Sou a Samantha Sobral, uma mulher dada aos prazeres e fetiches sexuais. Sexo papai-mamãe é algo muito chato, eu não preciso mentir. Meu marido é um empresário bem sucedido e, sendo eu a sua segunda esposa, acho que vive maravilhado com o meu glamour. Pois afinal, de que serviria o dinheiro dele, se não houvesse quem gastar? Já meu amante oficial, o Rogério Lemes, já teve várias amasiadas. E segundo ele, todas são mais distintas do que eu, mas do meu pé, ele não larga. Essa relação conturbada não tem explicação para existir, e a lógica aponta para um amor, que por encanto, aconteceu.
Então é isso: eu amo o Rogério e ele não vive sem mim. Se chegamos perto um do outro, a tensão aumenta e o raio pode cair. Pra ser meu marido corno, com a traição debaixo das barbas e não ver, tem que ser babaca o suficiente. Mas, ele é! Rogério deu um tempo, de frequentar a minha casa, e o touro perguntou:
− Samantha, cadê aquele teu empresário das apresentações?
Ele se referiu às minhas apresentações musicais, pois sou uma cantora amadora. Na verdade, eu faço de tudo: topo até surubas executivas, claro que tudo muito profissional.
− Estamos brigados. Meus shows andam meio fracassados e ele tá procurando outros artistas mais produtivos.
Eu estava meio virada, meu marido deu um tapa nas minhas ancas e falou:
− Que besteira! Pra mim, você pode fracassar como quiser. E esse Rogério tá vacilando de te rejeitar!
− Você acha, é? – falei com medo de apresentar algum brilho no olhar.
O corno foi até a adega e pegou o conhaque Dreher, se não me engano. Tomou um gole pra descer macio, aproximou-se e começou alisar a minha perna. Eu estava sem meia-calça e me senti arrepiada, quando me falou:
− Liga pro Rogério!
A voz de meu marido estava um tanto sensual. Ou era a minha seca de homem, ou ele falando do Rogério,... sei lá! Arcou-se sobre mim, colocando a cabeça entre os meus peitos, sussurrando:
− Liga, liga pro Rogério.
Peguei o meu celular, e enquanto a minha calcinha se encharcava, vi a foto de perfil do zap: o descarado de rosto colado com uma rapariga. Eu ia rebentar o aparelho no chão, mas meu marido puxou a minha calcinha até os meus joelhos.
− Quer mesmo que eu ligue? – perguntei, enquanto ele terminava de retirar a peça íntima.
− Sim, e coloca no viva voz.
Me deu um tesão danado! Peguei a cabeça do meu marido e empurrei de encontro à minha buceta depilada. Liguei pro Rogério. Depois de tocar por quase um minuto, atendeu bravo:
− O que, que há, piranha?
− Estou sem calcinha e, você nem imagina, quem está debaixo da minha saia!
− Não imagino mesmo! Deve ser algum retardado!
Meu marido escutava, e passando a sugar com fúria, o meu grelinho, me fez gemer alto ao telefone. Rogério, do outro lado, ficou bravo:
− Escuta aqui, sua biscate, vagabunda, kenga, pervertida... – deu uma pausa e parece que caiu a ficha. – Deixa eu falar com ele!
Passei o telefone ao anfitrião da festa:
− Oh meu querido, estamos com saudade de você! A Samantha me disse que você falou que ela não presta como cantora. Será que não pode reconsiderar isso?
− Claro, Doutor! Sou capaz de reconsiderar tudo. Mas, só porque o senhor tá pedindo, viu?
Meu marido ria igual um palhaço. Santo Deus, como pode ser assim? Falou mais um pouco, ao aparelho, e desligou dizendo-me:
− Sabe, eu gosto do Rogério!
− Sério? Pode-se saber por quê? – perguntei com medo da resposta.
− Ele te faz ficar mais vívida!
Balancei a cabeça, com um sorriso amarelo, e ele prosseguiu:
− Ele disse que vem para cá. Daqui a pouco tá chegando!
Gelei a espinha, mas a buceta ficou quente! O clima tava esquisito. Será que os dois combinaram de me apertar e abrir o jogo? Será que meu amante é maluco suficiente para isso? Todas essas perguntas me fizeram perder a cabeça e dei um trato no meu marido, tal qual não fazia há um bom tempo. E ele, já meio bêbado, foi se entregando. Depois da euforia, e umas metidas na minha buceta, ele me largou ao ouvir a campainha. Arrumou as roupas e me fez vestir as roupas, rapidamente.
Quando Rogério entrou, eu estava bem comportada. Fiz cara de desdém para ele, e vi que trazia uma garrafa (conhaque brabo). Eu sabia: já é certo que ele conhece o meu marido. E o descarado foi oferecer, ao mesmo, aquela bebida de forte teor alcóolico. E como estava pra lá do meio, já tombou na segunda dose.
− Que merda foi essa, Rogério? – falei, quando vi preso na sua cinta, as algemas em couro.
Tentei fugir, mas ele já prendeu na minha mão direita. Me empurrou para o chão e bateu a outra ponta na esquerda do corno desmaiado. De fato, o conhaque capeta tava batizado. Rogério começou a piorar a sua cara de louco. Veio para perto e tentou me beijar, quando lhe dei uma cuspida, dizendo:
− E a mocréia, tua amasiada?
− Não é mais amasiada. A gente casou há 15 dias.
− O quê? – A mão que eu bateria nele estava presa ao meu marido. – Que decepção, Rogério!
Ele apertou o meu queixo, dizendo:
− Se você aparecesse lá, teria ficado sabendo.
− Pois, é! Só pra te contrariar, eu não fui mais na favela. Se bem que, tem uns caras bem apanhados por lá!
E como o Rogério sabe que, no meu dicionário, bem apanhado quer dizer gostosão, já me deu uma no pé da orelha. Depois, mais uma por achar que eu tava gostando. Sacou o dito-cujo e enfiou na minha boca. Rasgou a minha blusa e esfregou nos meus peitos. Tirou a minha calça e calcinha, com a brutalidade de sempre, e depois, me meteu na buceta como nos tempos da faculdade. Mas agora, o fetiche da vez, era que o corno estava do lado. E ele deu umas gozadas fartas só por isso.
Rogério dormiu no sofá da minha sala naquela noite, e me obrigou a permanecer com a blusa rasgada, que era para o corno perceber. Já de manhã, se percebeu, não comentou. E ainda insistiu com ele, para permanecer como meu empresário.
Rogério faleceu depois de 20 dias deste episódio. Esteve internado com pneumonia, que se agravou com outra infecção respiratória. – Resultado das suas tantas farras com narguile de madrugada, foi o que me contaram. Visitei a viúva e, estava numa pindaíba desgraçada. Peguei a moça como empregada doméstica, afim de levar com ela, altos papos sobre o Rogério, que ficará para sempre em minha mente. Amante melhor ou pior do que ele, eu poderei encontrar. Mas, nunca será o Rogério.