Carabobo libertado

Um conto erótico de Satamnael di Deus
Categoria: Heterossexual
Contém 2433 palavras
Data: 19/03/2023 17:40:52
Última revisão: 07/07/2023 12:49:29

O louvor começava cedo na casa de Cúpida da Terra:

— Não há outro como tu! Não há outro como tu! ♫♪

Gemidos cantados alternavam com essa melodia, acompanhado por sons babados ouvidos nitidamente. Ela está sentada com a bunda virada ao amante, e dava quicadas fortes com o cu. Cúpida engolia rápido e desengolia devagar o pauzão pecador; quando seu cabelo era esticado, o tesão nela subia e ela abria as pernas mais um pouco para colocar maior velocidade no vai-vem sem deixá-lo escapulir.

— Não há outro como tu! Não há outro como tu! ♫♪

Com o passar dos anos ela engordou, o que sobressaltou sua pequena forma, sobretudo os quadris por conta da foda constante. Ultimamente ela havia criado um caloroso gosto de que puxassem seus compridos cabelos enquanto ela se deleitava dando a bunda.

O amante que é comido pelo cu de Cúpida ainda é pastor Aldravão. Ele estava três vezes mais brutalhudo de corpo e bem grisalho. O pastor, que estava com o seu tronco deitado na beira da cama e com os pés no chão, adorava ver a sua pirocona brincando de esconde-esconde com a bundona da amante. Ele ainda poderia controlar o ritmo da foda espumada pelo cabelo de Cúpida como se ela fosse uma égua.

— Vai, me come, brucutu! Vai, me come, brucutu! ♫♪

Então, o pastor começou a se agoniar para gozar; ficou em pé e levantou a amante somente com a força do pau, deixando-a feito um frango no espeto; e segurando-a pelos cabelo ainda conseguiu dar umas fortes bombadas no ar até terminar de gozar. Ao passo que Cúpida gritou de gozo pelo cu. E os dois finalmente pararam para se recuperar da perversão.

— Não há outro como tu, brucutu, pra comer o meu cu… ♫♪ — cantarolou Cúpida como se fosse aquele momento de fim de música ao vivo.

***

Acordado forçadamente, Carabobo da Terra, filho de Cúpida, escutou tudo aquilo constrangido e cansado. Os amantes gostavam de transar com plateia, tanto que a mãe do jovem mandou retirar todas as portas internas da casa.

Era sagrado: toda manhã, bem cedinho, antes de ir pra Igreja, pastor Aldravão passava na casa da amante para consumarem o enxerimento.

Carabobo é um rapaz de estatura mediana, magro, cabeçudo e universitário no terço final do curso de Filosofia da Universidade de Terra Quente — situada na zona sul da cidade. O curso superior que fazia era a motivação que lhe dava vida. Ele terminou o Ensino Básico e passou no vestibular por pura resiliência individual.

Ele tinha um semblante tristonho por conta do despotismo de sua mãe: desde pequeno vivia sujo, mal vestido, passou fome por negligência e ela só dialogava aos berros com o filho — ele sequer sabia o timbre natural da voz de sua mãe.

Como se não bastasse, a pior birra era para obrigar o filho a ir para igreja, mas ele sempre se recusava. A real é que Carabobo acreditava em outra verdade, distinta da religiosidade da mãe. Carabobo sempre tentava argumentar os seus motivos, mas Cúpida esgoelava dizendo que ela mandava nele por ser sua mãe e que o destino dele era ser o que ela quisesse que ele fosse.

O jovem nunca se deu bem com pastor Aldravão. Em verdade, era uma relação fria, resumida a cumprimentos esporádicos. Quando pastor finalmente foi embora e Cúpida foi ao banheiro, Carabobo se levantou da cama e foi rapidamente se arrumar para ir à Universidade. No entanto, fez tudo silenciosamente em vão: quando estava prestes a sair sua mãe saiu do banheiro como um estrondo:

— Onde cê pensa que vai, filho do capeta?! — vociferou Cúpida.

— Vô pra Universidade, mãe — respondeu indiferente Carabobo.

— Escuta’qui seu idiota inútil: dêxa de profanar a palavra do Senhor com esse curso do diabo! Hoje cê vai pra igreja! Não vai estudar! — sentenciou a mãe.

— Mãe, eu tenho aula e um evento acadêmico pra participar hoje — resistiu o filho.

— Vai ficar preso em casa, ô cabeça de baleia! — manteve a mãe. Então, num ato desesperado, Carabobo tentou forçar uma saída ligeira, mas, devido a ansiedade, não conseguia destrancar a única porta da casa. Cúpida se lançou em cima do filho para impedi-lo de sair, ambos travaram uma violenta batalha, até que Carabobo conseguiu abrir a porta e fugir. A mãe esbravejava na rua que, quando o filho voltasse para casa, ele pagaria pelas heresias cometidas.

Essa situação incessante deixava Carabobo aflito o tempo inteiro. Já havia pensando em sair de casa, mas lhe faltava coragem. Já havia conversado com conselheiros tutelares e outros parentes, mas todos vinham com aquele papinho de que “a família é sagrada e absoluta”, avalizando a conduta errática de sua mãe. Aliás, quando Cúpida era interpelada, ela se vitimizava, rogava explicações divinas e caía nas graças do sentimento de pena das pessoas… Ele só teria que aguentar até se formar e arrumar um trampo. Faltava pouco.

Na vinda desavinda para casa, no início da noite, Carabobo esperava piamente que a mãe já tivesse ido pro culto. Ao chegar na frente do covil da cobra, sentiu um cheiro de fumaça que vinha de dentro de uma lata de metal. Ao chegar mais perto, assombrou-se: seus poucos livros e fotocópias, que tinha conseguido a duras penas com a minúscula bolsa de pesquisa que recebia, estavam queimados. Os clássicos, a coleção do seu querido Hegel e os de estética todos perdidos.

Carabobo caiu de joelhos aos prantos. Seu único refúgio estava destruído. Voltou a flertar com suicídio. Ele era um misto de cólera e incompreensão.

Cúpida voltou do culto acompanhada de pastor Aldravão que estava com as partes bem avolumadas. Logo se deparou com o filho caído.

— Isso é pr’ocê aceitar o teu destino — disse com furor a mãe do cabeçudinho, que a olhava lacrimoso pelo canto do ombro com ódio.

— Vamo, entra e vai pro teu quarto qu’eu quero servir um chá pro pastor — ordenou Cúpida, mas o filho manteve a ira silenciosa com o olhar.

Impaciente, Cúpida avançou em direção ao filho para obrigá-lo a entrar em casa. Carabobo se desvencilhou e encarou a mãe com um olhar fulminante. A déspota tentou mais uma investida; o jovem esquivou e fugiu. Corria frágil e rápido até se perder pelas ruas escuras.

Cúpida clamou desesperada pelo retorno do filho. Olhou para pastor Aldravão que estava com ar de frustração. Em seguida ele foi embora de pau murcho.

***

Carabobo correu correu correu. Parou ofegante quando chegou na praça da Ressaca. Era um lugar jururu e lento. Tinha barracas com vendas de caldos, batidas com guaraná e água de coco. O rapaz estava exausto, tremendo, e se sentou num banco para descansar e pensar.

Conforme o corpo esfriava, a sua cabeça esquentava. Percebeu que estava faminto. Tentando recuperar a racionalidade, pensou que ao menos deveria diminuir o estresse do corpo. Olhou para uma barraca de venda de tacacá que frequentava quando tinha grana. Ele só tinha cinco contos no bolso, o que não era o suficiente para comprar o que queria. Mas, resolveu ir assim mesmo e negociar a quantidade que o valor que tinha garantia.

Ao chegar barraca conversou com a vendedora a sua situação. Seu nome era Morena Sirena, uma mulher madura, mãe de três filhos já adultos e independentes. Ela se compadeceu com o exposto pelo jovem e concordou em lhe servir uma quantidade reduzida de caldo, mas, quando notou a magreza triste do rapaz, colocou mais jambu e camarão.

Depois de comer vagarosamente, Carabobo voltou para o banco que estava. A noite se adentrou e a praça se preparava para dormir. Morena havia fechado sua barraca e estava pronta para ir para casa. Mas, quando ela bateu os olhos no jovem, percebeu que mais perigoso do que a solidão dele era a soturna praça de madrugada. Então, foi conversar com Carabobo e ofereceu a ele uma noite num quarto extra que tinha em casa desde a ajudasse a levar as coisas dela. O cabeçudinho aceitou a rara gentileza. Apresentaram-se no caminho.

Aos poucos Carabobo foi relatando a melancolia de sua vida. Comovida e revoltada, Morena foi ajudando o jovem como podia. Alguns dias haviam se passado. Cúpida vivia atrás do filho, mas ele a driblava como podia, e voltava para casa de Morena.

As conversas entre Carabobo e Morena aconchegavam a ansiedade do cabeçudinho. Ele, em retribuição, ajudava sua benfeitora arrumando a casa e como auxiliar de cozinha depois que voltava da universidade.

Numa noite após voltarem da praça, sentados no sofá, ela disse a Carabobo uma frase elucidadora como um relâmpago:

— O amor pode acabar ou simplesmente nunca existir. Família num significa amor pra sempre, sabe? Penei pra criar três filhos, larguei dois casamentos e hoje eles tão bem. Eu tô bem. Se cê não nasce fruto do amor, vá embora; se cê não tem amor no seu lar, vá embora. Às vezes a gente tem que ir em busca do amor té encontrar ele — disse Morena.

O jovem estava pensativamente paralisado. Aprendera muito mais com Morena do que com os professores da universidade. Era isto: ele iria para longe. Ele sabia que tinha numa cidade vizinha chamada Furo da Onça, a noroeste de Terra Quente descendo pelo rio de barco, tinha uma universidade em que ele poderia transferir o seu curso. Arrumaria trabalho. Recomeçaria vida sem sofrimento. Ele não precisaria mais se contentar com o preestabelecido: não se pode recuperar o apodrecido. Seus olhos encheram de água de felicidade amarga.

Morena, ao ver o jovem chorando, abraçou-o.

Carabobo sentia seu contentamento se transformar em excitação: estava de pau duro nos braços de Morena. Até então, ele a via respeitosamente como uma mãe que nunca teve. Mas, isso mudou. Ele a apertou para que pudesse sentir seus fartos seios. Ela percebeu a mudança, o calor, do jovem e compartilhou da efervescência.

Então, os dois se olharam. Carabobo de olhar úmido colocou carinhosamente uma das mãos no rosto de Morena e a beijou. Passaram minutos incontáveis se beijando vagarosamente.

Morena nunca havia ficando com alguém mais jovem do que ela. Ela estava gostando de cuidar do cabeçudinho. Mas, isso mudou. Com maior experiência, a mão dela foi passeando pelo corpo de Carabobo até chegar nas suas partes. Eles pararam com o beijo para que ela pudesse desabotoar a calça do rapaz, e logo puxou para fora um pinto médio e acompanhado por bagos bem avantajados. Retomaram o beijo enquanto Morena punhetava levemente Carabobo.

É a primeira vez que o jovem conseguia iniciar uma relação sexual. Já havia tido algumas oportunidades, mas seu pau nunca levantava. Não queria fazer nada afobado. Tentou manter a calma e se deixar levar pela maestria de sua benfeitora.

Pararam novamente com o beijo. Morena proporcionou, em seguida, o primeiro boquete de Carabobo. Ela chupava da pontinha até o talo com suavidade e maciez. Alternava com lambidas na cabecinha e chupadas nas bolas. O cabeçudinho tentava se concentrar em segurar a tremenda vontade de gozar. Ele queria proporcionar prazer à Morena antes de gozar.

Morena finalizou a chupada e tirou a camisola que usava, mostrando seus peitões que amamentaram três filhos. Ela os pegou e fez uma espanhola. Os seios dela eram fofos e eram mais agradáveis ainda punhetando.

Depois Morena levantou. Ela mostrou o seu corpão só de calcinha. Ela não era gorda, mas tinha um buchinho, quadris largos e um rabão naturalmente empinado. Ela subiu no sofá, colocou-se a frente de Carabobo, colocou a calcinha para o lado com uma das mãos e permitiu que o jovem a chupasse. Ela já estava molhada quando Carabobo começou a chupá-la. A sua benfeitora tinha um clitóris grande e toda vez que ele se concentrava nele ela gemia muito. Ele beijava, lambia e esfregava o rosto na buceta de Morena.

Aí, Morena desceu e deu um beijo quente em Carabobo para compartilharem da mesma excitação. Por conseguinte, ela o pegou pela mão e o levou ao seu quarto. Tirou a calcinha, deitou-se com as pernas abertas, tirou uma camisinha de uma gaveta de uma pequena cômoda ao lado da cama e deu a ele, e convidou o jovem a adentrá-la. Ele tirou toda a roupa, encapou a vara e foi se ajeitando para encaixar na buceta de sua benfeitora. Era a primeira vez dele dentro de uma mulher.

Quando Carabobo sentiu o calor de Morena ele gemeu gostoso. Começou a fazer movimentos tímidos: a piroquinha dele só entrava até a metade e voltava. Morena pediu para que ele a abraçasse e com as pernas o ajudou com a pressão nos movimentos. Logo, a timidez vou se tornando volúpia; os movimentos mais seguros e firmes. Morena gemia alto. Carabobo concentrado. O pau dele entrava e saia todinho. Ofegante, ele já perdia o controle. Mas, foi ela quem gozou primeiro: ela o empurrou para que saísse momentaneamente de cima dela; ela começou a se massagear rapidamente e logo ejaculou um líquido transparente e viscoso, dando espasmos descontrolados. Depois, pediu para Carabobo entrar novamente, e ele começou a bombar gostoso. Ela pedia mais velocidade. Logo ela gozou novamente, mas queria que ele continuasse a meter. E ele, não se aguentando mais após ver sua benfeitora ter dois orgasmos, gozou. O jovem se tremia todo; era uma sensação nova e boa.

Morena o colocou Carabobo ao seu lado na cama e o abraçou. Ambos adormeceram e acordaram jocosos no outro dia.

O jovem contou seu plano com maiores detalhes a Morena durante o café da manhã. Ela disse que tinha uma irmã que morava em Furo da Onça e que podia ajudá-lo. Ela garantiu que realizaria uma ligação no mesmo dia para avisá-la e que, se ele precisasse de dinheiro para passagem de barco, Morena emprestaria.

Carabobo estava decidido. Escreveu uma carta sincera à mãe, mas sem dizer para onde partiria, e pediu para que Morena entregasse a pastor Aldravão.

Numa manhã ensolarada, Carabobo estava embarcando na balsa e foi-se embora em busca do seu próprio caminho antidestinado.

EPÍLOGO

Carabobo da Terra finalizou os estudos, tornou-se um intelectual respeitado e leciona na Universidade do Furo da Onça. Decidiu não ter filhos, nem família e viver uma vida absolutamente livre.

Morena Sirena continuou sua vida como tacacazeira na praça da Ressaca. Por vezes, partia em viagens com Carabobo.

Pastor Aldravão Bernardi largou a mãe de Carabobo, pois não havia mais quem testemunhasse passivamente sua foda com ela, e envolveu-se ferozmente com Cona Pesadina, uma jovenzona que morava e cuidava da avó cansada. Até que, numa nervosa foda matinal, ele quebrou o pau e morreu devido a uma hemorragia interna.

Cúpida da Terra foi abandonada por pastor Aldravão após a retirada de Carabobo. Viveu solitária e sem sexo o resto de sua vida.

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Foto de perfil genéricaSatamnael di DeusContos: 10Seguidores: 7Seguindo: 9Mensagem Se Deus tudo criou, então Ele deu à luz ao Diabo e aos filhos dele.

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