora colocado lá para ser novamente estofado, o forro de napa estava resgado em alguns pontos. Meu irmão que era dois anos mais velho, e o nosso primo que era um ano acima dele, iam para lá, para ler revistas e mangás, mas depois descobri que tinham umas revistas de fotos eróticas e contos, que eles tinham escondido. Nossa garagem ficava no térreo, no nível da rua, e tinha uma escada que levava até uma porta que abria para um pequeno hall, com uma outra porta que dava para a sala. Lá de cima do hall, com a porta que dava para a escada ligeiramente aberta, eu podia espiar o que eles faziam lá embaixo sentados no sofá. E via como eles se masturbavam. Nosso primo tinha um pinto bem grande, e já ostentava um belo falo. Eu adorava ver os dois excitados, manuseando seus pintos, ficando duros, masturbando, levavam mais de meia hora até atingirem o orgasmo e jorrarem gotas de esperma para suas próprias barrigas.
No começo eu apreciava sentindo minha excitação crescer, a xoxotinha latejar e ficar úmida. Apertava minhas coxas deliciada. Depois de um tempo eu aprendi que me tocar com os dedos na xoxota me provocava orgasmos incríveis. Só que eu não consigo controlar os gemidos quando entro em êxtase. O Ge até hoje diz que eu gemo para ser ouvida de longe. É uma reação natural, e numa dessas, eu me masturbando, acabei soltando um gemido forte e fui descoberta pelos dois punheteiros. No começo tentaram disfarçar, mas eu contei que já tinha visto bem antes, então quiseram me intimidar, ameaçando contar para nossa mãe, e eu falei que podiam contar, que eu confirmaria tudo. Então eles mudaram de tática, e resolveram me aliciar. Disseram que me deixariam ver, se não contasse nada e mantivesse tudo em segredo.
Assim, eu passei a ser expectadora privilegiada, me sentava numa caixa de ferramentas diante deles e ficava ali vendo os dois se masturbando até gozar.
Aquilo me excitava muito, e a minha presença parecia que os excitava mais também. E eu aos poucos perdi o receio e a timidez e passei a me masturbar também, na frente deles. Eles gozavam mais me vendo gozar e gemer forte.
Até que eu acabei me sentando no sofá, no meio entre os dois, e em breve estava masturbando um de cada lado. Eu adorava segurar os pintos duros dos dois. O meu primo também enfiava a mão dentro da minha calcinha e me tocava na xoxota e no grelinho, e foi um período de aprendizado muito gostoso. Depois de um tempo a gente estava tão cúmplice que eu deixei meu irmão me tocar também, ele tinha curiosidade e vontade de sentir como era uma xoxotinha. Nós éramos muito amigos e na minha cabeça não passava nada de errado com aquilo. Dali, para eu chupar os dois foi um pulo. A ideia foi do primo que viu isso na revista erótica. Eu adorei ter o pau duro vibrando dentro da boca, sentir o gosto das gozadas, engolir, e os dois também acabaram me chupando. Nossa, como a gente gozava horrores naquelas tardes. Até que eu acabei perdendo a virgindade com eles. Foi muito bom. Eles me deixaram ver as revistas e foi quando eu li os meus primeiros contos eróticos. Aquilo era um mundo de tentações e eu aprendi muita coisa lendo aqueles contos. Mas depois conheci o Ge e passei a aprender melhor na prática com ele.
Geovane:
Quando eu conheci a Lisandra ela já não era virgem, mas não tinha muita experiência, havia se iniciado também com dois iniciantes e por isso tinha muito que aprender. Mas eu adorei porque ela era interessada, sem frescura, e assumida. Sempre gostou de sexo. E isso ajudou para que a gente tivesse um namoro muito tranquilo, intenso e aberto, onde podíamos falar de tudo e contar tudo ao outro.
Lisandra:
Eu contei para o Ge como tinha sido o meu aprendizado com meu primo e o meu irmão, e ele, me surpreendeu e não fez julgamento, recebeu aquilo naturalmente, e até ficou excitado ao saber da minha safadeza. Ele perguntou detalhes e se divertiu com as coisas que eu contei. Depois disso falou: “Mas que garota mais safadinha!” e deu risada. Aquilo me deu muita confiança de poder sempre falar tudo abertamente com ele. E assim tem sido a nossa relação. Uma parceria com muita sinceridade e sem nada oculto. Mas, voltando à viagem, depois de meia hora de tomar chuva na estada o Geovane também estava bastante encharcado e no começo da subida da serra não havia muito por onde a gente se esconder. Seguíamos lentamente. Ainda não fazia frio.
Geovane
O céu logo se fechou de nuvens espessas, veio a noite muito escura, cortada por diversos raios e a chuva aumentando de intensidade, me obrigavam a dirigir bem devagar, com muito cuidado. Parar ali naquele trecho da estrada não era aconselhável, e eu tentava achar um local mais seguro para nos abrigar. Mas, mesmo assim, com todo o cuidado, não consegui evitar o pior. Numa curva mais fechada, quando o farol da moto iluminou a pista, havia uma grande quantidade de lama que descia de um barranco que estava se derretendo com a enxurrada e invadia todo o caminho. Não dava para frear. Tentei manter a moto equilibrada, mas a força da água que descia da encosta e a lama já escorregadia cobrindo o asfalto nos fizeram tombar a moto.
Por sorte estávamos em marcha bem lenta e a moto apenas se deitou de lado e saiu deslizando, nos deixando tombados num colchão de lama mole. Não nos machucamos na queda, mas ficar ali na estrada no escuro total, melados de lama e sendo empurrados pela enxurrada era algo assustador.
Havia raios que iluminavam tudo por segundos. Me virei para o lado da Lisandra que ainda me segurava pela camisa e a agarrei pela blusa. Tentava me firmar para me erguer, mas escorregava muito e não conseguia nem ficar de joelhos. Ficamos alguns segundos deitados de lado, agarrados, até que uma golfada mais forte de água e lama vindo do barranco que desmoronava quase nos sufocou e nos empurrou para fora da pista. Eu sabia que ali perto, depois do acostamento ficava o barranco que dava no rio. Cair ali seria o fim. A sensação do perigo iminente me dava forças que eu nem imaginava que teria. Lisandra na queda da moto já havia perdido a mochila. E estávamos ali patinando e escorregando como dois lagartos no pântano.
No meio daquela confusão, em total escuridão, eu só tinha noção de para onde estávamos sendo arrastados porque relâmpagos seguidos clareavam a área por segundos. Dava para ver o rio turbulento logo abaixo, bem cheio e com grande correnteza.
A moto eu não sabia onde tinha ido parar. Eu segurava a Lisandra e puxei com tanta força que a blusa dela se rasgou e só não nos separamos ali no meio do lamaçal porque ela agarrou no meu punho e deu tempo de eu agarrar no cós do short dela com força. Outra onda de água e lama nos empurrou mais, arrastando para o acostamento e com os relâmpagos clareando a noite já dava para ver, a menos de três metros o barranco que descia para o rio. Se a água viesse numa onda mais forte seríamos jogados na correnteza. Eu fiz uma força descomunal para manter a Lisandra segura comigo. Estávamos quase de conchinha. Nisso eu fui escorregando levado pela lama e senti que meu pé firmou em algo. Consegui me escorar. Ainda deitado puxei Lisandra para mais perto. A lama e a água que desciam da encosta estavam forçando para nos levar de vez e eu vi num dos clarões de um raio que meu pé estava apoiado em um murão de cerca, um tronco mais grosso, de onde saiam alguns fios de arame, esticados pela pressão dos entulhos que o barranco desabado havia arrastado e se enroscaram ali. Havia o perigo de tudo ser empurrado para o rio. Lisandra num reflexo natural, começou a gritar por socorro, e eu acabei gritando forte também, enquanto consegui firmar um pé no arame da cerca e outro no mourão, agarrando Lisandra como podia, para resistir ao empurrão que a lama fazia para nos arrastar. Era uma situação mais do que dramática. Não havia como me apoiar e nem largar a Lisandra. Ali naquele momento achei que não daria para escapar.
Lisandra:
Foi mesmo um milagre. Vi uma luz que nos iluminava e ouvi vozes gritando. No meio do barulho da chuva e do rio, ouvi que diziam para aguentar que iam nos ajudar. Mas não dava para ver nada, só os dois focos de luz. Ficamos ali mais um minuto, resistindo, eu já estava desesperada, quando ouvi um homem gritando para tentarmos apanhar uma espiga de milho. Parecia bizarro, mas depois de uns segundos entendemos o que ele gritava:
— Tem uma espiga presa num anzol. Agarrem o anzol e prendam com força em alguma parte reforçada da roupa. Vamos pescar vocês.
Um segundo homem com uma segunda lanterna iluminava a espiga de milho que eles ativaram, mas ela caia na lama, longe do meu alcance. Se eu me mexesse muito o Geovane poderia me soltar e eu seria arrastada pela água da enxurrada que escorria forte. Por mais duas vezes a espiga caiu longe e eles voltaram a recolher.
Depois de algumas tentativas, finalmente o atirador da espiga de milho conseguiu fazer com que ela caísse bem na minha frente e eu com uma das mãos livres a segurei. Geovane agarrou na espiga com uma das mãos enquanto com a outra me mantinha segura pelo cós do short. Se o short não fosse de Jeans teria se rasgado.
Geovane:
Eu vi que a Lisandra agarrou a espiga de milho verde e espetado nela estava um anzol bem grande. Daqueles de pescar peixes pesados, Jaús e Pintados. Tratei de pegar com uma mão, sem largar da Lisandra, e pender o anzol no meu cinto de couro, e em seguida esperei o sujeito mover o molinete e esticar a linha de pesca grossa que nos deu uma boa puxada, ajudando a nos firmar mais. Com isso a pressão da lama diminuiu e tínhamos mais resistência contra a enxurrada. Eu não vi muita coisa porque estava agarrando a Lisandra para ela não escapar. Ela que podia ver a movimentação das duas pessoas com as lanternas.
Lisandra:
Eu não sabia o que eles pretendiam fazer e gritei novamente por socorro. A chuva tinha dado uma ligeira diminuída e consegui ouvir uma voz que gritava:
— Vamos jogar uma corda. Agarrem na corda e amarrem bem no corpo.
A voz soava mais nítida. Foi quando eu notei que uma das lanternas que nos iluminava estava bem mais próxima, e quando ele atirou a corda eu não vi onde caiu. Acho que ele tentou mais vezes sem conseguir até que tomei uma pancada no ombro e vi pela luz da lanterna que o outro projetava, que era uma ponta de corda com um nó. Apressada, segurei e puxei a corda.
Passei para o Geovane que puxou mais, enrolou a corda no pulso, e depois também enrolou a ponta no meu pulso. Agarramos firme com a mão naquela corda, eu agarrei com as duas mãos, e sentimos que éramos puxados, não com força, mas de forma lenta. A força que eu fiz para segurar a corda enrolada no meu pulso era enorme e o Geovane também segurava firme e com a mão que segurava meu short ele me abraçou pela cintura. Ficamos colados. Senti que éramos arrastados aos poucos sobre a lama.
Geovane:
Quando eu vi que a corda era grossa e sustentaria nosso peso, e que o homem que a segurava era forte, tive mais confiança e tratei de agarrar e amarrar a Lisandra, pois temia que ela não tivesse força para resistir.
Lentamente eles nos puxavam e arrisquei deixar que nos arrastassem, perdendo logo depois o contato do meu pé com o mourão de cerca que nos escorava. Mas por sorte nós estávamos deitados e fomos escorregando sobre a terra molhada. Pouco a pouco.
Devido ao solo escorregadio ficou mais fácil deles nos puxarem. A combinação da linha de pesca grossa, presa ao anzol engatado na minha cintura, me dava alívio no braço para poder fazer toda a força em segurar a corda. As duas trações combinadas nos arrastavam em direção aos focos de luz. Pareceu uma eternidade, mas não deve ter durado nem cinco minutos, quando senti que mãos fortes agarravam a Lisandra e a puxaram para uma parte de solo mais firme, onde estava o homem que puxava a corda. Eu com isso fiquei mais aliviado. Vi pelo vulto iluminado pela lanterna que ela era empurrada para uma parte do solo mais firme onde conseguiu se ajoelhar no chão e depois se levantar. Uma das lanternas nos iluminava. Lisandra agarrada na corda foi subindo em direção onde o outro homem nos iluminava. Logo em seguida eu que fui ajudado pelas mãos do sujeito da corda e consegui ficar de joelhos e engatinhar.
Ainda preso pela linha de pesca que me puxava, pude me firmar mais. Senti mãos fortes me agarrando nos braços e dei a mão para que me suspendesse. Um homem forte me puxou para perto de onde ele estava, amarrado na corda pela cintura, podendo com isso manter as mãos livres. O outro homem do molinete nos iluminava. O sujeito da corda me ajudou a sair daquela área cheia de lama e fui para um solo menos escorregadio. Fiz o mesmo que a Lisandra e agarrado na corda logo fui conduzido para um local seco que tinha chão de cimento. A Lisandra estava ali no chão deitada, muito cansada. Num primeiro momento não fazíamos a menor ideia de onde estávamos, mas o fato de termos sido salvos era um grande alívio, como um milagre mesmo.
Estávamos exaustos e ficamos deitados no chão, recuperando a forças. Um dos homens pendurou a lanterna num gancho suspenso e funcionou como se fosse uma lâmpada. Clareou um pouco onde estávamos. Vimos um senhor forte, com seus cinquenta anos, barba curta e bigode, já meio grisalhos. Ele disse:
— Graças aos céus! A sorte é que estávamos aqui, escutamos e deu tempo de acudir.
Eu olhei em volta e reparei que onde estávamos era apenas um rancho com piso pequeno num retângulo de cimento, de uns quatro metros de comprimento por três de largura. Havia paredes de três lados, e o lado que dava para o rio era todo aberto como se fosse uma varanda. O abrigo era coberto por um telhado simples e não chovia ali. Pelo menos estava seco. Um outro homem bem mais jovem, e forte, nos olhava agachado também muito cansado.
Todos ali estavam muito sujos de lama e vi que a Lisandra estava sem a blusa com os seios expostos. Ela permanecia deitada no chão ainda completamente exausta. Não havia o que fazer naquele momento. Eu falei:
— Vocês nos salvaram. Que sorte! Onde estamos?
O mais velho explicou:
— Aqui é um rancho de pesca. A chuva chegou muito rápido de tardezinha, havíamos acabado de chegar, e não deu para irmos embora. Começou logo a descer água do morro, trazendo muita lama e entupiu a estrada. Nossa picape está mais afastada. Com a enxurrada o caminho ficou bloqueado. Ficamos com medo de sair. Foi a sorte. Ouvimos o motor da vossa moto chegando e a luz se aproximando, e não dava para avisar. Vimos quando a moto tombou, depois tudo ficou escuro. Pensamos que vocês tinham caído no rio com a enxurrada. Depois ouvimos os gritos. Iluminamos com as lanternas e vimos os dois sendo arrastados para o rio. Foi quando decidimos que a única forma de salvar vocês era pescar.
O jovem forte completou:
— Enquanto o pai tentava jogar a linhada com o anzol na espiga de milho verde que usamos como isca para os peixes, eu iluminava para ver onde estavam. Aí quando conseguimos que o anzol se prendesse em vocês, eu me lembrei que tinha uma corda grande aqui no rancho, de prender barcos, e foi o que nos salvou. Amarrei uma ponta da corda na coluna do rancho, dei um nó na outra ponta para ficar pesado e eu conseguir jogar mais longe. Depois me amarrei na cintura com o meio da corda, e fui dois metros para fora, na lama, meio pendurado nela, andando na parte em que o solo estava ainda firme, ainda sem enxurrada. Caí duas vezes na lama e se eu não estivesse amarrado também não teria como voltar. Aí, eu consegui chegar mais perto de onde estavam. Foi como consegui jogar a ponta da corda em vocês. O pai foi puxando a linha com o molinete, ajudando a puxar. Eu consegui trazer vocês agarrados na corda, até mais perto onde pudemos segurar e erguer até aqui.
Geovane:
Entendi naquela hora que fomos salvos graças à velocidade com que eles agiram e a coragem de se arriscarem. Agradeci novamente.
Ficamos por uns cinco minutos imóveis, relaxando, esperando passar a descarga de adrenalina que nos fazia tremer sem parar. A chuva continuava incessante. Ouvimos o sujeito mais velho, que o outro chamava de pai, dizer:
— Eu sou o Silvan e ele é o meu filho Marinho. Viemos pescar e foi mesmo um milagre estarmos aqui.
Eu disse:
— Sou o Geovane e ela é a minha esposa Lisandra. Foi milagre mesmo.
Marinho explicou:
— Tem um tonel de água no canto ali fora, bem na quina encostado na parede, que capta água da chuva. Podemos nos lavar ali, com uma caneca. Temos que retirar essa lama toda.
Eu me levantei e ajudei a Lisandra a ficar de pé. Ela tinha perdido os tênis e estava descalça, só com o shortinho. Coberta de lama. O Silvan orientou:
— Não podemos ficar sujos aqui dentro para não enlamear o chão todo. Por isso estou parado aqui sem me mexer muito. Temos que retirar as roupas sujas, pode ser ali na beirada de fora, e lavar o corpo. Senão, sujaremos tudo aqui dentro e não vamos ter onde ficar para esperar essa tempestade passar.
Marinho pegou uma caneca de alumínio que eles tinham na tralha de pesca e se ofereceu:
— Podem ir primeiro que eu jogo a água. Se olharem no chão tem uma calçada de meio metro do piso de cimento que fica do lado de fora, bem na beirada da parede. É ao lado do tonel de água. Eu fico do outro lado do tonel e jogo água em vocês do lado de fora. Depois vocês me lavam e depois limpamos o pai por último. Ele fica iluminando a gente.
Segurando nos braços da Lisandra, fomos andando passo a passo com todo o cuidado bem pela borda do piso da varanda, até chegar no cantinho. Ela estava calada e eu imaginei que fosse ainda efeito do susto que tivemos. Silvan iluminava com a lanterna e vimos o tonel azul, de plástico grosso, cheio de água. Devia ter uns cem litros. Ficamos bem ao lado, por fora do rancho, debaixo da aba do telhado.
O Marinho começou a jogar água na Lisandra com a caneca. A lama aos poucos foi escorrendo, primeiro da cabeça, e descendo pelo corpo, mas o shortinho estava imprestável. Marinho falou:
— Melhor despir toda a roupa. Não tem jeito. Podem ficar tranquilos, vamos respeitar.
Lisandra me olhou como se esperasse uma decisão e eu verifiquei que era mesmo o único jeito. Exclamei:
— Está certo. Não tem como. Temos que tirar essas roupas sujas e depois lavar.
Lisandra calada desabotoou o shortinho e foi descendo pelas pernas. Era uma imundície de terra que estava dentro dele. Marinho jogava água enquanto eu a ajudava segurando. A calcinha pequenina dela também cheia de lama saiu junto com short. Ela já totalmente nua foi sendo lavada com a água que o Marinho jogava e em uns cinco minutos já estava limpa. Seu corpo nu iluminado pela lanterna mostrava em destaque as marquinhas de sol deixadas pelos biquínis pequeninos que ela usa. Lisandra recebeu os jatos de água, e com as duas mãos em concha aparou e abrindo um pouco as pernas lavou a xoxota e depois se virou e lavou a bunda. Ela estava se comportando como se tomasse um banho normal e não esboçou timidez ou vergonha. Admirei a firmeza de atitude dela, sem ficar com pudores naquela situação. Naquele momento ela parecia mais linda e gostosa ainda, mas não era o momento para me excitar.
Eu estava convencido de que o rapaz e o pai dele eram pessoas decentes e que nos salvaram a vida. Tínhamos que passar por aquilo e manter a naturalidade e a calma.
Lisandra:
Eu demorei para relaxar. O trauma que passei ali pensando que ia morrer, foi ficando menor à medida que me senti segura ali no chão. Estávamos com pessoas que arriscaram a própria vida para nos salvar. Aquilo me deu uma certa paz e muita gratidão. E na hora do banho sabia que não tinha nenhuma escolha. Estava imunda, a areia me arranhava o corpo todo, a sensação de estar suja e com o short e a calcinha cheias de terra, era muito pior do que me despir e ficar nua. Na hora me veio a ideia de que já ficara nua antes para outras pessoas, como médicos, massagistas, até uma vez numa praia de nudismo, logo que nos casamos, eu e o Ge fomos passar lua de mel naquele lugar onde ninguém nos conhecia. E bastava eu comparar aquela situação momentânea com as outras e perdia bastante do impacto de estar despida. Relaxei. Resolvi me lavar bem e me livrar daquele short imundo. Quando acabei de me limpar foi a vez do Geovane tomar seu banho.
Eu entrei já limpa para a parte interna do rancho e o Silvan me estendeu um saquinho plástico para colocar no chão e me sentar sobre ele. Assim não ficava com a bunda em contato com o cimento. Achei muito atencioso da parte dele. Sentei-me no saquinho e me encostei na parede vendo que o Geovane estava se lavando e despira a camiseta e a calça.
Ao despir a cueca, com a lama escorrendo na água que o Marinho jogava, notei que ele estava com o pinto um pouco endurecido. Não sabia se era excitação ou se era reflexo do nervosismo e alívio de estarmos salvos.
Mais uns três minutos e ele estava lavado e limpo. Deixou suas roupas sujas no chão junto com o meu shortinho, a tanguinha, e, também seus tênis, e se ofereceu para jogar água para o banho do Marinho. Eles trocaram de posição e o Geovane com a caneca, passou a jogar água no jovem, que foi também se despindo. Retirou a bermuda suja de lama, a camiseta, e antes de descer a cueca, pediu licença, o que demonstrou respeito e educação. Quando ele retirou a cueca, fiquei admirada, pois o pinto dele era bem grande, e estava como o do Geovane, ficando meio duro. Só tinha visto pinto daquele tamanho em filmes pornô. Naquele momento, talvez por nervosismo senti um arrepio na pele, o mesmo que senti quando vi meu primo se masturbando. Mas como estava bem escuro aquilo não foi notado por eles. Enquanto observava o Marinho se lavar, reparei que ele tinha um corpo muito bonito, musculatura toda definida, não tinha pelos no corpo, e possuía feições atraentes. Era mais ou menos da altura do meu marido, mas bem mais musculoso.
Sem maldade nenhuma, eu concluí que ele era um jovem muito bonito.
Finalmente, o Silvan me passou a lanterna para eu iluminar e foi tomar o banho.
Geovane veio para ficar ao meu lado, de cócoras, enquanto o Marinho jogava água para o banho do pai. Me levantei, dei o saco de plástico para o Ge sentar encostado na parede, e me sentei no colo dele. Apontei a lanterna e iluminei o banho. Quando Silvan se despiu fiquei admirada, pois mesmo sendo um homem maduro, também apresentava um corpo bem conservado, forte, a barriga era bem discreta, e ao retirar a cueca, exibiu um pinto só um pouco menor do que o do filho, mas parecia bem grosso. Era da grossura de um salame. Ele usava só o ventre todo depilado, no resto do corpo tinha pelos escuros e alguns grisalhos no peito, e estava um pouco excitado também. A cabeça do pau dele parecia uma ameixa, roxa e perfeita. Eu observava aquilo curiosa, pois era uma oportunidade de apreciar dois homens de boa aparência, atraentes, e pelados, sem ser sacanagem, o que não era comum. Senti meus mamilos latejarem e percebi que os bicos se enrijeceram. Estava ficando excitada com aquelas visões e não sabia o que deveria fazer.
Geovane:
Eu estava tentando pensar uma forma de dar mais conforto e proteção para a Lisandra, mas tudo indicava que não tinha ali nada que a gente pudesse vestir ou se proteger. No canto da esquerda daquele pequeno rancho, lugar onde estivera o Silvan depois que nos ajudou, era possível ver algum volume de coisas, mas com a luz fraca da lanterna pendurada eu não identificava direito o que era.
Olhando mais atento, com a vista se acostumando, percebi que era uma sacola de palha com coisas de pesca. Vi também uma caixa de isopor onde eles deveriam ter gelo para colocar os peixes, e as quatro varas encostadas na parede com seus molinetes, uma delas inclusive a que nos salvou. Vi também três caixotes desses de colocar frutas no mercado, um com um saco de carvão e outro com algumas panelas. O terceiro tinha uns saquinhos de alimentos. Os dois homens tinham vindo para pescar e passar a noite, e parecia não ter conseguido trazer mais nada por causa da chuva. Estava observando essas coisas quando olhei para a Lisandra no meu colo e notei que ela tinha o bico dos seios empinados e rijos, indicando que ficara excitada. Mas também poderia ser pelo fato de estar sem roupa. Não quis falar nada.
O Silvan também havia tomado o seu banho e voltou para perto de onde estávamos. O Marinho foi bem no cantinho do lado direito do rancho, e pegou um disco de arado velho que estava encostado na parede e trouxe para o centro, bem próximo de nós. Depois voltou no cantinho e pegou três tijolos e colocou no chão, apoiando o disco de arado sobre os tijolos. Silvan pegou o saco com carvões e colocou um pouco sobre o disco do arado. Então, fuçou no saco de carvão e encontrou uns tabletes de acendedor de churrasqueira e colocou no meio dos carvões. Acendeu um isqueiro a gás e logo os tabletes de acender churrasqueira estavam em chamas. Aos poucos as chamas iam pegando no carvão. Marinho pegou lá no canto do rancho mais dois pedaços de vigota de madeira e uma grelha. Entendi que eles usavam aquilo como fogão e o calor do fogo iria nos aquecer.
Silvan acabou de me esclarecer quando disse:
— Acendendo o fogo ficaremos aquecidos. Não temos roupas secas, teremos que ficar sem mesmo. Mas não se preocupem. É uma emergência e temos que superar essa situação até amanhã. A chuva não para tão cedo e tudo indica que a estrada está toda obstruída. Temos uma garrafa de cachaça aqui e poderemos com uma panela fazer um arroz com linguiça para tirar a fome. Do jeito que está chovendo não há nada que possamos fazer.
Eu me ofereci para ajudar, mas o Silvan respondeu:
— Relaxa, descansem. Eu e o Marinho sabemos onde está tudo e estamos acostumados a fazer essas coisas. Logo fica pronto.
Eu permaneci com a Lisandra no meu colo, e vendo os dois homens se movimentarem. Marinho pegou na sacola das tralhas uma peça redonda de plástico tipo uma lata redonda de goiabada. Era um disco de metal preto. Tinha um ganchinho e ele pendurou onde ficava a lanterna.
Quando ele ligou, vimos que era uma lâmpada de led, acoplada a uma bateria de energia solar. Deu um pouco mais de luminosidade no ambiente. Ele explicou:
— Eu não tive tempo de pegar isto antes. Agora que já estou limpo pude entrar e mexer nas tralhas. Vai ter energia para iluminar um pouco e nos ajudar.
Enquanto isso o Silvan nos ofereceu uma garrafa de água mineral e bebemos muito sedentos. Aquilo ajudou a nos reanimar. Depois, Marinho pegou um copinho e serviu um pouco de cachaça e me nos ofereceu. Tomamos uma boa talagada cada um e era boa, não ardia, desceu macia. A seguir eles também beberam.
O Silvan fritava linguiça picada na panela pois o carvão já estava bem aceso, e aquilo nos confortava para não sentir frio. Marinho falou:
— Deixamos a maioria das nossas coisas na picape. Até as duas redes ficaram. E nossos celulares também. Estávamos trazendo as coisas para cá aos poucos quando despencou o temporal. Ainda não havia escurecido quando vimos parte do barranco deslisar e começar a invadir a estrada. Não deu mais para sair. Depois escureceu rápido e logo a seguir vocês chegaram e caíram. A sorte é que já tínhamos trazido um pouco das tralhas.
Lisandra:
Eu estava ainda cheia de medo por conta do temporal, e perguntei se não tinha perigo do barranco deslizar sobre o rancho. Silvan nos tranquilizou:
— Não, o barranco aqui atrás do rancho fica bem mais afastado e compacto, mais acima passa a estrada, o solo foi bem compactado, e estamos assentados numa grande formação de pedras. Não tem perigo, pois não tem o que deslizar aqui atrás. É solo firme. Mas onde vocês caíram, mais dez ou quinze metros lá pra trás, vai descer barro a noite inteira.
Fiquei mais sossegada e fui relaxando. Observava os dois homens se movimentando. Até que o Ge me chamou e pediu:
— Li, vem aqui, com a lanterna. Vou aproveitar e enquanto você joga água com a caneca vou tentar lavar um pouco a nossa roupa. Até amanhã pode secar.
Fui ajudá-lo, com uma mão segurava a lanterna e com a outra jogava a água com a caneca. Não era propriamente uma lavagem de roupa, mas pelo menos com a água limpa tirava a areia das peças de vestuário e dava para torcer bem.
Era preciso várias enxaguadas e torcidas para deixar limpas. Ficamos entretidos naquilo uma meia hora. Lavamos o shortinho, minha calcinha, a calça e a camiseta do Ge, a jaqueta de couro e finalmente o tênis dele.
O tonel de água, com a chuva constante, não diminuía muito o nível pois recebia água que descia de uma calha do telhado. Então o Ge aproveitou e lavou também as roupas dos dois homens.
O Marinho tinha mostrado que mais perto do canto direito, ali próximo do tonel de água, havia um arame esticado entre uma parede e outra formando um varal. Disse que era mesmo usado para eles pendurarem algumas coisas. Então, cada peça que o Ge lavava o Marinho torcia muito bem, eu pegava e ia pendurar no varal. Isso nos ocupou por uns quarente minutos. Nos movimentávamos nus e aquilo ajudou a nos desinibir mais.
Quando finalmente acabamos de pendurar as roupas, sentimos o cheiro da linguiça frita já cozinhando com o arroz na panela com alho e cebola. O Silvan tinha, além do arroz com linguiça, um saquinho com farofa pronta. Não havia pratos para todos. Apenas dois pratos de ágata, feitos de metal cobertos de louça vitrificada, e dois talheres. Silvan fez questão de servir primeiro a mim e ao Ge. Tentamos negar aquela gentileza, mas ele insistiu e estávamos com fome. Marinho disse:
— Não embaça, comam logo que eu também quero comer.
Achei graça da sinceridade dele. Silvan, tendo mais iluminação, descolou no meio da sacola outro saco plástico vazio que era para colocar o lixo, e deu para que eu me sentasse ao lado do Ge. Nossa! Nunca uma comidinha daquelas, feita nas condições mais rudimentares, me pareceu tão saborosa. O Silvan contou que trazia sempre um frasco com o tempero já pronto, o que facilitava fazer o arroz na gordura da linguiça. Comemos com prazer e eu depois me levantei e fui lavar os dois pratos para os dois homens comerem. Quando eu me levantei e curvada peguei os dois pratos nas mãos, vi que eu estava a dois palmos dos olhares de cada um deles, e me observavam com atenção. Mas não houve nenhuma atitude abusiva, apenas me olhavam discretamente. Eu fui me acostumando a ficar nua perto deles. Depois de lavar os pratos eu fui entregar para o Silvan servir e vi que ele ajoelhado no chão, com a cabeça na altura da minha virilha, me olhava bastante atento, diante da minha xoxota. Ele agradeceu e foi servir, enquanto eu voltava para me sentar junto do meu marido. Marinho colocou mais um pouco de carvão para reforçar o braseiro e ficamos ali relaxados, trocando um pouco de conversa. Tomamos mais uma talagada de cachaça para ajudar a aquecer o corpo. Silvan e Marinho comeram e depois lavaram os pratos. A seguir, também tomaram uma golada de cachaça e se sentaram perto do braseiro bem à nossa frente. Cansados como estávamos foi batendo uma sonolência.
Eu coloquei o saco de plástico no chão entre as coxas do Ge e me sentei ali, recostando em seu corpo, que estava encostado na parede.
O Ge me abraçou e me amparou. Silvan ficou de pé e desligou a lâmpada de led, deixando o ambiente bem mais escuro. Apenas o clarão do braseiro dava alguma luminosidade muito fraca. Marinho pegou um saquinho de arroz e deitado de costas no chão, apoiou a cabeça sobre ele. Silvan fez o mesmo, com outro saquinho de algum produto. Talvez fosse de farinha ou fubá, não dava para saber pois tinha ficado bem escuro sem a lâmpada. Silvan falou:
— Vamos tentar descansar pois nada mais podemos fazer. Amanhã veremos melhor a situação.
O silêncio serviu de resposta. Nenhum de nós tinha mais nada a dizer. Ficamos calados por uns quinze minutos, vendo os raios que clareavam a noite nos permitindo ver por segundos o cenário do rio cheio. Eu senti necessidade de dizer uma coisa e falei:
— Eu quero agradecer de coração a vocês dois, pois foi a dedicação e a coragem de se arriscar que nos salvaram. Agora estamos aqui em segurança, alimentados, protegidos da chuva, graças a vocês. Para mim são anjos-da-guarda. Muito obrigada.
Silvan:
— Que isso! Era nossa obrigação tentar.
Marinho:
— Eu me senti muito bem de ter conseguido. Me senti realizado.
Novamente o silêncio ficou ocupando a noite e procurei me aninhar mais nos braços do meu marido. Naturalmente, ao me ajeitar, abri um pouco as pernas, sem nem perceber que a luminosidade do braseiro deixava em evidência a minha xoxotinha. Ficamos calados por uns vinte minutos, então eu notei que o Marinho estava ficando de pau duro e como ele estava deitado de costas, o pinto se ergueu mais. Com os clarões dos raios, notei que ele disfarçava, mas estava me observando. Na mesma hora notei que o pai dele, o Silvan, também teve a mesma reação, talvez ao notar a excitação do filho. Dei uma ligeira cutucada no Ge, e ele deu dois apertões no meu braço, indicando que estava atento e tinha visto. Na mesma hora eu senti que ele também ficava excitado, e o pau dele começava a se erguer encostado na minha lombar. Meu corpo todo se arrepiou e senti de novo a mesma sensação que eu tinha quando espiava meu primo e meu irmão. Lentamente meu seio começou a latejar, e minha xoxota a se aquecer. Notar que os homens estavam excitados por minha causa me excitava também, e a visão daqueles pintos poderosos e empinados dos dois homens, me despertava a mesma libido de quando eu via meu primo e meu irmão se masturbando.
Como havia o barulho forte da chuva, do vento lá fora, e do rio com a correnteza mais forte pelo volume de água que descia, eu podia cochichar com o Ge sem ser ouvida. Me virei para ele com a boca pertinho do seu ouvido e perguntei sussurrando:
— Está vendo o que eu estou?
Ele fez:
— Hum, hum. Estou.
Eu quis saber:
— Você também está excitado né? Estou sentindo.
O Ge respondeu, também sussurrando:
— É incontrolável. Igual ver filme pornô. Você abriu as pernas, eles ficaram vendo a sua bocetinha.
Senti um arrepio me percorrendo o corpo todo. Meu marido excitado de saber que os dois homens estavam de pau duro por verem minha nudez e minha xoxotinha.
Geovane:
Depois que a adrenalina do risco que corremos foi se dissipando, tomamos banho, comemos, bebemos um pouco de cachaça, tudo isso somado, funcionou para dar uma relaxada e eu até pensei que fosse tirar um cochilo abraçado com a Lisandra. Ela tinha se acomodado sentada entre as minhas pernas, e com isso, a gente se aquecia, e se amparava. Chegamos até e falar sobre isso, descansar e esperar o dia amanhecer. Só que logo que ficamos em silencio, ela relaxou mais no meu colo, recostou sobre o meu peito, e naturalmente deu uma afastada nas coxas, deixando com isso a xoxotinha exposta. Num primeiro momento eu não notei, estava tentando cochilar, mas percebi que o corpo da Lisandra se contraia um pouco, ela suspirou e eu abri os olhos. Pude ver por cima do ombro dela os seios se enrijecendo, os bicos bem salientes, e eu percebi que estava excitada.
Foi quando olhei para o Marinho deitado de costas ali adiante, depois do braseiro. A luminosidade baixa e avermelhada revelava que ele estava de pau duro e empinado. Ele tinha um pau grande. A seguir olhei para o Silvan e notei que ele também estava de pau duro, e foi fácil deduzir o que acontecia. Parados e relaxados, olhando para a minha esposa pelada e com sua linda xoxotinha bem visível, eles se sentiram excitados, a mente imaginou cenas eróticas e sexuais e se estabeleceu o clima de tesão. Ao ver aquilo o meu pau também começou a se endurecer encostado na lombar da Lisandra. Ela percebeu minha ereção e começamos a cochichar, sobre o que estava acontecendo. Nós dois também ficamos excitados.
Eu comentei com ela, em segredo, que aquele momento, todos ali tendo a visão da Lisandra peladinha, e excitada, seria mesmo muito provocante. Recomendei que ela ficasse tranquila como se nada estivesse acontecendo.
Passou mais um minuto ou dois, e eu notei que os dois homens tinham pequenas reações pulsando no pau, indicando que estavam ainda com mais tesão. E Lisandra sentia meu pau duro também pulsando nas costas dela. Ela se virou e me sussurrou:
— Não tem como segurar, a excitação é muito grande.
Perguntei:
— Você também?
— Claro amor, eles estão quase pegando nos pintos e se masturbando. Isso me excita muito, saber que sou eu que provoco essa reação.
Não sei como, mas aquela situação também me excitava demais e eu me sentia contaminado por aquilo. Foi quando a Lisandra disse:
— Senti a mesma excitação de quando eu vi meu primo e meu irmão se masturbando na garagem de casa. Vontade de pegar naqueles pintos e masturbar os dois.
Ouvir aquela declaração dela sussurrada no meu ouvido, enquanto minha esposa tremia nos meus braços, me fez sentir um calafrio e um arrepio completo na pele por todo o corpo. Fazia muito tempo que eu não sentia uma excitação tão forte.
Continuarei a parte 2 logo que puder.
Conto integrante do livro SAFADOS MALVISTOS - de Leon Medrado. A ser publicado em breve.
Meu e-mail: leonmedrado@gmail.com
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