Alisson agarrou minha namorada pelas nádegas e a beijou, selando seu compromisso de continuarem se encontrando. Quando ele partiu, Ana permaneceu sozinha no banheiro, imersa em seus próprios pensamentos por um tempo. Seu rosto exibia uma expressão séria e contemplativa, como se estivesse processando o que acabara de acontecer.
Eu queria abraçá-la, mas não tive coragem. Fiquei imóvel, silencioso, com medo de que ela descobrisse que eu tinha testemunhado aquele absurdo e não havia intervindo. Demorou horas para finalmente eu sair daquele armário, quando a professora de educação física apareceu para pegar o material da aula da tarde. Tive que inventar uma mentira patética sobre estar jogando esconde-esconde com os outros alunos e ter ficado preso ali. Me senti tolo e envergonhado quando a professora me repreendeu dizendo que eu já era grandinho suficiente para não fazer esse tipo de coisa.
O resto do dia foi um borrão. Fiquei jogado no sofá, assistindo a animes na TV. Eles me levaram de volta à minha infância, a um tempo em que a vida não era tão complicada e difícil. Eu estava completamente impotente diante das desgraças que pareciam estar se acumulando uma após a outra. Eu não tinha controle sobre nada na minha vida.
No fim do dia, Ana me enviou uma mensagem me convidando para assistir um filme em sua casa, já que seus pais haviam saído. Eu sabia o que aquilo significado. Eu fiquei animado, pois desde que a vi pela primeira vez, sonhava em ter minha primeira vez com ela, finalmente tinha chegado a oportunidade. Mas, quando fui tomar um banho para me preparar, a ideia de ir até lá começou a me enjoar.
Os sonhos em que eu fazia amor com minha namorada eram agora invadidos por imagens perturbadoras. Quando tentava beijá-la na minha fantasia, flashes dela com o membro do Alisson na boca apareciam. Eu lutava contra meus pensamentos, de novo tentava me excitar novamente. Mas, toda vez que eu chegava perto dela na minha mente, as imagens dela pulando no colo do professor voltavam a me assombrar.
Como o covarde que eu era naquela época, por mensagem eu a avisei que não poderia ir, que precisava de um tempo sozinho. Eu achei que essa seria a solução para me libertar daquela situação, mas Ana não desistiu de mim. Ela me mandou uma enxurrada de mensagens, dizendo que me amava, que não queria me perder e que esperaria o tempo que fosse necessário, mas que nunca me deixaria partir.
Naquela noite, eu sonhei que estava em uma floresta e, ao longe, avistava um castelo. Ana apareceu para mim vestida de branco, montada em um cavalo da mesma cor, oferecendo-me a mão para cavalgarmos juntos até o castelo. A imagem era tão bonita e esperançosa que eu acordei chorando, ciente de que a realidade nunca seria tão linda quanto aquele sonho. A menina que eu amava estava seguindo por um caminho que eu não poderia acompanhar. Eu sabia que nunca a encontraria no castelo dos meus sonhos.
Durante as últimas semanas de aula, minha mente estava focada apenas em Ana. Eu não conseguia me concentrar nas aulas, mas em vez disso, passava meu tempo stalkeando a menina que eu amava. Eu me sentia como um espião, esgueirando-me por corredores vazios e entrando em salas de aula escondidas para observá-la sem que ela soubesse.
O que eu via não me agradava em nada. Todo recreio, Ana era arrastada por Alisson para lugares vazios, como salas de aula ou banheiros. Nas primeiras vezes ele ia sozinho, não sei nem se os amigos dele sabiam o porquê ele andava tão sumido. Mas, com passar do tempo, o grupinho dele começou participar da brincadeira. Era um esquema bem-organizado: enquanto Alisson ficava sozinho com ela, os outros mantinham guarda na porta, faziam fila e esperavam a vez deles para participar da "festa".
E já que os meninos saciavam todas suas fantasias durante o recreio, agora eu tinha o privilégio de assistir sozinho as aulas particulares de Ana com o Marcelo. Eu nunca odiei tanto alguém como aquele professor. Ele era o diabo que iniciou toda essa loucura, e o que mais aproveitava o caos que criara. Durante quase um mês, três vezes por semana, ele passava uma hora sozinho com minha namorada, e depois da vez que ele a desvirginou, eles não fizeram mais nenhum exercício de matemática. A aula tinha se transformado em uma classe sobre educação física e anatomia humana.
Diferente dos meninos que estavam simplesmente esvaziando seu tesão em Ana, as coisas com Marcelo eram mais complicadas. Ele era obcecado pela minha namorada. Quando era o primeiro a chegar na sala, ele parecia que cavaria um buraco no chão, andando de lá para cá, impaciente na sua espera. Assim que ela chegava, ele a beijava com uma voracidade galopante, eu temia que algum momento ele iria engoli-la por inteiro. Durante toda sua “aula” seus corpos se colavam como imãs de polaridades opostas, e Ana só conseguia se desvencilhar dele quando finalmente o sinal tocava.
Marcelo havia começado tudo com uma chantagem, mas seus desejos pareciam ter evoluído, devido sua convivência com aquele anjo. Sua abordagem era delicada, ensinando-a sobre o prazer carnal. Ele não era egoísta, ouvia atentamente o corpo da sua amante, e era totalmente dedicado ao prazer dela. Era tudo tão estranho que eu aguardava o momento que o professor finalmente confessaria o seu amor.
A complexidade daquela situação atingiu o ápice no último dia de aula. Minha escola tinha a tradição de encerrar o ano com gincanas, competições esportivas e um show de talentos. Eu senti um arrepio quando passei pelo portão da escola e vi Ana. Eu a tinha evitado por semanas, mas agora ela estava lá, pronta para conversar.
Eu sabia que ela e suas amigas haviam se preparado por semanas para uma apresentação de dança no show de talentos, mas ainda assim fiquei chocado ao ver como ela estava vestida. Ana usava uma sainha e um top combinando com as cores vermelha e branca. Eu olhei rapidamente para mão dela, e pude ver que ela carregava pompons. Eu não conseguia acreditar que ela e as amigas dançariam para escola inteira vestidas de líderes de torcida.
A fantasia não combinava em nada com Ana, que sempre se vestiu de uma forma confortável, nunca se expondo muito. Ela dizia que preferia ser elogiada por sua personalidade do que por sua aparência. Por isso mesmo, vê-la usando algo tão fora do habitual mexeu comigo. Ela estava gostosa demais naquele dia.
Eu esperava que ela fosse terminar nosso relacionamento de forma oficial, mas, em vez disso, ela conversou casualmente comigo enquanto tocava meu braço. Perguntou como estava minha vida e eu respondi de forma seca, em parte porque estava envergonhado por estar escondendo uma ereção gigantesca, mas também porque sabia que nada de bom viria daquela conversa. Precisava seguir em frente, pois aquele era o último dia que nos encontraríamos.
Não fui o único a reparar nas roupas de Ana. Enquanto andava pelos corredores, vi Alisson correndo esbaforido e gritando com seus amigos como se tivesse ganho na loteria. Eles estavam em êxtase planejando o que seria o melhor dia de suas vidas.
Eu não participei de nenhuma atividade do dia. Dediquei minha manhã ao meu único hobby na época: seguir Ana pela escola sem ser notado. Eu assisti enquanto ela ensaiava com as amigas para o show, e por um momento, senti uma alegria ao vê-la apreciando um gostinho de normalidade, apesar de toda a loucura que havia sido nossas vidas naquele último dia.
Óbvio que era impossível ser verdadeiramente feliz naquela escola. Alisson logo apareceu, sentou ali e observou as meninas dançando por um tempo Ele aproveitou a primeira pausa do ensaio para pegar Ana pelo braço e puxá-la para um local mais afastado. Ela até argumentou que não era uma boa hora, que o encontraria mais tarde depois do show. Mas, Alisson era incapaz de esperar. Por ironia do destino, ele a levou justamente para o local onde tudo havia começado. A sala dos professores era um local perfeito, já que era afastada de todos os eventos que aconteceriam aquele dia.
Eu fiquei na dúvida se eu devia assistir ou não a barbárie. Acho que se Ana não estivesse tão linda aquele dia, eu teria me controlado e ido embora. Mas, a curiosidade e a excitação haviam me vencido. Eu me posicionei na minha janela de costume e fiquei hipnotizado, como uma criança assistindo um filme de terror, mesmo sabendo que depois não conseguiria dormir com os pesadelos.
Ana entrou sendo puxada na sala dos professores e se assustou quando viu que dois amigos de Alisson que já a esperavam na sala, totalmente nus. “Alisson, que porra é essa? Eu não vou transar com vocês ao mesmo tempo.”, Ana protestou tentando estabelecer um limite. Alisson não respondeu, ele só tirou a roupa, e usou sua vantagem física sobre Ana para empurra-la com a cara em direção a parede.
“Você vai fazer o que eu mandar. Vai pagar de santa agora? Você é minha puta.”, ele sussurrava no ouvido dela enquanto se esfregava no quadril de Ana. O pau de Alisson começava a mostrar sinais claros de excitação, e era até meio cômico ver aquele membro preto manipulando a saia da minha namorada enquanto subia. Ele apalpava os peitos de Ana por cima da roupa que cerrava os olhos com força. Eu não tinha mais nenhuma dúvida naquele momento, ela claramente estava gostando da sensação daquele marginal emparedando-a e roçando o pênis na sua bunda.
Alisson falou algo que eu não consegui escutar no ouvido de Ana, mas isso a convenceu de virar de frente para ele e ficar de cócoras no chão com suas costas encostada na parede. Alisson posava com os braços arqueados e suas mãos repousando tranquilas em sua cintura. Para as coisas continuarem caminhando na direção que ele queria, bastou ele estender o quadril um pouco para frente, deixando aquele membro gigante preto bater suavemente no rosto da minha namorada.
Eu esperava que houvesse algum protesto, negociação ou reclamação, mas Ana estava focada. Ela começou apertando o saco dele como se fosse um brinquedo. Além de massageá-lo, os dedos de Ana deslizavam levemente através dos pelos pubianos, fazendo Alisson estremecer. Eu estava tão concentrado naquela dança, que percebi um movimento extremamente sutil de Ana. A língua dela passou levemente sobre seus lábios, lubrificando-os, como se preparasse para comer uma refeição deliciosa.
Não sei se Alisson também capturou a leveza e a sensualidade daquele ato, porque ele com uma das mãos foi empurrando a cabeça de Ana para mais perto do seu órgão genital. Sem nenhum remorso, Ana avançou com sua boca na direção daquele monstro. Por um tempo, ela ficou apenas lambendo a glande. A forma que ela fazia era tão apaixonada, que me lembrava o primeiro beijo de língua que demos no escurinho do cinema. Alisson parecia que iria explodir de êxtase com cada toque que recebia da língua da minha namorada.
Era possível notar que ela tinha evoluído muito na sua técnica nesse último mês, já que estava praticando diversas vezes por dia. Com as mãos ela massageava os testículos de Alisson, enquanto sua cabeça deslizava, sem nenhum esforço, por aquele membro que gigantesco. Ela brincava de engolir por completo a glande de Alisson, e depois tirar rapidamente o membro da sua boca. Nessa hora era possível escutar um “Ploc” bem alto, causado pelo vácuo que formava entre os lábios dela e o seu brinquedo. Pelos sons de Alisson dava para ver que o Ana tinha atingido a perfeição.
Eu na janela me masturbava assistindo a destruição do meu relacionamento. Eu odiava tudo que estava acontecendo, mas preciso admitir que era tão sensual como Ana fazia que era impossível me controlar. Os dois amigos de Alisson que assistiam dentro da sala pareciam concordar comigo, e se aproximaram lentamente da ação. Cada um ficou numa lateral de Ana e tiveram a mesma ideia: pegar a mão de Ana e colocar em seus membros.
Eu olhei com pena para ela, já que devia ser muito difícil satisfazer aqueles três ao mesmo tempo. Ana se esforçava, mas claramente não conseguia fazer esse ato com a mesma maestria que tinha tido até então. Alisson decidiu ajudá-la. Com as mãos na cabeça dela começou coordenar o boquete que recebia, para pelo menos garantir seu prazer naquela orgia.
Enquanto minha namorada estava literalmente contra a parede naquela situação, sendo chantageada e usada por um grupo de marginais, eu ao invés de intervir, chegava ao clímax assistindo de fora da sala. Problema foi que a experiência tinha sido muito intensa para mim. Não consegui me controlar e com um grito intenso comecei a gozar na parede daquela sala.
Foi assustador quando eu percebi as consequências do meu descontrole. Eu vi as quatro cabeças dentro da sala se moverem simultaneamente na direção que eu me escondia. Eles perceberam que alguém os observava. Os meninos pararam imediatamente, colocaram suas roupas e saíram correndo em direção ao meu esconderijo. Eu estava em cima de uma cadeira para conseguir alcançar a janela, no desespero para sair dali acabei caindo e torcendo meu tornozelo. Eu tentei algumas vezes correr para me salvar, mas a dor era insuportável.
No chão, quase chorando de dor, eu tomei a maior surra da minha vida dos três meninos que estavam a poucos minutos com a minha namorada. “Gente, para pelo amor de Deus!”, eu ouvi uma voz gritando ao longe. “Eu deixo vocês fazerem o que quiser comigo, mas deixa o Rod em paz, por favor”, Ana completou.
“Coloca os dois na sala, agora.”, Alisson gritava como se fosse um general no meio da guerra. Eu fui arrastado pelos braços quase desmaiado para dentro da sala dos professores, enquanto Ana seguia argumentando com Alisson tentando de toda forma evitar o pior.
Mas, não tinha como a situação não piorar. Eles me colocaram sentado numa cadeira no centro da sala, Alisson foi em direção a mochila e pegou uma faca e disse no meu ouvido: “Se pode ficar quietinho aqui. Não vai precisar ficar espiando de fora, corninho.”
Ana gritou de desespero ao ver a faca. Ela implorava para não me machucarem. Alisson passou a mão no rosto dela, tentando acalmá-la. “Só depende de você agora, sua puta.”, ele disse dando um tapão forte no bumbum dela. Ela nada respondeu, só balançou aceitando as condições impostas por aquele psicopata.
Ana estava vendendo sua alma para me proteger, depois de toda minha covardia. Percebendo a submissão dela, Alisson começou a posicioná-la como se estivesse manipulando um manequim. Colocou-a com a barriga apoiada numa carteira, e aproveitou o ângulo que a posição deixava as ancas dela para movimenta seu pênis por baixo da saia da minha namorada. Meu coração palpitava, eu achava que teria um ataque cardíaco ali mesmo, quando eu o vi puxando a calcinha dela para o lado e deslizando seu membro como uma cobra para o interior da minha namorada.
“Caralho! Essa vagabunda tá muito molhada, corninho.”, Alisson gritava olhando na minha direção. Ele começava acelerar o movimento. Se alguém entrasse naquela sala aquele momento, acharia que o pau daquele desgraçado era de um tamanho normal, já que grande parte dele estava escondido dentro da minha namorada.
Ele continuou metendo, agora puxando os dois braços de Ana para trás, usando-os como alavanca no seu movimento de vai-e-vem. Controlando-a pelo braço ele começou passear com ela pela sala, sem nenhum momento parar com os fortes estocadas que dava. Os meninos assobiavam e aplaudiam, estavam assistindo um show de fato incrível.
Os olhos de Alisson me encontraram, e ele pareceu lembrar do ilustre hóspede da sua apresentação. Ele pensava numa forma de me forçar a participar daquele ultraje. Ele guiou Ana para bem perto da cadeira que eu sentado e ordenou: “Apoia os braços no corno.”
Ela colocou as mãos nas minhas pernas ficando com a bunda bem empinada e exposta para aquele marginal. Ana tentou olhar nos meus olhos, mas eu abaixei a cabeça evitando-a. Não queria que ela lembrasse de mim naquele estado deplorável.
Ele jogava seu corpo com tudo em cima da minha namorada, e cada estocada eu sentia a dor dela, já que suas mãos apertavam forte minha perna. Alisson enlouquecia gritando ofensas, me chamando de corno e falando que eu era o maior otário daquele colégio. Ele espancava a bunda da minha namorada e cada palmada fazia um estalo gigantesco, como se alguém estivesse batendo palmas do lado do meu ouvido. Ele só parava com a sessão de espancamento de Ana para me virar um tapa na cara de vez em quando.
“Olha como ele tá gostando disso...”, Alisson disse antes de colocar a mão na cabeça da minha namorada. Aquele marginal afundava e esfregava a cabeça de Ana no meu colo fazendo ela sentir a consistência do meu pênis. Ele tinha razão, mesmo com toda a humilhação e dor, eu estava de pau duro. Ele não aguentou aquela posição. Me humilhar daquele jeito fez ele perder o controle, e com um uivo ele começou a jorrar seu leite dentro da minha namorada. Eu estava tão perto, que senti algumas gotas caírem na minha perna.
Alisson ainda me virou um soco na cara antes de sair de cima de Ana e começar colocar as suas roupas. Ana se esfaleceu no meu colo, exausta. Antes mesmo de eu conseguir me mexer, os amigos de Alisson tiraram o amor da minha vida de perto de mim, como abutres. Chegará a hora deles brincarem com ela. Quando eu saí daquela sala, ela estava de quatro com um dos meninos fodendo-a por trás e outro afundando o pau na sua boca.
Eu fui andando em direção a saída da escola. Tudo estava acabado. Aquele era o último dia, esse tinha sido o último pesadelo. Eu estava chegando ao portão quando ouvi uma voz me chamando ao longe. Marcelo corria esbaforido na minha direção.
Eu não conseguia acreditar. Depois de todo tormento, eu ainda teria que falar com aquele desgraçado. Na minha mente continuei com meu mantra que aquele era o último dia, só precisava conversar um pouco com ele e sair dali.
“Rod quanto tempo meu garoto, como vai? Se sabe da Aninha? Eu queria ver ela hoje para agradecê-la pela dedicação dela nas aulas.”, ele disse. Filho da puta não conseguia nem disfarçar o sorriso malicioso no rosto.
Eu pensei um pouco o que responderia, e percebi que eu poderia me vingar. Aquele verme estava perdidamente apaixonado pela Ana? Talvez eu pudesse dar a ele um pouco do remédio amargo que ele me obrigará a tomar. Me segurando para não soltar uma risada do mal eu falei: “Não sei professor, a gente não está mais junto. Mas, eu a vi entrando com o Alisson na sala dos professores.” Ele nem se despediu. Ouvindo isso ele virou de costas para mim e saiu da mesma forma que chegou, correndo descoordenado.
Não sei o que aconteceu a seguir. Eu não olhei para trás, Marcelo, Alisson e Ana eram coisas que eu simplesmente precisava esquecer para continuar vivendo. Eu era apenas uma criança naquela época. Eu achava que depois daquele último dia de aula, eu viraria um adulto e poderia viver a vida como bem entendesse.
Mas, as cicatrizes tornaram impossível eu continuar. Ninguém nunca preencheu o buraco que Ana deixou na minha vida. Eu não conseguia fazer nada, não conseguia estudar, ter um emprego ou viver uma vida normal. Mesmo depois de muitos anos, toda vez que eu fechava meus olhos eu via claramente os pesadelos que haviam acontecido naquela escola. Eu precisava encontrar um objetivo de vida para não enlouquecer.
Se você está lendo esse relato, é porque eu fui descoberto e alguém já deve ter alertado a polícia sobre meus crimes. O objetivo que eu escolhi para não me entregar ao desespero foi garantir que a justiça divina atingisse os demônios que habitam o nosso planeta.
Embora o moço preso no meu porão pareça um velhinho inocente, o homem de cabelos brancos se chama Marcelo, ele é o diabo na terra e está pagando pelos crimes que cometeu a anos atrás. Junto dele você vai encontrar um homem negro quase morrendo de fome. Se você prestou atenção no meu relato, já deve saber que essa figura patética foi o menino que naquela época eu conhecia como Alisson. Nenhuma tortura que eu apliquei neles em todos esses anos será suficiente para quitar a dívida que os dois tem comigo. A punição deles por violarem um anjo é uma sentença eterna. Eu espero que depois de morrer, nós três nos encontremos novamente no inferno para eu poder continuar aplicando a punição que eles merecem.