Jornada de um Casal ao Liberal - Capítulo 15 - Alvorecer - Parte 28

Um conto erótico de Mark
Categoria: Heterossexual
Contém 3490 palavras
Data: 29/05/2023 10:56:34

Ela olhou para ele e eu sentia seu nervosismo de onde eu estava, aliás, podia ser impressão, mas dava para ver que ela realmente tremia de nervosa naquele momento. Rick tentou falar alguma coisa para ela, mas ela não respondia. Olhou para seu celular e fez uma nova chamada. Decidi virar hominho, saindo daquela recente demonstração de infantilidade e, com o celular tocando, comecei a me aproximar dela. Nesse momento, ela estava de costa para mim e estava tão nervosa que não se tocou que o toque de celular que ela estava ouvindo se aproximar era do meu. Quando eu já estava a coisa de um metro dela, a chamei:

- Fernanda!

(CONTINUANDO)

Ela deu um pulinho típico das melhores surpresas e se virou para me encarar. Seus olhos estavam marejados, sua face pálida e sua boca tremia. Por segundos me encarou sem nada falar e depois tentou se aproximar para me beijar a boca. Numa raríssima demonstração de que não estávamos bem, virei meu rosto, negando meus lábios e ela me acertou a bochecha. Naturalmente, ela me olhou surpresa, mas sabendo que a circunstância não a ajudava, baixou seus olhos:

- Tá! Tudo bem. - Foi a única coisa que disse.

Eu nada falei, mas se a mensagem não havia sido suficiente ainda, ela entendeu que a coisa estava indo ladeira abaixo quando me inclinei ligeiramente para o lado e olhei nos olhos do tal Rick que também a olhava mas, ao me ver o encarando, baixou seus olhos também:

- Então, é isso? - Perguntei, sem a olhar e sinceramente não sei se dirigi a pergunta para ela ou para ele.

- Ele voltou no mesmo voo que eu. Só isso. - Ela tentou justificar: - Mark, a gente precisa conversar.

- Mark!? - Perguntei fingindo demonstrar surpresa: - Acho que não há necessidade. Eu já entendi tudo.

- Não, você acha que entendeu! Eu preciso conversar com você. - Ela insistiu e eu a encarei, pronto para mandá-la à merda com o pior de minha baixa literatura, aprendida nos botecos e nos piores momentos da minha vida, quando ela complementou: - Quero falar com o meu marido.

- Pra quê?

- Porque você é o homem mais importante da minha vida e vai ser para sempre, mesmo depois que eu tiver que te enterrar ou você me enterrar, bem lá na frente quando estivermos velhinhos. Bem, provavelmente você, porque sua família tem o sangue do Matusalém… - Brincou, forçando um sorriso que eu não acompanhei: - Por favor, conversa comigo.

Respirei fundo uma, duas, três vezes e perguntei:

- Onde?

- Pode ser no meu apartamento! - Falou o Rick.

Eu o encarei disposto a descarregar toda a minha raiva e já ia partir para o discurso mais sujo da minha vida quando ela se antecipou:

- Chega! Vai embora, Rick! Vou conversar com o meu marido a sós. Será que você não vê que está sobrando?

Aquilo de certa forma me surpreendeu e eu a encarei, agora mais confuso que nunca. Ela se virou para mim e continuou:

- Vamos para o hotel que a empresa reservou para mim por conta do coquetel, aliás, para nós.

Não falei muito, aliás, nada, somente balançando sutilmente minha cabeça, concordando. Peguei suas malas e saí arrastando pelo saguão, esquecendo dela para trás com o tal do Rick. Ela me acompanhou praticamente na mesma hora, deixando ele para trás. De lá, fomos ao estacionamento, onde guardei suas malas no porta-malas do carro e entramos. Cavalheiro como sempre deveria ser, deixei de abrir a porta para ela, mas não fui cobrado:

- Estava com saudades de você, meu ogrinho caneludo. - Ela me falou enquanto eu afivelava o meu cinto.

Não respondi. Apenas corri meu olho por ela e a resposta foi clara: eu também estava, mas minha mágoa somada a um ódio incomum me impediam de corresponder:

- Eu vou te explicar tudo. Eu errei sim, mas vou te explicar e sei que você vai me entender.

Cada vez que ela falava essa expressão “eu errei”, eu me irritava ainda mais, imaginando ela trepando o filho da puta do Rick, ambos berrando como dois loucos apaixonados enquanto se entregavam sem limites um ao outro, fazendo planos contra o corno idiota deixado em Minas:

- Pra onde? - Perguntei, olhando o multimídia do carro.

- Para o hotel.

Eu a encarei com uma imensa vontade de gritar “Eu sei, idiota, mas qual hotel?” Acho que ela entendeu e me passou o nome e endereço. Programei o navegador e a loira por trás da telinha já começou a ratear:

- A quinhentos metros, vire à direita e acesse a avenida.

Comecei a singrar as avenidas e ruas, enquanto um silêncio dominava o cockpit de meu carro. Eu não a olhava, porque tinha raiva e tentava dirigir com atenção, mas tinha a impressão que ela não tirava os olhos de mim, certamente tentando imaginar o que se passava na minha cabeça:

- E as meninas, estão bem? Não quiseram vir com você? - Perguntou, tentando quebrar o gelo.

- Não! - Respondi, secamente, mas ainda expliquei: - Até queriam, mas com a história do coquetel, entenderam que não daria para virem dessa vez.

- É verdade! Estou morrendo de saudade delas.

Nesse momento, não sei o que me deu, talvez imaginar que logo minha família estaria acabada e a decepção nos olhos das minhas filhas, mas não consegui evitar que uma lágrima descesse por meu rosto e ela, como eu imaginava, me olhava sem parar:

- Mark, para o carro! Para, por favor.

Estacionei na primeira vaga aparentemente segura que surgiu e ela soltou o cinto e me agarrou pelo pescoço num abraço apertado. Só ela, porque eu me mantinha imóvel:

- Escuta: eu não te trai, não fiquei com ninguém e não quero me separar de você, nunca, nunca! Para de alimentar essa mágoa que foi um erro meu, coisa de Nanda, bobeira minha que não consegui controlar e acabou te atingindo em cheio. Olha pra mim.

Eu não olhava, não conseguia, assim como também não conseguia evitar que outra maldita lágrima escorresse:

- Olha pra mim, mor! - Ela insistiu e pegou minha cabeça forçando em sua direção e encostando sua testa na minha com força para que eu não desviasse: - Eu te amo, seu tonto. Meu sentimento por você não mudou em nada, aliás, só aumenta cada vez que te encontro porque é em momentos como esse que eu vejo como você me ama. Para de sofrer.

Como eu me mantinha impassível, inerte, apenas tomado por aquela tristeza, ela me apertou ainda mais forte e escondeu meu rosto em seu peito, repetindo:

- Para de sofrer por algo que não aconteceu. Eu não te traí, eu não fiquei com ninguém depois que vocês vieram embora. Fica calmo! Respira fundo e fica calmo.

Esse conselho eu segui. Passei a respirar profunda e lentamente. Não sei quantas vezes fiz isso, mas fazê-lo, de olhos fechados, em silêncio e abraçado por ela, realmente me acalmou. Após algum tempo, pedi:

- Já estou bem. Volta pro seu lugar e vamos seguir para o hotel. Nós realmente precisamos conversar.

Ela me olhou e sorriu ainda timidamente. Só aí vi que ela também estava com o rosto molhado das próprias lágrimas. Eu, na minha patética demonstração de fraqueza, não havia notado que ela chorava sem parar enquanto tentava me acalmar. Ela então novamente segurou minha cabeça e me deu um selinho caprichado e salgado. Acho que nem mesmo ela queria um beijo diferente naquele momento e esse eu não recusei.

Voltei a dirigir enquanto ela se ajeitava em seu assento. Depois ainda esticou seu braço e passou a acariciar, meio desajeitadamente, meu ombro:

- Como eu fui burra. - Falou enquanto me alisava.

- Oi!?

- Esse… Isso tudo que a gente tá passando. A gente só precisava ter conversado, eu não devia ter te ignorado.

- Concordo.

Chegamos ao hotel e parei diante da entrada principal. Um motorista já se apresentou, acompanhado de um “boy”, um “faz tudo” que se encarregou da bagagem enquanto entrávamos, seguindo direto para a recepção:

- Boa tarde. Sou Fernanda. Você deve ter uma reserva em meu nome feita pelo grupo X.

- Boa tarde, senhores. - Respondeu a atendente que fixou atenção num monitor para complementar: - Senhora Fernanda Mariana, não é?

Ela fez aquela cara invocada que eu já conhecia bem e não consegui esconder o sorriso de satisfação. Ela me cutucou de leve, claro:

- Sim, moça. Fernanda Mariana Branca de Malerc Itebral. - Resmungou visivelmente contrariada.

Preenchida a ficha de admissão, enquanto era feito seu cadastro, soubemos que a reserva se tratava de um quarto de solteiro. Daí ela se rebelou:

- Moça, sou casada. Meu marido está aqui. Se ele não puder ficar comigo, eu também não ficarei.

- Senhora, eu entendo, mas a reserva é essa. Infelizmente não temos outros quartos, senão seria apenas a questão de realocá-los.

- Sem problema! - Disse e sacou seu celular, discando para alguém: - Gonzaga, é a Fernanda. Alguém fez uma reserva para mim em um quarto de solteira. Como faço com meu marido aqui do meu lado?

Ela ouvia atentamente a resposta e insistiu:

- Já tentei. Disseram que não tem quarto de casal para nos mudar.

Novo silêncio e ela se voltou para a atendente:

- É um dos diretores da empresa querendo falar com você. - Disse, empurrando-lhe seu celular.

A moça conversou algumas poucas palavras com ele, mas, aparentemente, Gonzaga sabia ser bem persuasivo, tanto que, após desligarem, ela se voltou para a Nanda e disse:

- Parece que houve uma desistência de última hora. Então, irei realocá-los, senhora.

- Ok, então.

Pouco depois, nos entregaram os cartões-chave e fomos até o quarto. O hotel era um quatro para cinco estrelas, porque as acomodações eram muito boas, não posso negar. Assim que entramos, ela me abraçou:

- Desculpa, desculpa, desculpa. É tudo culpa minha. A gente não precisava estar assim.

- Tá. Senta aí e me explica o que aconteceu. - Pedi.

Ela me soltou e foi até o frigobar, pegando uma garrafa de água:

- Quer uma?

Balancei negativamente a cabeça e como já estava sentado na beirada da cama, ela veio em minha direção, tirando o sapato e se sentando no meio, de frente para mim:

- Fiquei brava, muito brava com você. - Disse olhando para mim e depois para a garrafinha de água: - Pensei até mesmo em ficar com o Paulo ou com o Rick para me vingar mesmo, te trair sem dó ou piedade dessa vez.

- Peralá um pouquinho! - Pedi, surpreso com a revelação de algo que nunca imaginei que ela fizesse: - O que foi que eu fiz para você querer fazer isso?

- Acho que só não liguei para você nos últimos dias em que fiquei lá porque sabia que se ouvisse sua voz, eu ficaria mais brava, a gente discutiria e eu acabaria perdendo o resto de razão que eu ainda tentava manter.

- Ainda não estou entendendo nada…

Ela deu uma respirada funda, parecendo realmente controlar uma ira que já estava adormecida e com lágrimas nos olhos voltou a me falar:

- Perdi a confiança em você!

Essa me pegou em cheio e arregalei meus olhos sem saber o que eu poderia ter feito, mas ela sabia e continuou:

- Foi coisa de momento, mas eu tinha perdido sim. - Falou e bebeu um gole de sua água: - Mor, a gente já passou por tanta coisa que eu não pensaria duas vezes em deixar a minha vida em suas mãos. Só que…

- Só que o quê, caramba!? O que foi que eu fiz?

- Você não protegeu nossas filhas, poxa! - Falou, irada e quase perdendo o controle: - Deixei minhas filhas, as pessoinhas mais importantes nesse universo para mim com você, e você quase fode com a cabeça delas!

Eu a olhava ainda sem entender exatamente, mas já imaginando a origem de tudo. Ela decidiu que não daria trégua:

- Porra, Mark, você agiu como um adolescente que não tem controle sobre o pinto. A Denise… Tudo bem! Ela queria, o compromisso dela não era com as meninas, mas você não! Você nunca poderia ter deixado uma boceta mandar na sua cabeça. Você já é um homem maduro, poxa!

Ela começou a chorar, mas se controlou, pois nem isso ela parecia disposta em se permitir:

- Nanda, olha só…

- Não! Nããão, não, não! Não tenta justificar isso. Por mais que você possa ter tomado cuidado, você nunca poderia garantir que uma delas não acordaria bem na hora que você tivesse fodendo a Denise. Nunca, nunca! - Tomou outro gole em sua água, tremendo de raiva, até os pelinhos de seus braços estavam eriçados: - Poxa, Mark, se a Mary te pega, o que você iria dizer? E a Miriam então!? Você parou para pensar nas consequências, no trauma? O que as minhas filhas iriam pensar de você? E de mim!? Jesus, se elas descobrem essa nossa vida, iriam pensar que sou uma biscate, uma puta, uma… uma… Nossinhora!

Ela voltou a chorar pesado e eu fiquei sem saber como consolá-la. Pensei em abraçá-la, mas quando eu estou bravo, é tudo o que não quero. Afagá-la, acariciá-la, tudo o que sempre parecia tão fácil entre a gente, agora havia ficado tão estranho, distante! Eu a olhava chorar e sabia que ela tinha razão em tudo que dizia. Por mais que eu tenha tomado cuidado, fiscalizado, olhado e revisado, o risco sempre existiu e como um adolescente no cio, acabei me deixando ser seduzido pelo melzinho de xereca da Denise, colocando minhas filhas em um risco desnecessário.

Suas palavras foram certeiras e atingiram minha consciência em cheio: eu havia errado! Eu havia infringido a principal regra que criamos quando decidimos experimentar esse mundo liberal. Eu não protegi minha família, as nossas filhas…

Inconscientemente eu já sabia disso, mas a constatação veio forte nas palavras dela e a dor desse meu erro fez com que minha cabeça tombasse e o peso do meu pescoço curvou meu orgulho de macho ante a derrota de um pai fracassado. Chorei como há muito não fazia, pensando na decepção que causei a ela e na dor, no trauma que poderia ter causado às nossas filhas.

Não sei quanto tempo chorei, aliás, choramos, mas depois de um tempo ela se aproximou de mim e me abraçou por trás, tentando levantar-me do tombo que eu próprio havia me imposto:

- Levanta… Levanta, Mark! Desculpa, mas eu precisava falar. Eu estava sufocada. Eu quis te bater, quis mesmo! Quis te maltratar, te humilhar… Deus sabe que eu cheguei a amaldiçoar seu nome e o dia em que te conheci… Só que aí eu comecei a lembrar tudo o que você já me deu, tudo o que você já me proporcionou, as noites de felicidades, os sorrisos, as risadas, brincadeiras bobas, nossas filhas, nossa família, tudo, e vi o quanto você é mais do que menos. Levanta daí!

Nem querendo eu me levantava, mas ela me puxou, eu ainda sem coragem de encará-la, mas ela me levantou e agarrou forte pelo pescoço, num abraço apertado, amparando-me num momento que eu próprio não me achava merecedor:

- Só depois de muito pensar, eu entendi que você não fez por mal, mas fez. Você errou e não poderia, nunca, nunca, nunca, nunca… Não você, não o meu Mark. Você é o único que consegue equilibrar nossas vidas, que consegue nos colocar de pé. Você não pode errar desse jeito... Eu posso! Eu sou burra, faço minhas cagadas, mas você não. Quando você me confirmou que tinha ficado com ela, eu fiquei sem chão, porque se você erra também quem vai me segurar quando eu cair?

Eu ouvia calado e já não sabia se o que ela dizia era para o meu bem ou para me surrar ainda mais:

- Ô Nanda… Desculpa… - Falei sem saber mais o que falar.

- Eu já te desculpei do fundo do meu coração. Eu é que te peço desculpa por não ter sido a mulher que você precisou e ter conversado antes, até mesmo ter te avisado antes. Eu me calei e criei um abismo entre a gente e isso nos machucou mais ainda. O seu erro que valia dez passou a valer mil graças ao meu.

- Não! Você não tá errada…

- Eu sei que não! - Interrompeu-me: - Mas você entendeu que errou, não entendeu? Tem alguma desculpa para o que você fez?

- Entendi, eu entendi… - Suspirei fundo quase sufocando com o aperto no meu pescoço e pedi, dando dois tapinhas em seus braços, antes de continuar: - Alivia um pouco... Não, não tem desculpa. Fui imaturo e podia sim ter dado merda. Graças a Deus não deu, mas, como você disse, eu não poderia ter feito o que fiz.

- Me desculpa também?

- Não precisa pedir desculpas. Você tinha toda a razão em ficar como ficou.

- Sim, eu tinha o direito, mas também tinha a obrigação de ter te alertado e depois te xingado por telefone, rasgado o verbo e resolvido isso antes. Eu choraria de lá, você de cá, e já teríamos nos entendido, né?

- Desculpa. - Falei e a abracei, sendo mais que correspondido.

- Já te desculpei, seu bobo. E você, me desculpou?

- Não há o que desculpar, mas se eu não falar que te desculpo, você não vai parar, não é!?

- É. Não vou mesmo! - Disse e riu baixinho encostada em mim, ficando em silêncio logo depois antes de continuar: - Não faz mais isso, Mark. Não erra comigo de novo; não com nossas filhas, pelo menos. A gente pode se machucar e seguir com uma cicatriz, mas elas são crianças, são as nossas bebês. Não faz mais isso com elas, por favor.

Aquele abraço já durava bastante e meu pescoço já estava pedindo água. Pedi que me soltasse, mas qual não foi minha surpresa quando ela negou, puxando-me para ficar deitado e abraçado a ela na cama. Ali ficamos um bom tempo até que eu decidi terminar o recreio:

- Por que você disse tanto que tinha errado? Era só sobre isso, sobre a raiva de não querer conversar comigo por eu ter errado? - Perguntei: - Porque você já me disse que não me traiu, que não ficou com ninguém…

- É… - Suspirou, afrouxando um pouco o abraço e me olhou nos olhos: - Até a sexta, eu não tinha feito nada mesmo. Só quis te dar um gelo e saí para jantar com meus colegas. Depois fomos naquela baladinha que foi até alta madrugada…

- Ah é! Essa eu vi e ouvi. - Falei, lembrando-me do vídeo dela.

- Então… Só que o Rick vinha me mandando buquês todos os dias no hotel, sempre com um cartãozinho diferente e o último, o do sábado, me tocou.

Eu a olhava e ela devia ter notado que meu semblante mudava conforme ia contando:

- Daí eu decidi ter uma última conversa com ele e fomos jantar num restaurante…

Eu comecei a me mexer, tentando inconscientemente criar uma certa distância dela, mas ela me segurou firme e continuou falando, olhando nos meus olhos:

- Para! Eu não transei, nem fiquei com ele. Escutou? - Perguntou e só continuou quando balancei minha cabeça afirmativamente: - Eu achei que devia isso a nós, nós três. Cheguei sozinha, de Uber, conversei com ele, expliquei que nunca iria me separar de você, que só você é o homem que eu amo e que por ele eu tive apenas uma…

Ela se calou por um momento, como se buscasse as melhores palavras ou, para os bons entendedores de linguagem corporal, numa tentativa de ganhar coragem, e eu a indaguei:

- Uma!?

Ela voltou a me encarar e depois de mastigar os lábios sem encontrar melhor palavra, disparou:

- Uma paixonite.

- Ahhhh! Que bom saber… - Resmunguei.

- É… Sabia que as “ites” na medicina são consideradas doenças? Então, o que eu tive por ele foi só um problema de sentimento, uma coisa temporária, um dodói que já curei e trato todo o dia…

- Como assim “trata todo dia”?

- Ara, seu bobo, aqui nos seus braços, uai! Tem remédio melhor que esse? - Falou, sorrindo uma verdade que eu reconheci bem.

- Tá, mas e ele?

- Ah, ele não aceitou bem, né? Disse que me ama, que pode me fazer feliz, me dar o mundo, e pi-ri-ri-pó-ró-ró, mas eu me mantive firme e disse, aliás, exigi que ele parasse de me procurar, de me perseguir ou eu iria colocar meu advogado na cola dele.

- Há! Sobrou pra mim…

- Posso arrumar outro advogado, quem sabe um de uma outra vara, se o doutor achar que não pode patrocinar minha causa…

- Você não presta!

Ela deu uma gostosa risada, alta e debochada, continuando:

- Daí a gente se acertou e acabou.

- Uai, se acabou tá ótimo! Mas será que ele vai aceitar assim tão fácil?

Ela fechou o sorriso, olhou para o lado e novamente vi que ela parecia estar escondendo algo:

- O que foi, Nanda? Desembucha!

- Você não prestou atenção. Eu disse a gente se acertou… - Frisou bem o “acertou” e continuou: - … e acabou.

- Acertou o quê?

Ela respirou fundo, segurando forte no meu pescoço e soltou a bomba, praticamente sem respirar:

- Ele disse que queria um final de semana completo comigo para me provar que pode me fazer feliz e que depois disso se eu ainda achasse que ele não é páreo para você desistiria de mim. - Falou, respirou fundo e soltou um alto: - Ufa! Tem capuccino gelado no frigobar, quer um?

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 265Seguidores: 629Seguindo: 21Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Gente, agora todos contra o Morenobnu! Tiro, porrada e bomba nesse mané!

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Meu marido não precisa perder o tempo dele para te responder.

Sua questão não será mais resolvida aqui, cara.

Eu já te denunciei para o administrador do site.

Passar bem e bem longe da gente, de preferência.

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Nanda, deixa no vácuo. O "MorenoBNU" deve ter errado na hora de criar o perfil. Deveria ser "MorenoGNU" !!!

Para quem não sabe: O GNU (Connochaetes taurinus) é um mamífero ungulado da família Bovidae, sendo também conhecido como boi, cavalo. É parente de animais como os bovinos, caprinos, antílopes, entre outros. São encontrados centenas de milhares de gnus, nas savanas do centro da África até o extremo sul do continente. São menores que os bois, alcançam 1,5 m de altura, têm 2,5 m de comprimento e chegam a pesar 250 kg.

Para quem quiser conhecê-lo:

https://www.bing.com/images/search?q=animal+gnu&form=HDRSC3&first=1

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Errado : @squeroso !!! Rsrsrs

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Desinfeta! Não atrapalha os demais leitores e autores. Seus comentários não acrescentam, não agregam, não ajudam. Fique longe! É um favor! Você é figura não grata por aqui.

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Frustrado, mal resolvido, recalcado, doente, sofredor. É um favor não comentar.

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Para quem acompanha seus relatos e digo ,me perdoe-me vcs precisam voltar para a análise com aquele médico,mas Mark tomou todo os cuidados para as meninas não dar o fraga, foi um ato falho sim,mas Mark as protegeu, agora está proposta do Rick acho que dr.Mark não vai topar,e muito sural, imagina que este canalha vai ser melhor que seu marido, Nanda não de mole pense nas filhas.bjs

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Sobre a eterna polêmica sobre os comentários.

Se eu não gosto de baseball eu não vou assistir, muito menos escrever criticando quem gosta do jogo.

Não gosta do estilo de vida liberal? Não leia o conto, a casa oferece milhões de contos com outros temas.

Por outro lado, aqueles que gostam do jogo, podem, e na minha leitura, devem, ter opiniões diferentes sobre as atuações dos jogadores.

Se eles querem escrever sobre isso, qual o problema? Não é o que acontece nas incontáveis mesas redondas depois dos jogos?

Quem já assistiu uma partida de futebol em um bar carioca, sabe que, tão divertido quanto assistir o jogo, são os comentários. Seja sobre a estratégia dos times, sobre a mãe do juiz ou as preferências sexuais do atacante que perdeu um gol ou do goleiro que "frangou".

Se os comentários versarem sobre diferentes formas de ler a história, qual o problema?

A ilusão do torcedor, que o mantém preso ao jogo, é imaginar que sabe mais que o técnico, sugerir outras possibilidades e esperar que, caso sejam feitas, confirmem em campo sua correta leitura do jogo.

O mesmo vale para o leitor da CDC. Não importa se a Nanda e o Mark estão juntos, durante a leitura eles são personagens, e o que está acontecendo é aqui e agora. Mark, Nanda, Rick Denise são os jogadores e estão em campo, imagina se a galera não vai torcer, xingar, criticar e se emocionar.

A beleza de uma história bem contada é conseguir envolver os leitores, os comentários mostram que Mark e Nanda compuseram uma excelente história, envolveram leitores com leituras da história, e de mundo, diferentes.

Paz e Amor!

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Concordo, e digo mais ainda: Depois que a Máfia tomou conta do esporte mais popular do país, e ancorou tudo no business dos jogos de apostas, que movimentam milhões, até assistir aos jogos, e sentar no boteco para discutir o jogo, virou algo tão surreal e despropositado, como tentar discutir uma história construída para isso mesmo, causar o fervo dos nervos. Um triller que faz a vida de um casal que se quer viver numa jornada ao liberal, ser uma sucessão vertiginosas de peripécias alucinantes. Ou seja, quem quiser se descabelar, de descabele, mas depois que acaba o episódio, a Marina Ruy Barbosa e o Bruno Gagliasso vão para casa, beijar seus filhos, rezar com eles antes de dormir, e descansar para o próximo episódio. Assim se faz uma excelente novela. E a plateia delira. E põe para fora suas angústias interiores. É isso mesmo que você disse.

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Mark e Nanda, eu só li agora, esta parte. Não esperava menos. Uma excelente construção de um confronto digno de cena de filme romântico, do tipo entre Sandra Bullock e Bruce Willis, misturando "Duro de Matar" baseado no romance Nothing Lasts Forever de Roderick Thorp, (pela careca e capacidade de aceitar pressão do Mark) e "A proposta" sucesso estrondoso de bilheteria, de 2009, que segundo a crítica, nada mais é do que um bem montado conjunto de ideias e situações já testadas e aprovadas pelo público que vai aos cinemas no sábado à noite atrás de algumas risadas e um final feliz. Quem não se lembra procure para ver. Vale a pena. Então, só nos resta elogiar mais este capítulo dessa saga que vai se consolidando como a novela mais disputada do site na atualidade. Não tem como criticar uma história construída com todos os ingredientes que fazem ferver o sangue da plateia (leitores) e os faz sofrer intensamente, pelos dramas açucarados de chocolate com pimenta com flashes pornô, que nossa dupla de personagens-autores realizam tão bem. Criticar o quê? Ponto alto da história, e que mostra um belo amadurecimentos dos autores nessa construção, também repleta de ingenuidades e infantilidades da emoção, como manda toda novela romântica. Nada a criticar. Aliás, tem sim: Critico os críticos. O gente hipócrita! Gente, é uma história somente! Não se matem! Estrelas obrigatórias.

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Esse episódio só reforça a certeza que acertei há mais de 35 anos atrás quando depois de um período brigado com a então namorada, eu sentei com ela e falei que nossa relação precisava ser apoiada na sinceridade, honestidade e transparência, queria que nos fôssemos os melhores amigos e confidentes um do outro, queria ser o primeiro a saber se ela sentisse alguma coisa por outro. E ainda incentivei que ela saísse sim vivesse outras experiências para ter certeza que me amava e queria que eu fosse seu parceiro por toda a vida.

Na época ela até aceitou, mais só entendeu quase dez anos depois de casados, quando se permitiu viver outras experiências, com meu conhecimento e aval.

Mês passado comemoramos 40 anos juntos.

Diálogo sincero e honesto é base para qualquer relacionamento feliz e duradouro.

Amo de paixão esse casal.

Gostaria muito poder conhecê-los de fato.

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Boa noite, casal! Nanda, pq vc ainda deu corda para o mala do Rick? Não deveria, depois de chamar a atenção do Mark para a transa com a Denise, dizendo que ele não poderia ter colocado a família em risco, depois daquele beijo apaixonado no Rick, no Shopping, quando o Mark, poderia pegar as filhas e sair a procurá-la quando vc sumiu e flagrá-los naquele beijo, já pensou? Outra coisa, acho que vc nem deveria ter contado da ridícula proposta do Rick para o Mark. Deveria descartá-la sem ele saber dessa barbaridade! Será que o Mark aceitará essa proposta e vai dar munição para o inimigo ganhar a guerra e conquistar o coração do precioso território? Bem, são só opiniões de um leitor com "paixonite" pela saga de vocês! Beijos, Nanda! Abraços, Mark!

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Concordo com vc .

Não julgues p ser julgado .

Nanda liga o fodasse pra td mundo .

Nanda eu aceito vc com Mark, Rick. Eu te amo

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Sem Comentários, nem sei o que comentar mais sobre vocês,

Desculpem. mas não vou mais opinar! Na verdade até acho que vocês pensam da mesma forma que eu, mas agem um pouco diferente!

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Deixa eu explicar um negócio para vocês: quando eu conversei com a Denise, concordei porque não queria parecer a insegura para o Mark.

Mas nem sempre um sim quer dizer sim! Ele é o pai, estava só com as filhas e ele deveria ter falado não para a Denise naquele momento. Havia muitos riscos e não haveria como ele garantir que as meninas não acordaram e dariam um flagra neles.

Sabe aquela história de que para bom entendedor meia palavra basta? Então, ele deveria ter subentendido minha intenção e recusado Denise naquele dia.

Meu maior erro foi não ter sido transparente com ele e falado do meu temor. Quem sabe assim ele não tivesse ficado com ela? Ele errou e eu também, e está tudo bem somos só seres humanos, não é!? Vivendo, errando, aprendendo, perdoando...

Beijos,

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Vc pode errar mil vezes, te perdoo 10 mil vezes..

Te amo

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Desculpe-me Nanda, mas um dos maiores erros em um relacionamento é esperar que o(a) parceiro(a) leia nas entrelinhas seus desejos, medos ou inseguranças. Como no consentimento para transar, onde tudo deve ser claro, sem meias palavras, onde "Não é não, talvez é não também", tudo deve ser muito bem conversado entre o casal. Se você tivesse dito: "Mark, não transa com a Denise, é arriscado por conta das crianças e eu não vou ficar confortável", o problema não existiria.

Mas, se existe uma maneira de aprender sem errar eu desconheço. Quanto mais intensa a vida, maiores são as chances de errar e aprender com os erros.

O que interessa é que vocês estão juntos!

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Vejo nestes contos o quanto e importante a amor e felicidades das filhas de vcs dois as são colocadas como a maior e importante objetivo de vida de vcs dois

O Rick tem como objetivo alcançar um troféu que e vc, no caso de vc optar por ele estará trazendo as tuas filhas que, já estarão traumatizadas pela separação do pai ,infelicidade , e que para ele Rick serão um estorvo colocando-as de lado para usufruir sozinho do troféu

Pense bem nessa proposta, não opte pela paixonite e deixar de lado a felicidade das filhas que e tudo que hoje elas tem com os pais Nanda e Mark

Acho que vc Nanda inteligente como e saberá fazer a escolha certa e juntos com o Mark sair desse problemão

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Voltei a acompanhar a serie há algumas semanas... Bom, o rick é um novo marcos e até pior, ele quer confrontar o Mark... Sei não, mas se o marcos não era do tipo agressivo, que eu até cheguei a achar que fosse, esse rick tem todos os requisitos pra isso... não aceitar não dessa forma somente por amor? Existe uma diferença entre amor e obsessão... O que rick tem não é amor... E na boa, teve um maluco contos atrás que disse que rick era macho alfa kkkk, macho alfa foi o Mark liberando aquela vez para o marcos, confiando no taco dele... mas agora acredito que liberar a Nanda terá que ter uma boa moeda de troca... mas ainda acho que o Mark vai jogar esse imbecil pro escanteio, ele tava merecendo uma na cara já no shopping, no aeroporto merecia uma surra inteira

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"- Fica tranquila, Nanda. Só faremos alguma coisa se você permitir e se houver condição, é claro. Se não der, terá valido pela noite agradável que teremos. - Ela insistia sem esconder sua ansiedade: - Por favor, deixa, vai?

- Denise, olha só… Eu não sei. Eu não vou negar, mas eu vou ter que falar com ele antes de decidir isso, tá bom?

(...)

- Tá. Então, tudo bem. Eu deixo, mas não abusa dele, senão ele vai ficar mais cansado com que já deve estar e a viagem de amanhã ficaria ainda mais perigosa.

- Aí eu peço para ele descansar mais um dia…

- Pra você cansá-lo de novo?"

Apesar de demostrar preocupação com as filhas me parece que Manda sabia muito bem o que ia acontecer. Sem contar que no shopping, quando beijou Rick, também arriscou expor o segredo para suas filhas. O esporro em Mark acabou sendo conveniente para tentar normalizar o acordo com Rick, que, pela conversa do casal em Manaus, já deveria ser carta fora do baralho. Inconscientemente Nanda ainda tem dúvidas sobre seus sentimentos, ou paixonite. O contrário de amor é a indiferença, não é? Ela não conseguiu ignorar Rick. Jogar ostensivamente as flores no lixo, aceitar o convite para jantar vestida pelo "amigo" e concordar com uma proposta de viagem ( que ela sabia que magoaria o marido), deixam isso claro.

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Quando beijei o Rick no shopping, o contexto era outro. Não sei se sabe, mas os parquinhos de alguns shoppings são fechados e as crianças só saem com o responsável. Lá não havia riscos, não aparentes, pelo menos. Não que eu não tenha errado, errei sim, mas meu erro não atingiria minhas filhas.

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Nanda vc tá apaixonada pelo Rick,será que vale apena se arriscar mais uma vês, mais vc é foda ...eu te amo.kkkkk

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Esse Rick me parece aquele Thiago Brenan, gentil e amoroso ate a conquista desejada e se tornando uma péssima pessoa apos conquista

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Eu sou um assiduo leitor de várias das sagas aqui do site, até sou da teoria que os relacionamentos liberais são mais sinceros e evoluidos que os demais, porém eu nunca vi um corno maior que esse Mark, corno na acepção da palavra, dos maiores, já foi traido de todos os modos, seja sexual, sentimental ou de maneira geral e continua sendo colocado como errado pela mulher, ela tece uma teia muito mal feita pra transformar o corno em errado na situação pra conseguir sempre o que quer ... Se não fosse um conto ficcional diria que é caso pra terapia pesada, daquelas de anos e mais anos.

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Rapaz, eu sou um assiduo leitor de várias das sagas aqui do site, até sou da teoria que os relacionamentos liberais são mais sinceros e evoluidos que os demais, porém eu nunca vi um corno maior que esse Mark, corno na acepção da palavra mesmo, já foi traido de todos os modos, seja sexual, sentimental ou de maneira geral mesmo e continuo sendo colocado como errado pela mulher ... Se não fosse um conto ficcional diria que é caso pra terapia pesada mesmo.

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