Esse conto tem recebido comentários totalmente idiotas, que eu tenho apagado, logicamente. Ninguém é obrigado a ler o que não gosta, cada um faz o que quer. Comentar sobre a história é uma coisa, críticas boas ou ruins fazem parte. Só que, crítica, é uma análise do que a pessoa leu, se gostou ou não, se foi uma experiência legal. O tema, o enredo, o que o autor escreve, cabe somente a ele decidir. Atacar o autor com base no que ele decide escrever, não é crítica, é tentativa de censura. Eu não coloquei uma arma na cabeça de ninguém e obriguei a ler. Essa história não entra na casa de ninguém à força. Se chegou aqui, é porque quis, portanto, respeite o direito dos outros. Tem muito babaca se achando dono do site, querendo ditar o que as pessoas podem ou não escrever, comentar. Essa atitude não faz ninguém ser melhor, só mostra o quão ridículo e idiota um adulto pode ser. Como pessoas tão rasas podem se achar no direito de dizer o que os outros podem ou não? Para esse tipo de gente, tem um monte de autores no site que escrevem o que eles gostam. Vão lá, encham a bola do seu autor, elogiem, comentem, debatam, discordem, critiquem… tudo faz parte. Só parem de encher o saco de quem não gosta do mesmo que vocês. Tem espaço para todos e contos para todos os gostos.
Continuando.
Por um segundo eu acabei travando, mas Natasha foi rápida:
- Por acaso, é a Jéssica?
Como minha maior confidente em toda a situação com ela, desde o começo, Natasha a reconheceu pela minha descrição. Respondi:
- Sim, ela mesmo.
Natasha tomou as rédeas da situação e se dirigiu à ela, abrindo o portão:
- Boa noite, Jéssica! É um prazer conhecer você. De tanto ouvir o JB falando de vocês, sinto que a conheço muito bem. Eu sou a Natasha.
Jéssica parecia não saber como reagir:
- Oooi… prazer Natasha.
E curiosa, acabou não resistindo:
- Ele fala de mim? Como assim?
Eu apenas sorria, admirando a facilidade com que Natasha se fez dona da situação. Ela voltou a falar com Jéssica:
- Só coisas boas, fique tranquila. JB é um fofo, ele adora encher a nossa bola.
Resolvi me aproximar:
- E por que eu falaria alguma coisa ruim de vocês?
Jéssica me encarou sem saber o que responder, mas Natasha tinha resposta pra tudo:
- Vai saber… homens são eternos adolescentes, é só dar brecha que eles regridem.
Todos riram, até minha mãe e meus irmãos na entrada de casa, relaxando após ver a situação sendo contornada.
Jéssica estava mais calma, Natasha tinha conseguido o seu objetivo, e muito esperta, convidou:
- JB e eu estávamos indo dar uma volta, conversar, quer vir com a gente?
Jéssica me olhou, parecendo esperar minha concordância. Eu entrei na onda de Natasha:
- Vem com a gente. Há quanto tempo você não vai ao cinema? Era uma coisa que fazíamos toda semana, lembra?
Jéssica ainda estava indecisa:
- Mas eu estou muito mal vestida. Não quero atrapalhar vocês.
Natasha nem deu tempo para ela recusar:
- Passamos na sua casa e você troca de roupa. Quanto mais gente melhor. - E já saiu pegando na mão dela, nos levando em direção ao seu carro. - Vai ser divertido. Tem um bom tempo que não vou ao cinema também.
Não pude deixar de sentir uma pontinha de inveja daquela SVU novinha que ela dirigia, pois tínhamos a mesma idade praticamente e ela já estava em um patamar financeiro bem acima do meu. Jéssica não resistiu:
- Nossa, que carrão!
Eu rezava para ela não entrar em perguntas complicadas, como trabalho por exemplo, mas lembrei que estávamos com Natasha e mesmo que a pergunta viesse, ele teria uma resposta adequada.
Para não me complicar, entrei no banco de trás e deixei Jéssica ir na frente, recebendo um sorriso safado de Natasha e uma piscadela de olho. Jéssica indicou o caminho e em menos de um minuto contornamos o quarteirão e chegamos em sua casa. Ela estava feliz, se sentindo incluída:
- Não demoro, é rapidinho.
Assim que ela fechou a porta do carro, precisei agradecer:
- Obrigado! Você foi perfeita. Confesso que preciso estar mais preparado para lidar com ela, não posso ficar travando a cada situação mal explicada…
Natasha foi direta:
- Jogue limpo, seja honesto. Não se protege ninguém escondendo a verdade. - Ela me olhou com malícia. - De qualquer forma, somos apenas amigos no momento, ela não precisa saber da nossa relação de prestadora de serviço e cliente.
Após uma leve risada, ela me olhou mais séria:
- Mas ela está mesmo precisando de ajuda. Que cabelo é aquele? Ela é linda, está precisando de um banho de loja e algumas dicas de beleza. Eu tirei alguns dias de folga, quer minha ajuda?
Eu queria saber mais:
- Que tipo de ajuda? Vai virar consultora dela?
Natasha deu mais uma risada gostosa:
- Posso me aproximar, tentar trazê-la de volta ao mundo. Só de estar com você, já percebi que ela se ilumina, ganha brilho próprio, eu posso ajudar a lapidar essa jóia. Quem sabe ainda consigo a resposta que você tanto procura?
Me fiz de desentendido:
- Resposta? Que resposta?
Natasha acariciou meu rosto:
- Seu bobinho… até eu estou curiosa para saber se ela é mesmo bissexual.
E me provocou:
- Quem sabe rola até uma brincadeira entre nós três?
Vendo o interesse dela, contei da minha suspeita:
- Eu acho que ela ainda é virgem. Ela jurou que antes de rolar alguma coisa, ela correu. E logo depois que terminamos, ela entrou em depressão e se isolou do mundo, abandonando tudo.
Tremendo de excitação pela minha suspeita, Natasha não conseguiu ficar calada:
- E sabendo disso você está doido para ser o primeiro, né?
Fui honesto:
- Na verdade, até pensei nisso, mas em se tratando da Jéssica, eu jamais seria tão canalha a ponto de me aproximar apenas por esse motivo.
Animada, sorrindo, Natasha decretou:
- Combinado então, vou me aproximar e ajudar essa garota também. Mas não apenas por sua causa, eu realmente gostei dela. Acho que vocês são perfeitos juntos. De repente, até sobra uma amizade colorida para a mamacita aqui. - Ela voltou a rir com vontade.
Eu já conhecia a verdadeira Natasha, não a profissional, mas a pessoa doce e sofrida por trás de tudo aquilo. Sabia que podia confiar.
Não demorou nem dez minutos e Jéssica voltou. Apesar de simples, estava muito bonita. Calça jeans não tão justa, mas que valorizava sua bunda e suas coxas. Uma bata de tecido leve com uma estampa tribal que marcava os seios, evidenciando a falta do sutiã. Aquilo a deixava muito sensual e feminina. Uma sandália aberta, mostrando que os pés estavam bem cuidados e as unhas muito bem feitas. Ela voltara a se cuidar melhor. A maquiagem, quase imperceptível, devolvia o tom saudável à pele. O cabelo solto, mas escovado, ainda não era tão bonito quanto antes, porém, só o fato dela estar alegre, já era motivo para voltar a parecer aquela linda jovem mulher de um ano atrás.
Natasha também não ficava atrás. Uma bermuda jeans clara, uma blusinha mais comportada, até o umbigo, deixando uma pequena mostra de pele até o cós da bermudinha. Aquela barriguinha lisa aparecendo também era muito sensual. Nos pés, tênis de caminhada. Como eu disse que era um encontro simples, entre amigos, um programa que ela não devia estar acostumada a fazer, ela veio o mais simples que conseguiu.
Mesmo sem maquiagem, Natasha era incrivelmente linda e provocante. Ela arrancou com o carro e eu percebia os olhares de Jéssica enquanto ela dirigia. Era um misto de admiração e comparação. Até que veio a fatídica pergunta, aquela que mais me dava medo. Jéssica, curiosa, disse:
- Você tem a mesma idade que a gente, né? Como conseguiu um carrão desse tão jovem? É o meu sonho. Foi presente dos seus pais?
Natasha não se abalou e nem tentou desviar da resposta:
- Isso é fruto do meu trabalho. Ralo desde os dezesseis. Na verdade, sou de família muito pobre, tive que vencer na vida pelo meu próprio esforço.
Jéssica se virou para mim no banco de trás:
- Talvez eu devesse repensar a minha vida. Esquecer a medicina e pedir a Natasha para me ensinar o que ela faz.
Eu gelei, e Natasha, me deixando ainda mais aterrorizado, foi direta com Jéssica. A olhou de cima a baixo e disse:
- No meu ramo você poderia se dar muito bem. Tem potencial.
Eu queria dar um jeito de acabar com aquela conversa, mas o que eu poderia fazer? Jéssica, ainda mais curiosa, perguntou:
- E o que você faz? Com essa idade e um carro como esse, deve ser muito bem remunerada.
Natasha percebeu a minha cara de terror, mas aproveitando que estávamos parados em um sinal vermelho, disse:
- É mais fácil mostrar do que explicar.
Ela pegou o celular, abrindo um aplicativo que eu não consegui olhar e o entregou à Jéssica. Eu estava muito tenso e por vários minutos, eu só via o dedinho da Jéssica frenético no aparelho, para cima e para baixo. Seu olhar era de espanto, mas logo se transformou em admiração.
Foram quase dez minutos com o celular de Natasha na mão, olhando com atenção redobrada. Deu tempo de chegarmos ao shopping e Natasha estacionar.
Jéssica devolveu o celular e a encarava, esperando uma explicação. Natasha entendeu:
- Esse aplicativo é o only fans e é assim que eu ganho a vida.
Ao ouvir aquilo, entendi a solução encontrada por Natasha para não precisar revelar a verdade sobre sua vida, mas também, não precisar mentir.
Visivelmente excitada, Jéssica me encarou:
- Você sabia disso?
Eu não neguei e novamente, Natasha me salvou:
- Eu conheci o JB na firma que ele trabalha. Sou uma cliente de lá e ele fez vários serviços para mim enquanto ainda era um office boy. Como temos a mesma idade, acabamos nos tornando amigos. - Natasha era esperta mesmo, poderia dar nó em pingo d'água se quisesse.
Percebi que Jéssica ficara um pouco triste, imaginando bobagens, ou sentindo que Natasha e eu pudéssemos ter algum envolvimento. Nós demos algum tempo e espaço para ela processar tudo, enquanto nos encaminhávamos para o cinema.
A verdade é que eu também não tinha o porquê de ficar dando tanta satisfação, mas não queria estragar aquela noite ou deixar Jéssica triste. Enquanto Natasha foi comprar guloseimas, me aproximei:
- Que neura você já está criando nessa cabecinha? - A abracei carinhosamente.
Jéssica me olhava, tentando criar coragem para me questionar, até que resolveu ser honesta:
- Deve ser neura mesmo. Eu conheço você e sei que jamais faria uma maldade dessa comigo, me trazer para um encontro com sua ficante, namorada, sei lá…
Eu a interrompi, abraçando ainda mais forte e olhando bem no fundo dos seus olhos:
- Natasha é uma amiga, uma das boas. Foi ela que quis se aproximar de você. Dê uma chance. Ela até me disse no carro que quer te levar ao salão para arrumar esse cabelo, dar uma olhada nas lojas de roupa…
Jéssica me encarou, fingindo estar brava:
- E o que tem o meu cabelo?
Eu não segurei a gozação:
- Fala sério… você tem espelho em casa.
Rindo junto comigo, ela se rendeu:
- Está tão ruim assim?
Eu fui honesto:
- Não combina com você. Está destoando do resto.
Me dando um tapinha leve no ombro, ela disse:
- Seu bobo. Ok, você venceu. Se ela me chamar, vou dar uma chance.
Achei que ela ficaria brava por eu ter falado sobre ela com Natasha, mas parecia que Jéssica estava disposta a aceitar qualquer sugestão minha, qualquer pedido, sem nem pensar duas vezes. Aquilo não era uma coisa boa, poderia ser apenas uma troca, a depressão pela dependência. O que Jéssica precisava era voltar a caminhar com as próprias pernas. Não importa se aquilo era culpa, remorso, se ela achava que me devia alguma coisa, ela precisava voltar a ser aquela garota linda, alegre e confiante de outrora.
Por fim, a escolha, mesmo com os meus protestos, foi por uma comédia romântica. Por mais forte e independente que sejam, mulheres tendem ao romance.
Daquele momento em diante, Jéssica e Natasha se entrosaram de uma forma que eu fiquei até surpreso, tamanha a amizade que as duas criaram em tão pouco tempo. Até a postura corporal indicava que ali se estabelecia uma relação com diversas surpresas no futuro.
Assistimos ao filme, lanchamos, as duas combinaram de sair juntas na tarde do dia seguinte e antes das onze da noite, estávamos deixando a Jéssica em frente ao portão de sua casa. Elas se despediram com um abraço bem mais apertado do que a própria Jéssica deu em mim, mas para balancear, eu ganhei um selinho que achei bom não rejeitar. Não era nada demais, apenas um beijo de carinho. Natasha até brincou, deixando Jéssica vermelha como um tomate:
- Por que eu não ganhei um também?
Vendo o estado que aquela brincadeira causou, ela logo se retratou:
- Tô brincando, amiga! Relaxa. - Natasha riu de forma tão gostosa que até Jéssica a acompanhou.
Ela entrou em casa e nós voltamos para o carro. Natasha nem me deu tempo para respirar, parando em uma ruazinha lateral, mal iluminada, poucos metros à frente. Ela pulou sobre o meu colo e começou a beijar a minha boca com muita vontade:
- Você é um gostoso, JB! Sei que combinamos de sair como amigos, mas eu estou muito excitada, precisando extravasar. Só uma rapidinha, prometo.
Eu que não iria cortar o barato dela, apenas me entreguei.
Enquanto beijava minha boca, meu pescoço e mordiscava o lóbulo da minha orelha, ela se esfregava no meu colo, buscando contato com a minha ereção. Eu a apertava contra mim, sentindo seus seios pressionando meu peito.
Natasha puxou a alavanca e empurrou o banco totalmente para trás, se enfiando no espaço entre o painel e o banco e retirando rapidamente o meu pau de dentro da calça, engolindo a cabeça e simulando uma foda em sua boca. Ela estava alucinada. Eu acariciava os seus cabelos, gemendo por causa daquela chupada maravilhosa:
- Cacete, que boca… puta que pariu, tu é safada e gostosa demais…
Ela mamava sem se cansar, engolindo a piroca inteira, batendo o queixo no meu saco e só parando quando faltava o ar.
Ela praticamente arrancou a minha calça junto com a cueca, retirou a própria bermuda e a calcinha e sentou com tudo na rola. Nem lembramos do preservativo, tamanho era o tesão do momento. Ela gemia, bem pertinho do meu ouvido:
- Fode essa buceta, fode… que pau gostoso de sentar… se tudo não fosse tão complicado…
Eu tentava ajudar, mexendo o quadril em sincronia com seus movimentos, fazendo a pica ir fundo dentro dela.
- Caralho, JB! Me fode, vai… como você melhorou…
Eu dava tapas naquela bunda gostosa e respondia às suas provocações:
- Com uma professora como você, gostosa pra caralho, como não melhorar?
Ela quicava cada vez mais forte, os vidros já começavam a embassar, o barulho das batidas de nossos corpos ressoavam:
- Fode, JB! Estou toda atolada… macho gostoso do caralho… mete nessa boceta, adoro ser sua…
Segurei firme em sua cintura, fazendo ela parar, e comecei a estocar fundo, de baixo pra cima, rápido, mordendo os biquinhos dos seios ainda protegidos pela blusa. Ouvi seu gemido quase gutural:
- Ai, caralho… seu puto gostoso, tô gozando nessa rola deliciosa… que loucura, que tesão…
Deixei ela curtir o orgasmo por alguns segundos e depois abaixei o encosto do banco, abrindo a porta do carro e colocando ela de quatro. Da calçada, voltei a penetrar, socando firme, mas mantendo a atenção na rua, preocupado de alguém aparecer. Meti por mais uns cinco minutos, arrancando outro orgasmo dela e gozando logo após. Tive que me segurar no carro, pois as pernas bambearam e eu quase caí. Que foda maravilhosa, rápida, mas fechando a noite com chave de ouro.
Percebi ali, naquele momento, o quanto eu gostava de Natasha. Gostar de verdade, de estar com ela, de nossas conversas, de nosso sexo, claro, mas principalmente, do quanto nossa amizade, tão despretensiosa, tão destinada a não acontecer, acabou evoluindo de uma forma tão natural. Natasha, naquele momento, era para mim, o que Jéssica foi no passado. Por mais que eu quisesse Jéssica de volta na minha vida, ela teria que dividir o espaço com Natasha. Independente do que ela fazia, ou de quem ela era. E ainda me lembrei de que Marcela também era uma séria candidata a ganhar uma parte do bolo. Será que meu coração tinha espaço para tanta gente?
Nos recompomos, conversamos mais alguns minutos, já em frente de casa, e Natasha se foi. Sorridente e satisfeita por um final de noite tão maravilhoso. Ainda percebi uma mensagem de boa noite da Jéssica no celular, respondi e peguei no sono minutos depois, dormindo como uma pedra, plenamente satisfeito e realizado.
O resto da semana foi bom, Marcela e eu também nos tornamos cada vez mais amigos. Natasha agora falava comigo com muito mais frequência. Inclusive, ela e Jéssica saíram na quinta e na sexta-feira. Eu já sabia que Jéssica tinha cortado o cabelo e comprado roupas novas, mas eu só a veria no sábado, o dia da festa de aniversário de Marcel. Natasha não se importou de eu não levá-la, pois ela tinha sido requisitada por um cliente para um final de semana inteiro no litoral.
Na sexta à noite, antes de dormir, Jéssica e eu nos falamos por áudio. Ela estava muito animada por ser minha companhia, pelas novas pessoas que iria conhecer e principalmente, por depois de um ano, voltar a ter vida social. Tudo aquilo estava fazendo muito bem a ela. Mas as surpresas estavam apenas começando, o sábado se mostraria um dia para nós nunca mais esquecermos.
Continua.