Ele ficou branco e me encarou com olhos arregalados e boquiaberto. Ficou em silêncio por alguns segundos e insistiu:
- Fala de novo. Acho que não ouvi direito.
- O Cesinha. Você ouviu sim!
- Ah, não pode ser… Cê só pode estar de brincadeira! O Cesinha, meu irmão!?
PARTE 3 - CÁLCULO DOS DANOS
Eu o encarei confusa e, por um momento, me perdi, ficando sem saber como continuar aquela conversa. Depois de um tempinho tentando entender toda aquela situação, precisei perguntar para ele:
- Mas… Mas o Cesinha não é teu primo de longe?
- É primo de segundo ou de terceiro grau, não tenho certeza, mas o que importa se é de perto ou de longe? É primo-irmão! Ele foi criado junto comigo. Nós crescemos juntos, estudamos juntos, eu dormia na casa dos pais dele e ele lá na casa dos meus. Não acredito que vocês me fizeram isso.
- Pode parar! Agora você não vai poder me culpar não, Kaká! Eu te falei várias, mas várias vezes que ele vivia dando em cima de mim e você me ignorou, dizendo que era coisa da minha cabeça.
- Mas ele é da família! Você não poderia fazer isso com ele, não que isso faça diferença, porra, porque trepar com um de dentro ou um de fora, acaba sendo a mesma merda.
- Ele é um canalha, sempre foi e estava se lixando para você! Eu, você já sabe, queria me vingar de cada vez que você falava que ia jogar bola com os amigos e na verdade estava batendo suas bolas na Sandrinha. Eu estava vulnerável, sofrendo e quando cruzei com ele, e ele me cantou novamente, fui e fiz. - Falei, confrontando-o que me olhava com raiva, mas ainda disposto a pôr tudo em panos limpos: - E não reclama não: eu duvido que você tenha transado só cinco vezes com aquela biscate. Duvido!
Ele se calou, demonstrando ter sentido a invertida. Eu aproveitei que já estávamos colocando os pingos nos is e perguntei:
- Há quanto tempo você tá me traindo com ela?
Ele me olhava e parecia que sua coragem havia diminuído, praticamente sumido. Pouco depois, ele começou:
- Uns cinco meses… Não! Seis, sete meses. Isso! Sete. Começamos depois da virada do ano no sítio do Jaime.
- Que ótimo, hein!? Sete? Porra! O problema é mais antigo do que eu imaginava. - Resmunguei, encarando-o: - E me fala, quantas vezes vocês transaram nesse meio tempo?
- Ah, Vê, não sei. Eu não fiquei contando. Sei lá, talvez uma ou duas vezes…
- Por mês? Até que não foram tantas…
- Por semana… - Ele complementou, desviando o olhar de mim.
- Sei… - Resmunguei, irada enquanto fazia uma conta mental: - Duas vezes quatro vezes sete… Porra, hein!? Cinquenta e seis vezes! Tá, tenho mais um tanto de saidinhas para dar até descontar tudo o que você me fez…
- Cê tá de palhaçada, né, Verônica!? A gente tentando entender o tamanho do buraco e você quer continuar cavando para ficar mais fundo ainda? Vamos separar então e cada um cuida do seu buraquinho, que tal?
- Você quer isso?
Ele murchou na cadeira e ficou olhando para a frente, sem enxergar para nada, pois havia apenas uma parede. Eu queria saber mais:
- O Jaime já tá sabendo dessa safadeza de vocês?
- Pelo amor de Deus, é claro que não! Se ele souber disso, é capaz de bater nela. Você sabe que ele não é muito certo não, né?
- E isso dá o direito dela chifrar ele com o marido das outras, aliás, de uma outra que era até então amiga dela também?
- Eu sei que não! Tá todo mundo errado nessa história: eu, você, ela, o Jaime…
- Por que o Jaime?
- Porque se ele fosse um bom marido talvez ela não tivesse procurado fora o que não tinha dentro de seu casamento.
- Quer dizer que a culpa foi dela? Ela deu em cima de você, é isso?
- Não! Talvez… A questão é que repetimos, e se repetimos foi porque ambos quiseram, então o erro é dos dois.
- É… Isso é!
Ficamos em silêncio e aquele ódio parecia ter dado lugar a uma breve calmaria entre a gente. Ainda assim, ninguém arriscava falar mais nada e dado o horário, acho que seria prudente dormirmos, descansarmos o corpo porque as emoções dos dias tinham nos exaurido. Levantei-me para colocar os pratos e talheres na pia e ouvi o Kaká rindo sozinho:
- O que foi? - Perguntei, curiosa como toda mulher: - Quero rir também.
- Ah, nada não… - Mas como eu o encarava e ele não tirava um sorrisinho bobo do rosto, decidiu me contar: - Estou lembrando de uma transa que tive com ela há coisa de um mês.
Fechei a cara imediatamente após isso e ele notou, mas se justificou:
- Não! Não estressa, você vai gostar. A gente estava lá transando na cama, ela me cavalgando, já tínhamos bebido um pouco, aliás, até bem, e ela começou a me perguntar: “quem te faz gozar gostoso?”, “quem é sua dona?”, fez isso duas ou três vezes e eu falei o seu nome. Verônica, Verônica… Você tinha que ver como ela ficou brava. Pulou de cima de mim e sequer terminamos a transa naquele dia. Ficou quase duas semanas sem falar comigo.
- Podia ter terminado de vez com você… - Resmunguei.
- Sabe o que é estranho? Eu não senti falta dela nesse meio tempo. Talvez de um bate papo, mas falta, falta assim como você me faz, aquele sentimento de perda, isso eu não senti.
- Então, você não a ama?
- Não! Eu já te disse que não.
- E me ama?
- Acha que se eu não te amasse, estaríamos os dois aqui tendo essa conversa? Você foi uma filha da puta comigo sim. Errou feio. Não interessa se eu errei primeiro, você também pisou na bola. Nesse tabuleiro, ninguém jogou honesto ou fez uma jogada bonita, ninguém!
- Você acha que a gente consegue se entender?
- Entender? Claro que sim, aliás, já estamos nos entendendo. - Disse e tomou o restante de sua taça de vinho: - Só não sei se será suficiente para continuarmos juntos. Só isso.
Aquela última frase me doeu fundo. Eu quis me vingar e não me arrependo de ter feito o que fiz. Talvez só um pouquinho pela forma e quantidade, afinal, eu poderia ter feito mais. Ainda assim, se fosse hoje, eu daria só uma trepadinha e daria um jeito dele descobrir. Entretanto, agora já estava feito e teríamos que arcar com as consequências. Kaká se levantou e colocou a taça sobre a pia e antes que ele saísse da cozinha, eu pedi:
- Pelo menos, esfria a cabeça e pensa com carinho. Eu estou disposta a mudar, melhorar, talvez faria até alguns sacrifícios para continuarmos juntos. - E não perdia a chance de exigir: - Mas você também precisa pôr a mão na consciência, porque só eu mudar e você continuar com uma amante, não vai rolar.
Ele me olhou por um instante em silêncio. Depois veio em minha direção, me deu um abraço de amigo e um beijo na testa:
- Vou pensar com calma. Não tomarei nenhuma decisão precipitada. Isso eu te prometo.
Depois disso, ele saiu e se trancou no quarto de hóspedes. Aquela cozinha tão gostosa e tão carinhosamente planejada para nossos momentos particulares e de família, ficou fria e sem brilho algum para mim. Fui lavar a louça e acho que deitei mais água por meus olhos do que a própria torneira. Depois disso, me recolhi à minha suíte. Quando passei pelo de hóspedes, pensei seriamente em entrar e me declarar para ele, me ajoelhar e pedir perdão, mas eu não era a única errada nessa história, sem contar que seria o cúmulo da falsidade. Não havia muito o que fazer, senão esperar e o fiz na minha cama.
Fiz, mas não fiz. Eu não conseguia dormir, o sono não vinha, apenas as lágrimas deram o ar da sua graça e vieram em quantidade. Eu me encolhi na cama em posição fetal, agarrada ao travesseiro dele e deitada sobre o meu, porque ele havia me deixado os dois e chorei tudo o que nunca havia chorado até aquele dia. Alta madrugada, quando eu já conseguia me controlar melhor, senti um balançar no meu colchão e fui encoxada com vontade pelo Kaká:
- Amor? - Perguntei, curiosa e ao mesmo tempo feliz: - Você aqui?
- Se não gostou da surpresa, posso ir embora.
- Não! Não, claro que não. Fica comigo. Eu te amo. - Disse tentando me virar para ele, em vão.
- Quer meu perdão? Eu quero o seu cu. Tenho direito, não tenho?
- Tem todo o direito do mundo. - Falei já puxando minha camisolinha para cima, exibindo meu bumbum já desnudo: - Pode usar e abusar, amor, é todo seu.
Senti um beijo quente em minha nuca e não tive como não me arrepiar. Espertamente, Kaká enfiou sua mão na frente, alcançando meu clítoris e gemi alto quando ele me tocou e o segurou gentilmente, mas com firmeza. Seus toques estavam deliciosos e eu gozaria fácil se ele continuasse, mas ele decidiu ousar e chutou sua cueca longe, depois subindo sobre mim e enfiando seu pau em minha boca:
- Chupa, safada! Não quis ser a puta de outros? Vai ser a minha também.
Estranhei seus modos, mas aquele cheiro almiscarado de um pau potente, banhado num sabonete esportivo que ele gostava de usar, me acendeu como rastilho de pólvora. Abocanhei-o sem medo ou pudor e passei a lambê-lo por toda a extensão, para depois chupá-lo e punhetá-lo com minhas mãos e boca. Ele gemeu, demonstrando que estava gostando da forma como eu fazia. Ah, se ele soubesse quem me ensinara a fazer daquele jeito…
Pouco depois, ele se soltou e eu me arreganhei toda na cama, já esperando aquele banho de língua que ele costumava me dar, mas errei feio:
- Não! Um putinha tem que satisfazer e gozar só no pau. Hoje, não vou te chupar. Não sei quantos paus entraram aí?
- Poxa, Kaká… Não acha que já tá exageran…
Fui interrompida com um movimento brusco em que ele me virou com a bunda para cima e depois um puxão que me colocou de quatro. Ele realmente queria meu cu e decidi deixá-lo se saciar. Talvez ele se acalmasse depois:
- Amor, pega o lubrificante no seu criado? - Pedi, toda manhosa enquanto balançava minha bunda.
- Pra quê?
- Oi!?
Ouvi o som de um cuspe, praticamente uma catarrada e senti dois dedos entrando quase a seco dentro de meu cu:
- Kaká, para! Assim não. Vai devagar. Eu quero aproveitar também.
- Só uma puta goza pelo cu, sabia?
- Ah, pode parar, cara! Já passou dos limites.
Entretanto, quando tentei me movimentar, ele me segurou firme e, num empurrão, enfiou metade de seu pau dentro do meu cu. Gemi, aliás, gritei e alto, pois a dor foi lancinante. Ele passou a bombar sem dó ou piedade de mim, forçando cada vez mais seu membro para dentro, fazendo com que seu corpo logo se chocasse contra o meu com toda a força que tinha e ali me dei conta de que meu casamento havia acabado. Ele não me queria mais como esposa, mas tão somente como uma puta que ele poderia usar como, quando e da forma que quisesse para se aliviar.
Comecei a me debater, mas ele era maior, mais forte e mais pesado e isso ficou mais evidente quando ele se deitou sobre mim e continuou forçando mais e mais a penetração, bombando sem trégua como se quisesse mais me machucar que se aliviar, e estava me machucando, e muito, física, mental, psicológica e sentimentalmente. Eu comecei a chorar e ele não se apiedou de mim. Minhas forças foram se esvaindo e já não gritava mais. “Graças a Deus, Juvenal passou por aí antes.”, agradeci mentalmente o negão que me arrombou as pregas, senão meu sofrimento seria ainda maior.
Depois de um tempo ele gozou, inundando meu cu. Assim que ele saísse do quarto, eu me trancaria e ele nunca mais encostaria o pau ou mesmo um dedo em mim:
- Certo. Agora é a vez de vocês. - Ouvi ele dizer.
- O quê? - Perguntei.
Ao mesmo tempo, senti mãos fortes me pegando pelos braços e pela cintura, colocando-me com as pernas para fora da cama enquanto eu era mantida segura. Reconheci de imediato o Cléber e o Moacir, mas não entendi nada:
- Bão que já amaciô pra mim, patrão! - Ouvi a voz do Juvenal e senti seu pau me penetrar.
Urrei de dor! Nem um terço de seu pau havia entrado e meu sofrimento já era três vezes maior que o que sofri com o Kaká. Em duas, três bombadas, eu diria socadas fortes e seu imenso saco já batia na minha boceta. Passou a me bombar com a selvageria de um cavalo de raça ou melhor dizer um pangaré, pois o sêmen dos de raça normalmente são colhidos e vendidos a preço de ouro. De qualquer forma, ali eu também era a pangaré e, pelo jeito, seria usada e abusada por todos. Eu já não chorava mais, pois minhas lágrimas já tinham secado com o Kaká, mas ainda tive um pouco de ar para gritar um pedido de socorro para minha vizinha.
Infelizmente, aquela megera deveria imaginar que eu estava tendo mais uma noite de loucuras com meu marido e não providenciou ajuda. Não sei quanto tempo Juvenal me fodeu, mas não foi pouco. Quando estava se saciando, ao invés de gozar dentro de mim, tirou o pau e jogou toda a porra acumulada em meu rosto e cabelo, pois a intenção era humilhar e ele fez bem sua parte. Pouco depois, ouvi uma discussão:
- Agora sou eu.
- Não! Sou eu.
- Tanto faz, caralho, o Juvenal já arrombou o cu dessa puta mesmo.
- Então, par.
- Ímpar.
Não consegui identificar quem falava, mas assim que se resolveram senti um tranco e um saco batendo em minha boceta novamente. As bombadas se seguiram fortes, fundas e sem intervalo:
- Quase não tô sentido a cadela. O Juvenal devia ter sido o último.
Esse cansou de tentar gozar e sem “contato” suficiente, logo tirou o pau e gozou sobre a minha bunda. O outro assumiu o seu lugar e, pela quantidade de tapas que levei na bunda, identifiquei de imediato: era o Roberto. Esse filho da puta tinha mais prazer em bater que foder e acho que ele só se saciava depois que a pele estivesse quase roxa das pancadas. Foram minutos, vários, muitos mesmo até que ele gozasse, o que fez dentro de mim.
Eu não tinha forças para mais nada, nada! Ainda assim, Cléber que tinha um pau comprido mas relativamente fino se deitou na cama ao meu lado. Eu o olhei sem saber o que fazer, mas eles sabiam, tanto que o Moacir e Juvenal me jogaram em cima dele como se eu fosse um saco de batatas. Ele me ajeitou e me penetrou o cu. Não doeu, afinal, Kaká já havia aberto a trilha e Juvenal escancarado o caminho, mas quando Moacir encostou seu pau ao dele e forçou uma dupla penetração em meu cu, eu gritei como se estivesse morrendo.
Nesse momento, comecei a me debater e só parei quando ouvi a voz do Kaká e senti suas mãos segurando meus braços. Abri meus olhos, atordoada e vi que ele me olhava preocupado:
- Sou eu! Calma. Acho que foi um pesadelo, Vê. Você estava gritando alto e vim ver o que estava acontecendo. Parecia que tinha alguém te surrando aqui e…
Não esperei que ele terminasse e o abracei, grata e feliz por tudo não ter passado de um pesadelo. “Estou aqui. Fica calma!”, ele me falava ao pé do ouvido. Ainda assim chorei em pânico por um tempo, mas seu abraço forte me acalmou. Ele me colocou para dormir e eu não o soltei mais. Acabou que ele dormiu antes de mim em nossa cama e só depois de ver que ele não sairia, dormi. Feridas abertas haviam aos montes, mas com a ajuda dele, talvez conseguíssemos curá-las.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO TOTALMENTE FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.
FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DO AUTOR, SOB AS PENAS DA LEI.