Depois de ter me recuperado, desci e almocei com os meus pais que perguntaram o motivo do meu comportamento triste. Expliquei e eles me ouviram. Nada comentaram tendo em vista que quanto aos meus assuntos pessoais, depois da minha maioridade, eles nunca se envolveram a não ser que eu pedisse.
Após o almoço ajudei minha mãe com as louças e subi para o meu quarto, organizei, limpei e resolvi tomar um banho. Antes disso, passei uma mensagem para Guilherme avisando que iria sair com as meninas naquela noite. Fui para o meu banho.
Quando retornei, não havia nenhuma mensagem de resposta. Sinceramente, eu já esperava e nem liguei. Passei outra mensagem, agora para Daniel, pedindo a localização da praça onde ele iria caminhar próximo da casa dele.
Enquanto esperava a resposta, mesmo faltando algumas horas para o horário que tínhamos combinado, escolhi a roupa que eu iria. Shorts preto soltinho que não ia até o meio da minha coxa, daqueles de fazer esporte mesmo, e uma regata branca e justa, com um top da mesma cor por baixo, que dava algum volume aos meus seios.
Logo ouço a notificação da mensagem com a resposta do Daniel, que além de me falar onde fica a praça também falava que ia ficar me esperando e que era para eu ir bem bonita.
Sorri ao ler a resposta dele e fiz um charminho falando que ia pensar no caso dele. Enquanto as 16 horas não se aproximavam, resolvi deitar um pouco, tirei um pequeno cochilo de uns 20 minutos. Quando acordei, chequei novamente e não havia nenhuma mensagem de Guilherme até aquele momento.
Calcei meus tênis, os que usualmente vou à academia, peguei as chaves do carro, enchi minha garrafinha de água, me despedi dos meus pais e saí com meu carro em direção a praça que tinha combinado de me encontrar com o Daniel.
Quando cheguei à praça, não avistei o carro do Daniel. Olhei direito, quase parando o meu carro no meio da rua e vi um homem que parecia ele sentado em um dos bancos da praça. Me aproximei devagar e confirmei que era ele. Parei o carro na sua frente.
Rapidamente, antes de sair do carro, chequei o celular e ainda não havia qualquer mensagem do Guilherme. Parecia que eu ia ser ignorada mais uma vez.
Ao sair do carro, fiquei feliz ao ver Daniel, tanto que abri um largo sorriso. Nos aproximamos e demos um forte abraço ao ponto dele me tirar do chão e vários beijos no meu pescoço. Confesso que até arrepiei quando ele fez isso.
Resolvi brincar com ele.
Eu - Então, do seu agrado?
Abri os braços, me exibindo para ele e sorrindo. Ele sorriu e respondeu com um tom de zoação, após pegar em uma das minhas mãos e me fazer dar uma voltinha para ele.
Daniel - Eu preferia ver de biquíni, mas para uma caminhada leve, até que tá bonitinha.
Sorrimos, eu dei um tapa na lateral da perna dele e começamos um leve alongamento.
Ele perguntou como tinha ficado a minha situação com meu narmorado, se tínhamos conversado. Eu respondi que não e fiz uma cara de desagrado. Acho que ele entendeu que eu não queria falar daquilo. Até mudei de assunto, perguntando onde estava o carro dele?
A resposta dele foi óbvia e eu devia ter sacado. Como ele morava perto, veio caminhando, mas que ia querer uma carona de volta porque com certeza ia ficar cansado da caminhada.
Não demorou muito para começarmos a caminhar em volta da praça. Quando iniciamos havia mais umas três pessoas por lá, mas depois de um tempo elas foram embora, ficando apenas eu e Daniel naquela praça toda.
Devemos ter caminhado uns 45 minutos, aproximadamente. Quando Daniel perguntou se eu não queria parar, sentar um pouco e bater um papo. Eu topei e como estávamos próximos do meu carro, aproveitei para pegar minha garrafa de água.
Caminhamos para um dos bancos mais ao centro da praça, perto de um monumento. Ele sentou daquela mesma forma do dia que sentamos para conversar no Parque da Alvorada, uma perna de cada lado do banco e quando fui sentar, ele passou sua mão na minha cintura, conduzindo o meu corpo e me fazendo sentar no banco, mas entre as pernas dele, com as minhas costas tocando no peito dele.
Aquela ação dele me pegou de surpresa, ainda mais porque ele fez aquilo com enorme tranquilidade e segurança. Logo uma das suas mãos repousava sobre a minha barriga, enquanto a outra, aberta, dava a volta no meu corpo e segurava a minha coxa.
Minha reação foi sorrir e olhar para os lados, mas a praça estava deserta, com exceção de um carro ou moto que passavam nas ruas ao redor de vez em quando. Em relação a posição que ele me conduziu, eu permaneci. Apenas me ajeitei um pouco. Daniel buscou logo entrar em algum assunto e me deixou mais à vontade.
Daniel - Você vai sair mesmo com as suas amigas ou vai me acompanhar na Legacy?
Eu sorri, afinal, eu já tinha passado o convite dele. Aparentemente, ele ainda buscava tentar uma última vez.
Eu - Vou mesmo sair com as meninas. Fica para uma próxima como eu te disse ontem.
Daniel era muito esperto, sabia conduzir o assunto e buscava falar mais próximo ao meu ouvido. Suas mãos faziam um carinho de leve, principalmente na minha barriga. Retribui fazendo um carinho nessa mesma mão dele.
Naquele momento eu estava bem leve e nem mais lembrava que esperava alguma resposta do Guilherme. Acredito que eu estava imersa numa atmosfera de tranquilidade e bem estar naquele momento.
Daniel - Você me disse ontem que o seu namorado viajou e por isso você estava com o fim de semana livre. Hoje, vai sair com suas amigas, mas amanhã, tem algo combinado?
Eu desconfiei um pouco daquela pergunta dele, fiquei por um momento em silêncio pensando no que responder. Porém, resolvi ser sincera.
Eu - Amanhã, pelo que eu lembre, nada. Por quê?
Daniel - Já que você dispensou o meu convite para ir para a balada hoje, já que tem esse momento com as suas amigas. Pensei que, por não ter nada planejado para amanhã, você não gostaria de me acompanhar numa festinha em outra cidade. Na verdade, é mais um churrasco. Topa?
Eu não esperava por um convite daqueles e naturalmente não sabia o que responder. Procurei alternativas, olhei para ele e várias dúvidas vieram à minha cabeça.
Eu - Daniel, eu não sei. Assim, não que eu não queira ir, mas namoro. Não sei se seria uma boa ideia.
Daniel - Avisa para ele que vai sair. Se esse é o problema. Você não vai fazer nada demais além de aproveitar o fim de semana e conhecer gente nova. Além disso, é algo mais íntimo. Acho que não vão ter mais de 20 pessoas e só nós dois que moramos aqui. Então, acho que ninguém que te conhece pode estar por lá.
Pensei mais um pouco. Como tinha dito para o Daniel, eu queria ir, me divertir, conhecer gente nova. E se era mesmo aquilo que ele tinha dito, realmente não havia nada demais nisso. Daniel não esperou eu responder, observando a minha dúvida, logo completou.
Daniel - Faz o seguinte. Pensa quando chegar em casa, sai com suas amigas, no fim da noite você me fala e amanhã de manhã, antes de eu sair, combinamos, caso você deseje me acompanhar. Eu devo sair por volta de dez e meia, já que é uma hora de viagem até lá. Só mais uma coisa. É um churrasco, lá tem piscina…
Falando isso, Daniel deu uma piscadinha para mim, sorrindo com uma cara de sem vergonha. Eu sorri de volta e entendi que aquela seria uma situação perfeita para que ele pudesse matar o seu desejo de me ver de biquíni. Desejo que talvez tenha sido despertado pela foto que provocou ciúmes no meu namorado.
Dei um tapinha de repreensão na perna dele e gargalhando respondi.
Eu - Agora eu entendi, isso tudo é para me ver de biquíni pessoalmente.Que canalhice, Daniel! (Brinquei com ele)
Daniel - Também é, não nego. Mas sua companhia é sempre boa e como você não tem nada melhor para fazer amanhã. Então, seria unir o útil ao agradável.
Continuei a rir, pois apesar da cara de pau, era engraçado como ele tentava me convencer a ir ao churrasco e alcançar seus “objetivos”.
Durante a nossa conversa, o tempo passou rápido e logo eu já estava me levantando para ir para casa e perguntei se ele ia querer mesmo a carona que tinha me pedido quando cheguei na praça.
Ele confirmou e pouco antes de sairmos, enquanto eu estava de pé na frente dele, Daniel movimentou os lábios, como se pedisse um selinho.
Eu olhei para ele e sorrindo atendi o seu pedido, segurando o seu queixo com uma das minhas mãos, ficando na ponta dos pés e levando os meus lábios aos lábios do Daniel, mesmo que rapidamente.
Depois disso fomos para o carro, caminhando sem pressa e conversando amenidades. Entramos e ele foi me guiando até a sua casa. Daniel realmente morava bem perto da praça onde estávamos caminhando. Coisa de três quarteirões.
Daniel morava em uma casa simples, pequena, mas que aparentava ser bem confortável. Ao lado da casa dele, existiam outras casas bem semelhantes. Parecia bem um conjunto residencial.
Parei o carro em frente ao portão da casa e olhei para ele, que já tirava o cinto e sorria. Me convidou para entrar, mas eu recusei. Então Daniel se despediu de mim, me dando um beijo carinhoso no rosto e afirmou ter adorado caminhar comigo de novo.
Antes de sair, Daniel lembrou que esperava a minha resposta para saber se eu ia ou não com ele para o churrasco e pediu para eu pensar com carinho.
Eu respondi que ele teria a resposta dele antes de sair. Falei para ele aproveitar a noite com seus amigos e ele desejou o mesmo para mim e minhas amigas.
Chegando em casa, peguei o meu celular e a resposta de Guilherme havia chegado. Era apenas um “ok”, simples, seco, mais parecido com um “tanto faz”. Honestamente era a resposta que eu achava que ele ia mandar. Não me surpreendeu.
Falei com as meninas, combinamos um horário e comi algo antes de banhar novamente. Subi para o meu quarto e tinha uma nova mensagem do Daniel. Conversei brevemente com ele.
Daniel - Divirta-se! Qualquer coisa, pode me ligar. Estarei com o celular ligado.
Eu - Obrigada! Tá certo. Manda uma foto quando for sair. Quero ver se não vai sair combinando quadriculado com listras.
Daniel - Mando sim, mas quero uma sua também.
Eu - Mando assim que ficar pronta.
Fui me aprontar. Tomei um banho bem gostoso, passei um hidratante maravilhoso na minha pele e ainda de toalha escovei os meus cabelos. Escolhi um vestido jeans azul claro (desbotado), com 10 botões de metal centralizados na frente e com um cumprimento que ia até pouco além do meio das minhas coxas. O vestido tinha um leve decote, mas nada muito chamativo. Um salto rosa aberto, tamanho 12 e algumas joias. Passei o Floratta que amo e estava pronta
Perto da hora de ir pegar uma das meninas em casa para ir comigo, me coloquei na frente do espelho e com a mão na cintura, tirei uma foto, mas não enviei para o Daniel. Iria esperar ele enviar a dele primeiro.
Arrumei minha bolsa e quando estava descendo as escadas da minha casa, chegou uma notificação do Daniel. Antes de vê-la, despedi-me dos meus pais e fui para o carro.
Já dentro do carro, abri a mensagem e vi a foto que Daniel tinha mandando. Ele estava lindo! Usava uma camisa vermelha, quase um vinho, de botões e manga longa, calça jeans preta e um tênis branco. Usava um relógio de aço e um colar. E logo na mensagem seguinte, já cobrava que eu mandasse a minha.
Eu respondi a foto dele sendo sincera, falando que ele estava lindo e devia estar bem cheiroso. Logo em seguida mandei a minha foto para ele e como resposta eu ganhei o elogio de “maravilhosa”. Depois disso, eu apenas me despedi dele, desejando mais uma vez que ele fosse se divertir e que daria a resposta dele pela manhã cedo.
Sai no meu carro para pegar a minha amiga que eu ia dar carona. Após buscá-la, fomos encontrar as outras meninas no barzinho. Ao todo, estávamos em seis. Além de mim, outras duas também namoravam. Curtimos, rimos, fofocamos, flertamos, ganhamos drinks e só aquelas que não estavam dirigindo, beberam.
Foi uma noite bem divertida, que eu estava precisando diante de todo o estresse que tinha passado com as discussões com o Guilherme e o comportamento raivoso e infantil dele por causa da foto.
Cheguei em casa por volta de uma e meia da manhã, depois de ter deixado a minha amiga em casa. Quando cheguei, mandei uma mensagem para o Guilherme, avisando que tinha chegado. Nem esperei resposta.
Também enviei uma mensagem para o Daniel com a resposta que ele tanto esperava.
Eu - Vou com você ao churrasco. Como faremos?
*Observações*
Agradeço a todos pelo tempo de dedicação a leitura dos contos que tenho publicado. Também sou grata pelos elogios, dicas, paciência e carinho que tenho recebido nos últimos contos.
Gostaria de esclarecer novamente, caso tenha ficado alguma dúvida para alguns, que sim, o conto tem o tema Cuckold envolvido, porém, ele ainda não está, de fato, presente. No momento há mais um clima de infidelidade. A história se desenrola assim, pois caso eu começasse logo pelo ponto de ser uma hotwife, ninguém ia entender o caminho que percorri.
Tenham em mente que os contos são como capítulos e um livro. Um a um, somados, formam a história. Por favor, não tirem conclusões levando em conta só um ou dois contos, esperem a história completa, sua continuidade e desenvolvimento.
Críticas são bem vindas, mas com respeito. Peço que não me ofendam ou falem do meu caráter se valendo apenas do que é relatado. O caráter de alguém vai muito além de um conto, e por isso, não tem o menor sentido qualquer ofensa levando em conta apenas o conto, mesmo que você só tenha acesso a essa parte da minha vida.
Por último, não briguem nos comentários.