- Saulo, tem visita para você. - disse minha avó. Pronto, era Marcelo me chamando para dar uma volta no parque. Ele fazia isso quando marcava com um boy e não queria ir sozinho. Fui até a sala e deparei com o sargento, em pé, olhando para mim. Fiquei parado que nem uma estátua, jamais passaria na minha cabeça que ele ia fazer isso!
- Como vai, soldado Saulo? - disse Souza, com um sorriso largo e lindo! Aliás, ele estava mais bonito que nunca! Sem pensar, corri para ele e dei um abraço muito apertado, querendo não largar nunca mais. Souza retribuiu, me apertando junto ao seu corpo.
Ele estava com uma camiseta branca, calça jeans e tênis, nunca tinha visto vestido assim, ou era de farda ou nu. A camiseta meio colada no corpo, a calça realçando suas pernas compridas e o sorriso dele, me fizeram sentir o homem mais feliz do mundo.
- Quando vi ele no portão, soube logo que era o sargento que você tanto falou, Saulo! E quando ele se apresentou mandei entrar, eu sabia que você ia gostar da surpresa! Sargento, o senhor não imagina o quanto Saulo falou do senhor! - disse minha avó.
Eu estava feliz demais. Continuei abraçado a ele, até que fui percebendo que tínhamos que conversar um pouco, pois queria saber o que estava acontecendo para ele estar ali!
- Vou passar um café para a gente, fique à vontade, sargento! - disse minha avó indo para a cozinha.
- Ela sabe o que o sargento aqui fez com o soldado dela? - perguntou Souza com um sorriso safado e fazendo gesto de sexo com as mãos.
- Nem imagina, mas sabe que o senhor me tratou muito bem e me fez muito feliz! Posso saber o que houve? Foi a melhor surpresa que recebi!
- Mandei a camisa como um aviso da minha chegada, mas acabei chegando junto com ela! Pedi transferência, não estou mais na base! - disse o sargento.
- Sério? Está em deslocamento e resolveu passar aqui na minha cidade! Cadê sua bagagem, traz para dentro, fica aqui tempo que precisar! Eu nem acredito! - disse eu, empolgado.
- Não tem bagagem, Saulo. Lembra que falei que minha mãe mora em São Paulo? Então, minha mãe mora aqui nesta cidade! Andando eu chego na sua casa em vinte minutos! Eu não quis falar para você na época, porque não fazia diferença.
- E agora faz?
- Faz. Pedi transferência para a unidade daqui, não é o seu quartel. Lá vai dar para eu desenvolver e trabalhar com a parte de treinamentos físicos, que é a minha formação, né! Consegui. Vou estar trabalhando no que eu gosto. Obrigado por isso! Foi a nossa conversa que me fez pensar. - disse Souza do jeito sério dele, mas com os olhos felizes.
- O senhor está falando sério? É isso mesmo? Eu não acredito! Sargento, o senhor veio para mim!
- Soldado, aquilo lá ficou muito chato sem você. Senti falta desse cuzinho gostoso, do sexo oral que só você sabe fazer, e, claro, pensei nas coisas que conversamos, enfim, sem viadagens, ok? E agora estou aqui.
Nisso, minha avó entrou na sala com a bandeja e o café. Sentou conosco e conversou um pouco. Eu estava ansioso demais! Depois de um tempo, minha avó disse que ia na feira, que já estava tarde e nos deixou a sós. Mal ela saiu, puxei ele para o quarto. Fechei a porta e Souza me agarrou e me deu um beijo apaixonado. Tudo voltou à minha mente: o gosto do beijo, o hálito, o cheiro de macho dele e os braços e mãos em mim. Tirei a roupa dele e ele a minha e nos jogamos na cama. Estávamos com muita sede um do outro e foi tudo rápido, porém intenso, como sempre.
(CONTINUA)