Quando passei a mensagem, meu coração acelerou de uma forma que nunca aconteceu. Não sei especificar o motivo disso. Talvez pela minha aproximação crescente junto ao Daniel, a crise de ciúmes que se instalou no meu relacionamento ou o conjunto disso.
O que sei é que depois de enviar a mensagem para Daniel, tomei um banho e deitei. Dormi como um anjo e acordei com o despertador tocando às 7 e 30 da manhã. Assim que acordei a primeira coisa que fiz foi olhar o celular. Esperava que a raiva de Guilherme tivesse passado e ele pelo menos perguntado se eu cheguei bem.
Não havia nenhuma mensagem dele.
Havia de Daniel, que enviou o seguinte texto por volta das quatro da manhã:
Daniel - Sara, você não faz ideia de como eu fiquei feliz ao ler isso. Li assim que a mensagem chegou, mas estou respondendo agora. Fiz até um brinde com os rapazes, mas eles não sabem o motivo.
Daniel - Eu estou morrendo de sono e prefiro que a gente combine por ligação. Me liga assim que você acordar, por favor? Se eu não atender, liga até que eu faça isso. Tenho o sono pesado.
Fiquei feliz com a empolgação que tomou o Daniel quando ele leu a minha mensagem. Eu ainda estava deitada na cama, com aquela preguiça típica para levantar em um domingo, então resolvi atender o pedido que Daniel me fez. Liguei.
O telefone chamou umas quatro ou cinco vezes até que ele atendeu com uma voz de quem estava dormindo como uma pedra daquelas que pesam toneladas.
Daniel - Alô?
Eu - Bom dia! (sorri porque a voz dele estava muito engraçada) - Tá na hora de acordar.
Daniel - Bom dia! (Também sorriu) - Que horas são?
Eu - Pouco mais de sete e meia. Pelo visto a baladinha foi bem animada. Pela sua voz eu consigo ter dúvidas de como voltou para casa.
Daniel - Tinham motoristas da rodada na turma. Vim com um deles para casa. E você e as meninas, se divertiram? Voltou em segurança para casa?
Eu - Bastante, fazia um tempo que a gente não se reunia para jogar conversa fora, ou simplesmente fofocar. Voltei sim, foi uma noite bem tranquila. Então, como vamos fazer em relação ao churrasco?
Daniel - Bom, pelo estado que estou, acho melhor você ir dirigindo. Então, vem aqui para casa e daqui saímos para lá. O que acha?
Eu - Por mim tudo bem. Vou me arrumar e lá pelas nove e meia eu chego por aí. Combinado?
Daniel - Combinadíssimo!
Encerramos a ligação e eu tinha a certeza que eu devia ter mandado ele se arrumar também. No estado que ele estava, certeza que eu ia chegar lá e ele ainda estaria dormindo.
Bom, eu me levantei, fui tomar meu café e encontrei minha mãe. Meu pai havia saído, então avisei para ela que passaria o dia fora, pois havia sido convidada para um churrasco. Ela, como de costume, não colocou nenhum empecilho e ainda mandou eu me divertir.
Voltei para o meu quarto e tomei um banho bem gostoso. Escolhi um biquíni de lacinhos que tenho. A calcinha é num tom de azul marinho quase preto, já a parte superior é composta por várias listras e diferentes cores, sendo elas azul marinho, azul claro, lilás, laranja e vermelho, sem bojo e também de laços, um nas costas e outro no pescoço.
Sendo um pouco detalhista, a calcinha não ficava enfiada na minha bunda como se fosse um fio dental, mas ficava bem justa, deixando boa parte da minha bunda exposta. Já a parte de cima, com a pressão certa na hora de amarrar os laços, fazia meu seios, que já são naturalmente firmes, ficarem graciosamente esféricos, parecendo dois domos.
Escolhi também um shorts jeans, azul marinho, desfiado, cintura alta, uma blusa de manga longa, branca, de botões com transparência, aquelas típicas de usar na praia e para terminar de compor meu look, havaianas brancas.
Depois de me vestir e acertar alguns detalhes, me olhei no espelho e me senti muito gostosa, ao ponto de me desejar. Gostava do que o reflexo me mostrava.
Foi quase automática a minha reação de empinar um pouco o nariz, estufando os peitos, adotando uma postura confiante. Uma das minhas mãos deslizou pela minha barriga, subindo, indo em direção a um de meus peitos e, chegando lá, eu apertei ele com alguma firmeza. Um sorriso de satisfação tomou minha boca. Eu senti uma energia maliciosa passar pelo meu corpo naquele momento.
O pensamento de que algo poderia acontecer com o Daniel naquele dia foi inevitável. Respirei fundo e fiz uma breve ponderação, afinal, consequências poderiam surgir de qualquer decisão mal tomada e a crise de ciúmes do Guilherme não seria justificativa para nada.
Minha conclusão foi aquela que todo ser humano precisa chegar pelo menos uma vez na vida, senão acabará surtando. Concluí que era melhor deixar rolar, o que acontecesse, eu iria aproveitar. Se desta decisão viesse alguma consequência, eu teria que encarar e assumir a responsabilidade por qualquer ato meu. E assim decidi!
Peguei meu celular sobre a cama e passei uma mensagem para Guilherme, avisando que estava saindo para um churrasco. Nem esperei a resposta, comecei a arrumar minha bolsa, colocando um protetor e outras coisas que poderia precisar para aquele passeio.
Dei uma última conferida em mim e na minha bolsa, coloquei um óculos escuro no rosto e não parecia que eu estava esquecendo nada. Logo desci com a chave do carro na mão, despedi-me de minha mãe e fui em direção a casa de Daniel.
Quando parei em frente a casa de Daniel, já haviam passado alguns minutos das nove horas. Desci do carro, com minha bolsa e o celular na mão. Toquei a campainha e nada de alguém atender. Resolvi ligar até que Daniel atendeu. Como tinha previsto, Daniel não levantou quando conversamos mais cedo, tinha continuado a dormir.
Ele abriu o portão e eu entrei. Daniel estava escorado na porta, com uma cara de ressaca enorme, apenas com seu jeans preto que ele saiu para a balada, o qual reconheci por causa da foto que ele enviou na noite anterior.
Aos poucos, quando ia me aproximando, caminhando com calma na direção dele, os seus olhos se abriam mais, acho que ele também passou a me desejar, assim como eu quando estava na frente do espelho antes de sair de casa.
Seus olhos nitidamente percorriam o meu corpo, ele não sabia para onde olhar, até que eu cheguei pertinho dele e tomando a iniciativa, dei um selinho nele seguido de um bom dia.
Ele sorriu e retribuiu com outro selinho. Sua boca estava puro uísque e apontando para dentro de casa, mandei que ele fosse tomar um banho.
Caminhando de costas, ele ainda me olhava, com uma cara de quem estava adorando a visão que estava tendo de mim.
Daniel - Calma, antes de banhar ainda quero comer alguma coisa. Só cheguei em casa e caí de sono no sofá mesmo. Só acordei com as suas ligações pois o celular estava em cima do meu rosto, praticamente.
Eu entrei na casa, olhando para ele, quase que em sincronia com os passos dele para trás e respondi.
Eu - Vá para o seu banho, eu preparo algo para você comer. Vamos no meu ou no seu carro?
Daniel - Acho melhor no meu. Para pegar a estrada ele é melhor. A chave está ali no porta-chaves. (Apontou em direção a parede ao lado da porta de entrada).
Eu não o respondi, apenas coloquei minha bolsa na mesa de centro e o vi entrar no seu quarto. Fui para a cozinha ver o que eu poderia preparar para ele comer antes de a gente sair.
Duas coisas me chamaram bem a atenção naquele pouco tempo que fiquei na casa dele. A primeira é que a casa era bem organizada e limpa. A segunda foi que quando abri a geladeira do Daniel, tinha comida lá dentro. Comida de verdade mesmo, como frutas, verduras, suco, carne, etc.
Peguei uma caixinha de suco que tinha bem na frente, queijo e presunto e também achei pães. Esquentei no microondas o queijo e o presunto, separados do pão e depois os juntei, colocando sobre a mesa que tinha na cozinha com um copo e o suco perto.
Aproveitei enquanto ele estava no banho e peguei as chaves dos dois carros e o controle do portão. Tirei o Corolla do Daniel e coloquei estacionado na rua, depois guardei o meu Kwid na garagem dele. Quando retornei para dentro de casa, me deparo com o Daniel apenas de toalha, próximo à mesa comendo os sanduíches que eu fiz.
Acho que ainda não descrevi Daniel adequadamente em nenhum dos contos. Apenas lá no primeiro, onde falei uma descrição rápida dele. Acredito que esse seja o momento para aprofundar.
Daniel tinha 27 anos de idade, 1,80 m de altura e pesava uns 80 kg. Ele não era sarado, daqueles que tem vários gominhos no abdômen, mas tinha uma definição bem bonita em seu corpo, sobretudo nos seus ombros e peito largos. Seu corpo era liso, sem pelos, tinha alguns sinais espalhados por ele, além de uma pequena cicatriz em um dos braços.
Tinha olhos castanhos escuros marcantes. Cabelos curto, quase um estilo militar e uma barba por fazer. Algumas vezes tirava, mas era raro. Seu rosto tinha contornos finos, mas o nariz tinha destaque, era fino e comprido. Daniel era branco, mas não como eu, tinha a pele um pouco queimada de sol, diferente de mim, que exposta ao sol sem o devido cuidado fico vermelha como um tomate.
Não posso dizer que não gostei do que vi, muito pelo contrário, até tirei meus óculos escuros para observar melhor. Com certeza essa foi uma forma que ele encontrou para me provocar. E funcionou!
Senti novamente aquela malícia que passou pelo meu corpo enquanto eu me admirava no espelho, apertei as mãos, respirei fundo e continuei a caminhar, entrando na cozinha e me encostando na pia, com as duas mãos para trás, pegando nela e fiquei de frente para Daniel.
Ele ficou comendo em silêncio, porém, seus olhos pareciam deslizar pelo meu corpo, e ele não disfarçava o que fazia, até que ele fixou seu olhar em meus peitos. Abriu um sorriso e tomou um gole de suco e falou:
Daniel - Eles são perfeitos. (olhando diretamente para eles) - Mas poderia ficar ainda melhor.
Eu apertei com força a pia de metal onde eu estava encostada, engoli seco e olhando em seus olhos respondi aquilo que tinha certeza que ele queria ouvir.
Eu - Como? (Respirei fundo)
Com toda segurança e calma, Daniel terminou o suco, colocou o copo na mesa, a contornou e veio em minha direção, apenas de toalha. Cada passo dele era uma batida do meu coração.
Ele ficou em minha frente, olhando nos meus olhos e levou as suas mãos ao botão da minha blusa que ficava entre os meus seios.
Sorrindo, com alguma malícia em seus lábios, começou a abrir minha blusa, momento no qual respirei fundo e olhei para as mãos dele e senti meu coração quase sair pela boca de tão nervosa.
Assim ele foi abrindo, um a um com calma, olhando para os meus olhos, até que, com a serenidade presente em todos os seus movimentos, abriu a minha blusa, expondo meus seios cobertos pelo biquíni.
Daniel - Assim ficam ainda mais perfeitos.
Daniel falou já com o rosto bem perto do meu e eu retruquei, olhando em seus olhos, fingindo uma confiança que eu não sei de onde tirei e sentindo que tínhamos uma conexão estabelecida.
Eu - Assim qualquer um pode olhar.
Falei quase sussurrando, nervosa com o que estava acontecendo, mas gostando da situação. Então, Daniel aproximou sua boca do meu ouvido, já encostando seu peitoral no meus seios e me respondeu.
Daniel - Eu não vejo qualquer problema nisso. Eles são maravilhosos, então onde poderia existir problema em “qualquer um” poder apreciar essa visão? Nem se eu fosse o seu marido eu impediria que “qualquer um” admirasse. Com cuidado, com respeito, mas não impediria.
Ao terminar de falar em meu ouvido, Daniel retornou com sua boca para próximo da minha e como eu não esbocei nenhuma reação negativa, beijou minha boca, eu retribui o beijo, já colocando as minhas mãos no seu ombro e na sua nunca.
As dele vieram por dentro da minha blusa recém aberta, tomando as minhas costas e juntando o meu corpo ao dele. Senti o seu pau, que estava endurecendo tocando uma das minhas pernas.
Foi impossível não notar que Daniel tinha um tamanho considerável entre as pernas. Posteriormente ia descobrir o tamanho exato. 20 centímetros.
Nos conectamos ainda mais pelo beijo, com nossas línguas em perfeita sincronia em nossas bocas. Minhas mãos deslizavam pelos seus ombros, braços e costas. Quando não, apertavam a sua nuca, como se fosse possível colar nossos lábios ainda mais.
Já as mãos dele apertavam e acariciavam as minhas costas, até que uma delas desceu e sem hesitação Daniel pegou na minha bunda de maneira firme, enchendo a mão, demonstrando naquela pegada todo o seu desejo por mim.
Continuamos aquele beijo molhado, cheio de volúpia por um bom tempo, com as mãos e o pau dele me pressionando o corpo e as minhas ajudando, trazendo ele ainda para mais próximo de mim.
Naquele momento eu estava totalmente excitada, molhada ao ponto dos meus mamilos marcarem o biquíni que não tinha bojo. Depois desse tempo, paramos o beijos aos poucos, ele foi me soltando, afastando e não pude deixar de olhar o grande volume que havia na toalha.
Sorri, ainda recuperando o fôlego do beijo e voltando meu olhar para o rosto dele.
Eu - Vai se acalmar e se vestir para que possamos ir.
Sorri, mostrando para ele a satisfação que estava tomando de conta por causa daquele momento nosso. Ele também tinha uma expressão de felicidade estampada no rosto e foi saindo, me olhando e não disfarçava de modo algum a sua ereção.
Aproveitei e peguei o prato e o copo que estavam sobre a mesa e os lavei, tentando me acalmar. O sorriso não saía da minha boca. Peguei um pouco de água na geladeira, tentando fazer a temperatura diminuir. Isso até ajudou um pouco.
Não demorou muito tempo até que Daniel voltasse e me encontrasse na sala, onde eu estava abotoando de novo a minha blusa enquanto o aguardava. Dessa vez não abotoei até a altura dos seios, mas sim abaixo, deixando o biquíni mais a mostra, como ele recomendou.
Daniel usava uma camisa de gola simples, de algodão, bege e com um cacto desenhado nela, uma bermuda tactel azul acqua, até a altura dos joelhos e havaianas pretas. Além disso, também estava usando óculos escuros.
Peguei minha bolsa e coloquei meus óculos no meu rosto de novo. Daniel também pegou suas coisas, nós fechamos a casa e fomos em direção ao seu carro. Ele nem falou nada sobre dirigir. Como já havíamos combinado que eu iria dirigir, ele foi direto para o banco do carona.
Saímos e foi uma delícia dirigir aquele carro. Daniel colocou música para ouvirmos no caminho e também tomou a liberdade de colocar sua mão em uma das minhas pernas. Foi fazendo carinho nela durante toda a viagem além de conversar comigo algumas amenidades.
*Observações*
Mais uma vez agradeço a todos aqueles que têm lido os meus contos. Também agradeço pelos elogios, críticas e dicas.
Próximo conto - Segunda.