Conto aparentemente longo. Sugiro que ouça "Put it on me" do Matt Maeson como trilha sonora.
As batidas da música estavam altíssimas. Era possível sentir o grave vibrando por todo o espaço e meu corpo vibrava junto com a caixa de som. De olhos fechados eu não percebia que já tinha sido transformada em caça e ele estava à espreita, esperando pra me dar um bote.
Estávamos na cultural de um encontro estudantil da universidade que estudamos e depois de tantas palestras, o corpo pedia por um copo de bebida e músicas que me fizessem rebolar a raba sem pensar muito no outro dia.
Humberto, ou Beto para os íntimos, era meu amigo, nos conhecemos numa viagem à Chapada Diamantina, e como bom estudante de história ele estava super interessado em ver as pinturas rupestre das grutas por onde passamos. Eu, do contrário, passava o dia jogando charme e de forma despretensiosa, dava em cima dele como quem não queria nada. Sou muito boa em esperar e afiar minhas garras pra quando for realmente a hora de dar o bote.
- Dançando desse jeito com certeza ele vai vir atrás de você - Humberto se aproximou, me mostrando estar a par das minhas táticas para chamar atenção do cara que eu estava afim.
- Não me ilude! - eu sorrio - tu sabe que eu tô só de boa, dançando e querendo curtir a vibe. Acho que Mateus não está muito interessada em mim, pra falar a verdade.
- Ah, quel é!? Tu vai desistir é? - Humberto chega mais perto de mim, seu copo colando no meu copo, e sua boca próxima do meu ouvido - Hoje nós dois vamos nos dar bem, preta! Você com Mateus e eu tô doido pela novata. Olho bem pra cara dele e dou risada. Depois de tanto flerte entre a gente, chegamos num ponto em que conseguimos falar abertamente sobre qualquer assunto, inclusive sobre nossos desejos em outras pessoas.
Já estávamos no terceiro dia de encontro estudantil e eu não havia parado de falar sobre o tesão que Mateus me dava e de como eu queria esfregar minha buceta na cara dele, usando exatamente esses termos. Beto não deixava barato, mas era mais contido, e apenas dizia estar interessado na moça que ninguém conhecia, mas que havia se aproximado do nosso grupo. Ela era linda, realmente. A pele preta brilhava, seu quadril largo balançou de um lado pro outro, graciosamente, quando ela sambou descalça no meio do salão mais cedo. Eu a observei, imaginando os dois transando.
- Eu super toparia assistir vocês dois na cama - afirmo.
- Sério? Não sabia que tinha esse fetiche… eu não posso dizer o mesmo, não acho que ia ser legal só assistir você.
Faço uma cara de ultraje, mas no fim dou risada.
- Oxe! - rio - Mas porque não? e se eu tiver fetiche em ser observada?? Você não vai me ajudar a realizar minhas fantasias? - protesto, com a mão na cintura e cabeça inclinada pro lado, como quem acaba de ouvir um desaforo.
- Eu te conheço, preta - ele ri - primeiro que eu não ia aguentar só assistir, ia precisar no mínimo me masturbar enquanto assisto você. E segundo que quando você me visse nu, não ia querer que eu permanecesse só assistindo - ele pisca pra mim e bate novamente seu copo no meu, como que brindando pela imagem que ele deixou em minha imaginação - vou circular, ver se chego naquela mulher pra desenrolar meu lado. Sugiro que faça o mesmo, vai rebolar essa bunda na frente daquele cara, senão você não vai se esfregar nele tão cedo.
Humberto me deixa no salão e se aproxima da moça novata. Eu não posso deixar de pensar que ele me conhece o suficiente pra saber que eu realmente não ia aguentar em ser apenas assistida. A ideia de ter os dois ao meu dispôr deixa minha calcinha úmida.
A noite foi se prolongando, troquei algumas palavras com Mateus e bebemos juntos em alguns momentos, mas agora o estrago já estava feito e não tinha santo que me fizesse tirar a frase de Beto da cabeça. Veja bem, eu sou muito curiosa e não há afrodisíaco melhor do que despertar minha imaginação e me instigar a querer saber mais sobre determinada coisa e Humberto, como um bom caçador, soube afiar bem a sua flecha e soltar na hora certa. Naquele momento eu queria saber o porque de Beto afirmar com tanta certeza a sua nudez e o meu interesse. Bom, na verdade, não é como se eu nunca tivesse reparado. Humberto tem 1,82 de altura, ombros largos e recentemente começou a deixar seu cabelo black crescer, mas ainda está com o cabelo baixo e a barba grande. A voz dele tem um timbre grave, forte e eu tenho um lance interessante com voz. Junte tudo isso com o fato dele ser um homem negro retinto. O combo barba grande, voz grave e pele preta me vira do avesso, mas como meus flertes da viagem não haviam dado resultado, pensava eu que estávamos jogando na mesa da amizade. Poderia estar enganada?
Fim de festa, algumas poucas pessoas ainda dançando e bêbedo, eu já de saco cheio, de cara por não ter bebido o suficiente e insatisfeita pela perda de interesse em Mateus, decido que tá na hora de ir pra barraca. Dormir é o melhor remédio e nada de bom acontece depois das 2h da madrugada, não é mesmo?
- E aí, vai me dizer que tá indo encontrar seu boizinho na sala em que ele tá dormindo? - Beto chega do meu lado e me acompanha enquanto subo as escadas para o segundo andar do prédio.
- Que nada! Daquele mato não vai sair cachorro, e acho que acabei de sair do cio - dou risada e ele me acompanha - tô subindo pra dormir e você? Já pegou a novata, como foi?
- Não, o papo não foi agradável, sabe como é, né? Não senti que ela tinha a vibe que eu tô procurando.
- E qual a vibe que você tá procurando? - pergunto, numa curiosidade ingênua. Beto dá de ombros e apenas sorri, jogando o copo de bebida no cesto de lixo no topo da escada - tô sem barraca pra dormir, não achei que ia ficar por aqui hoje, queria ter voltado pra casa - ele afirma e emenda, perguntando se pode dormir comigo.
- Sem problemas, mas só tem um travesseiro e não vou dividir - sorrio.
As luzes dos andares estão apagadas, minha barraca está próxima a entrada do pavilhão de aulas que não está sendo utilizado e um pouco longe da escada. A maior parte das pessoas está no primeiro andar ou dento das salas, mas eu gosto da minha privacidade e do pouco silêncio que esse local me possibilita. Entro primeiro na barraca para por meu baby Doll, um shortinho de algodão que fica colado na minha bunda, dividindo perfeitamente o meu traseiro. Beto retira a roupa fora da barraca mesmo, não há ninguém pra vê-lo nu, exceto eu.
- Pelo menos o cobertor você vai dividir comigo, né? - ele me pergunta ao entrar na barraca e me ver deitada, mexendo no celular.
- Sem problemas! Agora é impressão minha ou não vai ter como fechar a barraca? seus pés estão do lado de fora - pontuo.
- É, acho melhor não fechar, sou grande demais pra você - ele ri
- Iiih, se liga, hein?! Pra mim não, pra barraca! Eu aguento de boa - comento dando risada.
A tensão dentro daquele pequeno espaço era tão tangível que eu poderia corta-la com uma faca. Entre gargalhadas e piadinhas ruins sobre sexo e frustrações por não termos pegado quem a gente queria, Beto põe uma playlist no celular. O som ecoa baixinho dentro da barraca e com o frenesi da bebida, o sono e a música tranquila, percebo muito tarde quando ele rouba meu travesseiro.
- Oxe, se saia, viu? Não durmo sem travesseiro - protesto, já avançando pra puxar o travesseiro novamente.
Sem falar nada, ele me vira de costas pra ele e passa o braço por baixo do meu pescoço de forma que minha cabeça agora repousa em seu braço. Com o braço livre, Beto puxa meu corpo e estamos colados, separados pelo tecido fino da minha roupa. Sua mão começa a acariciar a lateral do meu corpo, e eu sinto sua respiração em meu pescoço.
- Beto… - minha voz sai tão baixa, tão rouca, que é impossível não perceber o tesão que sinto naquele momento.
- Huum? - ele responde, sem deixar de tocar meu corpo, suas mãos subindo por dentro da minha blusa, mas permanecendo na lateral do meu corpo, encostando muito próximo dos meus seios, que de tão duros, parecem querer rasgar minha blusa. - Quer saber qual o perfil que eu quero pra esse noite? - ele me pergunta baixinho, e deposita uma mordida leve no lóbulo da minha orelha. Num gemido meio estrangulado, eu respondo que sim. - quero alguém que vá esfregar a buceta na minha cara, e que não fique quieta quando eu fizer isso…
Nesse exato momento seus dedos apertam meu mamilo duro e eu solto um gemido fino e longo, enquanto ele continua - quero alguém que vai gemer deliciosamente desse jeito… será que essa pessoa é você, pretinha?
- Acho que s… sim, ah! - arfando, já sem muito controle.
Sua mão desce dos meus seios e deslizam em direção a minha buceta. Meu corpo treme de antecipação ao imaginar ser tocada por aquela mão enorme e eu não deixo de notar o volume duro que cutuca minha bunda. Abro um pouco as pernas e ele encaixa o pau em minhas coxas, roçando-o em minha buceta por cima do meu short, num vai e vem lento. Engulo seco e fico torcendo pra ele decidir tirar minha roupa, pois não tenho forças para decidir por mim mesma naquele momento. Seu braço permanece apertando meu corpo contra o dele, e sem tirar seu pau das minhas coxas grossas, ele vira minha cabeça e eu experimento pela primeira vez seus lábios grossos.
A língua de Beto invade minha boca, explorando todos os cantos, chupando minha língua pra dentro da boca dele. Eu termino de girar meu corpo, e agora, de frente pra ele, com minhas mãos em seu peito, aprofundo o beijo no meu ritmo: lento, chupando seu lábio inferior e finalizando com uma mordida. Me afasto, sentindo sua mão apertar minha bunda e de joelhos retiro minha blusa, precisando sentar para retirar o short. O cheiro da minha excitação exala no ar e ouço Beto grunhir, gemer, aspirando o cheiro que incendeia a gente.
Antes que ele pense em levantar e controlar a situação, eu retorno e deito em cima dele. Veja, se tem uma coisa que eu gosto é de estar por cima e sentar devagar enquanto beijo meu parceiro no mesmo ritmo da minha sentada.
Estar ali, naquele momento, sentindo a pele preta de Beto arder junto a minha pele preta, seu suor molhar meu corpo e sua respiração quente tão perto do meu rosto… eu não tinha condições de não fazer diferente.
Volto a beijá-lo e vou roçando minha buceta em seu pau duro e ereto. Sinto que meu suco vai se espalhando por toda sua extensão e solto um gemido em sua boca ao perceber que seu pau escorregou pra dentro de mim, mesmo com a grossura que tem. Estou tão molhada que minha buceta se abre pra receber seu visitante, encharcando-o com meu mel ao ponto de poder ouvir aquele barulho característico que uma buceta molhada faz quando é penetrada.
Aprofundo nosso beijo, mordendo seus lábios e chupando sua língua enquanto começo a cavalgar, sentindo seu pau me alargar e suas mãos em minha bunda me impulsionando, acompanhando meu ritmo, subindo e descendo.
- Caralho! Eu quero gozar em você! - Falo mudando minha cavalgada para uma esfregação.
Com o pau de Beto inteiro em mim, e minha boca ainda próxima do seu rosto, passo a esfregar meu clitóris em sua púbis, pra frente e pra trás. Segurando minha bunda com força, Beto inclina a púbis pra cima, aumentando a pressão em meu clitóris e eu explodo num gozo selvagem e barulhento. Meus gemidos podem ser ouvidos em outros andares, porque não há possibilidades de alívio que não seja pelo grito, pelo gemido alto.
Sem nem terminar de sentir meu orgasmo, sinto quando ele me deita e vem por cima, se apoiando em um dos braços, o outro segurando uma das minhas pernas, me deixando mais aberta. Depois do gozo estou ainda mais molhada e novamente ele entra em mim deslizando com uma facilidade incrível.
Não tenho mais como ditar o ritmo, e Beto mete com força, mesclando entre estocadas rápidas e lentas, mas sempre profunda. Consigo sentir o impacto na parede do meu útero e contraio a musculatura para apertá-lo dentro de mim.
- Caralho! O que é isso?? Você tá muito quente e apertada, preta!
- Mete forte, mete? Deixa eu sentir você com força, deixa?! - eu peço, manhosa.
- Fala pra mim, quem é que tá te comendo agora, hein?? Pra quem que você vai dar essa buceta e esfregar ela, hein??
Beto me instiga a dizer seu nome, chamar por ele, enquanto trabalha duro dentro de mim, com estocadas profundas e fortes. Seu corpo já está em cima do meu, sua mão por baixo da minha cabeça segurando meu cabelo e sua boca invade a minha antes que eu possa falar qualquer coisa. Um beijo violento, urgente, como se não tivesse tempo a perder ou como se tivéssemos perdido muito tempo sem nos permitir gozar juntos.
- Você! É em você que eu quero esfregar minha buceta. Me come assim gostoso, por favor??
- Você é uma cachorra mesmo, não é?? Eu vi você se insinuando, rebolando pro outro e agora tá aqui rebolando na minha pica. Safada! - Ele não consegue falar sem gemer ao final da frase.
Eu agarro suas costas e cravo minhas unhas, arranhando-o, e arrancando gemidos altos que se misturam aos meus. Aperto sua bunda, estimulando que ele se aperte em mim, que se afunde dentro da minha buceta.
- Não fala assim, eu vou gozar! - e nesse momento, metendo seu pau sem pena, Beto me dá um tapa na cara, e segura minha boca.
- Goza pra mim, putinha! - Seus olhos estão furiosos, e sua cabeça logo acima da minha. Vejo quando sua mão sobre novamente e desce, com os cinco dedos abertos em meu rosto. - goza pra mim, puta! Goza no meu pau, A - tapa - GO - outro tapa - RA - mais um tapa. E eu gozo descontroladamente, obedecendo seu comando, gritando de prazer e com a cara ardendo pelo peso da sua mão.
Poucos minutos depois Humberto goza dentro de mim, urrando e apertando sua púbis pra frente e pra trás no meu clitóris inchado, o que me faz gozar mais uma vez, enterrando minha cabeça em seu ombro, mordendo o pedaço de pele e músculo que encontro ali por perto.
Arfando, Beto sai de cima de mim, caindo ao meu lado. Não temos forças nem pra respirar direito, sequer beber água, mas me esforço pra pegar a garrafa que está ao seu lado.
- Se hidrata mesmo, ainda não terminei com você. Hoje ainda vou comer seu cú pra você aprender a partir de agora pra quem você vai rebolar essa bunda.
Eu sorrio e só consigo pensar na sorte grande que eu tive essa noite, torcendo pro lubrificante ser suficiente.
- Tô pronta!