O CROSSFIT – perdi minha mulher - 4

Um conto erótico de Wagner
Categoria: Grupal
Contém 5525 palavras
Data: 02/04/2023 21:18:11

O CROSSFIT – perdi minha mulher - 4

A partir daquela noite no motel fomos nos soltando cada vez mais, depois de uns dois meses fomos novamente, foi maravilhoso novamente, acabamos combinando de pelo menos uma vez por mês tentarmos ir passar a noite em algum motel, eu devagar estava começando a mexer na sua bundinha, às vezes ela reclamava, mas aos pouco estava deixando eu passar um dedo, eu não enfiava, mas fazia pressão do dedão no seu buraquinho apertado.

Nosso amor a cada dia se fortalecia, nem parecia que logo iríamos começar a passar por algumas provações no nosso casamento, provações essas que causaram algumas brigas entre nós dois...

Continua...

Vamos lá...

Como eu estava dizendo, nós estávamos, super bem, mas tivemos uma notícia muito boa, mas ao mesmo tempo assustadora, nós concordamos que não era o momento, gerou até um pouco de discussão entre nós, mais uma vez por um descuido nosso, ela ficou grávida de nosso segundo filho, claro que uma criança é um benção na vida de um casal, mas quando vem sem planejar a gente acaba ficando muito assustado.

Foi isso que infelizmente aconteceu no início, os dois meio assustados, ficamos meio perdidos, tínhamos uma criança ainda muito pequena e agora viria mais um pequeno serzinho para criarmos. Infelizmente gerou um pouco de atrito entre nós dois, estávamos de um jeito que nossos pais tiveram que intervir para apaziguar as nossas discussões, logo conseguimos superar o susto e os conflitos iniciais, colocamos nossa cabeça no lugar e não demorou, estávamos curtindo e muito a chegada de mais um filho.

Como na primeira, a segunda gravidez começou bem sossegada, mas depois deu uma pequena complicada, chegando no sétimo mês, ela teve algumas mudanças hormonais, que normalmente acontecem no início, os médicos não sabiam o que poderia estar causando essas mudanças tão repentinas, essas mudanças estavam afetando em cheio seu corpo, começou a reter muito líquido, assim engordou bastante, e com isso começou a ter muitas alterações da pressão arterial, alguns dias subia muito e outros baixava demais, precisou ficar quase um mês em repouso, mas no fim deu tudo certo, nosso segundo menino nasceu super saudável, sem nenhuma complicação.

Mas ela infelizmente engordou bastante, ele ficou bem deprimida, sempre foi bem magra, agora estava bem acima de seu peso, tanto que tivemos que trocar várias peças de seu guarda roupa, ela não se conformava por ter engordado tanto, isso gerou uma insegurança enorme, pensando que eu acharia que ela estava feia ou qualquer coisa do tipo, mas eu sinceramente não ligava pra isso, para mim ela sempre estava linda, eu não conseguia enxergar ela como uma “gorda balofa” como ela falava. Mesmo o médico explicando que aquela reação era normal, que seu corpo voltaria ao normal, mas ela infelizmente começou com uma pequena depressão, tanto que começou a afetar a amamentação.

Foram alguns meses bem complicados, a insegurança dela estava enorme, por mais que eu ficasse ao seu lado, ela sempre achava que eu estava distante, eu tentava fazer amor com ela mas por sua insegurança, acabava não rolando nada, normalmente ela não deixava eu nem encostar em seu corpo, mas em poucas vezes que ela deixava eu começar a beijá-la e pequenas caricias, ela acabava parando antes mesmo de ter penetração, sexo oral também não rolava, foi uma fase muito difícil.

Devido a esse período da depressão, nossas discussões voltaram a acontecer, por mais compreensivo que eu tentava ser, estava sendo muito difícil pra mim também, eu já estava sem paciência para as atitudes dela, no começo eu tentava apoiar em tudo, mas a forma que ela me tratava estava dificultando muito nossa relação, eu também não estava sabendo lidar com aquela situação toda, todos aqueles acontecimentos estavam começando a interferir no meu trabalho, pelo menos umas três vezes seguidas eu falhei com o horário de medicamentos de pacientes, aquilo era muito perigoso eu não estava querendo conversar com ninguém, nem mesmo com a Ester. Já estava sem fazer sexo a pelo menos uns quatro a cinco meses, como sempre fui muito ativo, estava sentindo muita falta, eu me masturbava todos os dias, mas já não estava me aliviando em nada, pelo contrário estava ficando cada vez mais estressado.

Uma noite quando cheguei no meu setor para trabalhar, meu chefe estava lá a minha espera para fazermos uma reunião, ele me deu um ultimato dizendo que eu sempre fui um funcionário exemplar um dos melhores, mas que estava sabendo das ocorrências, me perguntou diversas vezes o que estava acontecendo, mas eu não quis falar nada com ele, por achar que era um assunto muito íntimo, ele me disse que as reclamações chegaram para a chefia, um dos médicos que era diretor da ala, queria me despedir, mas ele conseguiu um prazo para que eu voltasse a ser o mesmo funcionário exemplar. Prometi que iria voltar ao normal, que não aconteceria mais nenhuma ocorrência como aquelas.

Naquela noite assim que ele foi embora eu me tranquei no banheiro e chorei muito, estava sentindo uma dor enorme no meu peito, a Ester estava de plantão junto comigo, tive muita sorte de ser ela, resolvi desabafar eu precisava colocar pra fora de alguma forma, se não iria acabar ficando louco de tão nervoso que estava com toda aquela situação, não era somente a falta de sexo, mas era falta de tudo, de dialogo de carinho, eu e Nara estávamos parecendo dois estranhos, com a Ester eu poderia falar sobre tudo, afinal ela era de extrema confiança e não iria sair falando sobre meu problemas com ninguém no hospital. Durante aquela noite falei sobre tudo, ela ficou quieta o tempo todo enquanto eu falava, não expressou nenhuma opinião, somente depois que terminei, foi que ela pediu para eu respirar e falou comigo.

- Wagner meu amigo, que situação difícil vocês dois estão passando, eu não queria estar na pele de vocês, mas olha pela experiência de vida que eu tenho talvez possa tentar ajudar, dando alguns conselhos. O primeiro e mais importante é que vocês precisam o mais rápido possível procurar ajuda de um profissional, de um psicólogo para tentar abrir os pensamentos de vocês e verem onde estão errando, se quiser posso indicar um que sei que atende casais também acho que vocês precisam o mais rápido possível sentar e conversar, você expor para ela toda sua insatisfação e ela falar sobre as dela, vocês precisam tentar restabelecer o diálogo na relação de vocês ou o casamento de vocês não vai suportar todos esses conflitos, meu amigo fiquei muito aflita agora com toda essa situação que você me contou, mas estou muito chateada com você, como que você não veio conversar comigo antes? A ponto de perder o emprego sem procurar desabafar com alguém, mas que bom que veio falar comigo, você sabe o quanto eu gosto de você, somos amigos e amigos são para isso, um ajudar o outro sem esperar nada em troca.

Depois de nossa conversa eu fiquei muito aliviado, a partir daquele dia eu fiquei mais leve, com vários pensamentos nas possibilidades de resolver nosso problema. No outro dia eu estava de folga, liguei para o consultório do profissional que que a Ester tinha me recomendado, ele estava com a agenda um pouco cheia, mas como foi indicação da Ester consegui marcar uma consulta para quinze dias, era um prazo razoável, assim eu poderia sentar e conversar com a Nara e expor um pouco de tudo e o principal que seria convencê-la a irmos conversar com um psicólogo.

Naquele mesmo dia na parte da tarde, depois de já ter marcado o dia e horário da consulta, chamei minha esposa para conversarmos. Ela tinha acabado de colocar nosso mais novo dormir. Ela ainda estava na poltrona no quarto dos meninos, estava com os olhos cheios de lágrimas, não chorava mas estava com o pensamento e olhar distante e as lágrimas desciam pelo seu rosto, aquela cena me cortou o coração, fui até ela me ajoelhei em sua frente e tentei abraçá-la mas até isso ela estava evitando, mas dessa vez, diferente de outras insisti um pouco mais e ela cedeu, ficamos um tempo ali abraçados sem dizer nenhuma palavra, aquele abraço fez um bem enorme para nós dois, depois de um tempinho falei para irmos até a sala ou no nosso quarto que eu precisava conversar um assunto muito importante para nós dois. Ela me olhou assustada e aí sim começou a chorar copiosamente, mas mesmo assim foi me acompanhando para a sala, no caminho ela entre soluços falava que tinha certeza do que eu iria falar, chorava cada vez mais, eu a todo momento tentava acalmá-la.

- Wagner eu já sei o que você quer falar comigo, vai querer se separar de mim, eu não estou conseguindo lidar com tudo isso e você com certeza deve ter arrumado alguma mulher mais bonita que eu e agora vai me deixar.

Falava e chorava cada vez mais, eu tive que abraçar mais forte e com ela presa nos meu braços eu fui acalmando seu choro, e devagar beijava seu rosto e sua testa, fazia carinho em seu cabelos, assim ela foi se sentindo mais segura e foi se acalmando.

- Não é nada disso meu amor, você é a pessoa mais importante na minha vida, de forma alguma irei me separar de você, não é nada disso, eu só quero conversar com você sobre todos esses problemas que estamos atravessando, acredito que tenho a solução para nos ajudar a superar tudo e resolvermos tudo isso, sem brigas e para podermos voltar e viver em harmonia na nossa casa.

Nessa hora ela foi se acalmando e parando de chorar e deixou eu contar a minha ideia.

- Olha eu andei conversando com um médico lá no hospital, contei bem por cima tudo que está acontecendo, por favor não fique chateada, mas eu precisava falar com um profissional para ter uma ideia de como podemos resolver todos esses conflitos no nosso dia a dia, esse médico muito meu amigo disse que deveríamos nós dois procurar conversar e procurar a ajuda de um profissional, no caso um psicólogo, vamos nós dois e vamos expor tudo que está acontecendo e assim com certeza poderemos resolver tudo da melhor forma possível, inclusive ele me indicou um colega, muito renomado que trabalha com casais e com famílias, acho que ele poderá sim nos ajudar e muito.

Eu falei tudo sem respirar, eu tinha certeza que ela iria surtar e querer brigar mais uma vez comigo, mas foi muito diferente do que imaginei, ela ficou surpresa no início, ficou me olhando sem piscar, deu um sorriso, me abraçou bem apertado e disse:

- Nossa que surpresa!! Eu não esperava nunca ouvir de você alguma coisa assim, eu sei que estou falhando com você e comigo também, não sei ao certo o porquê, mas acho que foi todo o conjunto de acontecimentos, está me desestabilizando, não sei e não consigo lutar contra esse sentimento que tenho aqui dentro de mim, meu peito chega a doer, esses últimos dias eu olhava pra você, todo bonito, sempre correndo no dia a dia, meu lindo marido e eu assim toda gorda, toda desleixada sem conseguir ficar perto de você e podermos ter um carinho bem gostoso, na minha cabeça vejo que não conseguirei satisfazer você, me desculpe não sei o que fazer.

Ela parou um pouco para respirar, ainda estava chorando um pouco, mas o brilho de seus olhos parecia que estava voltando, depois de pouco tempo continuou:

- Conversei bastante com minha mãe, desculpa mas eu precisava também conversar com alguém e pedir algum conselho, nós duas conversamos muito e ela também deu a mesma ideia de procurar um profissional para conseguir ajuda, eu já tinha concordado com ela, só não sabia como te falar e nem onde procurar, ela ficou de ver se conseguia, você não tem ideia de quanto estou aliviada em conseguir conversar mesmo que seja um pouco com você e ver que você está sim ao meu lado, estava morrendo de medo de te perder, não sei o que seria de mim sem ter você ao meu lado, junto com nossos meninos e agora eu tive essa surpresa maravilhosa de você conseguir uma forma de me ajudar e principalmente nos ajudar a superarmos todos esses problemas, eu aceito sim irmos nesse psicólogo, não sei ao certo como vamos fazer, mas acredito que com você ao meu lado conseguirei superar todos esses problemas.

Enquanto ela falava quem começou a chorar foi eu, eu estava vendo o sofrimento dela e o quanto naquela hora ela estava se esforçando para sair daquele martírio que ela estava vivendo.

A partir daquele dia, com ela conseguindo desabafar um pouco mais comigo, nossa relação melhorou muito, mas ela ainda não conseguia relaxar para fazermos amor, eu estava respeitando seu tempo, não estava sendo nada fácil, mas eu também precisava ajudar de alguma forma e eu achei que assim respeitando o tempo dela seria o melhor a fazer.

Os dias passaram rápido e logo chegou o dia da consulta, eu estava de folga, ela estava um bom tanto apreensiva e com medo, mas se encheu de coragem e fomos ao consultório.

O Psicólogo, logo nos atendeu, nesta primeira seção foi para nos conhecer e irmos relaxando, ele perguntou várias coisas do nosso dia a dia e de nosso casamento, com certeza depois de um questionário ele poderia achar o melhor caminho para nos ajudar e assim foi o tempo da consulta passou rápido, e ele nos sugeriu de fazermos as seções semanais e quem sabe mais pra frente ser quinzenal, mas ele falava que seria um processo lento para que pudéssemos nos soltar e conseguir superar tudo aquilo.

Na semana seguinte fomos nós dois lá novamente, nessa seção ele falou um pouco mais sobre superações e como poderíamos conseguir seguir adiante. No final da seção ele sugeriu que na próxima um de nós dois deveria entrar sozinho e na semana seguinte o outro, assim poderíamos nos soltar mais e conversar mais a fundo sobre o que cada um estava sentindo, ele percebeu claro que ela que estava precisando de mais ajuda, mas eu também precisava e muito para poder ajudá-la de todas as formas.

Na semana seguinte eu fui junto mas fiquei na recepção e ela fez seção sozinha, quando saiu estava com os olhos inchados de tanto chorar, mas ao mesmo tempo parecia um pouco mais leve, me abraçou de uma forma extremamente carinhosa e assim foram algumas seções e ela parecia uma outra pessoa, estava se animando novamente com tudo, eu estava muito feliz, neste meio tempo conseguimos fazer amor, na primeira noite ela pediu para eu deixar o quarto totalmente escuro, estava com vergonha de eu ver o quanto tinha engordado, aquilo para mim não fazia a menor diferença, o amor que eu sentia por ela passava por cima de qualquer obstáculo.

Mas aceitei o seu pedido e tivemos uma noite deliciosa, apesar de que ela estava um tanto travada, mas aos pouco foi se soltando, no final depois de eu ter gozado eu percebi que ela não tinha conseguido gozar também, eu por estar à tanto tempo de ter nenhum tipo de relação não consegui segurar muito tempo, poucos minutos depois de ter gozado eu já estava de pau duro novamente, mas ela pediu para fazermos mais no outro dia, claro que concordei, na noite seguinte eu consegui me segurar mais e ela relaxou um pouco mais também, assim ela teve um pequeno orgasmo, percebi que eu estava no caminho certo.

Assim fomos voltando a ter nossa rotina de marido e mulher novamente, as seções estavam fazendo muito bem a ela, depois de um mês mais ou menos ela veio conversar comigo e falou que o psicólogo tinha falado que seria legal ela fazer todas as seções assim teria um resultado melhor, claro que eu concordei, algumas sessões eu não conseguia acompanhá-la, só ia buscar no final do seu horário, em um desses dias ela comentou comigo que iria procurar uma nutricionista e também iria começar a fazer exercícios, estava pensando seriamente em frequentar uma academia, fiquei muito feliz por ela estar achando uma forma de se libertar de todo aquele sentimento ruim que ela tinha dentro dela.

Esse processo já tinha se passado quase um ano, ela tinha tido os quatro meses de licença maternidade, mas como estava naquela depressão enorme, ela tinha pedido demissão dizendo que precisava ficar em casa cuidando dos nossos pequenos.

No mesmo dia que falou da academia ela comentou que estava pensando seriamente de voltar a trabalhar, não sabia se conseguiria voltar no antigo emprego, mas que gostaria de tentar:

- Amor eu conversando com o terapeuta vi que preciso ocupar um pouco mais meu tempo, acho que está na hora de voltar a trabalhar, eu gostaria de voltar lá na concessionária, não sei se eles vão me recontratar, mas se você concordar eu vou tentar.

Fiquei muito feliz pelo progresso que ela estava tendo, claro que concordei e no outro dia mesmo fomos até a empresa, ela procurou sua colega que era a sua chefe, conversaram um tempo e ela foi recontratada, eles sempre gostaram de seu trabalho, ela iria começar na semana seguinte.

Naquele mesmo dia fomos em uma academia perto de casa, ela conheceu todos os ambientes e fizemos sua matrícula, a ideia era de ir pelo menos umas três vezes na semana, iria precisar conciliar seus horários por causa dos meninos.

A noite depois de colocarmos o dois para dormir, nos deitamos e ela estava radiante de poder voltar a trabalhar e também de tentar perder peso fazendo exercícios, sugestão do terapeuta também.

Naquela noite com seu entusiasmo, ela relaxou muito e conseguimos ter um sexo maravilhoso, como a tempos não tínhamos, ela estava muito relaxada e assim ela se soltou quase que totalmente, deixou eu chupar sua bucetinha, fizemos um meia nove delicioso, que sensação deliciosa sentir seu mel novamente na minha boca, ela gozou rapidinho em minha boca, molhou todo meu rosto, quando coloquei meu pau na entradinha de sua buceta, ela enlaçou minha cintura com suas pernas e segurando meu pescoço pediu.

- Vai amor mete gostoso em mim, estou com muita vontade de sentir seu pau entrando e mim, quero rebolar e gozar muito gostoso no seu pau, vai amor mete, mete fundo que adorar sentir ele todo dentro da minha bucetinha.

Tivemos uma das melhores noites juntos, transamos bastante tempo, ela gozou algumas vezes e eu duas vezes, dormimos os dois pelados de conchinha estávamos melados de suor e de gozo, mas foi bom demais.

A partir daquele dia eu percebi que minha esposa estava de volta, de volta a nossa vida, estava enfim se libertando da depressão.

Os dias estavam passando rapidamente, ela trabalhando bastante novamente, indo a nutricionista e de noite frequentando a academia, já tinha conseguido perder alguns quilos, ela exalava felicidade. Eu amava muito aquela mulher, ela era a mulher da minha vida disso eu tinha certeza, valeu muito a pena todo o sacrifício daqueles meses difíceis, ela continuava na terapia, mas agora estava conseguindo ir de quinze em quinze dias.

Já tinham se passado uns seis meses mais ou menos e uma noite quando voltou da academia, veio conversar comigo que a Rebeca sua colega, tinha sugerido ela ir fazer a academia na mesma que ela frequentava, que era maior e mais bem estruturada, tinham profissionais muito gabaritados, a mensalidade era um pouco mais cara, mas a Rebeca garantiu que iria conseguir um desconto para que ela fosse junto.

Eu sinceramente não gostei muito, afinal aonde ela ia era bem perto de casa e a outra era em um bairro mais nobre da cidade e um pouco mais distante, mas a amiga disse que daria carona para ela isso não seria empecilho, mas sinceramente a companhia da Rebeca fora do trabalho, eu não achava legal, mas ela estava tão contente que achei melhor não falar nada e acabei concordando.

Nessa nova academia os treinos eram diferenciados e rapidamente ela começou a ter mais resultado, emagreceu bastante e foi aos poucos ganhando a tão famosa “massa magra”, a cada dia ela ficava mais bonita e feliz por estar conseguindo melhorar mais a cada dia.

Nosso casamento estava indo muito bem, nossos filhos começando a crescer, nós dois nos desdobrávamos para dar conta de todas as tarefas do nosso dia a dia, mas conseguimos dar conta, nosso sexo estava cada vez melhor, acredito que por causa dos exercícios ela tinha uma disposição enorme, tinha dias que eu percebia que ela tinha muito mais pique que eu, que ela queria mais mas eu não estava conseguindo acompanhar seu ritmo, eu era um cara muito sedentário, não era gordo, mas não fazia nenhum tipo de exercícios, então as vezes perdia o folego.

Um dia ela me chamou pra ir junto com ela na academia para conhecer que seria legal eu ir também, eu no princípio não queria, mas acabei indo um dia conhecer, o ambiente era muito legal, aparelhos novos, vários instrutores, fiz um tipo de aula experimental, foi bem legal, mas não sei o que acontecia não gostei muito daquele ambiente, achei que tinha muita ostentação, os caras com roupas caras tênis super novos e caros, não era o tipo de lugar que eu costumava frequentar, concordei com ela que estava precisando muito fazer algum exercício, mas achei melhor frequentar a academia do nosso bairro mesmo, lá tinham alguns amigos e me sentiria mais ambientado.

Comecei a fazer o exercícios, no começo foi muito doloroso, doía até o último fio de cabelo, mas eu estava tendo resultados, realmente dava um novo fôlego na gente, não que eu gostasse tanto, mas sabia que era necessário.

Aos poucos fui melhorando meu desempenho na cama também, já estava tendo um pouco mais de fôlego, não deixava ela na mão, durante a semana, fazíamos amor mais “calmo” não podíamos ficar muito tempo, por causa de nossos horários, mas no fim de semana, de sexta para sábado e para o domingo, aí o bicho pegava, transavamos um bom tempo, tinha algumas noites que eu conseguia gozar três vezes, não era sempre mas às vezes acontecia, ela então gozava várias vezes.

Mas como tudo na vida tem os seus prós e contra, não foi diferente comigo, quando ela começou a ir sempre na academia eu ficava pensando que ela estava deixando outras coisas importantes de lado para dar prioridade aos exercícios e melhorar seu corpo e sua saúde, pensava seriamente em reclamar, mas quando eu comecei a frequentar a academia, com pouco tempo aquele ambiente parece que me seduziu de uma forma absurda, fiz novas amizades, eu que no começo não concordava logo comecei a usar aqueles suplementos para auxiliar nos exercícios e no ganho de massa e músculos, um amigo me deu algumas cápsulas dizendo que eram fitoterápicas, mas os efeitos colaterais logo começaram a aparecer.

Eu sem perceber estava muito mais “viciado” queria a todo custo conquistar um corpo “sarado”, não estava percebendo que tudo aquilo era na verdade uma certa ilusão passageira.

Em poucos meses estava começando a ficar com os músculos definidos e quanto mais melhorava, mas eu queria, eu já estava começando a negligenciar algumas coisas do meu dia a dia, em casa com a Nara e no meu trabalho também, eu não tinha outro assunto que não fosse a academia e os ganhos e benefícios, eu estava um baita de um chato, mas não estava percebendo, no meu trabalho pelo menos não fiz nenhuma cagada como antes, mas meus colegas estavam começando e se distanciar de mim, eu não percebia, acha que era o maioral e que quem não falava nada eu achava que estava com inveja.

Em casa a minha esposa estava começando a perder a paciência comigo, eu reclamava de quase todos os pratos que ela fazia, ela se desdobrava em tentar me agradar, mas eu já estava muito intransigente em relação ao tipo de comida, tinha que ser tudo muito saudável, não podia ter nenhuma fritura e assim por diante, mas todos sabemos que esse tipo de alimentação não fica barato, mas eu não conseguia ver que estava errando e muito.

Logo algumas brigas começaram a acontecer, com ela perdendo e com razão a paciência comigo.

- Wagner você não está enxergando o que está acontecendo, pra você tudo que era maravilhoso do dia pra noite ficou horrível, nada do que eu faço presta, eu não sou sua empregada, sou sua esposa e por ser sua esposa eu preciso te falar e tentar te mostrar que você está errando e muito comigo, com seus pais e com seus poucos amigos, tudo que alguém fala que vai comer ou que comeu você mete o bedelho, está chato demais, as pessoas estão começando a se distanciar da gente, me desculpe eu falar, mas se for pra você ficar assim ou até mesmo piorar eu prefiro que saia da academia, se for o caso até eu mesma paro e tentamos fazer alguns exercícios em casa mesmo, mas do jeito que está você não pode ficar. Pelo bem de nosso casamento, pare e reflita no que está acontecendo com você e com as pessoas a sua volta, até com seus filhos você começou a implicar com o que eles podem ou não comer, eles são crianças e não máquinas.

Eu fiquei irado com as palavras dela, não admitia que estava errado e que estava exagerando muito e respondi pra ela.

- Pare com isso Nara! Eu só estou tentando ser saudável, tudo melhorou, minha disposição para o trabalho, o nosso sexo está cada vez mais quente, não venha reclamar da forma que eu estou, acho até que você está é com inveja do corpo que eu estou conquistando, estou ficando com os músculos definidos e você não consegue acompanhar o meu ritmo, você começou bem antes de mim, mas não conseguiu alcançar o seu objetivo, agora para não ficar pra trás vem me falar que devo parar, que devo mudar tudo o que eu estou conseguindo, por algumas poucos bobagens.

Ela ficou me olhando, com os olhos cheios de lágrimas, mas não disse mais nada, os nossos pequenos já estavam no quarto deles dormindo, ela tomou um banho e foi dormir no quarto deles, se trancou lá, não deixou eu entrar. Chamei algumas vezes, mas ela não me respondeu mais nada, no dia seguinte,

Ela acordou mais cedo do que o costume, eu já tinha levantado, ela estava com os olhos inchados de tanto chorar, fui falar com ela, que não me olhou na cara eu quis falar mais alto exigindo eu ela falasse comigo e ela somente me respondeu que por um bom tempo não iria falar comigo e que só voltaria a dormir no nosso quarto no dia que eu percebesse que estava fazendo de errado e mudasse de atitudes, antes disso moraríamos na mesma casa, mas como dois estranhos.

Fiquei possesso com isso e quando eu reclamei, ela foi mais dura ainda;

- Wagner eu te amo muito, como já te falei várias vezes você é o homem da minha vida, mas não está dando, se continuar assim, eu vou embora pra casa da minha mãe, vou pegar os meninos e me arrumo por lá até conseguir um cantinho pra nós três, pra mim deu.

Ela virou as costas e me deixou falando sozinho, foi para nosso quarto, trancou a porta e depois de arrumada foi para o trabalho, sem ao menos me olhar na cara. Mesmo com esse choque de realidade, eu não enxergava o quanto estava errado. Naquele dia eu ainda estava de folga, e um pouco mais tarde minha mãe veio em casa e pediu pra conversar comigo, eu já estava nervoso com a Nara e quase descontei em minha mãe, mas me segurei e escutei tudo que ela tinha pra falar.

- Meu filho eu e seu pai estamos vendo muitas mudanças na sua vida, você nunca foi de fazer exercícios na escola e nem em algum lugar, ficamos muito contentes quando você começou a se exercitar, deixar de ser sedentário, mas infelizmente você está extrapolando, você reclama de todo tipo de comida que é servida, tanto na sua casa como na dos outros, você fica cobrando todos ao seu redor que comecem a fazer exercícios e assim por diante, você não está respeitando a opinião de ninguém, só você é o certo! Meu filho a vida não é assim, cada um tem o seu jeito de pensar e agir, você não tem esse direito de se intrometer na vida de ninguém, outro dia você ofendeu seu irmão dizendo que ele não podia comer aquelas comidas que aquilo só fazia mal entre outras absurdos que você falou, ele foi embora de nossa casa muito chateado, ele só não brigou com você em respeito a mim e a seu pai, você não está respeitando ninguém.

Ali naquela manhã eu cometi um dos maiores erros da minha vida, eu gritei e desrespeitei minha mãe, eu a ofendi falei os mais diversos absurdos, entre eles que ela não tinha o direito de vir dentro da “minha” casa falar o que eu deveria fazer ou não, depois de ficar alguns minutos olhando em meus olhos ela foi embora chorando, não me falou mais nada.

Alguns dias se passaram e em uma manhã de sábado eu estava chegando do plantão, estava bem cansado, a noite tinha sido muito corrida no trabalho. Quando cheguei no portão lateral da casa de meus pais que dava acesso a “minha” casa, meu pai e meu irmão estavam ali me esperando.

Cheguei e cumprimentei os dois, bem friamente, eu não queria papo com eles, mas meu pai me segurando pelo braço foi praticamente me arrastando pelo corredor e gritando foi falando.

- O que você está achando da vida rapaz? Você pensa que é quem para gritar e ofender a sua mãe, que só quer o seu bem, você se acha o maioral? Mas não passa de um bosta, um moleque que está precisando de umas cintadas para ver se vira homem, aonde já se viu gritar e ofender a sua mãe, ela não tem boca pra nada, mas vendo no merda que você está se tornando tentou vir conversar com você, mas ao invés de você escutar e ver que está fazendo um monte de merda, você gritou e ofendeu aquela que era última pessoa nesse mundo que você poderia levantar a voz.

- Essa casa que você chama de sua, é minha, muito minha, eu e seu irmão que construímos, você não deu um centavo para comprar um tijolo dessas paredes, e sendo assim, você tem trinta dias para arrumar um canto pra você e para sua família, se é que sua esposa vai querer te acompanhar, eu acho mesmo que ela vai ficar aqui com os meninos e pode ter certeza que nada vai faltar a eles e nem a sua esposa que é a melhor pessoa nesse mundo, nada do que um merda que se acha o melhor que todos possa oferecer.

E ele me pegando pelos colarinhos ainda continuou.

- Outra coisa, se você levantar a voz para sua mãe mas alguma vez eu juro pelo que que há de mais sagrado que eu dou a surra que você está merecendo, não ache que porque sou mais velho não consigo te deixar no chão todo arrebentado, seu moleque. Então comece a arrumar somente suas malas porque daqui a trinta dias exatos eu vou voltar aqui e se você não tiver saído eu mesmo jogo suas coisas no meio da rua.

Ele me soltou, virou as costas e foi saindo, meu irmão que não tinha falado nada até aquela hora, antes de sair pela porta, virou e repetiu quase as mesma palavras de meu pai, que eu iria levar uma surra que nunca mais iria esquecer do dia que ofendi minha mãe.

Aquele dia minha ficha começou a cair, eu comecei a perceber que realmente estava extrapolando, mas não admitia parar de treinar e tomar meus suplementos. Quando entrei em casa, não encontrei a Nara e nem os meninos, achei bem estranho, porque naquele horário e por ser sábado eles ainda estariam dormindo, no mesmo momento liguei para ela que demorou um pouco para atender, perguntei onde eles estavam e como saíram tão cedo sem me avisar.

- Wagner eu vim dormir na minha mãe, vim com os meninos, vim para esfriar um pouco minha cabeça e principalmente deixar você um pouco sozinho, para que possa refletir nas coisas que está fazendo, não venha atrás de mim, não vou te atender, e devo voltar somente amanhã pra casa, isso se eu voltar, reflita bem veja o que quer da vida e depois pode me ligar para podermos conversar, antes disso não quero ver a sua cara na minha frente.

Depois de terminar de falar o que queria desligou o telefone na minha cara, fiquei possesso e queria ir na mesma hora na casa dos meus sogros, mas depois do esfrega que recebi do meu pai, achei melhor tomar um banho dormir um pouco e tentar ver o que poderia fazer para resolver toda essa situação na qual tinha me metido...

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Comentários

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Cara treinou um pouquinho e já virou bitolado heheheh. Testemunha de trembolona.

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Muito bom! Estamos acostumados com contos em que as mulheres pisam na bola, agora vemos que uma relação é como uma rua de mão dupla! E que homens mesmo não sendo traidores, podem sim causar muito mal!

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Aqui já vejo diferenças fundamentais de Amanda e Renata. Quem começa tudo é o marido. Como Nara vai responder, só o crossfit vai nos dizer.

⭐⭐⭐

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Excelente desenvolvimento! Espero ansioso pelo próximo capítulo!

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Saudades de ti NETÃO, como andas tu índio véi? ....rs...que bela história irmão, agora veremos se este personagem tomará jeito, ou continuará vacilando...rs

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Ótimo conto! Uma virada na história, o Wagner começou a usar aquelas porcarias de academia, os tais "potes pretos" e viciou. Já vi acontecer, isso estraga mesmo a pessoa. Três estrelas.⭐⭐⭐

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Excelente, que venha o próximo

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Então no fim das contas a senhora Nara não foi uma traidora sem escrúpulos.

Então o Wagner não é tão correto assim.

Vamos ver o tanto que ela aguentou antes de troca-lo pelo fortão.

Ótimo capítulo neto.

Parabéns.

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Bom retorno.

Vendo também as atitudes do Wagner e a brecha que ele abriu ou ampliou para a mulher traí lo, não que seja justificativa era porque o outro errou.

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