Meu marido descobriu e não deixou barato. Parte 24.

Um conto erótico de Ménage literário erótico
Categoria: Heterossexual
Contém 4580 palavras
Data: 09/03/2023 18:21:11
Última revisão: 25/01/2024 04:10:33

Antes que Sheila saísse, Augusto resolveu agir:

- Espera!

Sheila não sabia o porquê, mas sentiu que o que ele tinha a dizer não era bom, sua expressão estava tensa, seu semblante carregado. Ele confessou:

- Nem tudo é culpa sua, eu também preciso ser honesto. A verdade é que eu também traí a sua confiança.

Sheila parou, olhando para ele ainda sem entender direito o que ele queria dizer. Ele falou:

- Com raiva, querendo vingança, acabei pagando o que você fez na mesma moeda.

Sheila sentiu seu coração sendo estilhaçado, feito em pedaços, mas sabia que não tinha a mínima condição de se achar superior, ou até mesmo de cobrar o que quer que fosse. Entendia, naquele momento da confissão de Augusto, enquanto ele assumia o seu ato, o tamanho da dor que causara a ele, a mesma que sentia agora. E era devastadora.

Continuando:

Parte 24: Definição.

"Cada pensamento, cada palavra e cada ação têm seu reflexo, sua ressonância e sua reação. É um sinal de fraqueza culpar os outros por seus problemas. Você deve suportar as consequências das suas próprias ações." Essa fala do guru indiano Sathya Sai Baba, misturada à ameaça de Augusto: "toda ação tem uma reação de igual intensidade", naquela noite ao telefone na danceteria onde tudo começou e antes de sua vida sair de controle, fizeram Sheila entender que a fatura tinha chegado. O choque de realidade veio forte:

- Você me avisou, não foi? O que eu posso cobrar, que direito tenho de culpá-lo por alguma coisa?

Sheila tentava ser forte. Precisava ser, pois a dor mostrava o quanto ela foi estúpida, o quanto ela mesmo havia destruído tudo de bom que conquistara. Augusto era bronco, turrão, emburrado, enfim, de todos os seus defeitos, nenhum deles era insuportável. Perto dos maridos daquela cidade minúscula, ele era muito acima da média. Carinhoso, provedor, amigo, bom ouvinte, respeitador… enquanto Augusto a encarava, esperando uma reação, ela, tentando justificar, procurando uma forma de defendê-lo, disse:

- Você saiu de casa, eu da cidade, estávamos separados. O erro foi meu, eu comecei isso tudo. Você me disse, quando isso tudo começou, que toda ação tem uma reação. Você apenas reagiu ao meu erro. Eu aceito, entendo e se isso lhe fará sentir menos culpado, o perdoo.

Augusto achava que ela dizia aquilo da boca para fora:

- Não importa! Dois errados não fazem um certo. Acho que alguma coisa se quebrou entre nós. Talvez, o que eu fiz, pode ter sido até pior. A reação foi exagerada. A punição não foi de acordo com o crime. Você me machucou e ao me vingar, senti que fui longe demais.

Em um misto de curiosidade e tristeza, Sheila não sabia explicar, mas sentia que saber com quem Augusto a traiu seria ainda mais devastador do que a própria confissão em si. Preferiu adiar aquela pergunta, se apegando a qualquer fio de esperança, por mais fino e frágil que fosse:

- Eu repito, não tenho o direito de exigir nada, mas agora eu consigo entender o que você sentiu. Na verdade, eu já imaginava, só tentava me enganar, achando que por ter feito o que fiz, por ser com uma mulher, seria menos pior…, mas acabei humilhando você. Eu nunca vou me perdoar por isso.

Sheila voltou a se sentar no sofá. Estava sem forças, mas se não falasse, talvez não tivesse outra chance:

- Quem sabe, se a gente for honesto um com o outro, se nos desarmarmos e colocar tudo para fora… - Ela resolveu ser direta. - Eu não menti quando disse que nunca deixei de amar você. E você, ainda me ama?

Augusto também resolveu se sentar. Sentia desânimo, mas, assim como Sheila, também entendia que talvez fosse a única chance de colocar tudo a limpo. Foi honesto:

- Eu amei você desde a primeira vez que a vi. Desde que começamos essa relação, você se transformou no meu mundo. Eu jamais imaginei que chegaríamos a este ponto…

Sheila viu uma oportunidade:

- Augusto, existe alguma forma da gente se entender? Você ainda pensa em mim como sua esposa? Esqueça o fato de eu estar grávida, eu jamais usaria isso para lhe prender, para obrigá-lo a ficar comigo. Então?

Augusto se levantou, estava aflito, seu gesto característico de nervosismo era alongar o pescoço. Sheila percebeu e esperou pacientemente pela resposta. Augusto pensava, se preparava para falar, mas acabava desistindo. De uma coisa ele tinha certeza, não queria que ela saísse de casa. Não grávida, mas talvez, esse sentimento não fosse o suficiente para ela. Resolveu barganhar:

- E se a gente for com calma? Sendo sinceros um com o outro, tendo uma conversa definitiva, sem esconder nada? Acho que precisamos passar por esse processo. Não quer dizer que está resolvido, mas é um começo.

Sheila queria entender melhor e aproveitou a oportunidade:

- Vamos ser completamente honestos então, o que você quer saber? Pode perguntar, não vou mentir e nem desconversar.

Augusto entendeu aonde Sheila queria chegar e achou que se fosse para ser honesto, era melhor contar tudo de uma vez, depois tentaria consertar o estrago. Ele respirou fundo e foi direto:

- Eu só tenho uma dúvida, até já entendo o que aconteceu e a sua motivação, mas por que você resolveu mentir? Se o nosso casamento estava tão mal, a ponto de você escolher a traição, por que não foi honesta comigo? Você achou que eu não conseguiria entender os seus sentimentos?

Sheila prometera ser honesta e tentou ao máximo ser assertiva na resposta:

- Eu confesso que me sentia um pouco infeliz pela rotina, mas jamais achei que nosso casamento ia mal.

Sheila se levantou, estava nervosa, com as mãos tremendo. Foi até a cozinha e buscou um copo de água. Parou em frente a Augusto e reuniu toda a coragem que tinha:

- Eu fui ingênua, cruel até, você não merecia. Eu até pensei, cheguei a reunir a coragem necessária para contar o que estava acontecendo, mas aquele dia aqui em casa, depois que você me pegou de jeito, no dia que você disse que estava se esforçando para me satisfazer, pesquisando para melhorar, eu me senti péssima…

Uma lágrima escorreu pela bochecha de Sheila. Ela sentiu um nó na garganta, mas engoliu o choro:

- Saber que você estava se esforçando e eu me deixando levar pela sedução barata de Andréa, me fez temer pelo nosso futuro.

Augusto tentou interromper:

- Mas você poderia…

Sheila foi forte:

- Por favor, me deixe falar tudo. Eu preciso.

Augusto se calou e ouviu:

- Daí em diante, foi uma sucessão de erros da minha parte. Eu estava apavorada, mas ao mesmo tempo excitada, tudo era novo, eu não entendia. As coisas foram se acumulando, inclusive as minhas omissões…

Augusto não conseguiu segurar a língua:

- Mentiras, né? Omissão é outra coisa.

Sheila achou melhor concordar, esclarecer todas as dúvidas. Augusto aproveitou a oportunidade, pois como Maria e Fátima tinham lhe falado, Sheila confessou que se sentiu excitada. Ele preferiu seguir pelo caminho do entendimento, não da cobrança:

- Você já se sentia assim antes da Andréa voltar ou esse desejo, essa excitação, como você disse, foi despertada pela Andréa?

Mesmo temendo os estragos de uma nova confissão, Sheila decidiu ser completamente honesta:

- Não! Andréa foi só o catalisador de tudo o que eu já vinha guardando aqui dentro. Existe um outro lado dessa história, mas eu juro que nunca aconteceu nada, foram apenas fantasias da minha parte…

Sheila perdeu a coragem. Ficou com vergonha de confessar o que talvez Augusto não entendesse e que pudesse piorar ainda mais a relação entre os dois. Augusto tentou encorajá-la:

- Nós já chegamos até aqui, por favor, continue sendo honesta. Não pense que tudo é culpa sua, eu também tenho confissões difíceis para fazer. Vamos resolver tudo, sem deixar nada de fora.

Preocupada, Sheila sabia que a única forma de manter Augusto ao seu lado era sendo completamente honesta, mesmo correndo o risco de perdê-lo de uma vez. Num último esforço de coragem, confessou:

- Tudo isso começou com a Maria.

Augusto não podia acreditar naquilo. Na verdade, até fazia muito sentido.

Sheila foi rápida, não querendo criar um mal-entendido:

- Mas ela e eu nunca tivemos nada. Eu juro por tudo que é mais sagrado. Pode ter sido coisa da minha cabeça, mas por um tempo, eu cheguei a acreditar que ela se insinuava para mim. Talvez eu estivesse louca.

Vendo que Sheila parecia que ia explodir, preocupado com sua gravidez, Augusto tentou acalmá-la:

- Com certeza não foi coisa da sua cabeça.

Naquele momento, foi Sheila quem ficou confusa:

- Ãh? Como assim? Você percebeu também? Sempre que estávamos juntas e sozinhas, ela adorava se aproximar, tirar uma casquinha, colocar as mãos no meu corpo…

Augusto foi direto:

- Maria é bissexual! Ela e Fátima me explicaram muita coisa, por isso eu consigo ter essa conversa com você sem me sentir constrangido. Hoje entendo mais pelo que você está passando.

Sheila ligou os pontos:

- Então ela e Fátima… Oscar…

Ela olhava quase suplicando para o marido. Augusto apenas confirmou:

- Sim! Os três. Eles estão em uma relação. Fátima é amante tanto de Maria quanto de Oscar.

Por alguns instantes o pensamento de Sheila viajou em tudo aquilo que acabara de descobrir. Só então veio o estalo:

- Então você… ela… elas…

Augusto não sabia mentir, nem queria. Decidiu confessar de uma vez:

- Sim! Foi com elas.

Por um momento, poucos segundos, Sheila achou que ia desabar outra vez, mas a curiosidade, a excitação, se tornara maior do que a dor. Sheila não via a atitude de Augusto como uma traição, não da mesma forma que ela tinha feito. Mesmo que não tenha sido premeditada, as ações de Sheila com Andréa estavam em um patamar bem diferente. Mas também, Sheila sabia que precisava ser inteligente, pois conhecia o marido, qualquer passo em falso e tudo acabaria ali.

Augusto, visivelmente nervoso após a confissão, esfregava uma mão na outra, alongava o pescoço, preocupado com a reação de Sheila. Para a sua surpresa, ela disse:

- As duas de uma vez? Ou separadas?

Augusto ficou sem reação. Não esperava aquela pergunta. Sheila percebeu e tentou se justificar:

- Desculpa, é que foi de repente… eu não esperava por isso.

Apesar da fama de bronco, rústico, Augusto era um homem inteligente. Entendeu na pergunta de Sheila mais um sinal de que o momento era de entendimento, não de confronto. Perguntou:

- Seja honesta, você ainda tem esse desejo por outras mulheres? Ou tudo não passou de curiosidade?

Incomodada, achando que era uma armadilha, Sheila tentou desconversar:

- Eu não sei, Augusto. Tudo é confuso, meu arrependimento é maior do que qualquer desejo ou vontade. Não sei se quero passar por isso outra vez. Mesmo que não acredite, você é a pessoa mais importante da minha vida. - Sheila acariciou a barriga - Você e nosso filho.

Pela primeira vez naquele dia, Augusto sorria. Sheila aproveitou o momento:

- Se você estiver disposto a me perdoar, eu aceito qualquer condição, faço qualquer coisa. Eu amo você, e sempre vou amar.

Ele não duvidava dos sentimentos da esposa, mas sabia que aqueles eram argumentos normais em meio a um casamento em crise:

- Não, Sheila! As coisas não são assim. Se eu a obrigar a seguir determinado caminho apenas por imposição, para satisfazer um sentimento egoísta de posse, eu estaria condenando você a uma vida infeliz, de privações, frustrações… casamento não é isso. Pelo menos, não é o que eu acredito mais. Pode não parecer, mas eu aprendi muita coisa com essa situação.

Sheila, admirada pela nova forma de Augusto pensar e que ela ainda não conhecia, tentou minimizar os problemas:

- Você me avisou. Sinceramente, eu não acho que você me traiu. Depois do que eu fiz, da confusão que eu criei, eu jamais poderia acusá-lo de alguma coisa. Você reagiu às minhas ações, como disse que faria.

Augusto ainda não estava convencido, mas se aproximou e pegou nas mãos dela com carinho:

- Isso não muda nada, Sheila! Eu me sinto mal mesmo assim. E me sinto assim porque a amo. Fazer o que eu fiz só me deu a certeza dos meus sentimentos, por isso doeu tanto.

Sabendo que era uma chance única, um momento de decisão, Sheila o abraçou, e na ponta dos pés, ofereceu sua boca ao marido. Com os lábios a poucos centímetros do dele, disse:

- Por favor, deixe eu mostrar que também amo você. Eu errei, aceito as consequências. Mas me dê a chance de compensar o mal que fiz.

Augusto não resistiu, também estava com saudade. Nem se lembrava mais quando fora a última vez que beijou a esposa. Ele apenas completou a distância que faltava, se entregando. O beijo, tão desejado pelos dois, aqueceu o coração de ambos, reacendendo a brasa morna e transformando em vulcão o sentimento que jamais deixara de existir entre eles.

No começo, calmo, o beijo foi ganhando intensidade e impedindo qualquer um deles de se desgrudar. Por mais que Fátima e Maria fossem mulheres incríveis e muito gostosas, era com Sheila que tudo fazia sentido. Estar com a esposa, mesmo ainda magoado, parecia ser o certo.

Sem resistir mais, levou a mão à bunda dela e apertou carinhosamente, mas firme. Sheila gemeu abafado, sem desgrudar os lábios:

- Ah… que saudade!

Só então ele se lembrou que ela ainda estava se recuperando da cirurgia e tentou se afastar, mas Sheila o puxou de volta:

- Por favor, não!

Ele tentou argumentar:

- Mas você ainda não está totalmente recuperada, tirou os pontos faz poucos dias…

Sheila levou a mão ao membro duro dele, que pulsava dentro da calça:

- Podemos ir com calma, só não me rejeite.

Augusto deu mais um beijo apaixonado nela:

- Eu amo você, sua boba! Eu jamais a rejeitaria, só estou preocupado. O médico foi bem claro, sem sexo até a próxima avaliação.

Sheila tinha a solução. Abriu o zíper da calça, colocou o pau duro para fora e voltou a se sentar no sofá, puxando Augusto pelo pau:

- Minha boca está perfeita, vem aqui.

Ela nem deu tempo para ele protestar, enfiando rapidamente o pau na boca e começando a sugar a cabeça. Para ele, era irresistível. Qualquer vontade de ser cuidadoso, preocupação com a saúde dela, eram deixadas de lado ao sentir aquela boquinha macia e quente mamando a rola com determinação. Ele apenas gemia:

- Ai, caralho! Que saudade dessa boca. Ahhhhh… eu não resisto. Ahhhhh…

Encorajada pelas palavras do marido, Sheila queria dar-lhe o máximo de prazer que conseguisse. Ela tentava enfiar o pau inteiro na boca, enquanto acariciava o peito dele, por dentro da camisa, com uma das mãos. Ela tirava o pau da boca e dizia:

- Eu também estava morrendo de saudade…

E logo voltava a enfiar tudo na boca, o máximo que conseguia. Estava concentrada, mas sentia a mão dele acariciando sua cabeça, um cafuné carinhoso que a encorajava a engolir ainda mais aquele pau grosso, que latejava na sua boquinha.

- Puta que pariu, mulher! Assim eu não vou aguentar muito tempo… Ahhhhh….

Dar prazer ao marido, saber que estava sendo novamente a mulher dele, mulher em todos os sentidos, dava a ela uma sensação de que tudo poderia ser resolvido, de que ainda existia esperança, e de que talvez, o casamento dos dois pudesse sobreviver.

Sheila segurou firme na base do pau e começou a punhetar com ritmo, lambendo a cabeça e dando sugadas mais fortes. A mão de Augusto se enfiou por dentro do sutiã e apalpou o seio direito, beliscando levemente os biquinhos. Sheila sentiu:

- Ah, amor… que gostoso.

Sem perder tempo, ela voltou a enfiar o pau inteiro na boca, sentindo as vibrações e a cabeça da pica inchada, se preparando para receber o momento do clímax. As pernas de Augusto chegavam a tremer:

- Não aguento mais, vou gozar. Ahhhhhhh…

Sheila não deixou que ele tirasse o pau da sua boca, recebendo os jatos fortes no fundo da garganta, na língua, sentindo que eles escorriam pelo queixo, em um volume enorme… ela olhava para ele com cara de safada, ora sugando as últimas gotas que ainda saiam, ora lambendo os lábios. Ela ainda voltou a chupar a cabeça, tentando deixar a pica bem limpa, antes de guardá-la de volta dentro da calça.

Augusto queria fazer amor com ela, mas seu dever de proteger falou mais alto, não queria colocar em risco tudo o que Aline fez para salvar a vida da esposa e do bebê. Enquanto Sheila limpava a boca na própria blusa, ele sentou ao lado dela, ainda sem forças para conseguir falar.

Sheila precisava ter a certeza de que aquilo não era uma situação isolada:

- Eu sei que ainda temos muito a conversar, mas você gostaria de ficar comigo essa noite? Farei um jantar mais caprichado e depois podemos assistir um filme. O que você acha?

Augusto a abraçou:

- Tá bom, eu aceito! Roma não foi construída em um dia, não iremos resolver nada com apenas uma conversa. Vamos dar uma trégua, pelo menos por hoje.

Sheila se aninhou ao peito dele e se permitiu sonhar novamente. Augusto ainda pediu:

- Mande uma mensagem à Fátima, diga para ela ficar na fazenda. Precisamos deste tempo a sós, sem interferências. Chega de pessoas em volta.

Para Sheila, evitar o assunto Maria e Fátima era uma questão de sobrevivência do casamento. Pelo menos por enquanto. Primeiro ela precisava ter a certeza de que Augusto estava disposto a dar uma chance aos dois, tentar se acertar com ela. Aquele assunto era muito importante para ser esquecido, mas ela precisava lidar da forma adequada. Ainda não tinha a mínima noção do que dizer ou fazer, apenas queria passar algum tempo com Augusto, mostrar a ele que o seu amor era verdadeiro e que ela faria de tudo para reconquistar sua confiança.

Ficaram abraçados, curtindo um ao outro por quase quinze minutos no sofá. Nenhum dos dois queria falar, voltar ao assunto. Sabiam que ainda tinham muita "roupa suja para lavar," mas um momento de carinho e paz não faria mal a ninguém. Foi Augusto quem falou primeiro:

- Estou com fome, mas preciso tomar um banho antes.

Sheila finalmente se desgrudou dele:

- Vou preparar o jantar então. A não ser que você queira companhia…

Augusto deu um selinho carinhoso nela:

- Pare de me atiçar, você sabe que ainda não podemos.

Sheila fez beicinho para ele:

- Hummm… que pena.

Augusto falou sério, mas de forma carinhosa:

- Nós iremos resolver os nossos problemas, para o bem ou para o mal. Tenha paciência, não precisamos acelerar o processo ou queimar etapas. Sua recuperação é a nossa prioridade. Eu estou aqui, não vou a lugar nenhum

Feliz, Sheila lhe deu mais um beijo carinhoso, antes dele completar:

- E nem você.

Os dois se levantaram do sofá e antes de sair, Augusto pediu:

- Não esqueça de avisar a Fátima, peça para ela vir só amanhã.

Era uma mensagem tão simples, tão fácil de enviar, mas Sheila pensou com cuidado no que iria escrever. Digitou e apagou por três ou quatro vezes, antes de se decidir:

"Augusto e eu precisamos de um momento a sós. Peço que você nos dê esse tempo. Se possível, peço que venha só amanhã e traga Maria junto. Nós três precisamos conversar."

Não era a intenção de Sheila constranger Maria e Fátima, mas ela só se deu conta de como a mensagem poderia ser interpretada após ter enviado. Antes de criar um mal entendido, preferiu ser honesta com Augusto. Foi até o quarto, onde ele ainda se despia e mostrou a ele o celular:

- Me desculpe, foi meio no automático.

Augusto não sabia o que dizer:

- Bom, agora não tem volta. Ela até já leu.

Naquele momento, Fátima enviava a resposta:

"Estaremos aí. Está tudo bem?"

Sheila respondeu:

"Sim! Está tudo bem. Até amanhã."

Novamente percebeu que acabou sendo curta e direta e olhou assustada para Augusto:

- Me desculpe! Fui no embalo.

Augusto quase se rendeu ao riso:

- Eu nem expliquei a você como tudo aconteceu, tem certeza de que quer ir direto a fonte, conversar com as duas logo?

Sheila foi honesta:

- Eu já disse que não acho que você me traiu e com Maria eu me entendo. Não vou brigar com ela ou fazer cobranças, mas quero entender o porquê de Fátima ter se oferecido para cuidar de mim.

Augusto insistiu:

- Tem certeza de que não está brava? Eu acho que você só não quer dar o braço a torcer. Eu sou o seu marido, sou eu que devo explicações.

Sheila fingiu se irritar, querendo fugir do assunto, saindo do quarto enquanto falava:

- Para! Fui eu que criei toda essa situação. Só estou colhendo o que plantei. Vai tomar o seu banho.

Com a mente fervilhando, sem conseguir organizar os pensamentos, nem ela entendia o motivo de mandar aquela mensagem.

Estava há um bom tempo sem cozinhar, nem sabia o que tinha em casa para fazer. Abriu a geladeira e tentou se inspirar. Havia sobras de duas ou três refeições. Juntando tudo, mais o arroz e feijão que Augusto fazia questão, resolveu fazer um mexido, aproveitando todas as sobras: carne de panela, calabresa com cebola e um peito de frango assado. Seria perfeito e Augusto adorava comida simples e saborosa.

Mesmo sem sexo, a noite acabou sendo melhor que o esperado. Augusto foi gentil e carinhoso, elogiando a comida e lavando a louça após terminarem de comer. Enquanto ele tomava uma latinha de cerveja, ela assistia a novela deitada, com a cabeça no colo dele enquanto recebia um cafuné. Resolveram deitar-se cedo, pois o dia de Augusto começava antes do sol nascer.

Feliz por ter o marido de volta ao quarto, dividindo a mesma cama, Sheila foi se encostando, esfregando a bunda nele. Augusto a abraçou forte, de conchinha, e deixou que ela continuasse a se esfregar. Sheila sentia a umidade se formando entre as pernas, os beijos carinhosos que Augusto dava em seu pescoço iam aumentando o seu desejo, o pau duro apertado contra a sua bunda fez com que ela reagisse: a mão escorregando para dentro da cueca samba canção que ele usava como pijama, o pau sendo tirado para fora e levado para o meio de suas pernas.

Incapaz de resistir, Augusto simulava a penetração entre suas coxas, num vai-e-vem calmo, carinhoso. Sheila foi levantando a camisola e sentindo o contato do púbis dele com sua bunda, pele com pele… sem a calcinha, sua xoxota deixava o pau de Augusto todo melado com o mel abundante que escorria. Ela não conseguiu aguentar, levando a mão ao pau dele, arqueando o corpo e empurrando a cabeça para dentro de sua boceta.

Augusto até tentou:

- Sheila…

Mas ela foi mais rápida, manhosa e insistente:

- Só um pouquinho. Eu prometo que vou ficar quietinha, sem me esforçar demais…

Augusto deu uma pequena forçada e o pau foi sendo engolido, quase totalmente. Ele voltou a insistir:

- Fica parada, deixa comigo.

Sheila deu uma leve rebolada, o provocando. Ele a segurou:

- Estou falando sério! Ou eu vou parar.

Ela deu uma risadinha e virou a cabeça, tentando beijá-lo:

- Tá bom! Eu prometo. Mas por favor, não para.

Augusto retribuiu o beijo e começou a se movimentar, estocando bem devagar, penetrando até a metade e tirando em seguida.

Lembrando do que aprendera, das palavras de Fátima, se adaptou à situação, levando a mão até o grelinho de Sheila e começando um carinho suave, uma massagem bem delicada, enfiando o pau até a metade, dedilhando o grelo mais rápido e depois tirando o pau, aliviando a pressão do dedo. Sheila se perguntava quem era aquele Augusto:

- Ah, amor! Que delícia… que diferente… Ahhhhh…

Ele penetrava novamente, acariciando e massageando o grelinho, estocando com um pouco mais de ritmo, mas sempre mantendo o cuidado, com total atenção. Ela delirava:

- Meu Deus! O que está acontecendo? Ahhhhh…

Sentindo que ele tinha o controle total da situação, que mesmo aquele sexo calmo e cuidadoso já era muito melhor do que tudo o que ela havia experimentado na vida, Sheila não conseguiu se segurar, dizendo:

- Cacete, quem te ensinou a ser assim? Ahhhhh, loucura… pelo jeito, amanhã será uma conversa de agradecimento com Maria e Fátima.

Augusto aumentou o ritmo das carícias no grelo, sentindo que Sheila era tomada por espasmos. Forçou um pouco mais a penetração, mas sem deixar seu corpo bater-se contra o dela. Ela era muito bem fodida, mas de forma carinhosa, com total cuidado. E estava adorando:

- Nossa! Ahhhhh… isso, amor… está vindo… Ahhhhh…

A xoxota ordenhava o pau, enquanto Augusto prendia Sheila entre seus braços, evitando qualquer movimento mais exagerado. Mesmo sendo beijada, ela gozou aos berros:

- Ahhhhhhh… como eu te amo… me desculpa, me perdoa… Ahhhhhh…

Augusto também não se segurou, inundando a bocetinha dela com seu gozo farto, de jatos potentes, que escorriam para o lençol.

Ficaram abraçados, um não queria soltar o outro. Enquanto amolecia, o pau ia sendo expulso da xoxota, trazendo consigo uma cascata de porra, que Sheila queria segurar dentro dela, tentando eternizar aquele momento maravilhoso, orando baixinho para que Deus lhe desse forças para nunca mais colocar o seu casamento em risco. Paciência e sabedoria para lidar com as provações que o futuro reservava e principalmente, proteção, para que pessoas mal intencionadas jamais conseguissem se aproximar de forma tão fácil dos dois.

Os dois sabiam que o caminho ainda seria complicado, as conversas dolorosas, e o entendimento ainda se fazia necessário, mas naquele momento, estavam realizados, felizes e com a consciência em paz. Dormiram grudados, com um sorriso bobo no rosto.

Algumas horas antes, sem saber o que acontecia entre Sheila e Augusto e já se preparando para voltar à cidade, Fátima recebeu a mensagem de Sheila. Após a rápida troca de mensagens, ela ficou preocupada. Não tinha a mínima noção de que os dois estavam começando a se entender. O teor daquela troca de mensagem sugeria um possível confronto no dia seguinte. Mostrou a rápida conversa para Maria. As duas pareciam em choque. Maria quebrou o silêncio:

- Ela já sabe. O mínimo que podemos fazer é ser honestas.

Fátima estava curiosa:

- Augusto poderia ao menos ter nos avisado. Agora ela deve estar se sentindo duplamente traída. Será difícil explicar.

Impotente, Maria conhecia o lado ruim de Sheila, eram grandes amigas, afinal. Ela não sabia o que poderia dizer ou que argumentos usar para amenizar o sofrimento de Sheila. Oscar, ligado no que acontecia, resolveu se manifestar:

- Não adianta sofrer de véspera. Nós acabamos usando Augusto, mesmo que ele não se sinta assim. Só podemos nos desculpar e tentar recuperar o carinho e a confiança de Sheila.

Maria estava com os olhos marejados. Fátima a abraçou. Oscar resolveu ser direto:

- Ela também não é a santa dessa história, não está em posição de cobrar ninguém.

Sua fala não teve nenhum resultado, pois Maria se sentia ainda pior. Fátima também achou que precisava falar:

- Quem começou tudo isso fui eu, o provocando. Se for preciso, eu assumo a bronca, me coloco como a vilã da história.

A noite foi longa para os três, mal conseguiram dormir. Maria se culpava, Oscar tentava consolar a esposa e Fátima, a mais serena, começava a construir mentalmente a conversa em sua cabeça, analisando os cenários e as respostas possíveis. Ela era mestra no assunto, mas não tinha a intenção de manipular ninguém. Era hora de mostrar ao jovem casal como é a realidade da vida, como o mundo é injusto e nem tudo é perfeito. Ações e consequências são a regra primordial: aqui se faz, aqui se paga.

Continua…

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Comentários

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Mais um capítulo ótimo !👏👏

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Eu sou liberal logo não acredito em monogamia, acho que a saída aí é como nós fazemos , muita honestidade, cumplicidade e acordos que não devem ser descumpridos nunca.

A vida liberal não é uma bagunça como muitos acham , somos basicamente hedonistas , pessoas em busca do prazer mas o prazer sem regras e limites pode levar a destruição, mentiras, enganos, traições nunca são bem-vindas.

O conto é uma das melhores tramas escritas aqui, parabéns, beijinhos 😘😘😘😘😘

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Eu venho acompanhando essa história que por sinal é ótima mas você demora demais para dar continuidade e isso é muito ruim, desanima ler

Porque fica no ar , será que ele vai dar continuidade? A história é ótima uma trama muito boa mas será que vai ficar no meio do caminho? .

Desculpe o desabafo mas é minha dúvida mesmo.

Beijinhos 😘😘😘😘😘

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Eu não demorei a postar, eu desativei o perfil. Mas graças a bons e verdadeiros amigos, resolvi voltar e continuar a fazer o que amo, não deixando que os preconceituosos e falsos bajuladores vencessem. Estou de volta e agora para ficar, já que posso bloquear os encostos.

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Retomando a caminhada?

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Sim! Vamos terminar as histórias paradas.

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Legal!!! Um abraço em todos os envolvidos.

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Por favor faça isso em consideração aos seu fãs como eu e os seus leitores.

Beijinhos 😘😘😘😘

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Voltaremos sim, amigo! Tivemos que dar uma pausa pois fomos convidadas para escrever uma série paga que sugou todo o nosso tempo livre. Voltamos muito em breve.

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vai ter continuação o conto ?

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Esse casal com certeza nasceu um para o outro .Basta ter o entendimento que quando um erra não é somente um que erra, pode ter certeza que os dois erraram! Muitíssimas vezes um induz o outro a cometer o erro! Relacionamento hoje e algo que tem quer que ser estudado e reciclado de tempos em tempos! E nunca deixar de existir a irmandade a amizade e a cumplicidade!

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Enredo maravilhoso! Vocês meninas, Lsp,Lael o com certeza muitos outros, fazem com que a leitura de contos eróticos não fique só na sacanagem, podendo tirar até lição de vida! Com histórias fantástica com essa!

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Show parabens com tudo as claras ninguém e ferido com verdade e parceria só alegria boa sorte

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Muito legal esse caminho do entendimento, tornando a história bem realista. É assim na maioria dos casos. Parabéns trio.

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Finalmente todo mundo começou a se entender, torcendo tá tudo da certo, e claro, se organizar direitinho todo mundo transa

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Que capitulo espetacular.

O dialogo dos dois, foi bom demais, toda fala carregada de uma emoção sem igual, parecia que estava ali perto vendo os dois conversando, tentando se entender, infelizmente os dois ainda carregados de magoas, mas aos poucos vão se libertando e mostrando que estão arrependidos de todos os atos. O amor dos dois é verdadeiro e como comentou o Oliver, não existe o prazer de ter traído e nem muito menos de ter feito o outro sofrer.

No final os dois estão sofrendo igualmente, claro que cada um a sua maneira, mas foi bom demais ver eles dois começando a baixar a guarda e se dando uma nova chance, uma nova chance para o amor deles.

Estou torcendo muito que eles se acertem e que o filho deles nasça super bem para coroar o casamento e a vida dos dois.

parabéns meninas.

grande abraço.

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Gostei muito dessa parte, Augusto e Sheila mostraram que apesar dos seus erros se amam , pois ambos estavam tristes e preocupados com os impactos causados um no outro por suas atitudes.

Não há sentimento de vingança futura e muito menos prazer em ter feito o outro sofrer.

Na vida real tem muito disso pessoas dizendo amar mas sendo capaz de fazerem coisas horríveis com seus parceiros.

Que ama também erra ,isso é do ser humano,porém quendo se ama ,há arrependimento do erro e não prazer em ter feito .

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Ótimo capítulo como sempre vcs são ótimas parabéns! Nota 1000!

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O gostoso dessa história é que ela é bem do cotidiano, Sheila assumindo seus erros, mostrando arrependimento, Augusto idem e Oscar assumindo que usou a fragilidade de augusto pra satisfazer seus desejos e de suas companheiras.

Ótimos diálogos e ótimo capítulo.

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